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MOTOR PROPULSOR E SISTEMAS

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 ASSUNTOS A SEREM ABORDADOS:
 1 – MOTOR PROPULSOR
 1.1 CICLOS DE MOTORES OTTO E DIESEL
 1.2 MOTORES DE QUATRO TEMPOS
 1.3 MOTORES DE DOIS TEMPOS
 1.4 ESQUEMA DO MOTOR DE POPA
 1.5 DICAS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
 1.6 TERMOS TÉCNICOS DOS MOTORES
 1.7 OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL
 1.8 PROVIDÊNCIAS PARA O FUNCIONAMENTO
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 2 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

 3 – SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

 4 – SISTEMA DE INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL

 5 – SISTEMA ELÉTRICO
 5.1 ENERGIA ELÉTRICA
 5.2 PERIGOS DE ENERGIA ELÉTRICA A BORDO
 5.3 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
 5.4 ESQUEMA ELÉTRICO DE EMBARCAÇÕES PEQUENAS
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 1.1 CICLOS DE MOTORES OTTO E DIESEL
 Nos dois processos que ocorrem nos Motores de Combustão
Interna (MCI) podemos verificar os seguintes ciclos:
 No motor tipo Otto é aspirado para dentro do cilindro à mistura
de ar e combustível. Essa mistura é então comprimida e depois
uma centelha elétrica produzida pela vela de ignição
desencadeia a queima da mistura.
 O motor tipo Diesel aspira apenas ar que é então comprimido
em taxas superiores a 16 por 1. No final da compressão a
pressão é superior a 60 vezes a pressão inicial e a
temperatura também é muito mais alta que no final da
compressão de uma máquina de Otto. A injeção do
combustível pela bomba injetora para dentro deste gás
altamente aquecido é seguida de auto-ignição e expansão dos
gases.  
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 Os MCI podem ser classificados segundo os seguintes critérios
básicos:
 a) Quanto à propriedade do gás na admissão:

- ar (Diesel)
- mistura ar-combustível (Otto)
 b) Quanto à ignição

- por centelha
- por compressão
 c) Quanto ao movimento do pistão

- Alternativo (Otto, Diesel)


- Rotativo (Rotores)
 d) Quanto ao ciclo de trabalho

- 2 tempos
- 4 tempos
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 1.2 MOTORES DE QUATRO TEMPOS
 O funcionamento do motor de combustão interna
ocorre em quatro tempos: admissão,
compressão, explosão ou combustão e
escape (descarga).
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 O combustível mais utilizado atualmente no mundo inteiro é a
gasolina. O motor que normalmente equipa os automóveis
movidos à gasolina é o motor de combustão interna,
também chamada de motor de explosão interna ou motor
a explosão de quatro tempos.
 Os termos “combustão” e “explosão” são usados no nome
desse motor porque o seu princípio de funcionamento baseia-
se no aproveitamento da energia liberada na reação de
combustão de uma mistura de ar e combustível que ocorre
dentro do cilindro do veículo. Esse motor também é chamado
de “motor de quatro tempos” porque seu funcionamento
ocorre em quatro estágios ou tempos diferentes.
 Conhecer como esses estágios do funcionamento do motor de
combustão interna ocorrem ajuda-nos a compreender por que
é importante usar gasolinas de qualidade com alto índice de
octanagem. Antes, porém, veja quais são os nomes das
principais partes do motor:
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 Agora veja como funciona o motor e o que ocorre em cada tempo:
 1º tempo: ADMISSÃO— No início, o pistão está em cima, isto é, no
chamado ponto morto superior. Nesse primeiro estágio, a válvula de
admissão abre e o pistão desce, sendo puxado pelo eixo virabrequim.
Uma mistura de ar e vapor de gasolina entra pela válvula para ser
“aspirada” para dentro da câmara de combustão, que está a baixa
pressão. O pistão chega ao ponto morto inferior, e a válvula de admissão
fecha, completando o primeiro tempo do motor.
 2º tempo: COMPRESSÃO — O pistão sobe e comprime a mistura de ar
e vapor de gasolina. O tempo de compressão fecha quando o pistão
sobe totalmente.
 3º tempo: EXPLOSÃO OU COMBUSTÃO — Para dar início à
combustão da mistura combustível que está comprimida, solta-se uma
descarga elétrica entre dois pontos da vela de ignição. Essa faísca da
vela detona a mistura e empurra o pistão para baixo, fazendo com que
ele atinja o ponto morto inferior.
 4º tempo: ESCAPE —A mistura de ar e combustível foi queimada, mas
ficaram alguns resíduos dessa combustão que precisam ser retirados de
dentro do motor. Isso é feito quando o pistão sobe, a válvula de escape
abre, e os gases residuais são expulsos.
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 Esse processo inicia-se novamente, e os quatro tempos ocorrem
de modo sucessivo. Os pistões, que ficam subindo e descendo,
movem um eixo de manivela, chamado virabrequim, que está
ligado às rodas por motores, fazendo-as girar e,
consequentemente, o barco andar.

