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Resumo - Depósitos (Parte II)

1) Depósitos do tipo VMS


Depósitos do tipo VMS (Sulfetos Maciços Vulcanogênicos) ou VHMS (Volcanic
Hosted Massive Sulphide) trata-se de um sistema mineral que são produzidos a partir de
eventos hidrotermais, em fundo submarino, em ambientes onde predominam rochas
vulcânicas e/ou seus derivados sedimentares. Os depósitos análogos, mas de formação atual
nos fundos submarinos, são designados por SMS (Seafloor Massive Sulphide). Estes tipos de
depósito estão distribuídos no tempo geológico desde o Arqueano até os tempos recentes: em
ambientes de Greenstone belt; no Proterozóico; no Fanerozóico. São depósitos minerais
associados ou hospedados em rochas vulcânicas, resultantes da descarga de soluções
hidrotermais no assoalho oceânico, com vulcanismo associado. Seu ambiente tectônico de
formação compreende arcos de ilhas e fundos oceânicos em complexos ofiolíticos.
Esses depósitos são importantes fontes mundiais de Cu, Zn, Pb, Ag, Au (Sn, Cd, Sb,
Bi) tendo minerais de minério como pirita, calcopirita, esfalerita e galena. Possui caráter
estratiforme e lenticular.
O sulfeto está na forma de colúvio, intercalado com sedimentos pelágicos e
vulcânicos e disseminado em sedimentos. O VHMS tem sulfeto intercalado entre os
sedimentos, não possui capa de chert com ferro e fica envolto de uma camada de basalto.
Tipos de Depósitos de VMS

A) Kuroko: ocorre em margens de zonas convergentes em arcos de ilha ou margens


continentais. Apresenta duas zonas principais de mineralizações: uma zona com
estruturas tipo stockwork e outra zona que se sobrepõe à anterior. Cu-Zn-Pb são os
principais (calcopirita, galena, esfalerita, pirita). Local: Neves Corvo (Portugal)
B) Chipre: zonas de fundo oceânico com rochas básicas e ofiolitos. Ocorre
mineralizações em sulfetos e bolsões com zonas ricas em calcopirita (Cu), contudo
pode ocorrer zinco subordinado. Local: Chipre
C) Besshi: ambientes de arco de ilha, associado com sedimento e vulcanismo
basáltico. Mineralizações de espessura pequena e grande extensão lateral. Cu-Zn são
os principais elementos com presença de pirita, calcopirita e esfalerita. Local: Japão.

2) Depósitos do tipo SEDEX

Os depósitos minerais do tipo Sedex se formam por processos sedimentares em


ambientes marinhos, associados principalmente a zinco, chumbo e prata, podendo conter
também cobre e ouro. Eles representam os maiores depósitos de metais básicos no mundo,
importantes fontes para Zn e Pb, porém possui uma baixa produção.
Esses depósitos resultam da liberação de uma salmoura rica em minerais em bacias
oceânicas, ocorrendo há até 2 bilhões de anos e continuando até hoje. Essa liberação é
causada pelo falhamento devido à extensão das rochas da crosta oceânica, provocado por
vórtices magmáticos no núcleo externo líquido da Terra, exercendo grande estresse e levando
à separação das rochas crustais.
A separação resulta na criação de uma depressão no leito do mar conhecida como
graben. O falhamento por extensão cria uma rota de fuga para o calor do interior da Terra,
originando a liberação ao longo da falha.

A salmoura rica em minerais é expelida pela abertura para as águas marinhas


circundantes, onde ela reage quimicamente com a água do mar. Esse processo resulta na
precipitação dos minerais, que se depositam no fundo oceânico. O graben causado pelo
falhamento por extensão, que deu origem à liberação inicial, agora atua como uma depressão
para o acúmulo de alguns desses metais. Isso ocorre ao longo de um longo período de tempo.

