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CAPITANIA FLUVIAL DE TABATINGA

ETSP-BC/2023

MOTOR PROPULSOR E SISTEMAS AUXILIARES


INSTRUTOR: 3ºSG-AR AZOLA
MOTOR PROPULSOR E SISTEMAS
AUXILIARES
 ASSUNTOS A SEREM ABORDADOS:
 1 – MOTOR PROPULSOR
 1.1 CICLOS DE MOTORES OTTO E DIESEL
 1.2 MOTORES DE QUATRO TEMPOS
 1.3 MOTORES DE DOIS TEMPOS
 1.4 ESQUEMA DO MOTOR DE POPA
 1.5 DICAS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
 1.6 TERMOS TÉCNICOS DOS MOTORES
 1.7 OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL
 1.8 PROVIDÊNCIAS PARA O FUNCIONAMENTO
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 2 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

 3 – SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

 4 – SISTEMA DE INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL

 5– SISTEMA ELÉTRICO
 5.1 ENERGIA ELÉTRICA
 5.2 PERIGOS DE ENERGIA ELÉTRICA A BORDO
 5.3 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
 5.4 ESQUEMA ELÉTRICO DE EMBARCAÇÕES PEQUENAS
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 1.1 CICLOS DE MOTORES OTTO E DIESEL
 Nos dois processos que ocorrem nos Motores de Combustão Interna
(MCI) podemos verificar os seguintes ciclos:
 No motor tipo Otto é aspirado para dentro do cilindro à mistura de
ar e combustível. Essa mistura é então comprimida e depois uma
centelha elétrica produzida pela vela de ignição desencadeia a
queima da mistura.
 O motor tipo Diesel aspira apenas ar que é então comprimido em
taxas superiores a 16 por 1. No final da compressão a pressão é
superior a 60 vezes a pressão inicial e a temperatura também é
muito mais alta que no final da compressão de uma máquina de
Otto. A injeção do combustível pela bomba injetora para dentro
deste gás altamente aquecido é seguida de auto-ignição e expansão
dos gases.  
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 Os MCI podem ser classificados segundo os seguintes critérios básicos:
 a) Quanto à propriedade do gás na admissão:

- ar (Diesel)
- mistura ar-combustível (Otto)
 b) Quanto à ignição

- por centelha
- por compressão
 c) Quanto ao movimento do pistão

- Alternativo (Otto, Diesel)


- Rotativo (Rotores)
 d) Quanto ao ciclo de trabalho

- 2 tempos
- 4 tempos
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 1.2 MOTORES DE QUATRO TEMPOS
 O funcionamento do motor de combustão interna
ocorre em quatro tempos: admissão, compressão,
explosão ou combustão e escape (descarga).
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 O combustível mais utilizado atualmente no mundo inteiro é a gasolina.
O motor que normalmente equipa os automóveis movidos à gasolina é
o motor de combustão interna, também chamada de motor de
explosão interna ou motor a explosão de quatro tempos.
 Os termos “combustão” e “explosão” são usados no nome desse motor
porque o seu princípio de funcionamento baseia-se no aproveitamento
da energia liberada na reação de combustão de uma mistura de ar e
combustível que ocorre dentro do cilindro do veículo. Esse motor
também é chamado de “motor de quatro tempos” porque seu
funcionamento ocorre em quatro estágios ou tempos diferentes.
 Conhecer como esses estágios do funcionamento do motor de
combustão interna ocorrem ajuda-nos a compreender por que é
importante usar gasolinas de qualidade com alto índice de octanagem.
Antes, porém, veja quais são os nomes das principais partes do motor:
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 Agora veja como funciona o motor e o que ocorre em cada tempo:
 1º tempo: ADMISSÃO— No início, o pistão está em cima, isto é, no chamado
ponto morto superior. Nesse primeiro estágio, a válvula de admissão abre e o
pistão desce, sendo puxado pelo eixo virabrequim. Uma mistura de ar e vapor
de gasolina entra pela válvula para ser “aspirada” para dentro da câmara de
combustão, que está a baixa pressão. O pistão chega ao ponto morto inferior,
e a válvula de admissão fecha, completando o primeiro tempo do motor.
 2º tempo: COMPRESSÃO — O pistão sobe e comprime a mistura de ar e
vapor de gasolina. O tempo de compressão fecha quando o pistão sobe
totalmente.
 3º tempo: EXPLOSÃO OU COMBUSTÃO — Para dar início à combustão da
mistura combustível que está comprimida, solta-se uma descarga elétrica entre
dois pontos da vela de ignição. Essa faísca da vela detona a mistura e empurra
o pistão para baixo, fazendo com que ele atinja o ponto morto inferior.
 4º tempo: ESCAPE —A mistura de ar e combustível foi queimada, mas
ficaram alguns resíduos dessa combustão que precisam ser retirados de dentro
do motor. Isso é feito quando o pistão sobe, a válvula de escape abre, e os
gases residuais são expulsos.
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 Esse processo inicia-se novamente, e os quatro tempos ocorrem de
modo sucessivo. Os pistões, que ficam subindo e descendo, movem
um eixo de manivela, chamado virabrequim, que está ligado às rodas
por motores, fazendo-as girar e, consequentemente, o barco andar.

