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2. Quando os rotíferos de água doce são colocados em água destilada, a sua bexiga
pulsátil tende a _______ a quantidade de água excretada, porque o meio interno destes
organismos é _______ em relação ao meio externo.
(A) diminuir ... hipertónico (C) diminuir ... hipotónico
(B) aumentar ... hipertónico (D) aumentar ... hipotónico
3. Nas algas unicelulares de água doce, é de esperar que a pressão osmótica intracelular,
relativamente à pressão osmótica extracelular, seja
(A) menor, o que provoca a saída de água por osmose.
(B) menor, o que provoca a entrada de água por osmose.
(C) maior, o que provoca a saída de água por osmose.
(D) maior, o que provoca a entrada de água por osmose.
5. As células vegetais são resistentes à lise, porque possuem uma ______ celular
constituída, essencialmente, por um polissacarídeo ______.
(A) parede ... estrutural (C) parede ... de reserva
(B) membrana ... estrutural (D) membrana ... de reserva
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• ao fim de uma hora, retiraram-se os cilindros das soluções e colocou-se uma das
extremidades de cada cilindro num suporte horizontal e um pequeno peso na outra
extremidade, medindo-se de seguida o ângulo de curvatura do cilindro, tal como
indicado na Figura 1A;
• com os resultados obtidos, elaborou-se o gráfico da Figura 1B.
Com esta experiência verificou-se que, para concentrações de sacarose até 0,3 molar, os
cilindros comportam-se de forma elástica, recuperando a forma original quando
retirados do aparelho de medição. Para concentrações de sacarose superiores a 0,3
molar, o cilindro não recupera a forma inicial, mantendo a curvatura, o que indica que
as células entraram em plasmólise.
11.2. Com base nos resultados experimentais descritos, pode afirmar-se que
(A) a pressão osmótica da solução de 0,5 molar é superior à pressão osmótica do meio
intracelular.
(B) a pressão de turgescência verificada nas células de batata aumenta para
concentrações superiores a 0,3 molar.
(C) a perda de água pelas células de batata, quando colocadas na solução de 0,1 molar, é
maior do que quando colocadas na solução de 0,4 molar.
(D) a redução da pressão de turgescência nas células dos cilindros conduz ao aumento
da elasticidade dos tecidos.
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12. As plantas superiores produzem polifenóis, um vasto grupo de substâncias
complexas que dificultam a digestão dos herbívoros, pois provocam a precipitação das
proteínas vegetais no tubo digestivo destes animais. Alguns mamíferos têm na saliva
prótidos ricos em leucina, que impedem os polifenóis de se ligarem às proteínas. Um
estudo recente, mostra que as minhocas também possuem, na parte anterior do tubo
digestivo, substâncias capazes de bloquear a ação dos polifenóis. As minhocas são
consideradas os «engenheiros» dos ecossistemas, porque, devido à sua constante
movimentação, constroem galerias no solo, o que, em conjunto com a sua atividade de
ingestão, favorece a reciclagem da matéria orgânica presente nas folhas que caem nos
solos.
14. Nos peixes, o fluido circulatório garante o transporte de nutrientes obtidos através
da digestão
(A) intracelular realizada em vesículas endocíticas.
(B) intracelular realizada em vacúolos digestivos.
(C) extracelular realizada num tubo digestivo completo.
(D) extracelular realizada numa cavidade gastrovascular.
15. Quando as células de Chlamydomonas são colocadas em meio de cultura, com uma
atmosfera enriquecida em CO2 marcado com 14C, é de esperar que o pirenoide (estrutura
responsável pela síntese de amido) das células apresente radioatividade, uma vez que o
amido é o ______ de reserva sintetizado a partir de substâncias produzidas durante
______.
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(A) monossacarídeo [...] o ciclo de (C) polissacarídeo [...] o ciclo de Calvin
Calvin (D) polissacarídeo [...] a
(B) monossacarídeo [...] a fotofosforilação
fotofosforilação
17. Durante a fase fotoquímica, a incidência da luz nos tecidos clorofilinos da planta
hospedeira provoca
(A) oxidação da água e imediata libertação de oxigénio.
(B) absorção da energia de comprimento de onda correspondente ao verde.
(C) redução da água e fixação de dióxido de carbono.
(D) fixação de dióxido de carbono com produção de compostos orgânicos.
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23. Uma das mais surpreendentes descobertas efetuadas no domínio da biologia das
grandes profundidades foi a dos ecossistemas ligados às fontes hidrotermais profundas,
quer pela exuberância, quer pelas características dos organismos.
Nos povoamentos hidrotermais profundos, a produção primária é assegurada por
bactérias que obtêm a energia necessária para a fixação do CO 2 a partir da oxidação de
sulfuretos, tais como o H2S ou o HS-, provenientes, na sua maioria, dos gases
vulcânicos que emanam das fontes hidrotermais. As bactérias que vivem nas fontes
hidrotermais são hipertermófilas, possuindo uma temperatura ótima de crescimento
muito elevada. Para sobreviverem a tais temperaturas, estas bactérias apresentam um
grande número de adaptações, pois, à medida que as membranas celulares são sujeitas a
temperaturas altas, a estabilidade e a fluidez essencial ao bom funcionamento ficam
comprometidas. Assim, estas bactérias apresentam alterações na estrutura dos
fosfolípidos constituintes das suas membranas, que resultam no aumento do tamanho
das caudas dos ácidos gordos e na sua saturação (remoção das ligações múltiplas). Desta
forma, os fosfolípidos ficam mais compactados, mantendo a estabilidade das
membranas a temperaturas e a pressões mais elevadas. O organismo mais característico
do ecossistema hidrotermal é um animal vermiforme tubícola, de grandes dimensões,
Riftia pachyptila, que forma densos agregados e que não possui nem boca nem tubo
digestivo, intervindo na sua nutrição bactérias simbiontes. Este animal transfere
sulfuretos para um órgão especializado no seu corpo, onde se alojam as bactérias
simbiontes.
