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Lamprófiros e kimberlitos

Geo 03306 – Petrologia Ígnea IIA


Profa. Maria do Carmo Gastal (Caia)
16ª aula – 28/06/2016
Mineralogia, classificação e jazimentos minerais
Lamprófiros: definição, ocorrência e classificação

Rochas ultrapotássicas e ultrabásicas: kimberlitos e lamproítos

Petrografia, classificação, ocorrência e mineralização

Províncias brasileiras
Lamprófiros

Definição
Ocorrência
Classificação
Lamprófiro
Petrografia:
Fenocristais
Minerais máficos hidratados
Pórfira e panidiomórfica Biotita-flogopita ou anfibólio
(± Cpx; ± Ol)
Minerais félsicos restritos à matriz
(Pl ou Kfs ou feldspatoide)
Matriz

Subvulcânicas (diques) e raramente Afanítica ou fanerítica fina


vulcânicas Minerais máficos e félsicos
Mesocráticas a máficas
Tipos ultramáficos
Exemplo – Lamprófiro

Fenocristais de Hbl > Bta, minerais félsicos na matriz


Tipos de Lamprófiros
Composição dos fenocristais e minerais da matriz
Critérios
Fenocristais – minerais máficos
(Le Maitre et al. 2002)
Bta > Hbl Hbl Anf. marrom
Matriz - félsicos (± Aug e Ol) (± Aug e Ol) (Ti Aug, Ol e Bt)

Kfs > Pl Minete Vogesito

Pl > Kfs Kersantito Espessartito

Kfs > Pl Sannaíto


Feldsp
> fóide Pl > Kfs Camptonito

Vidro ou fóide Monchiquito

Potássicos Cálcicos Alcalinos


Associação: Saturadas em sílica Subsaturadas
Andesito

Lamprófiro - espessartito
Ultramáficas e ultrapotássicas
Kimberlitos e lamproítos

Petrografia
Classificação
Ocorrência
Mineralização
Ultramáficas, Ultrabásicas,
Ultrapotássicas e Perpotássicas

M > 90
Critérios químicos: SiO2 < 45%, K2O/Na2O > 3 e
K2O > Al2O3

Kimberlitos e lamproítos

Subvulcânicas ou vulcânicas
Geração: pequeno grau de fusão parcial do manto metassomatizado (~1%)
Critérios utilizados: Moda (percentagem de minerais)
Composição quimica dos minerais
Composição química da rocha
Rochas Híbridas
Lac de Gras kimberlite field
Kimberlito: Iron Mountain, Wyoming

Megacristal ou nódulos
Macrocristais de ilmenita Fenocristais
(harzburgito) (0,3 – 1,5 mm)
Monominerálicos, 0,5-10 mm Xenólito (crustal) Microfenocristais
(< 0,3 mm)
(Chakhmouradian, A. K. )
Kimberlito - Petrografia

Fenocristais e microfenocristais
Olivina, flogopita, piropo, ilmenita, diopsídio, Cr-espinélio
carbonato, apatita, perowskita

Matriz: serpentina e carbonatos

Xenólitos ou megacristais: peridotitos e eclogitos

Ambientes intraplaca continental

Lamproítos: mineralogia similar – porém minerais ricos em K-Ti


Maior diversidade de tipos
Ocorrência: crátons e cinturões orogênicos
Big hole, Kimberley, RAS
Kimberlito - Pipe

Vulcanoclástica kimberlítica
Macroscristais: Ol serpentinizada,
Di e piropo; matriz argilosa
Lac de Gras kimberlite field

Brecha kimberlítica
xenólitos de rocha sedimentar
Triple B" diatreme, Ontario

Macrocristais de olivina
(Chakhmouradian, A. K.) Lac de Gras kimberlite field
Kimberlito - microscopia

Sakha, Rússia

Mina DeBeers, RAS;