 Uma analogia que pode ajudar no entendimento desse processo é


pensar em como fazemos uma bicicleta movimentar-se. Fazemos com
as pernas movimentos de sobe e desce, assim como os pistões do
motor do barco. As manivelas presas aos pedais da bicicleta estão
conectadas à corrente, que se movimenta e faz as rodas girarem.
Algo parecido ocorre no carro: o movimento de cima para baixo dos
pistões gira o virabrequim, que leva a energia mecânica até o sistema
de transmissão, que, por sua vez, distribui essa energia para as
rodas.
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 Isso nos mostra que energia química (da reação química de
combustão) é transformada em energia mecânica, que, por sua vez,
faz os hélices da embarcação movimentar-se. A energia que faz o
combustível explodir vem da bateria do automóvel. Essa corrente
elétrica é amplificada pela bobina, e um distribuidor faz a sua divisão
entre as velas em cada cilindro.
 Além disso, a combustão é uma reação exotérmica, liberando grande
quantidade de calor. Assim, é preciso que o radiador use água para
resfriar o motor e garantir que ele continue funcionando.
 Veja que, no 2º tempo, se a gasolina for de baixa qualidade, os seus
componentes não aguentarão tamanha pressão e poderão estourar
antes da hora, antes da faísca soltar da vela, que é o que acontece no
próximo estágio. Isso resulta em um menor desempenho do motor,
que começa a bater pino, pois a explosão ocorre de forma tumultuada.
VÍDEO
OTTO X DIESEL !
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 1.3 MOTORES DE DOIS TEMPOS
 MOTOR DE DOIS TEMPOS é um tipo de motor de combustão
interna de mecanismo simples, ou seja, ocorre um ciclo de
admissão, compressão, expansão e exaustão de gases a cada
volta do eixo. Diferente dos motores de quatro tempos, as
etapas de funcionamento não ocorrem de forma bem
demarcada, havendo admissão e exaustão de gases
simultaneamente, por exemplo.
 Um tempo de funcionamento do motor é percurso do ponto
morto inferior ao ponto morto superior da trajetória do pistão.
Assim, um tempo equivale a meia volta do eixo de manivelas.
No caso, chama-se o primeiro tempo de compressão e
admissão, o segundo, de escape e transferência de calor.
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VÍDEO
2 E 4 TEMPOS!
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 1.4 ESQUEMA DO MOTOR DE POPA
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 1.5 O QUE FAZER ANTES DE DAR A PARTIDA NO MOTOR?
 1- Verificar o nível do óleo; e

 2- Verificar a água do radiador;