23.1. De acordo com o texto, tendo em conta a forma como produzem matéria orgânica,
as bactérias das fontes hidrotermais são seres
(A) quimiotróficos, pois utilizam a energia térmica das fontes hidrotermais.
(B) quimiotróficos, pois utilizam energia resultante da oxidação de substratos minerais.
(C) fototróficos, pois utilizam energia luminosa.
(D) fototróficos, pois utilizam a energia resultante da atividade vulcânica.
23.3. De acordo com o texto, uma das adaptações das bactérias hipertermófilas à
temperatura está relacionada com alterações moleculares da membrana celular ao nível
da
(A) região polar das proteínas intrínsecas.
(B) região não polar das proteínas intrínsecas.
(C) extremidade hidrofílica dos fosfolípidos.
(D) extremidade hidrofóbica dos fosfolípidos.
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23.4. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos
acontecimentos relacionados com a obtenção de matéria orgânica pelas bactérias que
habitam nas fontes hidrotermais profundas. Inicie a sequência pela letra A.
A. Captação de sulfuretos.
B. Oxidação de sulfuretos.
C. Redução do dióxido de carbono.
D. Fixação do dióxido de carbono.
E. Síntese de ATP.
F. Síntese de matéria orgânica.
23.5. Riftia pachyptila tem, na sua extremidade, uma pluma vermelha que absorve água
sulfurosa utilizada pelas bactérias que vivem no seu interior. As bactérias penetram no
verme quando este ainda está no estádio juvenil, pois, mais tarde, a boca desaparece.
Explique, tendo em conta a morfologia de Riftia pachyptila, no estado adulto, os
benefícios que as bactérias simbiontes e o referido animal retiram desta associação.
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24.1. A análise dos resultados obtidos permite concluir que as plantas do _______
submetidas a concentrações normais de CO2, apresentam a maior taxa de crescimento à
temperatura de _______.
(A) lote 1 ... 40 °C (C) lote 2 ... 40 °C
(B) lote 2 ... 30 °C (D) lote 1 ... 30 °C
24.3. As taxas de fotossíntese registadas nos ensaios do lote 2 apresentam variações que
dependem
(A) exclusivamente da temperatura. (C) exclusivamente do dióxido de
(B) da intensidade da luz e da carbono.
temperatura. (D) da humidade e do dióxido de
carbono.
25. As plantas carnívoras têm todas as características de qualquer outro ser vivo do
reino das plantas. Contudo, para assegurarem a sua vitalidade e a sua sobrevivência,
estas plantas necessitam de completar a sua nutrição com os aminoácidos resultantes da
digestão de pequenos animais. Este processo ocorre nas folhas, em zonas glandulares
caracterizadas por intensa atividade de enzimas que digerem as presas. Vários estudos
têm demonstrado que a nutrição heterotrófica aumenta o crescimento e o
desenvolvimento destas plantas e que, em algumas espécies, parece ser essencial à
floração, possibilitando a perpetuação da espécie.
Ao longo dos tempos, a seleção natural foi favorecendo a sobrevivência de plantas
oriundas de famílias diferentes, mas que conseguiam capturar e digerir pequenos
animais.
De entre as diversas plantas carnívoras existentes em Portugal, destacam-se as
orvalhinhas. As suas folhas modificadas encontram-se cobertas por tricomas
glandulares, estruturas que produzem mucilagem, uma substância que retém as presas e
que é segregada sob a forma de gotículas. Após o contacto com a presa, geralmente
pequenos insetos, as folhas, cobertas por glândulas, começam a curvar-se, de modo a
envolver a «refeição». Segue-se a ação das enzimas digestivas, que são libertadas pelas
glândulas, e a absorção dos produtos assimiláveis. Findo todo este processo, as
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glândulas e a folha retomam a forma inicial, sendo bastante comum encontrar restos
mortais dos últimos insetos que foram capturados e digeridos pela planta.
26. A integridade dos ecossistemas aquáticos pode ser comprometida pela concentração
de nutrientes inorgânicos neles existente. Esta concentração pode ser afetada pelas
descargas agrícolas ou industriais, pela drenagem natural proveniente dos processos de
lixiviação dos solos ou de rochas, bem como por alterações climáticas.
Para avaliar o crescimento de três espécies aquáticas de microalgas de água doce,
duas unicelulares – Chlorella vulgaris e Pseudokirchneriella subcapitata – e uma
colonial – Coelastrum astroideum –, suplementaram-se meios de cultura com diferentes
concentrações nutritivas de fosfato e de nitrato e realizou-se a experiência seguinte.
