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Discentes:
Circe Paulo;
Jessica Patrícia;
Patrícia Mitchel.
Docente:
Edson Nhanombe.
Classificação………………….
Assinatura…………………….
Um motor é um dispositvo que converte outras formas em energia mecânica, de forma a realizar trabalho,
por exemplo: impelir o movimento de uma máquina ou veículo.
Os motores de combustão interna (endotérmicos) utilizados nos veículos automóveis, transformam a energia
térmica gerada pela combustão da mistura comburente/combustível em energia mecânica. Quanto aos ciclos
de funcionamento, temos os mais comuns: OTTO, desenvolvido por Nikolaus Otto em 1876 e o DIESEL,
desenvolvido por Rudolf Diesel em 1893, que abordamos no presente trabalho.
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Principais nomes do ciclo
Fonte: https://alugagera.com.br/noticias/diferencas-entre-motores-do-ciclo-otto-e-ciclo-diesel
Otto nasceu em 1932 e viveu até 1891, época em que máquinas a vapor e a gás foram criadas e estavam
conquistando lugar no mercado. Obcecado com a ideia de pesquisar e aprender mais sobre estas máquinas,
Otto mergulhou de cabeça em experimentos até que descobriu, durante um acidente, o valor da compressão
da mistura de combustível e ar antes de queimar. Com este resultado e após 5 anos de desenvolvimento,
nascia a ideia do Ciclo de Otto - ou Ciclo de Quatro Tempo.
O segundo leva o sobrenome de Rudolf Diesel, engenheiro francês que inventou o motor sobre o qual
falaremos hoje.
Fonte: https://alugagera.com.br/noticias/diferencas-entre-motores-do-ciclo-otto-e-ciclo-diesel
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Diesel viveu de 1858 a 1913 e elaborou um motor de combustão interna com pistões que se beneficiava de
uma reação química quando se inseria óleo num recepiente com oxigênio, causando uma pequena explosão
durante a mistura.Para que a explosão fosse controlada e transformada em movimentos, uma série de
equipamentos foi desenvolvida, como a bomba injetora, sistemas de múltiplas engrenagens e controladores
de pressão.
O motor de Diesel teve sua patente registrada em 1897, sendo desenvolvido para trabalhar com óleo vegetal.
Pela simplidade e grande gama de aplicação, o motor de Diesel revolucionou a indústria, substituindo os
mecanismos a vapor que eram enormes e, na época, responsáveis por mover locomotivas e transportes
marítmos.
Os motores de combustão interna são classificados em relação ao ciclo de funcionamento em dois tipos:
ciclo otto e ciclo diesel.
O ciclo de funcionamento é o conjunto de transformações na massa gasosa que ocorre no interior dos
cilindros, desde sua admissão, até a eliminação para o meio ambiente. O ciclo otto foi descrito por Nikolaus
August Otto(1876) e o ciclo diesel por Rudolf Diesel(1893). Ambos os ciclos podem ser completados em
dois ou quatro cursos do pistão. Quando o motor completa o ciclo em dois cursos do pistão é chamado de
motor de dois tempos e quando completa o ciclo em quatro cursos é chamado motor de quatro tempos.
Motores do ciclo Otto: são aqueles que aspiram a mistura de ar e combustível preparada antes de ser
comprimida no interior dos cilindros, a combustão dessa mistura é provocada por centelhas produzidas
numa vela de ignição. (Motor é uma máquina que converte qualquer forma de energia em trabalho
mecânico).
É o caso de todos os motores a gasolina, álcool, gás ou metanol. É o tipo de motor geralmente utilizado nos
automóveis. Neles, o combustível é injetado na válvula de admissão ou diretamente na tomada de ar do
cilindro antes do término da compressão.
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Figure 3.Motor de um Porsche. Esse motor funciona com base no Ciclo de Otto.
Fonte : https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto
A b c d
Figure 4 funcionamento do motor do ciclo otto 4 tempos. a) admissão; b) compressão; c) explosão; d) escape.
Fonte: https://alugagera.com.br/noticias/diferencas-entre-motores-do-ciclo-otto-e-ciclo-diesel
Este ciclo é uma descrição do que acontece com uma massa de gás submetida a trocas de calor e variações
de pressão, temperatura e volume. No caso de um ciclo Otto de quatro tempos, tecnicamente, existem dois
processos adicionais: um para o escape de calor residual e produtos de combustão a pressão constante
(isobárica) e outro para a ingestão de ar fresco rico em oxigênio também a pressão constante. No entanto,
estes são muitas vezes omitidos em uma análise simplificada.