 Uma analogia que pode ajudar no entendimento desse processo


é pensar em como fazemos uma bicicleta movimentar-se.
Fazemos com as pernas movimentos de sobe e desce, assim
como os pistões do motor do barco. As manivelas presas aos
pedais da bicicleta estão conectadas à corrente, que se
movimenta e faz as rodas girarem. Algo parecido ocorre no carro:
o movimento de cima para baixo dos pistões gira o virabrequim,
que leva a energia mecânica até o sistema de transmissão, que,
por sua vez, distribui essa energia para as rodas.
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 Isso nos mostra que energia química (da reação química de
combustão) é transformada em energia mecânica, que, por sua
vez, faz os hélices da embarcação movimentar-se. A energia que
faz o combustível explodir vem da bateria do automóvel. Essa
corrente elétrica é amplificada pela bobina, e um distribuidor faz a
sua divisão entre as velas em cada cilindro.
 Além disso, a combustão é uma reação exotérmica, liberando
grande quantidade de calor. Assim, é preciso que o radiador use
água para resfriar o motor e garantir que ele continue funcionando.
 Veja que, no 2º tempo, se a gasolina for de baixa qualidade, os
seus componentes não aguentarão tamanha pressão e poderão
estourar antes da hora, antes da faísca soltar da vela, que é o que
acontece no próximo estágio. Isso resulta em um menor
desempenho do motor, que começa a bater pino, pois a explosão
ocorre de forma tumultuada.
VÍDEO
OTTO X DIESEL !
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 1.3 MOTORES DE DOIS TEMPOS
 MOTOR DE DOIS TEMPOS é um tipo de motor de combustão
interna de mecanismo simples, ou seja, ocorre um ciclo de
admissão, compressão, expansão e exaustão de gases a
cada volta do eixo. Diferente dos motores de quatro
tempos, as etapas de funcionamento não ocorrem de forma
bem demarcada, havendo admissão e exaustão de gases
simultaneamente, por exemplo.
 Um tempo de funcionamento do motor é percurso do ponto
morto inferior ao ponto morto superior da trajetória do
pistão. Assim, um tempo equivale a meia volta do eixo de
manivelas. No caso, chama-se o primeiro tempo de
compressão e admissão, o segundo, de escape e
transferência de calor.
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2 E 4 TEMPOS!
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 1.4 ESQUEMA DO MOTOR DE POPA
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 1.5 O QUE FAZER ANTES DE DAR A PARTIDA NO MOTOR?
 1- Verificar o nível do óleo; e
 2- Verificar a água do radiador;