Métodos e resultados
1 – Preparou-se um meio de cultura (meio I) com todos os nutrientes essenciais e em
que as concentrações de nitrato eram de 85,0 mg/L–1 e as de fosfato eram de 8,7 mg/L–1.
2 – Para avaliar o efeito da concentração de nitrato, prepararam-se outros meios de
cultura, com a mesma composição do meio I, mas em que se fez variar a concentração
de nitrato.
3 – Para avaliar o efeito da concentração de fosfato, prepararam-se outros meios de
cultura, com a mesma composição do meio I, mas em que se fez variar a concentração
de fosfato.
4 – As algas foram colocadas a crescer, separadamente, durante 4 dias, em cada um dos
dispositivos com os diferentes meios e sob as mesmas condições de luminosidade.
5 – Para cada tratamento (cada um com uma determinada concentração de nitrato ou de
fosfato), prepararam-se três réplicas.
6 – Todos os dispositivos foram observados e agitados diariamente.
7 – Ao fim de 4 dias, mediu-se a densidade ótica de cada suspensão celular, a qual está
diretamente relacionada com a concentração de algas no meio de cultura.
Os gráficos das Figuras 3A e 3B traduzem os resultados obtidos para cada tratamento.
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26.1. Uma das variáveis dependentes em estudo é a
(A) composição em nutrientes de cada (C) duração da atividade experimental.
meio. (D) concentração de células no meio.
(B) luminosidade a que foram sujeitas
as algas.
26.3. Uma das condições que contribuíram para a fiabilidade dos resultados foi
(A) terem-se verificado grandes diferenças no crescimento das algas.
(B) as medições terem sido efetuadas ao fim de quatro dias.
(C) terem sido realizadas repetições da atividade experimental.
(D) as microalgas terem um rápido crescimento por reprodução assexuada.
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I. A fonte de eletrões para a produção de matéria orgânica é o dióxido de carbono.
II. Os fosfatos são necessários à síntese de nucleótidos.
III. Na fase da fotossíntese diretamente dependente da luz, ocorre fosforilação de
ADP.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.
26.7. Num lago onde se encontram as três espécies de algas referidas no estudo,
registou-se um decréscimo acentuado da concentração de fosfato.
Explique de que modo uma das espécies em estudo pode contribuir, com maior eficácia,
para a manutenção do ecossistema.
Na sua resposta, tenha em consideração os resultados do estudo e identifique a espécie
em causa.
28. Segundo o modelo do mosaico fluido, proposto por Singer e Nicholson em 1972, a
membrana citoplasmática apresenta
(A) moléculas lipídicas com grande mobilidade lateral.
(B) uma distribuição homogénea das proteínas.
(C) proteínas transportadoras que ocupam posições fixas.
(D) glúcidos associados a lípidos na superfície interna.
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(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) I é verdadeira; II e III são falsas
31. Os dinoflagelados são seres unicelulares. Algumas espécies raras possuem uma
estrutura complexa semelhante a um olho – o «oceloide» – que lhes permite orientarem-
se em direção à luz e, provavelmente, detetar as suas presas. Um estudo recente,
utilizando técnicas de microscopia eletrónica, de tomografia e de estudos de expressão
génica, demonstrou que os «oceloides» se formaram a partir de organitos pré- -
existentes, como mitocôndrias e plastos. Os dados sugerem que a «retina» é constituída
por plastos e que a «córnea» é constituída por mitocôndrias. Os estudos de expressão
génica apontam para a existência, em várias linhagens de dinoflagelados, de estruturas
fotossensíveis simples, com origem provável, tal como o «oceloide», em plastos
existentes numa alga vermelha antiga, que terá sido incorporada pelo ancestral comum
de todos os dinoflagelados.
31.1. A formação dos «oceloides» esteve relacionada com a _______ de células, cujo
transporte membranar ocorreu através de processos de ______.
(A) ingestão … fagocitose (C) absorção … fagocitose
(B) ingestão … pinocitose (D) absorção … pinocitose
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(A) o oxigénio é um subproduto do processo.
(B) há produção de matéria inorgânica.
(C) o fluxo de eletrões é gerado no cloroplasto.
(D) há fixação de carbono inorgânico.
35. Uma das estratégias utilizadas por plantas como as leguminosas na defesa contra os
afídios1 é a síntese de substâncias tóxicas. Estes metabolitos secundários2, quando
hidrossolúveis, são armazenados pelas plantas em vacúolos. Um exemplo de um
metabolito secundário é o aminoácido L-canavanina, que se acumula sobretudo em
sementes e que é estruturalmente semelhante ao aminoácido L-arginina. Nas plantas, a
L-canavanina, contrariamente à L-arginina, não é incorporada nas proteínas. Os
organismos que consomem as sementes podem incorporar o aminoácido nas suas
proteínas, no lugar da L-arginina, pois a enzima responsável pela ligação do aminoácido
ao RNA de transferência não reconhece a diferença. Alguns insetos, no entanto,
desenvolveram estratégias de defesa, pois conseguem metabolizar eficientemente estas
moléculas em seu benefício ou evitar a sua incorporação nas proteínas.
Notas: 1 afídios – insetos que se alimentam da seiva das plantas.
2 metabolitos secundários – metabolitos que não são necessários para processos celulares
essenciais.