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Mesmo que esses dois processos sejam críticos para o funcionamento de um motor real, em que os detalhes
da transferência de calor e química de combustão são relevantes, para a análise simplificada do ciclo
termodinâmico, é mais conveniente assumir que todo o calor residual é Removido durante uma única
mudança de volume.
Ciclo Termodinâmico
Figure 5 Diagrama Pressão X Volume. Ciclo ideal de otto Figure 6. Diagrama Temperatura x Entropia.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto
Para o ciclo teórico, estão representadas nas figuras, as evoluções consoante as propriedades analisadas. A
figura 4 mostra a evolução segundo a pressão e o volume específico, a figura 5, a relação entre
a temperatura e a entropia( Entropia é uma importante grandeza física utilizada na Mecânica Estatística e na
Termodinâmica para medir o grau de desordem de um sistema).
1. Admissão (isobárica 0-1);
2. Compressão (adiabática 1-2);
3. Combustão( isocórica 2-3, expansão adiabática 3-4);
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1. Primeiro tempo
A válvula de admissão está aberta e o movimento do pistão aspira a mistura de ar e combustível para
o interior do cilindro. É uma transformação praticamente isobárica(0-1);
2. Segundo tempo
Ao atingir a posição mais inferior (ponto morto inferior), a válvula de admissão é fechada e o
movimento ascendente comprime a mistura. Esse processo é aproximadamente adiabático(1-2),
porque a velocidade do pistão é alta, havendo pouco tempo para a troca de calor;
3. Terceiro tempo
c) Combustão: a mistura comprimida na etapa anterior recebe uma centelha (ou faísca) da vela.
Há um deslocamento de massa por conta da explosão e, pela expansão dos gases, o pistão é
“empurrado”. É nesta etapa que o motor gera força motriz e torque.
Ao atingir a posição mais superior (ponto morto superior), tem-se o final do movimento ascendente
do êmbolo que comprime ao máximo mistura. Nesse instante a ignição emite a centelha que provoca
a combustão da mistura. O processo é praticamente isocórico(2-3, 3-4);
4. Quarto tempo
d) Escape: após todo o processo, é necessário colocar para fora os gases resultantes da queima.
O cilindro encontra-se agora cheio de gases queimados. É nesta altura, em que o êmbolo( êmbolo ou pistão
de um motor é uma peça cilíndrica normalmente feita de alumínio ou liga de alumínio, que se move no
interior do cilindro dos motores de explosão) impulsionado por meio de manivelas retoma o seu movimento
ascendente, que a válvula de escape se abre, permitindo a expulsão para a atmosfera dos gases impelidos
pelo êmbolo no seu movimento até ao PMS(ponto morto superior), altura em que se fecha a válvula de
escape. A este quarto passeio do êmbolo é chamado o quarto tempo do ciclo, ou tempo de exaustão (escape).
O processo é praticamente isobárico(5-0).
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Após a expulsão dos gases o motor fica nas condições iniciais permitindo que o ciclo se repita.
Diagrama Temperatura-Entropia
São aqueles que aspiram o ar que, após ser comprimido no interior dos cilindros, recebe o combustível sob
pressão superior àquelaem que o ar se encontra. A combustão ocorre por auto-ignição, quando o
combustível entra em contato com o ar aquecido pela pressão elevada.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_diesel
O motor a combustão interna de pistão que funciona segundo o ciclo Diesel apresenta, durante o
funcionamento, quatro fases:
1. a) – Admissão ;
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2. b) – Compressão ;
3. c) – Combustão;
4. d) – Escape.
a b c d
Figure 8 funcionamento do motor do ciclo diesel 4 tempos.a) admissão; b) compressão; c) combustão; d) escape
Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/mlaura/files/2013/01/Apostila-de-Motores-a-Combust%C3%A3o-Interna.pdf
1) Primeiro tempo . Admissão: nesta fase, o pistão desce, estando a válvula de admissão aberta e a de
escape fechada. 10 Ao descer, o pistão cria uma depressão no cilindro.