 1.5 DICAS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Todo motor sendo o motor carburado, este deve ser ligado uma vez por semana por
um período de 5 a 10 minutos. Segue abaixo alguns passos para o procedimento de
lavagem e guarda do motor/barco:
1- tirar o barco da água.
2- Tirar o capô do motor ou abrir o porão
3- Verificar se há algum vazamento de combustível, cabo de vela solto, se está tudo
bem!
4- Colocar o "telefone" ou "orelhão" na rabeta.
5- Verificar se a pressão da água está boa (nos motores de popa tem um orifício na
lateral que espirra água com boa pressão, se a pressão for baixa este orifício vai sair
pouca água).
6- Ligar o motor sem acelerar (além de o motor já estar quente, NUNCA se acelera fora
d'água).
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7- Verificar se água está retornando pela descarga.
8- Verifique a água que sai, se está muito preta ou com óleo, caso
esteja pode ser um problema, a água deve sair limpa com um leve
deposito de carvão.
9- Verificar se o “XIXI” do motor está com pressão.
10- Você vai notar que após alguns minutos a água começará sair por
outras saídas, estas saídas estão ligadas ao termostato, isto significa
que os termostatos estão se abrindo.
11- Deixe a partir deste ponto o motor funcionar por 10 minutos,
sempre verificando a pressão dá água e a temperatura do motor,
COMO? Pela água que sai na descarga, se ela estiver fervendo,
significa que a pressão da água esta pouca, mas se a água ficar
somente quente, isto é normal.
12- Desligue o motor, e levante a rabeta, para se lavar embaixo,
aproveite e verifique os anodos, nesta área é comum juntar as
"cracas" ou "Caracas", não deixe acumular, lave bem, com água.
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13- Verifique nos hélices por amassados, linhas de nylon, e folgas, no caso
de amassado é recomendável reparar antes de usar o hélice novamente,
para não prejudicar os rolamentos. 
14- Deixe secar, e verifique as baterias, lave as também, verifique o porão
por sujeira ou algo que possa travar o automático da bomba de porão.
Passe graxa ou vaselina nos bornes de bateria.
15- Aplique spray do fabricante no motor todo, mas sem fazer lambança.
16- Verifique o reservatório de óleo, não deixe cair água em cima.
17- Coloque o capô no motor, e de polimento com cera de carro uma vez por
mês.
18- Verifique se a chave geral está desligada.
19- Verifique se o bocal do tanque de combustível está fechado.
20- Coloque a lona de cobertura, verificando se o respiro do tanque está para
fora, aplique vaselina no respiro.
21- Anote a data do abastecimento, pois o combustível, seja gasolina ou
diesel tem vida útil muito curta. 30 dias.

IMPORTANTE: Lembre-se de usar roupas e equipamentos de proteção durante


a operação do motor e manutenção do motor e lembre-se sempre de
guardar as ferramentas organizadas e lubrificá-las para o uso posterior.
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 1.6 TERMOS TÉCNICOS DOS MOTORES
 Bloco - é a peça mais pesada e mais volumosa do motor. É
nele que ficam os orifícios denominados cilindros, dentro
dos quais trabalham os êmbolos. O bloco também possui
espaços ocos em volta dos cilindros denominados jaquetas,
destinados à passagem da água de resfriamento do motor.
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 Cabeçote - é a peça que fecha os cilindros por cima,
e na qual são montados os balancins, as válvulas de
admissão e de descarga e os injetores de combustível.
Possui também espaços vazios destinados à
circulação da água de resfriamento.
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 Cárter - é uma espécie de bacia que serve de
depósito para o óleo lubrificante do motor. É fixado ao
bloco por meio de parafusos, colocando-se entre as
duas peças uma junta de material macio, como
cortiça ou papelão apropriado.
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 Êmbolo ou pistão - é a peça do motor que trabalha
no interior do cilindro e que recebe diretamente o
impulso dos gases da combustão. É em seu
movimento retilíneo alternado que se verifica a
transformação da energia térmica do combustível em
mecânica, transmitida ao eixo de manivelas por meio
da biela.
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 Biela ou conectora – é a peça de ligação entre o êmbolo
e o eixo de manivelas. É com o auxílio dela que o
movimento alternado do êmbolo é transformado em
rotativo no eixo de manivelas do motor. Uma de suas
extremidades articula no pino do êmbolo e a outra articula
no pino da manivela.
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 1.7 OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL
 Na unidade anterior você aprendeu coisas importantes sobre
motores a diesel. Conheceu seu princípio de funcionamento e
identificou os seus principais componentes. Agora você vai
conhecer um pouco da prática de condução do motor.
 Durante o desenvolvimento dessa disciplina, estaremos
considerando o motor diesel marítimo como alvo principal do
nosso estudo.
 Uma boa condução exige que o operador conheça muito bem
as características de funcionamento do motor e as normas
recomendadas pelo seu fabricante. Portanto, é da maior
importância que você leia e releia com atenção o manual de
instruções do motor e os planos da sua instalação a bordo do
barco.
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 1.8 PROVIDÊNCIAS PARA O FUNCIONAMENTO
 Sabemos que cada motor tem suas particularidades, mas
certamente as providências aqui recomendadas para a partida
aplicam-se à maioria das instalações marítimas de pequeno porte.
 A preparação da máquina deve ser feita com bastante
antecedência, principalmente, quando se tratar de um motor que
esteve parado por muito tempo.