 1.5 DICAS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA


Todo motor sendo o motor carburado, este deve ser ligado uma vez por semana por um
período de 5 a 10 minutos. Segue abaixo alguns passos para o procedimento de lavagem e
guarda do motor/barco:
1- tirar o barco da água.
2- Tirar o capô do motor ou abrir o porão
3- Verificar se há algum vazamento de combustível, cabo de vela solto, se está tudo bem!
4- Colocar o "telefone" ou "orelhão" na rabeta.
5- Verificar se a pressão da água está boa (nos motores de popa tem um orifício na lateral
que espirra água com boa pressão, se a pressão for baixa este orifício vai sair pouca água).
6- Ligar o motor sem acelerar (além de o motor já estar quente, NUNCA se acelera fora
d'água).
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7- Verificar se água está retornando pela descarga.
8- Verifique a água que sai, se está muito preta ou com óleo, caso esteja
pode ser um problema, a água deve sair limpa com um leve deposito de
carvão.
9- Verificar se o “XIXI” do motor está com pressão.
10- Você vai notar que após alguns minutos a água começará sair por
outras saídas, estas saídas estão ligadas ao termostato, isto significa que
os termostatos estão se abrindo.
11- Deixe a partir deste ponto o motor funcionar por 10 minutos, sempre
verificando a pressão dá água e a temperatura do motor, COMO? Pela
água que sai na descarga, se ela estiver fervendo, significa que a pressão
da água esta pouca, mas se a água ficar somente quente, isto é normal.
12- Desligue o motor, e levante a rabeta, para se lavar embaixo, aproveite
e verifique os anodos, nesta área é comum juntar as "cracas" ou
"Caracas", não deixe acumular, lave bem, com água.
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13- Verifique nos hélices por amassados, linhas de nylon, e folgas, no caso de
amassado é recomendável reparar antes de usar o hélice novamente, para não
prejudicar os rolamentos. 
14- Deixe secar, e verifique as baterias, lave as também, verifique o porão por sujeira
ou algo que possa travar o automático da bomba de porão. Passe graxa ou vaselina
nos bornes de bateria.
15- Aplique spray do fabricante no motor todo, mas sem fazer lambança.
16- Verifique o reservatório de óleo, não deixe cair água em cima.
17- Coloque o capô no motor, e de polimento com cera de carro uma vez por mês.
18- Verifique se a chave geral está desligada.
19- Verifique se o bocal do tanque de combustível está fechado.
20- Coloque a lona de cobertura, verificando se o respiro do tanque está para fora,
aplique vaselina no respiro.
21- Anote a data do abastecimento, pois o combustível, seja gasolina ou diesel tem
vida útil muito curta. 30 dias.

IMPORTANTE: Lembre-se de usar roupas e equipamentos de proteção durante a


operação do motor e manutenção do motor e lembre-se sempre de guardar as
ferramentas organizadas e lubrificá-las para o uso posterior.
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 1.6 TERMOS TÉCNICOS DOS MOTORES
 Bloco - é a peça mais pesada e mais volumosa do motor. É
nele que ficam os orifícios denominados cilindros, dentro dos
quais trabalham os êmbolos. O bloco também possui espaços
ocos em volta dos cilindros denominados jaquetas,
destinados à passagem da água de resfriamento do motor.
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 Cabeçote - é a peça que fecha os cilindros por cima, e na
qual são montados os balancins, as válvulas de admissão e de
descarga e os injetores de combustível. Possui também
espaços vazios destinados à circulação da água de
resfriamento.
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 Cárter - é uma espécie de bacia que serve de depósito para
o óleo lubrificante do motor. É fixado ao bloco por meio de
parafusos, colocando-se entre as duas peças uma junta de
material macio, como cortiça ou papelão apropriado.
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 Êmbolo ou pistão - é a peça do motor que trabalha no
interior do cilindro e que recebe diretamente o impulso dos
gases da combustão. É em seu movimento retilíneo alternado
que se verifica a transformação da energia térmica do
combustível em mecânica, transmitida ao eixo de manivelas
por meio da biela.
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 Biela ou conectora – é a peça de ligação entre o êmbolo e o eixo
de manivelas. É com o auxílio dela que o movimento alternado do
êmbolo é transformado em rotativo no eixo de manivelas do motor.
Uma de suas extremidades articula no pino do êmbolo e a outra
articula no pino da manivela.
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 1.7 OPERAÇÕES COM MOTORES DIESEL
 Na unidade anterior você aprendeu coisas importantes sobre
motores a diesel. Conheceu seu princípio de funcionamento e
identificou os seus principais componentes. Agora você vai conhecer
um pouco da prática de condução do motor.
 Durante o desenvolvimento dessa disciplina, estaremos
considerando o motor diesel marítimo como alvo principal do nosso
estudo.
 Uma boa condução exige que o operador conheça muito bem as
características de funcionamento do motor e as normas
recomendadas pelo seu fabricante. Portanto, é da maior importância
que você leia e releia com atenção o manual de instruções do motor
e os planos da sua instalação a bordo do barco.
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 1.8 PROVIDÊNCIAS PARA O FUNCIONAMENTO
 Sabemos que cada motor tem suas particularidades, mas
certamente as providências aqui recomendadas para a partida
aplicam-se à maioria das instalações marítimas de pequeno porte.
 A preparação da máquina deve ser feita com bastante
antecedência, principalmente, quando se tratar de um motor que
esteve parado por muito tempo.

