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O motor baseado no ciclo ideal Otto caracteriza-se por ter sua ignição por faísca. Este
tipo é o mais comumente utilizados em automóveis de passeio e motocicletas. Existem
processos alternativos em motores experimentais para iniciar a queima como
microondas ou uma injeção piloto.
O torque dos motores diesel é sempre abundante e constante, não variando com a
rotação, que só é utilizada, assim como as relações de marcha, para aumentar a
velocidade.
Tal característica de deve ao fato de o motor comprimir apenas ar na fase de
compressão, podendo utilizar altas taxas de compressão se comparados aos de ciclo
Otto, gasolina e álcool.
Octanagem, ao contrário do que a maioria pensa, é a dificuldade de um
combustível em entrar em combustão por compressão, ou seja, quanto maior a
octanagem, mais difícil "queimar" o combustível.
Ciclo de Otto
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Motores baseados neste ciclo equipam a maioria dos automoveis de passeio atualmente.
Para esta aplicação, é possível construir motores a quatro tempos mais eficientes e
menos poluentes em comparação aos motores a dois tempos, apesar do maior número de
partes móveis, maior complexidade, peso e volume, comparando motores de mesma
potência.
Índice
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1 O modelo ideal
2 Ciclos reais
o 2.1 Ciclo mecânico
o 2.2 Motores de múltiplas válvulas
2.2.1 Motor 16 Válvulas
o 2.3 Sinônimos
Considerando o uso de apenas duas válvulas que são comandadas pelos ressaltos de
árvore de cames, uma designada por válvula de admissão (à direita na animação), que
permite a introdução no cilindro de uma mistura gasosa composta por ar e combustível e
outra designada como válvula de escape (à esquerda na animação), que permite a
expulsão para a atmosfera dos gases queimados, o ciclo de funcionamento de um motor
de combustão a 4 tempos é o seguinte:
1. Com o êmbolo (também designado por pistão) no PMS (ponto morto superior) é
aberta a válvula de admissão, enquanto se mantém fechada a válvula de escape.
A dosagem da mistura gasosa é regulada pelo sistema de alimentação, que pode
ser um carburador ou pela injecção electrónica, em que se substitui o comando
mecânico destes sistemas por um electrónico e conseguindo-se assim melhores
prestações, principalmente quando solicitadas respostas rápidas do motor. O
êmbolo é impulsionado para baixo pelo veio de manivelas (virabrequim), move-
se então até ao PMI (ponto morto inferior). A este passeio do êmbolo é chamado
o primeiro tempo do ciclo, ou tempo de admissão.
2. Fecha-se nesta altura a válvula de admissão, ficando o cilindro cheio com a
mistura gasosa, que é agora comprimida pelo pistão, impulsionado no seu
sentido ascendente em direcção à cabeça do motor pelo veio de manivelas até
atingir de novo o PMS. Na animação observa-se que durante este movimento as
duas válvulas se encontram fechadas. A este segundo passeio do êmbolo é
chamado o segundo tempo do ciclo, ou tempo de compressão.
3. Quando o êmbolo atingiu o PMS, a mistura gasosa que se encontra comprimida
no espaço existente entre a face superior do êmbolo e a cabeça do motor,
denominado câmara de combustão, é inflamada devido a uma faísca produzida
pela vela e explode. O aumento de pressão devido ao movimento de expansão
destes gases empurra o êmbolo até ao PMI, impulsionando desta maneira o veio
de manivelas e produzindo a força rotativa necessária ao movimento do eixo do
motor que será posteriormente transmitido às rodas motrizes. A este terceiro
passeio do êmbolo é chamado o terceiro tempo do ciclo, tempo de explosão,
tempo motor ou tempo útil, uma vez que é o único que efectivamente produz
trabalho, pois durante os outros tempos, apenas se usa a energia de rotação
acumulada no volante (solidário com o veio), o que faz com que ele ao rodar
permita a continuidade do movimento do veio de manivelas durante os outros
três tempos.
4. O cilindro encontra-se agora cheio de gases queimados. É nesta altura, em que o
êmbolo impulsionado pelo veio de manivelas retoma o seu movimento
ascendente, que a válvula de escape se abre, permitindo a expulsão para a
atmosfera dos gases impelidos pelo êmbolo no seu movimento até ao PMS,
altura em que se fecha a válvula de escape. A este quarto passeio do êmbolo é
chamado o quarto tempo do ciclo, ou tempo de exaustão(escape).