 As providências tomadas antes da partida são as


seguintes:
• verificar se existem a bordo quantidades suficientes de óleo
combustível, óleo lubrificante e água potável para a viagem;
• verificar o nível de óleo lubrificante no cárter;
• encher o tanque de serviço do motor com óleo combustível;
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• folgar um pouco o engaxetamento da bucha do eixo propulsor;
• verificar a carga da bateria do motor elétrico de partida e carregá-la se
houver necessidade;
• abrir a válvula de fundo, as intermediárias e a de descarga no costado,
pertencentes ao sistema de resfriamento do motor; e
• girar o eixo de manivelas do motor por meio de uma alavanca para
verificar se elas podem girar livremente.

 Após essas providências poderá ser dada a partida. Com o motor em


funcionamento, o condutor deverá fazer observações periódicas,
anotando tudo que for interessante.
 De hora em hora o condutor deverá registrar no caderno de
anotações os valores de pressão e temperatura, ocorrência de
eventuais vazamentos e outras informações que possam indicar o
estado de funcionamento do motor. Além disso, devem ser
registrados todos os serviços de manutenção que forem sendo
realizados.
 Lembrando: Retirar a descarga do motor tipo rabeta da canoas,
NÃO melhora o rendimento do motor e ainda consome mais
combustível.
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 2 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

 As peças móveis do motor submetidas ao atrito geram calor e


desgastes, necessitando continuamente de lubrificantes entre
as superfícies de contato. O calor e desgaste gerados
provocam temperaturas elevadas que podem fundir as pecas
uma nas outras.

 A primeira função dos lubrificantes, os óleos minerais ou


sintéticos, e o de lubrificar esses componentes, ou seja,
manter uma película de óleo lubrificante entre essas peças
para dissipar o calor, vedar, limpar, reduzir o ruído do motor e
remover as partículas geradas pelo desgaste nos locais de
atrito, mantendo-as em suspensão.
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 3 – SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
 Sistema de arrefecimento ou refrigeração é o sistema que
controla a temperatura nos motores a explosão.
 A água com o auxílio de uma bomba centrífuga percorre
essas câmaras, absorvem energia calorífica do motor e, ao
sair do motor são lançados fora por um orifício.
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 Os GRANDES MOTORES de bordo precisam funcionar em
uma temperatura ideal, ora, se a temperatura estiver muito
abaixo do recomendado às peças estarão retraídas, as folgas
serão maiores e isso prejudica o rendimento do motor, bem
como a vida útil de suas peças. Se a temperatura estiver
acima do recomendado, as peças estarão dilatadas, o que
aumenta consideravelmente o atrito das partes móveis,
desgastando rapidamente essas peças. 
 Esse resfriamento nos motores marítimos de médio e grande
porte é feito através de uma porção de água doce que circula
dentro de câmaras de resfriamento existentes no cabeçote
e no bloco desses motores. 
 Circuladas em vermelho podemos ver algumas câmaras de
resfriamento
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- A água doce com o auxílio de uma bomba centrífuga


percorre essas câmaras, absorvem energia calorífica do
motor e, ao sair do motor passam por um trocador de
calor, que é um aparelho resfriador que utiliza água do
mar para resfriar a água doce.
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 Porque simplesmente não bombeiam água do mar para
resfriar o motor?
 Bom, a água do mar contém uma alta concentração de sais que
formariam depósitos nas câmaras de resfriamento dos motores,
obstruindo essas câmaras a água não pode circular
normalmente, prejudicando o sistema de resfriamento. Sendo
assim, a água salgada é bombeada através de um ralo no
casco do navio, passa pelo trocador de calor e é jogada
novamente no mar, Sistema Aberto. A água doce passa pelo
motor e pelo trocador de calor, num Sistema Fechado.  
 Apesar de ser um sistema fechado, há perdas de água doce e
essa água precisa ser reposta. Essa reposição é feita por um
Tanque de Expansão, que contém uma quantidade de água
doce que completa o sistema na medida em que há perda nas
tubulações.
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 4 – SISTEMA DE INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL

