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DGS Norma Nº 036/2011

de 30/09/2011
A C E S – Lisboa Norte
SUPRESSÃO ÁCIDA: UTILIZAÇÃO DOS INIBIDORES DA
BOMBA DE PROTÕES E DAS SUAS ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS
(PONTOS A DESTACAR da NORMA da DGS nº 036/2011 30/09/201

As 3 principais causas de sintomas dispépticos em que Sintomas dispépticos esporádicos:


se usam fármacos de supressão ácida são: A toma em SOS de antiácidos e dos antagonistas
Doença de refluxo gastro-esofágico (DRGE); dos recetores H2 é mais apropriada:
Úlcera péptica; 1) Estes fármacos são mais rápidos a atuar que os IBP;
Dispepsia funcional sem úlcera. 2) Os IBP causam mais efeitos adversos que os
agonistas dos recetores H2;
Os Inibidores da Bomba de Protões (IBP) são usados 3) Os IBP têm um risco de efeitos adversos mais graves.
como terapêutica crónica em:
DRGE com esofagite;
O critério que deve prevalecer na seleção de um IBP é o
DRGE sem esofagite mas com sintomas persistentes;
seu custo. Não existe evidência clínica de superioridade
Esófago de Barrett;
entre os IBP em doses equivalentes.
Úlcera péptica com episódios recorrentes;
Síndrome de Zollinger-Ellison.
Antes de usar os fármacos de supressão ácida em
Para as restantes situações dispépticas: sintomas dispépticos:
4-8 semanas após iniciação do IBP, deve ser feita Verificar se o doente toma medicamentos que
uma avaliação do doente, com vista à redução induzem os sintomas;
gradual do uso de IBP até ao abandono. Excluir causas graves não gastrointestinais de
sintomas dispépticos;
DRGE sem esofagite: Excluir sinais de alarme para cancro, estenose,
IBP como 1ª linha; ulceração grave;
Se ausência de sintomas após 4 semanas, deve Aconselhar mudança dos hábitos de vida;
tentar-se uma redução gradual da dose dos IBP; Lidar com a possibilidade de infeção por Hp.
Alguns doentes, após tratamento com IBP durante 4
semanas, podem controlar os sintomas ocasionais A infeção por Hp deve ser testada em:
com antiácidos ou antagonistas dos recetores H2. Úlcera gástrica ou duodenal ativa, particularmente se
hemorrágicas;
DRGE com esofagite: História clínica de úlcera gástrica ou duodenal ainda
IBP durante as primeiras 4-8 semanas numa dose não tratada contra a infeção por Hp;
mais alta que a de manutenção; Sintomas dispépticos de novo em adultos com idade
O uso crónico deve ser com dose de manutenção ou ≤ 55A sem DRGE óbvia e sem sinais de alarme;
com dose mais baixa que controle os sintomas. Doentes que não respondem ao tratamento.
Se o teste é positivo para Hp, tratar. Sugere-se a seguinte
Sintomas dispépticos não provocados por DRGE: terapia tripla, durante 10-14 dias:
Se >55A ou sinais de alarme para cancro, estenose e IBP – dose normal, 2x/dia, e
ulceração grave, a endoscopia deve ser realizada de Amoxicilina – 1g 2x/dia, e
imediato antes de estabelecer um regime com IBP; Claritromicina – 500mg, 2x/dia.
Se ≤55A e sem sinais de alarme, IBP podem ser a 1ª
linha, mas pode-se, também, testar, tratar e
erradicar a H. pylori (Hp) se a infeção estiver Na DRGE com e sem esofagite, na úlcera péptica e na
presente e considerar a execução de endoscopia; dispepsia funcional sem úlcera, se os sintomas
Na dispepsia funcional sem úlcera, os antagonistas persistirem após tratamento adequado, considerar
dos recetores H2 são uma alternativa. encaminhar para gastrenterologia.

Teresa Guerra – USF Gerações


Teresa Guerra – USF Gerações

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