36. Nos ecossistemas, a ocorrência e a distribuição das plantas dependem das variações
de temperatura ao longo do ano. A temperatura fisiológica ótima de algumas plantas é
de cerca de 30 °C, decrescendo drasticamente a sua atividade fotossintética abaixo dos
10 °C, o que limita o seu cultivo ao longo do ano.
Foi desenvolvido um estudo no sentido de investigar os efeitos no crescimento e na
fotossíntese da adaptação ao frio de Paspalum dilatatum, uma planta do grupo das
gramíneas onde se incluem, por exemplo, o trevo, o milho, o centeio e o arroz.
Método utilizado
1 – Embeberam-se em água sementes de Paspalum dilatatum, durante 90 minutos, a
temperatura ambiente.
2 – Seguidamente, as sementes foram colocadas, a germinar em vasos, durante uma
semana contendo, cada um, uma leve camada de argila expandida (leca). Os vasos
foram preenchidos, até à capacidade de campo, com água destilada.
3 – As pequenas plantas foram, então, colocadas numa câmara de crescimento,
durante 5 semanas, nas seguintes condições:
• 25°C durante o dia e 18°C durante a noite;
• densidade moderada de fluxo de fotões fornecido por uma lâmpada;
• fotoperíodo de 16 h de luz e 8 h de escuro;
• rega, com uma solução nutritiva, uma vez na primeira semana e duas vezes nas
semanas seguintes.
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4 – Após este período de 5 semanas, dividiram-se as plantas em dois grupos iguais:
• um dos grupos foi mantido na câmara, nas mesmas condições (grupo de
controlo);
• o outro grupo foi transferido para outra câmara de crescimento, com temperaturas
de 10°C e de 8°C (correspondentes ao dia e à noite), por um período de 30 dias (grupo
aclimatado).
Na Figura 2, estão registados, para os dois grupos de plantas, os resultados médios
obtidos a partir de vários ensaios independentes, para a taxa relativa de crescimento
médio (TRC médio) e para a produção de biomassa.
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36.4. As afirmações seguintes dizem respeito aos resultados expressos na Figura 2.
I. A exposição a temperaturas de 10°C e de 8°C conduziu a um decréscimo da TRC
superior a 50%.
II. A diminuição mais acentuada verifica-se na biomassa das plantas aclimatadas.
III. As plantas não aclimatadas apresentam maiores valores de biomassa.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.
37. Investigações recentes indicam que, numa sequência de DNA, pode haver duas ou
mais informações codificantes, uma principal e outras que levam à produção de uma ou
mais proteínas alternativas (proteínas fantasma 1 e 2 – Figura 4). Descobriu-se que cada
mRNA pode ser lido de várias maneiras, originando proteínas diferentes que coexistem
na célula.
Em células estaminais de rato, mais de metade dos locais onde se ligam os
ribossomas não corresponde aos locais de iniciação conhecidos. Foram sequenciados
todos os mRNA de neurónios de rato e, entre as 250 novas proteínas, algumas são
resultantes de sequências codificantes alternativas.
Recentemente, foi também identificado em ratos um mRNA resultante de uma região
intergénica, que era identificada como não codificante. O novo gene tem três exões e
apenas é expresso em células pós-meióticas.
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37.1. O potencial de repouso dos neurónios do rato é consequência
(A) da difusão facilitada de iões, através da bicamada fosfolipídica.
(B) da difusão facilitada de iões, através de proteínas transportadoras.
(C) do transporte ativo de iões, contra o gradiente de concentração.
(D) do transporte ativo de iões, sem consumo de energia.
39. A acumulação de plásticos nos oceanos constitui um problema ambiental que se tem
vindo a agravar. As tartarugas marinhas, nas várias etapas do seu ciclo de vida, correm
um risco significativo de ingestão de detritos de plástico. A ingestão destes materiais
pode ter consequências letais, em especial nos primeiros anos de vida, em que as
tartarugas flutuam e se deslocam ao sabor das correntes marinhas em direção a mar
aberto. O problema é agravado pelo facto de os animais confundirem os plásticos com
os seus alimentos naturais (por exemplo, medusas – animais que, tal como a hidra,
pertencem ao filo dos Cnidários), por não conseguirem regurgitar e pelo facto de a
comida permanecer 5 a 23 dias no tubo digestivo de algumas espécies de tartarugas, o
que aumenta o risco de obstrução ou de perfuração do tubo digestivo.
Um grupo de investigadores levou a cabo um estudo que pretendeu estabelecer a
relação entre a quantidade de plástico ingerido e a probabilidade de morte, por
comparação com o número de animais cuja morte ocorreu por causas não relacionadas
com a ingestão de plástico (por exemplo, choques com embarcações ou prisão em redes
de pesca).
Através da análise dos dados resultantes de 224 necropsias (exame médico para
determinar a causa da morte) e da análise dos dados de outros 706 registos de tartarugas
mortas que deram à costa, os investigadores descobriram que há 22% de risco de morte
para as tartarugas que ingerem 1 detrito de plástico, enquanto a ingestão de 14 detritos
aumenta esse risco para 50%.
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Os dados do Quadro I indicam a percentagem de tartarugas necropsiadas em cujo
tubo digestivo havia detritos de plástico.
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(B) a água saia das células, pois estas são hipertónicas.
(C) as células fiquem plasmolisadas, devido à saída de água.