 As providências tomadas antes da partida são as seguintes:


• verificar se existem a bordo quantidades suficientes de óleo
combustível, óleo lubrificante e água potável para a viagem;
• verificar o nível de óleo lubrificante no cárter;
• encher o tanque de serviço do motor com óleo combustível;
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• folgar um pouco o engaxetamento da bucha do eixo propulsor;
• verificar a carga da bateria do motor elétrico de partida e carregá-la se houver
necessidade;
• abrir a válvula de fundo, as intermediárias e a de descarga no costado, pertencentes
ao sistema de resfriamento do motor; e
• girar o eixo de manivelas do motor por meio de uma alavanca para verificar se elas
podem girar livremente.

 Após essas providências poderá ser dada a partida. Com o motor em funcionamento,
o condutor deverá fazer observações periódicas, anotando tudo que for
interessante.
 De hora em hora o condutor deverá registrar no caderno de anotações os
valores de pressão e temperatura, ocorrência de eventuais vazamentos e
outras informações que possam indicar o estado de funcionamento do
motor. Além disso, devem ser registrados todos os serviços de manutenção
que forem sendo realizados.
 Lembrando: Retirar a descarga do motor tipo rabeta da canoas, NÃO
melhora o rendimento do motor e ainda consome mais combustível.
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 2 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

 As peças móveis do motor submetidas ao atrito geram calor e


desgastes, necessitando continuamente de lubrificantes entre as
superfícies de contato. O calor e desgaste gerados provocam
temperaturas elevadas que podem fundir as pecas uma nas outras.

 A primeira função dos lubrificantes, os óleos minerais ou sintéticos,


e o de lubrificar esses componentes, ou seja, manter uma película
de óleo lubrificante entre essas peças para dissipar o calor, vedar,
limpar, reduzir o ruído do motor e remover as partículas geradas
pelo desgaste nos locais de atrito, mantendo-as em suspensão.
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 3 – SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
 Sistema de arrefecimento ou refrigeração é o sistema que controla
a temperatura nos motores a explosão.
 A água com o auxílio de uma bomba centrífuga percorre essas
câmaras, absorvem energia calorífica do motor e, ao sair do motor
são lançados fora por um orifício.
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 Os GRANDES MOTORES de bordo precisam funcionar em uma
temperatura ideal, ora, se a temperatura estiver muito abaixo do
recomendado às peças estarão retraídas, as folgas serão maiores
e isso prejudica o rendimento do motor, bem como a vida útil de
suas peças. Se a temperatura estiver acima do recomendado, as
peças estarão dilatadas, o que aumenta consideravelmente o
atrito das partes móveis, desgastando rapidamente essas peças. 
 Esse resfriamento nos motores marítimos de médio e grande
porte é feito através de uma porção de água doce que circula
dentro de câmaras de resfriamento existentes no cabeçote e
no bloco desses motores. 
 Circuladas em vermelho podemos ver algumas câmaras de
resfriamento
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- A água doce com o auxílio de uma bomba centrífuga percorre essas


câmaras, absorvem energia calorífica do motor e, ao sair do motor
passam por um trocador de calor, que é um aparelho resfriador
que utiliza água do mar para resfriar a água doce.
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 Porque simplesmente não bombeiam água do mar para resfriar o
motor?
 Bom, a água do mar contém uma alta concentração de sais que
formariam depósitos nas câmaras de resfriamento dos motores,
obstruindo essas câmaras a água não pode circular normalmente,
prejudicando o sistema de resfriamento. Sendo assim, a água
salgada é bombeada através de um ralo no casco do navio, passa
pelo trocador de calor e é jogada novamente no mar, Sistema
Aberto. A água doce passa pelo motor e pelo trocador de calor,
num Sistema Fechado.  
 Apesar de ser um sistema fechado, há perdas de água doce e essa
água precisa ser reposta. Essa reposição é feita por um Tanque de
Expansão, que contém uma quantidade de água doce que
completa o sistema na medida em que há perda nas tubulações.
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 4 – SISTEMA DE INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL

