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Faculdade De Engenharia, Arquitetura e Planeamento Físico

Curso: Engenharia De Minas

Cadeira:Jazigos Minerais

Tema: Kimberlitos

Discentes:

Circe Paulo;

Cristiane de Ângelo;

Luzy Mendes.

Docente:

Boane, Julho de 2021


Introdução
No presente trabalho, consta
Kimberlitos

kimberlitos são um grupo de rochas ígneas, ultrabásicas, com conteúdo baixo em alumínio
de natureza potássica , afinidade rniasquítica , rica em voláteis , e que ocorrem na forma de
pequenos pipes verticais (subvulcânicos), diques e sills.

Figure 1-Kimberlitos

Os kimberlitos comumente exibem uma textura inequigranular típica, resultante da presença


de macro-cristais de olivina e outros minerais como: ilmenita, granada, diopsídio, flogopita,
enstatita e cromita, em uma matriz de granulometria fina.

Os Kimberlitos podem ser divididos em 2 grupos :

Grupo I

I. Kimberlitos pobres em mica, ricos em olivina e corresponde à rocha original


encontrada em Kimberley, na África do Sul;

II. Kimberlitos ricos em micas e também calcita , pobres em macrocristais, diopsídio e


apatita, e correspondem aos kimberlitos lamprofíricos ou micáceos.
Os kimberlitos do grupo I, , apresentam uma suíte mineralógica representada por
macrocristais e/ou megacristais anédricos a arredondados de ilmenita magnesiana, granada
piropo titanífera pobre em cromio, olivina forsteritica, enstatita, diopsídio sub-cálcico e
flogopita pobre em titânio e rica em alumínio .

. A olivina é normalmente o macrocristal dominante desta assembléia mineralógica. A matriz


é composta principalmente por uma segunda geração de olivina euédrica primária,
juntamente com perovskita, espinélio, rnonticelita e/ou diopsídio, apatita, calcita e serpentina
primária de estágio tardio. A alteração intempérica de olivina, flogopita, rnonticelita e apatita
por serpentina (lizardita) e calcita secundária é muito comum. Sulfetos de ferro e níquel, e
rutilo são também minerais acessórios comuns.

Minerais que não ocorrem em kimberlitos do grupo I são principalmente: diopsídio


aluminoso, augita, granada andradita, feldspato, anfibólio, leucita, nefelina e rnelilita .

Através de análises geoquímicas de rocha, dividiram os kimberlitos do grupo I em dois


subgrupos distintos:
 Kimberlitos do grupo IA: representam intrusões dentro de área cratônica;

 Kimberlitos do grupo IB: representam intrusões fora de área cratônica.

Os kimberlitos do grupo II são geralmente mais velhos que os kimberlitos mesozóicos do


grupo I. A mineralogia dos kimber1itos do grupo II consiste principalmente de macrocristais
arredondados de olivina e macrocristais de flogopita. A matriz dessa rocha é composta por
microfenocristais de flogopita e diopsídio, perovskita e calcíta.

A presença de silicatos ricos em zircónio (ex.: granada kimzeyítica) e titanatos de potássio,


vanádio e bário, como fases acessórias, são úteis também na diferenciação dessas rochas com
relação aos kimber1itos do grupo I.

Os resultados geoquímicos indicam também que esse grupo de rocha derivou de uma fonte
rica em Rb e elementos terras raras leves em relação a composição da Terra Global (bulk
earth), possívelmente de fonte litosférica, considerando as diferenças petrográficas e
litogeoquírnicas entre os kimberlitos dos grupos I e ll, indicou que eles foram originados em
diferentes regimes de pressão e temperatura (origem astenosférica para o grupo I e fonte
litosférica metassomatizada para o grupo ll).
As fontes primárias de diamantes posicionadas tectonicamente sobre áreas cratônicas
arqueanas estão representadas preferencialmente por kimberlitos (mineralizados com altos
teores).

Processo e Ambiente de formação

Os Kimberlitos são formados pela fusão parcial do manto a profundidades maiores que
150 km. O magma Kimberlítico durante sua ascensão do manto para a crosta, comumente,
transporta fragmentos de rochas e minerais também conhecidos como xenólitos e
xenocristais (entre eles o diamante).

O Kimberlito pode trazer diamante até a superfície desde que tenha passado por regiões no
manto/crosta que fossem ricas neste mineral e que sua velocidade de ascensão seja rápida o
suficiente para não desestabilizar a estrutura do diamante, que caso contrário se converteria
em grafite (polimorfo estável do carbono na pressão ambiente).

Ressalta-se, portanto, que o magma que forma o kimberlito não é o produtor de diamante,


apenas um meio de transporte.

 Classificação Morfológica

 Local de processo de formação : Mineral Hipogénico


 Modo de Ocorrência: Secundário

 Mineralização

 Xenólitos: rochas estranhas


 Xenocristais: diamante

Grafite, olivine, ilmenita, granada, diopsídio, flogopita, enstatita e cromita, em uma


matriz de granulometria fina
Depósitos em Moçambique ou fora para os que possuem temos relativos aos depósitos
de Moçambique

Conclusão

kimberlito, também grafado como Quimberlito, é uma rocha ígnea que pode


conter diamantes. Na realidade, não é um tipo específico de rocha, mas sim um grupo
complexo de rochas ricas em voláteis (dominante CO2), potássicas, ultramáficas híbridas
com uma matriz fina e macro-cristais de olivina e outros minerais como: ilmenita, granada,
diopsídio, flogopita, enstatita e cromita.
Referências Bibliográfica

https://core.ac.uk/download/pdf/296859847.pdf

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