(D) as células fiquem túrgidas, devido à entrada de água.
Métodos e resultados
1 – Esterilizaram-se superficialmente sementes das três variedades, durante 20 minutos,
numa solução de hipoclorito de sódio a 5%.
2 – Lavaram-se as sementes 3 vezes, com água destilada, durante 2 minutos.
3 – Transferiram-se 20 sementes de cada variedade para 4 caixas de Petri esterilizadas,
numeradas de 1 a 4. Acondicionaram-se as sementes entre duas folhas de papel de filtro.
4 – Regaram-se as sementes da caixa 1 com 10 mL de água destilada, e as sementes de
cada uma das 3 caixas restantes foram regadas com 10 mL de soluções de NaCl com
três concentrações diferentes: 4, 8 e 12 g/L.
5 – Colocaram-se as sementes a germinar em estufa a 25 ºC, com disposição aleatória
das caixas.
6 – Realizaram-se 3 repetições dos procedimentos.
7 – Observaram-se diariamente as sementes durante 14 dias.
8 – Considerou-se que as sementes germinaram quando surgiram extremidades
radiculares com 2 mm.
9 – Contou-se diariamente o número de sementes germinadas e calculou-se a
percentagem de germinação. Os resultados estão expressos nos gráficos das Figuras 2A,
2B e 2C.
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40.1. Uma das variáveis dependentes em estudo é
(A) o tempo de esterilização. (C) a percentagem de germinação.
(B) a concentração de NaCl. (D) o tipo de sementes.
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(A) I e III são verdadeiras; II é falsa. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) II é verdadeira; I e III são falsas.
41. Alguns antibióticos atuam ativando a respiração celular, o que leva à produção de
radicais livres (substâncias tóxicas oxidantes). Estes radicais podem causar a morte das
bactérias através da destruição de proteínas, de lípidos e de DNA.
Em quatro espécies bacterianas não relacionadas, Bacillus anthracis, Pseudomonas
aeruginosa, Staphylococcus aureus e Escherichia coli, foram inativadas, quer por via
química quer por mutação dos seus genes, as enzimas da via de síntese do sulfureto de
hidrogénio (H2S). Nas bactérias que sofreram estes procedimentos, deu-se a inibição da
produção de H2S. Estas bactérias sobreviveram com muita dificuldade na presença de
antibióticos.
Posteriormente, sujeitaram-se a estirpe mutada de E. coli (inibida da produção de
H2S) e a estirpe selvagem de E. coli (não mutada e produtora de H2S) à ação de três
antibióticos diferentes. Verificou-se que, nas bactérias incapazes de produzir sulfureto
de hidrogénio, o DNA se encontrava cortado em fragmentos.
A sequenciação recente de numerosos genomas bacterianos veio alterar a ideia de
que o H2S seria um produto de excreção, uma vez que esta substância pode bloquear a
formação de radicais livres e também pode estimular a atividade de enzimas
antioxidantes.
41.1. A hipótese que se quis testar com estas experiências foi a de que
(A) os radicais livres produzidos provocam a morte das bactérias.
(B) o sulfureto de hidrogénio compromete a eficácia dos antibióticos.
(C) as enzimas são necessárias à produção de sulfureto de hidrogénio.
(D) os antibióticos evitam a produção de sulfureto de hidrogénio.
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42. Numa aula de Biologia e Geologia, realizou-se uma atividade com o objetivo de
investigar a influência da luz na absorção de CO2 pelas plantas aquáticas.
Em 4 tubos de ensaio (tubos 1, 2, 3 e 4), colocou-se a mesma quantidade de água
gasocarbónica e acrescentaram-se 4 gotas de solução de azul de bromotimol1 em cada
tubo.
Observou-se uma coloração amarela em todos os tubos.
No tubo 1 e no tubo 4, colocou-se um fragmento de uma planta aquática – Elodea
densa.
Em todos os tubos foi posta uma tampa.
Os tubos 1 e 2 foram colocados à luz, e os tubos 3 e 4 na obscuridade.
Ao fim de 48 horas registaram-se os resultados.
Nota: 1 Azul de bromotimol – indicador de pH que apresenta cor azul em meio alcalino e cor
amarela em meio ácido.
45. Texto 2
Integrada na Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro, a Pateira de Fermentelos é
um importante local de alimentação e de reprodução para diversas aves aquáticas,
nomeadamente para várias espécies de patos, como o pato-real (Anas platyrhynchos). A
zona da pateira proporciona também refúgio e excelentes condições de desova para
peixes como o barbo-comum (Barbus bocagei).
Em determinadas alturas do ano, extensos tapetes de jacinto-de-água (Eichhornia
crassipes) formam uma massa densa, cobrindo a superfície da lagoa. O jacinto-de-água
é uma planta aquática livre, flutuante, com raízes que podem atingir 60 cm de
comprimento, que se reproduz sexuadamente, por sementes de pequeno tamanho, e
assexuadamente, através do desenvolvimento lateral de estolhos. A partir do outono, as
baixas temperaturas danificam as suas partes verdes, que acabam por secar e perder a
capacidade de flutuação, levando à decomposição da planta.
A presença do jacinto-de-água inibe o crescimento do fitoplâncton nos sistemas
aquáticos. No entanto, a sua capacidade de proliferação, de absorção de nutrientes e de
bioacumulação1 de contaminantes da água convertem esta planta numa ferramenta útil
no tratamento de águas residuais.
