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GRUPO I
Florescimento invulgar de fitoplâncton registado no Ártico
Uma expedição oceanográfica da NASA, realizada entre 2010 e 2011, no oceano Ártico avaliou o impacto das
variações ambientais neste oceano em termos biológicos, ecológicos e bioquímicos. Os resultados revelaram que esta
água está a tornar-se rica em algas marinhas microscópicas que integram o fitoplâncton e que são essenciais para a
existência de vida nos oceanos.
Até serem analisados os resultados deste estudo, pensava-se que o fitoplâncton crescia no Ártico apenas
durante o recuo do gelo, no Verão. Os investigadores acreditam agora que a diminuição da camada de gelo está a
permitir que a luz do Sol alcance as águas mais facilmente, proporcionando o florescimento de fitoplâncton em locais
onde este fenómeno nunca tinha sido observado. Nestas regiões verificou-se que o fitoplâncton estava bastante ativo,
duplicando o seu número mais de uma vez por dia.
Os florescimentos podem ter implicações várias nos ecossistemas, tais como a migração de espécies como
baleias e pássaros. O fitoplâncton é ingerido por pequenos animais marinhos, que, por sua vez, servem de alimento a
animais de maiores dimensões. As alterações da época dos florescimentos podem provocar perturbações nos animais
maiores que se alimentam dos menores e até do próprio fitoplâncton. Pode tornar-se mais difícil para as espécies
migratórias chegarem a tempo do ciclo de florescimentos, o que significará a existência de menor quantidade de
alimento para estas espécies. Baseado em www.cienciahoje.pt
1. Explique quais as principais alterações no ecossistema do Ártico associadas à migração de espécies, como baleias
e pássaros.
Na resposta a cada um dos itens de 2. a 6., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2. A comunidade de algas constituintes do fitoplâncton num determinado ecossistema aquático é composta por seres
(A) fotoautotróficos e a sua capacidade biossintética é condicionada pela disponibilidade de nutrientes inorgânicos.
(B) fotoautotróficos e a sua capacidade biossintética é condicionada pela disponibilidade de nutrientes orgânicos.
(C) quimioautotróficos e a sua capacidade biossintética é condicionada pela disponibilidade de nutrientes orgânicos.
(D) quimioautotróficos e a sua capacidade biossintética é condicionada pela disponibilidade de nutrientes inorgânicos.
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3. As células que entram na constituição das baleias apresentam
(A) complexo de Golgi, tal como todas as células eucarióticas.
(B) vacúolos e cloroplastos, tal como todas as células eucarióticas fotossintéticas.
(C) organelos membranares e material genético disperso no hialoplasma.
(D) celulose na parede celular, tal como as células eucarióticas vegetais.
5. Nos ecossistemas do Ártico, os pequenos animais marinhos que ingerem o fitoplâncton são
(A) produtores primários.
(B) consumidores primários.
(C) consumidores secundários.
(D) decompositores.
6. As algas constituintes do fitoplâncton dos ecossistemas do oceano Ártico vivem num meio com
(A) reduzida pressão osmótica e a água movimenta-se contra o gradiente de concentração de soluto.
(B) elevada pressão osmótica e a água movimenta-se a favor do gradiente de concentração de soluto.
(C) elevada pressão osmótica e a água movimenta-se contra o gradiente de concentração de soluto.
(D) reduzida pressão osmótica e a água movimenta-se a favor do gradiente de concentração de soluto.
7. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com
possíveis alterações na dinâmica dos ecossistemas do Ártico, devido ao crescente aquecimento global.
Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
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8. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas à movimentação de substâncias através da membrana
citoplasmática, expressas na coluna A, ao respetivo transporte, que consta da coluna B.
Escreva, na folha de respostas, apenas as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
GRUPO II
Genoma artificial
A saga de Venter na conceção da vida artificial começou com a síntese química do DNA de um microrganismo,
nomeadamente a bactéria Mycoplasma mycoides, com 582 970 pares de bases, contendo 482 genes, um dos menores
genomas conhecidos. Através de reações químicas, o grupo refez a sequência dos monómeros do DNA, até ser
atingida uma cópia perfeita do genoma biológico encontrado na Natureza. Outro dos desafios a que se propuseram foi
o de transplantar esse genoma para o citoplasma da bactéria recetora Mycoplasma capricolum.
(…) O genoma sintético passou então a expressar-se utilizando a maquinaria presente na célula hospedeira,
produzindo todas as proteínas necessárias para a replicação da célula. Ao longo de diversas passagens, as proteínas
celulares foram substituídas por proteínas codificadas pelo genoma sintético. Estimou-se que em 30 gerações os
micoplasmas das culturas seriam completamente oriundos de um genoma artificial.
Adaptado de Alysson Muotri in www.globo.com
1. Relacione, tendo em conta a experiência apresentada, a síntese do genoma sintético com a obtenção das 30
gerações de micoplasmas oriundos desse genoma.