Ambiente tectônico: Bacias formadas por riftes intracontinentais que formaram ou


não a crosta oceânica. Maior parte da mineralização ocorreu no Proterozóico.
Esses depósitos são marcados por:
- Corpos estratiformes, lenticulares ou tabulares ricos em sulfetos intercalados a níveis
de sedimentos. Os corpos estratiformes definem a fácie sedimentar-hidrotermais.
- Rochas hospedeiras são sedimentares: folhelho, siltito, calcário, dolomito, chert, com
alta concentração de matéria orgânica.
- Camadas ou lâminas intercaladas com chert, barita, carbonatos e apatita.
- Pirita (dominante), esfalerita e galena, pirrotita e calcopirita em alguns depósitos.

Exemplos
- Exemplos Brasil: Depósito de Pb-Zn-Ag de Perau, Canoas, Araçazeiro (PR) (Daitx
1996; 1998); Depósito de Pb-Zn de Boquira (BA); Depósito de Pb-Zn de Castelão
(GO).
- Exemplos mundiais: Troodos (Chipre), Oman (Turquia), Kuroko (Japão), Sullivan e
Silver Mines (USA) e Broken Hill e Mt. Isa (Australia).

3) Depósitos magmáticos
Depósitos magmáticos são geneticamente relacionados com a evolução de magmas
que se alojam na crosta , hospedando-se em rochas ígneas derivadas da cristalização desse
magma.
Classificando os aspectos que compõem um sistema
mineral, temos o manto como fonte, o transporte é realizado
através de condutos, e as armadilhas são os minerais e o “melt”.

Esses depósitos podem ser divididos em:

3.1) Depósitos de segregação magmática


● Depósitos de segregação magmática encontram-se geneticamente ligados à evolução
de magmas máficos e ultramáficos alojados na crosta.
● MANTO - fonte para metais siderófilos e calcófilos que formam depósitos de
segregação magmática : Ni-Cu, EGP (Pt, Pd, Rh, Ru, Os, Ir), Cr, V, Ti.
● Os corpos máfico-ultramáficos se destacam por apresentarem importante potencial
metalogenético, especialmente para mineralizações de Cr, sulfetos de Cu e Ni,
Elementos do Grupo da Platina (EGP), óxidos de Fe, Ti e V.
● Alguns exemplos: Complexo de Bushveld na África do Sul, Sudbury no Canadá,
Stillwater nos Estados Unidos, Great Dyke no Zimbábue. No Brasil destacam-se os
corpos máfico-ultramáficos de Cana Brava, Barro Alto e Niquelândia no Estado de
Goiás e no estado da Bahia os corpos máficoultramáficos de Caraíba (Vale do Rio
Curaçá) com mineralização de Cu, de Medrado-Ipueira (Vale do Jacurici) e de Campo
Formoso com mineralização de Cr, do Rio Jacaré (Maracás) com mineralizações de
Fe-Ti-V (EGP), da Fazenda Mirabela (Itagibá) com sulfetos de Ni e Cu.
● Além da importância metalogenética, esses corpos podem ser bons indicadores da
ambiência geotectônica à época de sua formação.
● As rochas máficas são constituídas essencialmente por olivina, clino ou
ortopiroxênio, hornblenda e plagioclásio com proporção modal inferior a 90% de
minerais máficos. As rochas ultramáficas são constituídas por olivina, clino ou
ortopiroxênio e hornblenda, cuja
composição modal de minerais máficos
supera 90%.
● Depósitos geralmente profundos: >15
km;
● Cu-Ni: Ni maciço e complexos
acamadados;
● Cr, PGEs, diamantes: complexos
acamadados;
● Processos de formação são complexos, envolvem fugacidade de O e S, mistura de
magmas, aumento da pressão, contaminação de magma, etc..
● Mineralizações e rochas associadas: Cr: peridotito; Fe-Ti: anortositos; Cu-Ni:
piroxenitos;
● Idade dos corpos ígneos estratificados → Arqueano e Proterozoico;
● Ocorrência: interior de crátons com regime tectônico extensivo, onde altas taxas de
fusão do manto puderam gerar magmas ultramáficos, com alto teor de MgO, e
magmas máficos.
● Normalmente essas rochas exibem evidências de cristalização fracionada e
segregação mineral, e apresentam uma estratigrafia bem definida, composta de
peridotitos, piroxenitos associados com camadas de cromitito, noritos, gabros, e
anortositos no topo (Blatt, 1996).

