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BIOLOGIA E GEOLOGIA ǀ 10º ANO ǀ 2022-2023

FICHA FORMATIVA 0 4
TEXTO 1
A serra de Sintra é um local de grande relevância do ponto de vista geológico. Deve a sua origem a um fenómeno de
intrusão de um corpo ígneo. A história geológica desta região começa com a deposição de sedimentos em meio
marinho profundo. Devido ao preenchimento da bacia por sedimentos e a variações do nível do mar, o ambiente de
deposição evoluiu sucessivamente, no decurso do Mesozoico, para marinho menos profundo, recifal, laguno-marinho,
fluvial e lacustre. As rochas magmáticas geradas a grandes profundidades, há cerca de 80 milhões de anos,
metamorfizaram as formações sedimentares do Mesozoico. Posteriormente, estas foram erodidas, ficando a
descoberto o núcleo ígneo, que se encontra atualmente acima das plataformas sedimentares que o rodeiam.

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Figura 1. Mapa geológico simplificado da região de Sintra.

1. O maciço de Sintra é formado por rochas que resultaram da


(A) ocorrência de metamorfismo de contacto.
(B) consolidação lenta de magmas.
(C) recristalização de minerais no estado sólido.
(D) erosão gradual de rochas pré-existentes.

2. Os basaltos que aparecem intercalados com os calcários são rochas magmáticas


(A) vulcânicas e, quanto à cor, classificadas como leucocrática.
(B) plutónicas e, quanto à cor, classificadas como melanocrática.
(C) plutónicas e, quanto à composição, ricas em minerais félsicos.
(D) vulcânicas e, quanto à composição, ricas em minerais máficos.

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3. A instalação de um maciço como o de Sintra é suscetível de provocar a
(A) recristalização de calcários, originando mármores.
(B) recristalização de calcários, originando quartzitos.
(C) meteorização de calcários, originando mármores.
(D) meteorização de calcários, originando quartzitos

4. O conglomerado é uma rocha sedimentar


(A) química, resultante da precipitação do carbonato de cálcio.
(B) detrítica não consolidada, constituída por sedimentos angulosos.
(C) biogénica, constituída por uma fração coralífera de origem orgânica
(D) detrítica consolidada, constituída por sedimentos arredondados cimentados.

5. A litificação de areias em arenitos resulta de processos de


(A) aumento de volume, seguidos de compactação.
(B) transporte, seguidos de erosão.
(C) desidratação, seguidos de meteorização.
(D) redução de porosidade, seguidos de cimentação.

6. Os dois critérios mais utilizados para classificar as rochas magmáticas são


(A) a textura e a composição mineralógica.
(B) a textura e a temperatura.
(C) a composição mineralógica e a temperatura.
(D) a temperatura e a viscosidade.

7. Faz corresponder a cada uma das descrições abaixo com a respetiva localização nos locais de 1 a 6 referenciados na
figura 1.
Utiliza cada número apenas uma vez.
(a) Rocha rica em minerais máficos com textura afanítica.
(b) Sedimentos detríticos de dimensão média.
(c) Rocha melanocrata que se formou em profundidade.
(d) Rocha leucocrata com textura fanerítica.
(e) Rocha sedimentar química constituída por carbonato de cálcio.

8. A formação de rochas sedimentares envolve uma sequência de etapas mais ou menos demoradas e complexas.
Reconstitui a sequência temporal das etapas mencionadas, segundo uma relação causa-efeito, colocando por ordem
as letras que as identificam.
A. Deposição dos vários sedimentos.
B. Afundamento e diagénese com formação de rochas sedimentares consolidadas.
C. Meteorização e erosão de rochas expostas à superfície da Terra.
D. Transporte dos detritos através de agentes externos.
E. Força da gravidade superior à capacidade de transporte.

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9. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço. A cada letra corresponde um só algarismo.
A Terra classifica-se como um sistema (a) não obstante as trocas de (b) com o Universo. A libertação de gases
em erupções vulcânicas envolve os subsistemas (c) . Os seres vivos estabelecem diversas interações com a _(d)_
beneficiando da proteção dos raios ultravioleta, e com a (e) de que é exemplo a formação de rochas biogénicas.
(a) (b) (c) (d) (e)
1. aberto 1. matéria 1. litosfera e hidrosfera 1. litosfera 1. biosfera
2. fechado 2. energia 2. atmosfera e biosfera 2. atmosfera 2. hidrosfera
3. isolado 3. matéria e energia 3. atmosfera e litosfera 3. hidrosfera 3. litosfera

10. A figura 2 representa duas rochas (A e B) recolhidas na zona representada no mapa.

ROCHA B Quartzo
Biotite
Feldspato
Quartzo

Fragmentos rocha

Calcite
Feldspato

ROCHA A

Figura 2.