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Nota: 1 Bioacumulação – processo de concentração de substâncias tóxicas, oriundas do
exterior, nos tecidos de seres vivos expostos a ambientes contaminados.
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46.1. Preveja, justificando, a variação do volume da célula artificial que se pode registar
ao fim de meia hora.
46.2. Os testes efetuados à água do gobelé, após duas horas, permitem observar,
indicando a presença de
(A) um precipitado branco ... ião cloreto que atravessou a membrana por transporte
ativo
(B) um composto amarelado ... albumina que atravessou a membrana por difusão
(C) um precipitado branco ... ião cloreto que atravessou a membrana por difusão
(D) um composto amarelado ... albumina que atravessou a membrana por transporte
ativo
46.3. Identifique, justificando, qual dos gráficos, IV, V, VI ou VII, traduz a velocidade
de entrada de uma substância numa célula, com intervenção de permeases, em função
do aumento da concentração dessa substância no meio extracelular.
47. Na produção agrícola, podem ser utilizados diversos inseticidas, como o Diclorvos
(DDVP) e a Deltametrina (DTM). Estas classes de inseticidas afetam o sistema nervoso,
causando a paralisia dos insetos. Os inseticidas da classe do DDVP impedem a ação de
enzimas, tais como as esterases, que são necessárias à degradação dos
neurotransmissores. Já os inseticidas da classe da DTM atuam nos canais de sódio do
axónio, retardando a repolarização do neurónio. Com o intuito de avaliar a toxicidade de
fórmulas comerciais do DDVP e da mistura deste com a DTM, foi desenvolvido um
estudo de toxicidade em peixes da espécie Danio rerio.
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Métodos utilizados e resultados obtidos
1 – Foram utilizados peixes com um peso médio de 5 g.
2 – Os peixes foram mantidos em água a uma temperatura de 25°C e pH 7,0. Foi
fornecido a todos os peixes o mesmo tipo de alimento.
3 – Posteriormente, os peixes foram colocados, durante 48 horas, em aquários de 3 L.
Para a determinação da toxicidade dos inseticidas, variou-se, em alguns dos aquários, a
concentração de DDVP ou da mistura de DDVP com DTM.
4 – Parte dos resultados obtidos consta nas Tabelas 1 e 2.
5 – Nos testes efetuados nos grupos de controlo, não se registaram mortes.
48. Os peixes-balão pertencem a um grupo com mais de 100 espécies que inclui a
espécie marinha Arothron hispidus. Estes peixes, quando em perigo, expandem o corpo
através da ingestão de água, que bombeiam para o estômago. Esta capacidade está
dependente da compressão da cavidade bucal, da abertura e do fecho das fendas
operculares e do funcionamento de uma válvula que está localizada imediatamente atrás
das mandíbulas e que impede a saída de água.
Diversas espécies de peixes-balão apresentam em alguns órgãos, como a pele, o
fígado e as glândulas sexuais, uma das toxinas mais letais que se conhecem – a
tetrodotoxina (TTX) –, que, mesmo em pequenas doses, é capaz de matar um ser
humano adulto. Esta substância é produzida por bactérias endossimbióticas que se
alimentam dos nutrientes existentes no peixe. No ser humano, a TTX condiciona o
movimento de iões sódio através da membrana celular, dificultando a propagação
elétrica do impulso nervoso. Este processo começa por causar dormência da região oral,
24
podendo conduzir a paralisia total e a insuficiência respiratória, por deficiente
ventilação pulmonar, capaz de provocar a morte.
SOLUÇÕES
1. Opção (B) A água passa, por osmose, de meios hipotónicos para meios hipertónicos. Se o meio de
montagem fica hipotónico, o interior da célula ficará hipertónico. A entrada de água provoca a turgidez da
célula (a saída provocaria a sua plasmólise).
2. Opção (B) A água destilada é um meio hipotónico. A água entrará, por osmose, para o interior dos
rotíferos (meio hipertónico). Para compensar a referida entrada de água, a bexiga pulsátil terá de aumentar
a quantidade de água excretada.
3. Opção (D) Nas algas de água doce, o meio interno é hipertónico em relação ao externo, logo a pressão
osmótica é maior no meio interno. Por osmose, a água movimenta-se para o meio com maior pressão
osmótica.
4. Opção (B) A acumulação de sais nos vacúolos torna-os mais hipertónicos, logo com maior pressão
osmótica. Por osmose, a água tenderá a entrar para os vacúolos e do meio externo para a célula.
5. Opção (A) A membrana celular é flexível e, em algumas situações, rompe-se provocando a lise celular.
A parede celular das células vegetais é rígida, é formada por um polissacarídeo estrutural (a celulose), que
impede a lise celular. O polissacarídeo de reserva na maioria das plantas é o amido.
6. Opção (A) A afirmação 1 é verdadeira — quer na difusão facilitada, quer no transporte ativo,
participam proteínas transportadoras, portanto são transportes mediados;
a afirmação 2 é falsa — o transporte ativo ocorre contra o gradiente de concentração (do meio hipotónico
para o meio hipertónico), logo implica gasto de energia, mas a difusão facilitada ocorre a favor do
gradiente de concentração, pelo que não implica gasto de energia;
a afirmação 3 é verdadeira — a difusão simples ocorre a favor do gradiente de concentração, sem gasto de
energia, pelo que contribui para a anulação desse gradiente.