 O propósito é armazenar o combustível e entregar uma


quantidade precisa, limpa e à pressão correta, para satisfazer as
exigências do motor. Um sistema em boas condições e bem
projetado assegura um fluxo abundante e efetivo de
combustível em todas as fases, que incluem uma mudança de
velocidade, manobras violentas e repentinas, as acelerações e
desacelerações.

 Os indicadores de combustíveis, tais como o instrumento de


pressão, de fluxo e indicadores de quantidade, dão sinais
contínuas do funcionamento do sistema.
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 5.1 ENERGIA ELÉTRICA
 Pode-se definir energia elétrica como uma forma de gerar energia
baseada na geração de diferenças de potencial elérico entre dois pontos,
que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos. Mediante a
transformação adequada é possível obter que tal energia mostre-se em
outras formas finais de uso direto, em forma de luz, movimento ou calor,
segundo os elementos da conservação da energia.
 A energia elétrica é uma das formas de energia que a humanidade mais
utiliza na atualidade, graças a sua facilidade de transporte, baixo índice
de perda energética durante conversões.
 As embarcações atuais possuem tantos componentes eletrônicos a bordo
atualmente que não temos como renegar o aspecto eletricidade. Na
embarcação mais simples as mias sofisticadas existe um sistema elétrico.
Em um barco pequeno o sistema é formado apenas por uma bateria e um
barco maior a eletricidade é gerada por geradores de pequeno e médio
porte.
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 Vamos começar do começo, vamos comprar uma bateria de
 100 A/H (Ampere hora) eu disse Ampere divido por hora e não
Ampere por hora veja a diferença:
 Uma bateria de 100AH produz 100A em 1 hora, pois esta mesma
bateria de 100AH irá produzir 50 Amperes em 2 horas; ou 25
Amperes em 4 horas; ou 12,5 Amperes em 8 horas; pois a relação
Ampere X hora deve ser mantida, ou seja, a capacidade de uma
bateria é a quantidade de corrente elétrica (Ampere) que ela
consegue fornecer em um determinado tempo.
 Imagine o seu rádio VHF de 25 W que fica ligado num banco de
bateria de 12 volts; este rádio consome 2AH, se ele vai ficar ligado
por 5 horas o consumo será 10AH, ou seja, se sua bateria é de 70
AH irá suportar tranquilamente o rádio ligado por mais de 5
horas direto.
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 5.2 PERIGOS DE ENERGIA ELÉTRICA A BORDO
 Incêndios e naufrágios são as causas mais frequentes da perda de barcos. E
eles quase sempre têm origem num só ponto: a parte elétrica. Portanto,
fique atento e confira uma lista dos maiores riscos que se pode correr com o
sistema elétrico de sua embarcação.
1- TERMINAIS E CONEXÕES EM MAU ESTADO
 O “coração” das instalações elétricas são os terminais e as conexões,

especialmente das baterias. Se eles estiverem frouxos, podem superaquecer


e derreter os cabos. Para evitar isso, faça um check-up completo, tanto na
fiação quanto nos seus complementos, pelo menos uma vez por ano.
2- VOLTAGEM DIFERENTE NAS TOMADAS DOS PORTOS
 Como a maioria dos portos e/ou flutuantes não segue um padrão na

voltagem há sempre a possibilidade de a tomada do cais não ser compatível


com a do seu barco. Assim, curtos-circuitos podem ocorrer, afetando até
mesmo a parte eletrônica dos motores.
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3- INSTALAR EQUIPAMENTOS DIFERENTES
 Certifique-se de que o automático das bombas é compatível com a corrente

elétrica. Instalar um modelo errado por fazer com que a bomba não
funcione na hora que você mais precise dela. Da mesma forma, tome
cuidado com certos acessórios, como micro-ondas e secador de cabelos,
que puxam bastante energia e podem superaquecer a fiação.
4- EQUIPAMENTOS QUE NÃO DESLIGAM
 Se o seu barco tiver guincho elétrico verifique periodicamente o sensor de