Na resposta a cada um dos itens de 2. a 6., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2. Os seres mencionados no texto são ______, uma vez que são ______ de nucleoide.
(A) procariontes (…) desprovidos
(B) eucariontes (…) desprovidos
(C) procariontes (…) providos
(D) eucariontes (…) providos
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3. Durante a replicação do genoma artificial, dentro do micoplasma, verifica-se que cada nova molécula de DNA
sintetizada apresenta ______ cadeia(s) recém formada(s), sendo adicionados monómeros livres, presentes no meio,
por intermédio da enzima ______.
(A) uma (…) RNA polimerase
(B) duas (…) RNA polimerase
(C) duas (…) DNA polimerase
(D) uma (…) DNA polimerase
5. As moléculas de DNA das bactérias e dos vírus, que as podem invadir, apresentam
(A) a mesma composição química e a mesma sequência de monómeros.
(B) a mesma proporção de monómeros e o mesmo sentido de crescimento (3’ → 5’).
(C) diferentes sequências de monómeros e o mesmo sentido de crescimento (3’ → 5’).
(D) diferente proporção de monómeros e a mesma composição química.
6. A síntese de uma proteína, no interior do micoplasma, a partir da sequência nucleotídica de um dos 428 genes
presentes no genoma sintético implica
(A) tradução da sequência de codões do RNA mensageiro.
(B) replicação semiconservativa da informação genética.
(C) transcrição do gene para moléculas de RNA de transferência.
(D) leitura aleatória do RNA mensageiro nos ribossomas do RER.
Grupo III
Maldita enxaqueca
O alfabeto genético tem quatro letras apenas, com as quais se escreve todo o tipo de instruções de qualquer
ser vivo. Por vezes, basta a troca de uma única dessas letras para que sejamos mais suscetíveis, ou mais resistentes,
a uma doença – por exemplo, pode dar-nos dores de cabeça como descobriu uma equipa de cientistas do Porto.
(…) A descoberta é a alteração do gene STX1A que aumenta o risco das formas comuns de enxaquecas. Este
gene contém as instruções para a síntese de uma proteína (a sintaxina 1A) que regula a libertação de várias
substâncias químicas ou neurotransmissores que permitem a comunicação entre neurónios. Por causa desta função
suspeitava-se que pudesse haver uma ligação entre o STX1A e a suscetibilidade à enxaqueca.
(…) Que variantes genéticas pontuais estariam então presentes em quem sofre formas comuns de enxaqueca?
Estatisticamente, encontrou-se numa das variantes uma letra que surge mais vezes do que outra: “É o G que aparece
mais vezes nos doentes com enxaqueca, em vez do T, que é mais comum na maior parte da população.” Escrevendo
no alfabeto dos genes, enquanto quem sofre das formas mais comuns de enxaqueca apresenta, a certa altura, a
sequência 3’ CGG CTG CCG 5’, quem não sofre tem a 3’ CTG CTG CCG 5’.”
Esta é a novidade absoluta, pois para este gene nunca tinha sido feita uma associação entre a troca do T pelo
G e a enxaqueca. Adaptado de Teresa Firmino in www.publico.pt
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Considere os codões de alguns aminoácidos representados na Tabela I
Aminoácido Codão
1. ”A descoberta é a alteração do gene STX1A que aumenta o risco das formas comuns de enxaquecas”.
Explique o significado da expressão “perpetuação de uma mutação”.
Na resposta aos itens de 2. a 6., selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os
espaços seguintes, de modo a obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2. Dada a sequência de nucleótidos pertencente a uma das cadeias de DNA de um indivíduo que sofre de enxaqueca,
a sequência de nucleótidos da cadeia complementar é
(A) 5’ GCC GAC GGC 3’
(B) 5’ GAC GAC GGC 3’
(C) 3’ GCC GAC GGC 5’
(D) 3’ GAC GAC GGC 5’
3. O gene presente nos indivíduos que são afetados pela forma mais comum de enxaqueca apresenta uma ______
proporção de pares de bases A – T do que o gene dos não afetados. A proporção de A+C/T+G nos genes de ambos
os indivíduos será ______.
(A) maior (…) próxima da unidade
(B) menor (…) variável de indivíduo para indivíduo
(C) menor (…) próxima da unidade
(D) maior (…) variável de indivíduo para indivíduo
4. Existem evidências que certas mutações são subjacentes a formas hereditárias de enxaqueca. Nesse caso, a
mutação terá ocorrido inicialmente em células ______. A ocorrência de mutações pontuais durante a transcrição de
um gene afetará a biossíntese de ______ célula.
(A) somáticas (…) uma proteína da
(B) germinais (…) todas as proteínas de uma
(C) somáticas (…) todas as proteínas de uma
(D) germinais (…) uma proteína da
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5. A sequência de aminoácidos codificada pelo fragmento do gene STX1A de quem não sofre de enxaqueca é
(A) ala - asp - gli.