Após a expulsão dos gases o motor fica nas condições iniciais permitindo que o
ciclo se repita.
Esses motores são apenas aperfeiçoamentos para o ciclo otto ou quatro tempos e sua
única diferença é que existe pelo menos duas válvulas para cumprir uma única funcão
ao mesmo tempo. Em um motor convencional, existe uma válvula para admissão e uma
para exaustão. Existe atualmente 3 configurações para motores multiválvulas, são os
modelos com 3, 4 ou 5 válvulas por cilindro. No caso do motor que possue 3 válvulas
por cilindro, 2 são para admissão e uma apenas para exaustão, com 4 válvulas, 2 são
para admissão e 2 para exaustão e no caso de 5 válvulas são 3 para admissão e 2 para
exaustão. A principal função de um motor de múltiplas válvulas é maximizar o fluxo de
gases que entram(entra mais oxigênio) e saem(exausta mais gases com menos força) do
motor, assim conseguindo uma maior eficiência da combustão.
[editar] Sinônimos
Motor Diesel
Rudolf Diesel
O motor a diesel ou motor de ignição por compressão é um motor de combustão
interna inventado pelo engenheiro alemão Rudolf Diesel (1858-1913), em que a
combustão do combustível se faz pelo aumento da temperatura provocado pela
compressão da mistura inflamável. As principais diferenças entre o motor a gasolina e o
motor diesel são as seguintes: enquanto o motor a gasolina funciona com a taxa de
compressão que varia de 8:1 a 12:1, no motor diesel esta varia de 14:1 a 25:1. Dai a
robustez de um relativamente a outro.
Índice
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1 Historia
2 Tecnologia
3 Combustivel
4 Funcionamento
o 4.1 Ciclo Termodinâmico
o 4.2 Funcionamento Mecânico
5 Gama de Velocidade
6 Bibliografia
7 Ligações externas
[editar] Historia
Ver artigo principal: Rudolf Diesel
A patente sobre o motor de Rudolf Diesel, em 23 de fevereiro de 1893.
Rudolf Diesel nasceu em Paris no ano de 1858, filho de um artista que trabalhava
cabedal e de uma governanta que também era professora de línguas. Rudolf era um bom
aluno, aos 12 anos foi admitido na Ecole Primaire Superieure que na altura era a melhor
escola de Paris. Na altura em que rebentou a guerra Franco-Prussiana (19 de Julho de
1870—10 de Maio de 1871), a família de Rudolf foi considerada inimiga da França,
sendo deportados para cidade de Londres. Mais tarde, um primo ajuda-o a voltar para a
cidade natal do seu pai, Augsburg, onde consegue frequentar a Royal County Trade
School e ganhar uma bolsa para a Technische Hochschule of Munich onde se torna num
brilhante aluno. Aqui conhece Carl von Linde, pioneiro na área da refrigeração, que faz
de Rudolf seu protegido.
Após a sua graduação, muda-se para Winterthur, Suíça onde é maquinista e designer
durante dois anos. Paris foi o seguinte destino, onde esteve empregado na Linde
Refrigeration Enterprises e também onde se tornou um apreciador de arte e política.
Em 1885 monta a sua primeira loja-laboratorio em Paris, onde desenvolve o seu motor a
tempo inteiro. Mais tarde muda-se para Berlim onde continua o seu trabalho, ficando
sempre associado à Linde Enterprises.
Em 1913 desaparece não sendo conhecida, até à data, as causas do seu misterioso
desaparecimento.
[editar] Tecnologia
Quando o tempo está frio, o ar ao ser comprimido poderá não atingir a temperatura
suficiente para a primeira ignição, mas esses obstáculos têm vindo a desaparecer em
virtude das injecções electrónicas directas e a maior rotação do motor de partida. Nos
modelos antigos ou lugares muito frios costuma-se usar velas de incandescência no tubo
de admissão para minimizar esse efeito sendo que alguns motores estacionários ainda
usam buchas de fogo e a partida é feita com manivelas.
[editar] Combustivel
O combustível utilizado actualmente pelos motores diesel é o gasóleo (o invento
original rodou com óleo vegetal ), um hidrocarboneto obtido a partir da destilação do
petróleo a temperaturas de 250°C e 350°C. Recentemente, o diesel de petróleo vem
sendo substituído pelo biodiesel e por óleo vegetal a partir de tecnologias de conversão,
sendo algumas de fontes de energia renovável.