O ar é então forçado pela pressão atmosférica a entrar no cilindro, passando pelo filtro de ar e pela tubulação
de admissão. A quantidade de ar admitida é sempre a mesma, qualquer que seja a potência que estiver sendo
utilizada ou a posição do acelerador ;
2) Segundo tempo . Compressão: o pistão sobe, as válvulas de admissão e de escape estão fechadas. O
ar admitido na fase de admissão é comprimido até ocupar o volume da câmara de combustão.
3) Terceiro tempo . Combustão: O pistão desce, acionado pela força de expansão dos gases
queimados. As válvulas de admissão e de escape estão fechadas.
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A força de expansão dos gases queimados é transmitida pelo pistão à biela e desta ao virabrequim,
provocando assim o movimento de rotação do motor. A expansão é o único tempo que produz energia,
sendo que os outros três tempos consomem uma parte dessa energia. A energia produzida é acumulada
pelas massas do virabrequim e do volante ;
4) Quarto tempo . Escape: o pistão sobe, estando a válvula de escape aberta e a de admissão fechada.
Os gases queimados são expulsos através da passagem dada pela válvula e escape.
Ciclo termodinâmico
Figure 9 Ciclo diesel num diagrama p-v. Figure 10 Ciclo diesel num diagrama T-s.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_diesel
De uma forma geral o estado inicial do ciclo de diesel é aquele que promove uma compressão adiabática e
leva a máquina ao próximo estado. Neste estado ocorre uma transformação isobárica onde a máquina recebe
calor. Durante a mudança deste para o próximo estado, ocorre uma expansão adiabática. Finalmente, ocorre
uma transformação isocórica onde a máquina perde calor e a partir daí, reinicia-se o ciclo.
Num motor de 2 tempos a admissão e o escape ocorrem ao mesmo tempo da compressão e expansão. A
parede do cilindro de um motor de 2 tempos contém uma fileira de janelas de admissão de ar.
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a b
Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/mlaura/files/2013/01/Apostila-de-Motores-a-Combust%C3%A3o-Interna.pdf
No primeiro tempo, o pistão está em seu movimento descendente, e descobre as janelas de admissão, dando
entrada ao ar, que está sendo empurrado por um soprador. O ar que entra expulsa os gases queimados, que
sairão através da passagem aberta pelas válvulas de escape.
O fluxo de ar em direção às válvulas de escape causa um efeito de limpeza, deixando o cilindro cheio de ar
limpo, por isso, é muitas vezes esse processo é chamado de “lavagem”.
No Segundo tempo, o pistão está em seu movimento ascendente e cobre as janelas de admissão (fechando-
as) ao mesmo tempo em que as válvulas de escape fecham-se. O ar limpo admitido é submetido à
compressão.
Um pouco antes de o pistão alcançar sua posição mais alta, uma certa quantidade de óleo diesel é atomizada
na câmara de combustível pela unidade injetora de combustível. O intenso calor, causado pela alta
compressão do ar, inflama imediatamente o combustível atomizado no cilindro.
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A pressão resultante força o pistão para baixo, no curso de expansão. As válvulas de escape vão se abrir
quando o pistão estiver na metade do curso 12 descendente, permitindo que os gases queimados saiam pelo
coletor de escapamento. Quando o pistão, em seu curso descendente, descobre as janelas de admissão, o
cilindro é novamente “lavado” pelo ar limpo. O ciclo completo de combustão é concluído em cada cilindro
durante cada volta do virabrequim, ou em outras palavras, em 2 tempos.
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Conclusão
O ciclo de Otto, apesar de ser pouco divulgado, é utilizado para movimentar máquinas agrícolas e também
indústrias, automóveis, geradores de energia elétrica, entre outros. Tendo como base o modelo do gás ideal,
o assunto é atraente e representa uma oportunidade de mostrar aos estudantes, inclusive do ensino médio,
um emprego das evoluções gasosas que permite a aplicação e uma interpretação comparativa de gráficos e
expressões das leis relacionadas aos gases ideais.
Rudolf Diesel desenvolveu seu motor-reator para que utilizasse óleo de origem vegatal.O processo diesel não se limita
a combustíveis líquidos. Nos motores diesel, podem ser utilizados também carvão em pó, gás e produtos vegetais.
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Bibliografia
DIAS, Jorge Luiz Gomes. Ciclo de Otto: aplicação teórica e utilidade prática. Rio de Janeiro. 2009
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