7. Verdadeiras — A, D, E, G; Falsas — B, C, F, H.
8. B, E, A, D, C
25
10. A resposta deve abordar os seguintes tópicos: • o equilíbrio interno da célula requer, em algumas
situações, uma diferença de concentração entre o meio intracelular e o meio extracelular;
• o transporte ativo propicia a formação de um gradiente de concentrações / diferença de concentrações
entre o meio intracelular e o meio extracelular (com consumo de ATP).
11.1. Opção (C) De acordo com o texto, variou-se a concentração de sacarose a que os cilindros de batata
foram sujeitos (variável independente), logo a experiência pretendeu avaliar os efeitos da concentração do
meio externo. Por outro lado, os cilindros foram imersos durante o mesmo intervalo de tempo e tinham
igual diâmetro inicial. O ângulo de curvatura das células depende (variável dependente) do potencial
hídrico destas.
11.2. Opção (A) A água movimenta-se, por osmose, de meios hipotónicos para meios hipertónicos.
Quando as concentrações do meio externo são maiores, a água deverá sair das células, diminuindo a
pressão de turgescência. Esta diminuição provocará um aumento no grau de curvatura dos cilindros. O
gráfico mostra que quando a concentração da solução de sacarose do meio exterior é de 0,5 molar, os
cilindros apresentam um grau de curvatura considerável (40º), enquanto para concentrações inferiores a
0,3 molar os cilindros não curvam. A referida curvatura mostra que a água saiu das células, o que, de
acordo com o que foi dito, só acontecerá se a pressão osmótica do meio exterior (em que se variou a
concentração de sacarose) for superior à pressão osmótica do meio intracelular. Por outro lado, para
concentrações superiores a 0,3 molar aumenta o grau de curvatura, logo diminui a pressão de
turgescência; quando colocados a 0,1 molar, os cilindros não curvam, enquanto a 0,4 molar curvam, logo
a pressão de turgescência em 0,1 molar é maior, devido ao facto de as células terem maior quantidade de
água; a redução da pressão de turgescência conduz à diminuição da elasticidade dos cilindros, pois
aumenta o grau de curvatura e verifica-se que os cilindros, a partir de 0,3 molar, não recuperam a forma.
11.3. Resposta (A) As proteínas intrínsecas facilitam o transporte membranar de substâncias, verificando-
se que, ao contrário das extrínsecas, atravessam a dupla camada. Por outro lado, estas proteínas
participam nos transportes mediados, como a difusão facilitada. As proteínas, assim como os fosfolípidos,
podem movimentar-se, conferindo plasticidade à membrana.
13. Opção (D) O tubo digestivo dos peixes é uma cavidade que tem duas aberturas (boca e ânus). A
digestão é extracelular (fora das células) e dela resultam os nutrientes (moléculas de pequena dimensão)
que são absorvidos maioritariamente ao longo do intestino.
14. Opção (C) A digestão nos peixes é extracelular (fora das células) e ocorre num tubo digestivo
completo, ou seja, com duas aberturas.
26
15. Opção (C) O amido é um polissacarídeo, pois é formado pela polimerização da glucose; na
fotossíntese, a produção de açúcar acontece durante o ciclo de Calvin; a fotofosforilação ocorre durante a
fase fotoquímica da fotossíntese.
16. Opção (B) Na fase fotoquímica (diretamente dependente da luz) ocorre a oxidação (fotólise) da água,
a redução de NADP+ e a fotofosforilação do ADP (com produção de ATP); a redução de CO2 acontece
no ciclo de Calvin e a descarboxilação é uma reação característica da respiração celular.
17. Opção (A) A luz provoca a oxidação (perda de eletrões, cisão, fotólise) da água e a libertação de O2;
os eletrões e os protões (resultantes do hidrogénio) ficam na célula, sendo transferidos para o NADP+; a
energia que a plantas refletem é de comprimento de onda correspondente ao verde (o que justifica a cor
verde da clorofila); a fixação de CO2 ocorre no ciclo de Calvin (fase não dependente diretamente da luz).
18. Opção (D) Na fase diretamente dependentes da luz, o NADP+ é reduzido em NADPH.
19. Opção (C) A incorporação (redução) do CO2 ocorre no ciclo de Calvin - fase não dependente
diretamente da luz.
20. Opção (D) A fotossíntese e a quimiossíntese são processos de obtenção de energia necessária à
produção de matéria orgânica a partir de carbono inorgânico, o que implica a fixação deste. O oxigénio é
um subproduto da fotossíntese, processo em que se gera um fluxo de eletrões no cloroplasto.
21. C, B, E, A, D
22. A resposta deve abordar os seguintes tópicos: • nestes ecossistemas não existe luz, logo não há
organismos fotossintéticos;
• a oxidação de matéria mineral, através da quimiossíntese, permite a obtenção da energia necessária à
produção de matéria orgânica.
23.1. Opção (B) Seres quimiotróficos são aqueles cuja fonte de energia são compostos químicos (neste
caso minerais). Seres fototróficos são aqueles cuja fonte de energia é a energia luminosa. No suporte é
referido qua as bactérias das fontes hidrotermais obtêm energia a partir da oxidação de sulfuretos, logo de
substratos minerais.