 O propósito é armazenar o combustível e entregar uma


quantidade precisa, limpa e à pressão correta, para
satisfazer as exigências do motor. Um sistema em boas
condições e bem projetado assegura um fluxo abundante
e efetivo de combustível em todas as fases, que incluem
uma mudança de velocidade, manobras violentas e
repentinas, as acelerações e desacelerações.

 Os indicadores de combustíveis, tais como o instrumento


de pressão, de fluxo e indicadores de quantidade, dão
sinais contínuas do funcionamento do sistema.
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 5.1 ENERGIA ELÉTRICA
 Pode-se definir energia elétrica como uma forma de gerar energia
baseada na geração de diferenças de potencial elérico entre dois
pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre
ambos. Mediante a transformação adequada é possível obter que
tal energia mostre-se em outras formas finais de uso direto, em
forma de luz, movimento ou calor, segundo os elementos da
conservação da energia.
 A energia elétrica é uma das formas de energia que a humanidade
mais utiliza na atualidade, graças a sua facilidade de transporte,
baixo índice de perda energética durante conversões.
 As embarcações atuais possuem tantos componentes eletrônicos a
bordo atualmente que não temos como renegar o aspecto
eletricidade. Na embarcação mais simples as mias sofisticadas
existe um sistema elétrico. Em um barco pequeno o sistema é
formado apenas por uma bateria e um barco maior a eletricidade é
gerada por geradores de pequeno e médio porte.
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 Vamos começar do começo, vamos comprar uma bateria
de
 100 A/H (Ampere hora) eu disse Ampere divido por hora e
não Ampere por hora veja a diferença:
 Uma bateria de 100AH produz 100A em 1 hora, pois esta
mesma bateria de 100AH irá produzir 50 Amperes em 2
horas; ou 25 Amperes em 4 horas; ou 12,5 Amperes em 8
horas; pois a relação Ampere X hora deve ser mantida, ou
seja, a capacidade de uma bateria é a quantidade de
corrente elétrica (Ampere) que ela consegue fornecer em
um determinado tempo.
 Imagine o seu rádio VHF de 25 W que fica ligado num
banco de bateria de 12 volts; este rádio consome 2AH, se
ele vai ficar ligado por 5 horas o consumo será 10AH, ou
seja, se sua bateria é de 70 AH irá suportar
tranquilamente o rádio ligado por mais de 5 horas
direto.
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 5.2 PERIGOS DE ENERGIA ELÉTRICA A BORDO
 Incêndios e naufrágios são as causas mais frequentes da perda de
barcos. E eles quase sempre têm origem num só ponto: a parte
elétrica. Portanto, fique atento e confira uma lista dos maiores riscos
que se pode correr com o sistema elétrico de sua embarcação.
1- TERMINAIS E CONEXÕES EM MAU ESTADO
 O “coração” das instalações elétricas são os terminais e as conexões,

especialmente das baterias. Se eles estiverem frouxos, podem


superaquecer e derreter os cabos. Para evitar isso, faça um check-up
completo, tanto na fiação quanto nos seus complementos, pelo
menos uma vez por ano.
2- VOLTAGEM DIFERENTE NAS TOMADAS DOS PORTOS
 Como a maioria dos portos e/ou flutuantes não segue um padrão na

voltagem há sempre a possibilidade de a tomada do cais não ser


compatível com a do seu barco. Assim, curtos-circuitos podem
ocorrer, afetando até mesmo a parte eletrônica dos motores.
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3- INSTALAR EQUIPAMENTOS DIFERENTES
 Certifique-se de que o automático das bombas é compatível com

a corrente elétrica. Instalar um modelo errado por fazer com que a


bomba não funcione na hora que você mais precise dela. Da
mesma forma, tome cuidado com certos acessórios, como micro-
ondas e secador de cabelos, que puxam bastante energia e
podem superaquecer a fiação.
4- EQUIPAMENTOS QUE NÃO DESLIGAM
 Se o seu barco tiver guincho elétrico verifique periodicamente o