Explica, tendo em conta a génese e as caraterísticas das rochas representadas, em que localidades representadas no
mapa elas poderiam ter sido recolhidas.

TEXTO 2
A figura 3 ilustra um corte transversal de um rio que mostra as alterações da descarga (Q) e os depósitos de sedimentos
antes, durante e após uma cheia. A figura 4 representa a curva de Hjulstrom, que mostra a relação entre o tamanho
do sedimento e a velocidade necessária para o erodir, transportar e depositar.

9 Set 15 Set 14 Out 26 Out 9 Dez

Altura
(m)

Água Sedimentos

Figura 3.

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Velocidade do fluxo
(cm/s)

Tamanho do sedimento (mm)


Figura 4.

11. Durante o período compreendido entre 9 de setembro e 14 de outubro, a espessura do depósito de sedimentos
no fundo do rio
(A) diminui sucessivamente.
(B) aumentou sucessivamente.
(C) diminuiu e depois aumentou.
(D) aumentou e depois diminuiu.

12. A 14 de outubro, durante o período de cheia, a descarga no rio modificou-se drasticamente.


Esta mudança da descarga está relacionada com
(A) um aumento da velocidade do rio, provocando um aumento da erosão e do transporte.
(B) um aumento da velocidade do rio, provocando um aumento da sedimentação.
(C) uma diminuição da velocidade rio, provocando um aumento da erosão e do transporte.
(D) uma diminuição da velocidade do rio, provocando um aumento da sedimentação.

13. A velocidade máxima registada a 9 de dezembro foi de 6 centímetros por segundo, a esta velocidade as maiores
partículas que o rio conseguia transportar teriam uma dimensão de
(A) 0,01 mm.
(B) 0,1 mm.
(C) 1 mm.
(D) 10 mm.

14. Quando a velocidade da corrente diminui de 100 mm/s para 10 mm/s, um sedimento com 0,5 mm designado de
(A) areia, vai ser depositado no fundo do rio.
(B) balastro, vai ser depositado no fundo do rio.
(C) areia, vai ser removido do fundo do rio.
(D) balastro, vai ser removido do fundo do rio.

15. Indica a velocidade mínima necessária para transportar um sedimento de 6mm e a velocidade mínima necessária
para erodir um sedimento de 0,1mm.

16. Indica a que velocidade de corrente o areão (2mm) começa a depositar.


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17. Na Islândia está a ser testado um método inovador para transformar dióxido de carbono (CO 2) em minerais
carbonatados. Os investigadores combinaram o dióxido de carbono com um gás com propriedades ácidas, o sulfureto
de hidrogénio. Esta mistura foi depois bombeada par um reservatório de rocha basáltica. O basalto é altamente reativo
e liberta iões de magnésio (Mg2+) e cálcio (Ca2+) quando em meio ácido. O dióxido de carbono do fluído reage com
esses iões, formando carbonato de magnésio (MgCO3) e carbonato de cálcio (CaCO3). Num dos reservatórios foi
injetado dióxido de carbono puro, enquanto noutro foi injetado dióxido de carbono misturado com sulfureto de
hidrogénio. A injeção foi feita em dois momentos, representados a cinza no gráfico. O dióxido de carbono injetado foi
marcado com o isótopo radioativo 14C para ser mais fácil de monitorizar. Segundo os autores do estudo, 95% das 220
toneladas de dióxido de carbono bombeado para o basalto foram convertidas em calcário em menos de dois anos.

Carbono inorgânico
em solução aquosa
(mol/l)

Dias após injeção


Figura 5. Valores de CO2 do grupo de controlo (●) e valores de CO2 do grupo experimental (□) na forma de carbono inorgânico
em solução aquosa. As áreas a sombreado mostram a 1ª fase e a 2ª Fase de injeções de CO 2 marcado radioactivamente.
Baseado em https://science.sciencemag.org/content/352/6291/1312

17.1 O objetivo do procedimento laboratorial foi determinar


(A) a quantidade de CO2 produzido pelo Homem que pode ser eliminada da atmosfera.
(B) a possibilidade de fixar o CO2 em rochas basálticas.
(C) o tempo de fixação do CO2 em minerais carbonatados.
(D) a conversão CO2 radioativo em carbono inorgânico em solução aquosa.

17.2 Indica a variável independente e a variável dependente do procedimento experimental.

17.3 Refere a diferença entre o grupo controlo e o grupo experimental.

18. Explica de que modo esta interação atmosfera ↔ geosfera, se usada em grande escala, poderá ajudar a resolver
o problema do aquecimento global do planeta.

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