(Mitchell, 1997)
Tipos de Kimberlitos
Tipo 1 – “Basáltico”
Rico em olivina, monticelita,
serpentina e calcita
Ampla ocorrência

Grupo I – monticelita flogopita kimberlito


(Pipe –200, Lesotho; Mitchell 1997)

Tipo 2 – Orangeíto
Rico em flogopita, olivina,
diopsídio e Ti-aegirina
Restritos à RSA

Grupo II – flogopita kimberlito


(Finsch - RAS, Mitchell 1997)
Lamproítos
Ultrabásicos a básicos (< 55% SiO2)
Matriz: vidro; mineralogia inclui também: Kfs, K-ritcherita e leucita
Minerais diagnósticos: ricos em K-Ti
Fácies vulcânicas e vulcanoclásticas
Maior diversidade de tipos
Ocorrência: crátons e cinturões orogênicos

Flogopita leucita ritcherita lamproíto Fácies de cratera – brecha de olivina lamproíto


Mount north, W Kimberley (Mitchell 1997) Argyle – W Kimberley (Mitchell 1997)
Províncias Kimberlíticas

Yakutia, Rússia

SW EUA
Navajo-Hupi
W África

Angola Tanzania
Brasil
Namíbia NW Austrália

S África

Kimberlitos – ambientes cratônicos


Rochas com idades menores que 2,0 Ga
Diamante- idade muita mais antiga que a rocha encaixante
Potencial Econômico
Origem – Baixo grau de fusão

Ambientes contientais – espessura da litosfera

Crosta continental

Manto litosférico
modificado

Manto Astenosférico

Diamante – 1400°C e 50-60 kbar


( 150-250 km)
Origem – Baixo grau de fusão

Ambientes contientais – espessura da litosfera

Crosta continental

Manto litosférico
modificado

Manto Astenosférico

Manto litosférico – crátons: mais intensamente modificado (fusão parcial)


Região estável  maior espessura (> P)
Origem – Baixo grau de fusão

Ambientes contientais – espessura da litosfera

Crosta continental

C= carbonatito

Manto litosférico
A = basalto alcalino modificado

K = kimberlito

L = lamproíto
Manto Astenosférico

Diamante

Diferentes rochas: grau de fusão, profundidade e composição do manto


Depósitos de diamante primário

Condições:

1. Manto litosférico espesso, contendo horizonte diamantífero


Região cratônica
2. Movimento de magmas em condutos através destas zonas
Diamante é desagregado e incorporado ao magma
3. Preservação do diamante como xenocristal
Magmas de viscosidade muito baixa (alta T e alto conteúdo de voláteis)

Localização ideal:
Magmatismo mais jovem, alojado em zonas de fratura nos crátons
Províncias Brasileiras

Províncias Neoproterozoicas

Províncias Cretáceas

Alto Paranaíba

Passo da Capela (Piratini)


Províncias Brasileiras

1. Neoproterozoicas
Províncias Pós-Gondwana
2. Cretáceas (ao redor das
bacias Paraná e Maranhão)

(CPRM – números para grau de fusão parcial e profundidade)


Província Alto Paranaíba
Referências

Winter, J.D. (2001) An introduction to igneous and metamorphic petrology.


Prentice Hall.
Evans, A. M. 1996. Ore Geology and Industrial Minerals: an Introduction, 3ª
ed. Blackwell Sci. Pub.
Biondi, J.C. 2003. Processos metalogenéticos e os depósitos minerais
brasileiros. Oficina de Textos, SP.

http://scta.uqam.ca/gitologie/mjg0.htm - Manuel de gîtologie Version 3.1; Michel


Jébrak;, Département des Sciences de la Terre Université du Québec à Montréal, Canadá
(Francês)

http://www.umanitoba.ca/geoscience/faculty/arc/rocks.html - Chakhmouradian, A. K.
Alkaline Rocks, Carbonatites and Kimberlites

http://www.cprm.gov.br/ - Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil, Parte III.


Serviço Geológico do Brasil – CPRM.

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