3.2) Kimberlitos, lamproítos, lamprófiros e carbonatitos:

Kimberlitos - são rochas vulcânicas de matriz fina, inequigranular, com presença de


xenólitos e xenocristais, com minerais variando de tamanho brecha a lapiliturfo, onde os
condutos são as áreas mais preservadas, podendo ser diamantífero ou não. Magmas geradores
de kimberlitos tendem a ser muito fluidos e com pouca presença de sílica (subsaturadas). São
rochas potássicas a ultrabásicas com alta quantidade de voláteis e elementos incompatíveis.
Sua geoquímica é definida por parâmetros como alto teor de MgO, relação K2O/Al2O3
elevada, Ni, Cr e Co elevados, enriquecimento em terras raras, e alto conteúdo de H2O e
CO2. São rochas formadas por fusão parcial de baixo grau de peridotitos do manto superior
com profundidades aproximadas de 100 km e resfriamento rápido devido a velocidade de
progressão para superfície (facie xisto azul?). Essas rochas são meio de transporte para os
diamantes.
Os kimberlitos são difíceis de identificar em campo, apresentando texturas complexas,
alterações e intrusões, podendo ocorrer como pequenos diatremas ou estruturas
circulares(pipes) ou cones invertidos. Sua origem mantélica garante a possibilidade de
inclusões de material peridotítico e eclogítico do manto superior.
Historicamente, kimberlitos foram classificados como "basálticos" e "micáceos", mas
essa classificação foi revista com base em afinidades isotópicas. Os kimberlitos do Grupo I
são rochas ultramáficas potássicas ricas em CO2, enquanto os lampróitos de olivina,
anteriormente chamados de kimberlitos do Grupo II ou orangeitos, são rochas ultrapotássicas
e peralcalinas ricas em voláteis.
Lamproítos - são rochas ígneas vulcânicas e subvulcânicas ultrapotássicas,
magnesianas, perialcalinas com formas de diques ou pipes e presença de fenocristais. Em
campo, não apresentam fenocristais de feldspato, embora ocorra sanidina como mineral
principal (ricos em feldspatóides). Podem ser fontes de ouro remobilizadas.
Petrograficamente ocorrem fenocristais ou placas poiquilíticas de flogopita ou cristalização
tardia de richterita titanífera-potássica. Os lampróitos têm origem em regiões do manto
parcialmente fundido, situadas além de 150 km de profundidade. Seu ambiente de formação é
similar aos kimberlitos (ambiente intracratônico) com ocorrência nas bacias intracratônicas
fanerozóicas brasileiras e estão associadas a complexos alcalinos. Contudo, ao contrário dos
kimberlitos, o CO2 é praticamente ausente, de modo que a distinção entre lamproíto e
kimberlito é feita pela presença , no primeiro, de leucita, anfibólio, sanidina, priderita,
wadeita e ausência de monticelita, carbonato e serpentina primários. Xenólitos são raros e
pequenos.

Lamprófiros - são rochas que ocorrem em sistemas pórfiro-hidrotermais em forma de


diques, filões ou intrusões de pequeno porte, apresentando altos teores de fósforo (apatita) e
potássio. Em resumo, são rochas alcalinas subsaturadas com presença de flogopita e
anfibólio/clinopiroxênio na matriz. Podem ser facilmente distinguidas em campo por seus
fenocristais máficos, mas essas rochas se assemelham muito aos kimberlitos. Platinóides
podem ser facilmente encontrados nestas rochas.

Carbonatítos são rochas em que há o domínio e predominância de carbonatos e que


podem ser divididos em 4 grupos principais de acordo com o carbonato formador da rocha.
Destes grupos, os dois mais comuns e mais importantes são os grupos de carbonatos
calcíticos e o grupo de carbonatos dolomíticos. Sua mineralogia é simples apresentando
apenas poucos carbonatos,argilominerais, quartzo,e minerais acessórios como sulfatos e
sulfetos de ferro e chumbo. Carbonatos podem apresentar enriquecimento em elementos
como nióbio, tântalo e lantanídeos no geral. Sua ocorrência é diversa, contudo geralmente
associados a rochas alcalinas siliciclásticas variadas. No mundo, apenas a lava do vulcão de
Oldoínya, na Tanzânia, é conhecida como exemplo de lava carbonática; essa lava apresenta
baixa viscosidade e é tão fluida quanto a água.
Além disso, carbonatitos são fontes principais de fosfatos (NPK). No mundo, o
Marrocos é o principal produtor, enquanto que o Brasil apresenta algumas reservas
significativas como, por exemplo, o complexo ultramáfico alcalino de Jacupiranga (Cajati).