acionamento desses equipamentos. Como eles consomem altas correntes, a


quebra do sensor pode fazer com que eles funcionem ininterruptamente,
sem você perceber. E isso pode gerar superaquecimento na fiação.
5- EQUIPAMENTOS EM CONTATO COM A ÁGUA
 O inversor deve ficar sempre o mais próximo possível das baterias, para

evitar quedas de tensão. Mas é importante instalá-lo sempre o mais alto


possível no porão, para evitar contato com a água empoçada, o mesmo
valendo para qualquer equipamento elétrico. Energia e água não
combinam.
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6- INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO PAINEL
 Barcos com comando aberto não estão livres de respingos d’água – seja na

navegação ou na lavagem do casco. E esse contato com a água pode gerar


pontos de ferrugem nas conexões das fiações, além de comprometer a
durabilidade dos cabos. A única maneira de evitar isso é checar
periodicamente as vedações de borrachas no painel e, no caso de
vazamento crônico, não molhá-lo ao lavar o barco.
OBS: Nem pensar! Sobrecargas e maus contatos são sempre
prenúncios de tragédias. 
7. FIOS, CONECTORES E BATERIAS MAL INSTALADAS
 Gambiarras e gatilhos são as principais causas dos incêndios de origem

elétrica a bordo de qualquer barco. “Se eles não forem dimensionados para
a energia que recebem, ou se não estiverem bem conectados, acabarão
liberando calor ou derretendo, o que, em ambos os casos, é perigosíssimo”,
afirma o especialista em instalações elétricas náuticas Roberto Brener.
Portanto, tire da cabeça qualquer ideia de “dar um jeitinho” na parte
elétrica do barco. E anote aí alguns lembretes essenciais.
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8. MATERIAL DE QUALIDADE
 Use apenas fios de cobre estanhados e certificados, para evitar

corrosão.  
9. TERMINAIS SELADOS E PRENSADOS
 Sele os terminais e as pontas dos fios com silicone, para vedar a

entrada de ar entre o cobre e o plástico que reveste os cabos. Os


terminais dos cabos da bateria devem ser prensados e não soldados. A
solda enrijece os cabos, tornando-os sujeitos a quebras.
10. DISJUNTORES E FUSÍVEIS
 Use disjuntores termomagnéticos, que protegem contra sobrecargas e

curtos. Mas, atenção: há disjuntores que não funcionam em correntes


contínuas. Use fusíveis em circuitos de alta corrente costumam criar
quedas de tensão. Se isso acontecer com baterias fracas, pode
dificultar a partida do motor.
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11. CABOS DE ARRANQUE
 Cabos de arranque do motor e do gerador não precisam ter fusíveis próprios. Bastam

cabos superdimensionados.
12. BATERIA PEADA
 Para não tombar o balanço do barco, a bateria deve ser bem presa, mas com cintas

ou cabos que não contenham partes de metal.


13. FIAÇÃO ELÉTRICA E MANGUEIRA DE COMBUSTÍVEL
 Em hipótese nenhuma, qualquer fiação deve passar perto de alguma mangueira de

combustível.  A fiação deve ser fixada a cada 25 centímetros ao longo do barco. Mas
não muito esticada, para não romper com os trancos, o que é mais frequente do que
parece.
 14- LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS EM LOCAIS COM ALTAS TEMPERATURAS OU

CORRENTES ELÉTRICAS
 NÃO deve-se deixar líquidos inflamáveis, como a gasolina, próximos de locais com

temperaturas elevadas, como por exemplo: A praça de máquinas de uma embarcação,


ou onde passam corrente elétrica, pois pode ocorrer um curto ou uma centelha e
iniciar um incêndio.
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 5.3 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

POTÊNCIA (W) TEMPO DE QUANTIDADE


EQUIPAMENTO
USO/DIA (H) DE DIAS

RÁDIO VHF 25 24 2

LUZES DE
10 5 2
BORDO

BOMBA DE
15 24 2
ESGOTO
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 5.4 ESQUEMA ELÉTRICO DE EMBARCAÇÕES PEQUENAS
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BONS ESTUDOS

BOA PROVA !!!!!

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