(B) asp - asp - gli.
(C) asp - asp - pro.
(D) gli - asp - ala.
8. “Os investigadores têm agora um olhar mais centrado para a biologia dos neurónios. A próxima etapa da investigação
é tentar descobrir se a mutação no gene STX1A origina a produção de maior ou menor quantidade de sintaxina 1A ou
se a proteína mutada é menos funcional.”
Explique em que medida a quantificação de mRNA, nos neurónios de indivíduos que apresentam ou não a mutação,
poderá ser indicativa do efeito da mutação na biossíntese dessa proteína.
Grupo IV
Um pedaço crucial de informação no puzzle molecular oncológico
Identificada nova situação patológica, envelhecimento precoce e formação de tumor no fígado
O cancro é uma das patologias que mais atinge a população mundial nos países industrializados. Durante o processo
de envelhecimento humano agentes extrínsecos como químicos, luz UV, irradiação, e intrínsecos como fatores
genéticos induzem alterações no ADN, mutações, levando a um aumento da instabilidade genética. As mutações levam
posteriormente à transmissão de informação genética “errada” da célula mãe para a célula filha, um dos fatores chave
no processo de transformação tumoral.
O artigo “Mutations in SPRTN cause early onset hepatocellular carcinoma, genomic instability and progeroid
features”, publicado esta semana na revista Nature Genetics, identifica um novo gene envolvido na manutenção da
estabilidade genética e adiciona um pedaço crucial de informação no puzzle molecular oncológico e de envelhecimento.
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O trabalho, fruto de uma colaboração apertada entre médicos, geneticistas e biólogos moleculares permitiu identificar
uma nova situação patológica, envelhecimento precoce e formação de tumor no fígado, uma nova causa genética,
mutações no gene SPRTN, e identificar a função da proteína Spartan responsável pela instabilidade genética.
O nosso grupo de investigação do CRUK/MRC Oxford Institute for Radiation Oncology da Universidade de
Oxford descobriu que a proteína Spartan (SPTRN) é importante para a replicação do DNA e na regulação do checkpoint
celular (G2-M) através de mecanismo “barreira” que previne a transmissão de alterações no DNA da célula mãe para
as células filhas. Mutações em SPRTN causam stress replicativo e levam a acumulações de mutações durante a
replicação do DNA.
Posteriormente defeitos no checkpoint levam a que essas mutações sejam transmitidos à prole de células filhas
iniciando um processo de transformação tumoral e/ou envelhecimento precoce. Contudo ainda não é claro a razão pela
qual alguns tecidos envelhecem enquanto outros desenvolvem tumores.
1. Explique de que modo as alterações do genoma e a duplicação do material genético permitem a obtenção de
descendentes com instabilidade genética, que pode originar o envelhecimento precoce e/ou um processo de
transformação tumoral.
Na resposta aos itens de 3. a 12., selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente,
os espaços seguintes, de modo a obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
3. Pode ser utilizado como argumento a favor do modelo de estrutura da molécula de DNA o facto de esta molécula
(A) ser um polímero de nucleótidos.
(B) apresentar a relação (A+T) / (C+G) = 1
(C) intervir na síntese de proteínas.
(D) apresentar a relação (A+C) / (T+G) = 1
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6. A síntese da proteína Spartan a partir da informação do gene implica a
(A) replicação semiconservativa da informação genética.
(B) transcrição do gene para moléculas de tRNA.
(C) leitura aleatória do RNA mensageiro no citoplasma.
(D) tradução da sequência de codões do RNA mensageiro processado.
8. Alguns medicamentos administrados a pessoas com cancro atuam ao nível da transcrição ou da tradução de
proteínas. Durante a
(A) transcrição ocorre a síntese de pré-mRNA a partir de um gene específico.
(B) transcrição ocorre a polimerização de uma cadeia polipeptídica.
(C) tradução ocorre a migração do mRNA do núcleo para o citoplasma.
(D) tradução ocorre a duplicação da molécula de DNA.
9. As mutações são transmitidas à prole de células filhas iniciando um processo de transformação tumoral e/ou
envelhecimento precoce quando a célula realiza
(A) replicação semiconservativa do DNA.
(B) replicação conservativa do DNA.
(C) transcrição semiconservativa do DNA.
(D) tradução do mRNA para proteínas.
11. Uma possível redução da quantidade do mRNA presente no citoplasma leva à diminuição da
(A) transcrição da informação contida nos exões.
(B) tradução da informação contida nos exões.
(C) transcrição da informação contida nos intrões.
(D) tradução da informação contida nos intrões.
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13. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna A à respetiva designação, que consta da coluna
B.
Escreva, na folha de respostas, apenas as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B