3.3) Albititos e Pegmatitos

Pegmatitos:
● São rochas ígneas de granulação grossa que geralmente ocorrem como diques ou
lentes, próximos a plútons graníticos. Podem conter alta concentração de um ou mais
metais e outros elementos que estão geralmente em baixas concentrações na média
crustal (concentração traço <500 ppm).
● Geralmente, são enriquecidos em elementos litófilos, como LILEs (Li, Rb, Cs, Be),
HFSEs (Ga, Sn, Hf, Nb, P, Ta, Y, U, Th, REEs), além de elementos que são bastantes
solúveis em fluidos aquosos, como B e F.
● São considerados alvos de grande interesse econômico, principalmente como depósito
de Ta, Sn, Cs, U e Rb.
● Recentemente, devido a maiores demandas comerciais, os pegmatitos ricos em Li
também têm ganhado espaço como depósitos economicamente viáveis.
● Além dos metais raros, os pegmatitos são também fontes de minerais industriais,
como mica, feldspatos, argilas.
● O processo principal de enriquecimento de metais raros nos pegmatitos é o
fracionamento magmático;
● Os pegmatitos são formados em pressões metamórficas entre 3 e 5 Kbar, geralmente
sin-metamórfico, tipicamente sin-orogênico a pós-orogênico, tendo como fonte
plútons férteis (ricos em metais e em elementos voláteis).

Albititos:
● Rochas compostas por albita e K-feldspato, com acessórios:
quartzo/biotita/riebeckita/fluorita/topázio.
● Ocorre na cúpula das intrusões
● Apresentam zonação frequente e podem ser acompanhados por greisens
● Mineralizações importantes: Nb-Ta - pirocloro/microlita, columbita/tantalita; Sn -
cassiterita, Be - bertrandita, berilo, fenacita; ETR - xenotima, fergusonita, ytrialita,
bastnaesita.

4) Depósitos sedimentares, supergênicos e lateríticos

Depósitos Lateríticos e Não Lateríticos


Os depósitos lateríticos e não lateríticos, são mineralizações formadas por
concentração residual de substâncias estáveis e a remoção de outros elementos instáveis nas
condições físico-químicas locais. Em países como o Brasil, são depósitos importantes devido
à interação com o clima tropical úmido.
● Os depósitos lateríticos, tem como mineralizações principais o Al (bauxita), Mn e Ni
(garnierita). Geneticamente são associados com processos intempéricos como
lixiviação, em superfícies de aplainamento.
○ A formação da bauxita ocorre em regiões de rochas com a ausência de
quartzo, como o nefelina sienito, basaltos e calcário. Estão localizadas em
posições geomorfológicas de platô ou encosta. A rocha formada por essa
alteração tem como composição mineralógica, a boemita e gibbsita. O clima
necessário para essa concentração é o clima úmido tropical, capaz de provocar
a lixiviação de elementos como Na, K, Ca e Mg, concentrar Al, além de
separá-lo do Si e do Fe.
○ O níquel laterítico tem como minério principal a garnierita, e ocorre por
alteração de rochas ultrabásicas. Um exemplo de ocorrência é Niquelândia,
onde o depósito está associado a dunitos e peridotitos serpentinizados, e a
feição morfológica principal são os pequenos morretes esféricos que são
capeados por silcrete.
○ Os depósitos de manganês assemelham-se à disposição das lateritas
ferruginosas, com a presença de minério pisolítico, plaquetas, nódulos e
matacões. Ocorrem em rochas carbonatadas manganesíferas (com
rodocrosita), sobre xitos manganesíferos (com espessartita, rodonita e
piemontita), sobre tufos e cinzas. Na superficie, encontra-se goethita., e em
níveis inferiores, psilomelano, a manganita, a polianita e a dialogita
(carbonato)
● Os depósitos não lateríticos, são residuais e normalmente pode estar associado a
intrusões carbonáticas, capazes de acumular P (apatita), Ti (anatásio, Nb (microlita),
ETR (monazita) pela a lixiviação dessas rochas. São necessárias condições específicas
para que ocorra essa acumulação, como a composição favorável da rocha matriz,
clima tropical, e o relevo deve possuir depressões capazes de acumular o material,
além disso a erosão não deve ser completa. Exemplo de ocorrência é o depósito de
Tapira, com associações de titânio e fosfato. Outro exemplo de depósitos não
residuais são os depósitos de fluorita, que são de grande tonelagem, o minério está
localizado em horizontes vesiculares e paleokarsts desenvolvidos no dolomito quando
este estava exposto ao ar.