sensor de acionamento desses equipamentos. Como eles


consomem altas correntes, a quebra do sensor pode fazer com
que eles funcionem ininterruptamente, sem você perceber. E isso
pode gerar superaquecimento na fiação.
5- EQUIPAMENTOS EM CONTATO COM A ÁGUA
 O inversor deve ficar sempre o mais próximo possível das

baterias, para evitar quedas de tensão. Mas é importante instalá-


lo sempre o mais alto possível no porão, para evitar contato com
a água empoçada, o mesmo valendo para qualquer equipamento
elétrico. Energia e água não combinam.
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6- INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO PAINEL
 Barcos com comando aberto não estão livres de respingos d’água

– seja na navegação ou na lavagem do casco. E esse contato com


a água pode gerar pontos de ferrugem nas conexões das fiações,
além de comprometer a durabilidade dos cabos. A única maneira
de evitar isso é checar periodicamente as vedações de borrachas
no painel e, no caso de vazamento crônico, não molhá-lo ao lavar
o barco.
OBS: Nem pensar! Sobrecargas e maus contatos são sempre
prenúncios de tragédias. 
7. FIOS, CONECTORES E BATERIAS MAL INSTALADAS
 Gambiarras e gatilhos são as principais causas dos incêndios de

origem elétrica a bordo de qualquer barco. “Se eles não forem


dimensionados para a energia que recebem, ou se não estiverem
bem conectados, acabarão liberando calor ou derretendo, o que,
em ambos os casos, é perigosíssimo”, afirma o especialista em
instalações elétricas náuticas Roberto Brener. Portanto, tire da
cabeça qualquer ideia de “dar um jeitinho” na parte elétrica do
barco. E anote aí alguns lembretes essenciais.
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8. MATERIAL DE QUALIDADE
 Use apenas fios de cobre estanhados e certificados, para evitar

corrosão.  
9. TERMINAIS SELADOS E PRENSADOS
 Sele os terminais e as pontas dos fios com silicone, para vedar a

entrada de ar entre o cobre e o plástico que reveste os cabos. Os


terminais dos cabos da bateria devem ser prensados e não
soldados. A solda enrijece os cabos, tornando-os sujeitos a
quebras.
10. DISJUNTORES E FUSÍVEIS
 Use disjuntores termomagnéticos, que protegem contra
sobrecargas e curtos. Mas, atenção: há disjuntores que não
funcionam em correntes contínuas. Use fusíveis em circuitos de
alta corrente costumam criar quedas de tensão. Se isso acontecer
com baterias fracas, pode dificultar a partida do motor.
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11. CABOS DE ARRANQUE
 Cabos de arranque do motor e do gerador não precisam ter fusíveis

próprios. Bastam cabos superdimensionados.


12. BATERIA PEADA
 Para não tombar o balanço do barco, a bateria deve ser bem presa, mas

com cintas ou cabos que não contenham partes de metal.


13. FIAÇÃO ELÉTRICA E MANGUEIRA DE COMBUSTÍVEL
 Em hipótese nenhuma, qualquer fiação deve passar perto de alguma

mangueira de combustível.  A fiação deve ser fixada a cada 25 centímetros


ao longo do barco. Mas não muito esticada, para não romper com os
trancos, o que é mais frequente do que parece.
 14- LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS EM LOCAIS COM ALTAS TEMPERATURAS

OU CORRENTES ELÉTRICAS
 NÃO deve-se deixar líquidos inflamáveis, como a gasolina, próximos de

locais com temperaturas elevadas, como por exemplo: A praça de


máquinas de uma embarcação, ou onde passam corrente elétrica, pois
pode ocorrer um curto ou uma centelha e iniciar um incêndio.
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 5.3 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

POTÊNCIA TEMPO DE QUANTIDADE


EQUIPAMENTO
(W) USO/DIA (H) DE DIAS

RÁDIO VHF 25 24 2

LUZES DE
10 5 2
BORDO

BOMBA DE
15 24 2
ESGOTO
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 5.4 ESQUEMA ELÉTRICO DE EMBARCAÇÕES
PEQUENAS
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