Onde se tem feito mais evolução neste tipo de motorização mais eficiente que o seu
congénere a gasolina é no campo da injecção directa, nomeadamente nas de alta pressão
como o injector-bomba e o "common-rail", que possibilitam a obtenção de mais
potência, menor consumo e menos ruído de funcionamento.
[editar] Funcionamento
[editar] Ciclo Termodinâmico
Rendimento do ciclo:
Razão de compresão:
Na maioria das aplicações, os motores Diesel funcionam a quatro tempos O ciclo inicia-
se com o êmbolo no Ponto Morto Superior (PMS). A válvula de admissão está aberta e
o êmbolo ao descer aspira o ar para dentro do cilindro.
Pouco antes do PMS o combustível começa a ser pulverizado pelo ejector em finas
gotículas, misturando-se com o ar quente até que se dá a combustão. A combustão é
controlada pela taxa de injecção de combustível, ou seja, pela quantidade de
combustível que é injectado. O combustível começa a ser injectado um pouco antes do
PMS devido ao facto de atingir a quantidade suficiente para uma perfeita mistura (ar +
combustível)e consequentemente uma boa combustão.
O ciclo termina com a fase de escape, onde o embolo retorna ao PMS, o que faz com
que os gases de combustão sejam expulsos do cilindro, retomando assim o ciclo.
No caso dos motores a dois tempos, o ciclo é completado a cada volta, a admissão não é
feita por válvulas mas sim por janelas.
Mas há uma grande diferença com relação a outros motores de interna de ciclo Otto.
Neste último, a mistura ar-combustível mesmo comprimida, precisa de uma faísca (de
uma vela por exemplo) para iniciar ao processo de queima. Já nos motores Diesel, a
mistura é substituída por ar puro no cilindro, que é comprimido a uma razão bem maior
que nos Otto (16:1 a 24:1 8:1 a 10:1). Essa maior compressão leva a uma elevação
significativa da temperatura que, combinada com o Diesel, pulverizando através de
pequenos jatos a alta pressão, iniciam o processo de combustão espontânea, isto evita o
efeito de detonação que ocorre com o combustível no motores do ciclo Otto,
aumentando significativamente o rendimento volumétrico do motor Diesel.
Uma outra característica dos gases de escape dos motores Diesel são os altos índices
alcançados pela temperatura do fluído e pela pressão na câmara de combustão: de 600 a
800ºC e de 65 a 130 kgf/cm2, respectivamente. Nos motores ciclo Otto (ou a gasolina),
esses valores chegam apenas a 800 a 1000ºC e de 60 a 80 kgf/cm2.
0 - 1 Aspiração do Ar
O pistão desloca do PMS ao PMI aspirando o ar.
1 - 2 Compressão adiabática
Sem troca de calor com o meio ambiente. O pistão se desloca do PMI descrevendo a
área ( v1-1-2-v2), equivalente o trabalho absorvido.
2 - 3 Fornecimento instantâneo de calor a pressão constante
O pistão ao passar do ponto 2 a 3, variando o volume do fluido produzirá trabalho
equivalente à área ( v2-2-3-v3), que também é equivalente à área ( s1-2-3-s2) no
diagrama TS.
3 - 4 Expansão adiabática
O pistão se desloca verso ao PMI descrevendo a área (v1-4-3-v3), equivalente à mais
um trabalho realizado. Isto ocorre sem troca de calor com o meio ambiente.
4 - 1 Rejeição instantânea de calor a volume constante
É representado pela área (s1-1-4-s2), equivalente à mais uma parcela de trabalho
absorvido.
O trabalho útil realizado pelo sistema é igual à diferença entre o trabalho fornecido pelo
sistema e o trabalho absorvido. Este trabalho é equivalente a área (1-2-3-4).
O rendimento térmico de um ciclo Diesel é dado por
Onde:
r = v1 / v2 , f = v3 / v2 e K = Cp / Cv
A - Injeção
B - Perdas devido ao retardo da combustão
C - " " a dissociação do combustível
D - " " à combustão não instantânea
E - " " à troca de calor com o meio ambiente
F - Abertura da válvula de descarga
G - Perdas devido à abertura antecipada da valvula de descarga
H - Perdas por bombeamento