Depósitos Supergênicos

Os depósitos supergênicos resultantes de alterações físicas e químicas em rochas


submetidas ao intemperismo.É um processo extremamente importante na formação de
depósitos de cobre porfirítico de baixo teor, porque a presença de um cobertor supergênico
enriquecido e facilmente extraível de minerais de minério de cobre secundários acima do
minério primário ou hipogênico é frequentemente o único fator que os torna economicamente
viáveis. A composição do resíduo químico final, chamado de depósito residual, é
influenciada pelos constituintes geoquímicos da rocha-mãe. Fatores como clima, vegetação,
relevo e drenagem hídrica também desempenham papéis cruciais na alteração química. A
erosão é fundamental, tornando a maioria dos depósitos jovens e concentrados em regiões
intertropicais, especialmente no Brasil, onde o clima equatorial e tropical favorece o
intemperismo. Os depósitos supergênicos são formados por materiais residuais, como
hidróxidos de alumínio, e apresentam diferentes hábitos. No Brasil, jazidas de bauxita são
comuns, originadas da ação intempérica em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares.
O intemperismo químico é o principal condicionante desses depósitos, pois as reações
químicas das rochas são influenciadas pela interação de chuvas intensas, CO2 e ácidos
orgânicos gerados pelo intemperismo biológico em condições quentes e úmidas. Além do
clima, outras condições necessárias para a formação de depósitos supergênicos incluem
relevo suave, nível freático profundo e estabilidade tectônica, que são essenciais para a
preservação das rochas.

Depósitos de Ferro
Os depósitos de Ferro podem ser divididos em dois tipos de depósitos os granulares e
as formações ferríferas bandadas. Outro fator importante é o tempo geológico associado a
esse tipo de depósito.Depósitos formados entre o arqueano e o proterozóico. Sendo dividido
em três tipos : Algoma, Lago Superior e Raptian.
Os depósitos do tipo Algoma , ocorrem em condições mais redutoras próximos as
fontes submarinhas (black smokers), o ferro é precipitado em condições redutoras, o mineral
comum seria a magnetita. Esses depósitos são arqueanas, associados aos greenstones-belts,
TTG.
Os depósitos do tipo Lago Superior, esta relacionado a grande oxidação do planeta
terra, a terra mais oxidante possibilitou a precipitação do Fe, localiza em porções mais distais
da fonte submarinha, o ferro é levado pelos movimentos de convecção do Oceano, associa-se
também a deposição de sedimentos, nesse período a elevação do nível do mar, possibilitou a
transgressão marinha, o que tornou os oceanos mais oxidanes e uma maior concentração de
Si e Fe, formações ferríferas bandadas são formadas por Cherts (sílica precipitada ) e
Hematita plataforma continental estável + transgressão marinha + atividade biológica +
evolução atmosférica-oceânica
Os depósitos de ferro raptiano está relacionado ao evento da terra bola de neve(
neoproterozoica) , onde possibilitou a acumulação de Fe+2 nos oceanos e com condições
mais redutoras , deglaciação possibilita a introdução do O-2 , o que torna a terra mais
oxidantes, aliado as transgressões marinhas permitiram o avanço do oxigênio para maiores
áreas dos oceanos.

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