23.2. Opção (B) Tal como foi dito no comentário ao item anterior, as bactérias oxidam sulfuretos, ou seja,
retiram eletrões provenientes deste substrato mineral, que constitui, portanto, a sua fonte de eletrões.
23.3. Opção (D) O texto esclarece que as bactérias hipertermófilas têm alterações ao nível dos
fosfolípidos, mais concretamente nos ácidos gordos (tamanho das caudas e saturação). Os fosfolípidos
são moléculas anfipáticas que apresentam uma extremidade hidrofílica (polar) e outra hidrofóbica
(apoiar); as caudas, formadas por ácidos gordos, constituem a zona hidrofóbica.
23.4. [A], B, E, D, C, F
23.5. A resposta deve abordar os seguintes tópicos: • Riftia pachyptila no estado adulto não possui boca,
pelo que não tem possibilidade de captar / ingerir matéria orgânica proveniente do exterior;
• Riftia pachyptila absorve sulfuretos necessários para a síntese de matéria orgânica pelas bactérias;
• as bactérias simbiontes fornecem a matéria orgânica necessária a Riftia pachyptila.
24.1. Opção (D) As plantas que foram submetidas a concentrações normais (concentração atmosférica) de
CO2 foram as do lote 1 (Tabela). O gráfico mostra que estas plantas têm maior velocidade de assimilação
de CO2 (produzem mais matéria orgânica, logo crescem mais) à temperatura de 30 °C.
27
24.2. Opção (A) Verifica-se (gráfico) que, para a mesma temperatura, as plantas do lote 2 (submetidas a
concentrações saturantes de CO2) têm maior velocidade de assimilação de CO 2 (maior taxa de fotossíntese
/ maior produção de matéria orgânica / maior crescimento) do que as plantas do lote 1, logo as diferenças
devem-se à quantidade de CO2 disponível. Por outro lado, o texto refere que as condições de humidade e
intensidade luminosa foram semelhantes e não limitantes, nos dois lotes, logo estes fatores (tal como a
temperatura) não podem ser utilizados para justificar as diferenças / os resultados obtidos.
24.3. Opção (A) As diferenças verificadas nos ensaios do lote 2 devem-se exclusivamente à temperatura,
pois, nos ensaios de cada um dos lotes, não se variou a luz, a humidade ou o CO2 (a variação da
concentração deste gás ocorreu no ensaio do lote 1, relativamente aos ensaios do lote 2 — não se variou a
concentração nos ensaios efetuados em cada um dos lotes).
24.4. A resposta deve abordar os seguintes tópicos: • a taxa de fotossíntese foi sempre mais elevada no
lote de plantas sujeitas a uma atmosfera saturada em CO2, independentemente dos valores de temperatura;
• quando o CO2 está disponível em quantidades não limitantes, permite taxas de fotossíntese mais
elevadas, independentemente dos valores da temperatura.
25.1. Opção (B) No texto está expresso que as orvalhinhas, para completar a sua nutrição, necessitam de
aminoácidos. Estes monómeros são os constituintes das proteínas.
25.2. Opção (C) A digestão ocorre sobre as folhas, que se curvam para envolver a presa, seguindo-se a
ação de enzimas digestivas libertadas pelas glândulas, portanto a digestão é extracorporal (fora do corpo)
e extracelular (fora da célula).
26.1. Opção (D) A variável dependente é aquela cujos efeitos estão a ser observados. No estudo descrito
fazem-se variar as concentrações de fosfato e de nitrato do meio (variáveis independentes) e mediram-se
os efeitos dessas variações na concentração de células (densidade ótica) em cada suspensão — variável
dependente. A luminosidade e a duração da atividade não se fizeram variar.
26.3. Opção (C) A repetição de uma atividade experimental contribui para o aumento da sua fiabilidade
porque permite descartar possíveis resultados ocasionais. O facto de as medições terem sido feitas ao fim
de 4 dias não interfere com a fiabilidade (as medições poderiam ter sido feitas ao fim de um outro
período). As outras opções relacionam-se com características das algas.
26.4. Opção (A) A densidade ótica de C. astroideum tem valores muito baixos quando a concentração de
fosfato é de 0,0 mg/L-1 comparativamente com concentrações superiores desse nutriente, o que significa
que a sua multiplicação celular (crescimento) foi afetada.
26.5. Opção (D) A afirmação 1 é falsa — a fonte de eletrões para a produção de matéria orgânica é a
água; a afirmação 2 é verdadeira — os nucleótidos possuem um grupo fosfato e uma base azotada ligados
à pentose; a afirmação 3 é verdadeira — na fase dependente da luz ocorre fotofosforilação do ADP,
produzindo-se ATP.
26.6. Opção (C) As microalgas utilizadas no estudo são de água doce, logo o seu meio interno é
hipertónico em relação ao meio externo, apresentando pressão osmótica superior. A água tende a entrar
para as células (meio hipertónico) por osmose
28
• as algas são produtores, ou seja, estão na base da cadeia alimentar, transformam carbono inorgânico em
carbono orgânico, garantindo o fornecimento de matéria orgânica (alimento) aos níveis tróficos seguintes.
28. Opção (A) O modelo do mosaico fluido é uma representação da estrutura da membrana citoplasmática
que confirma a existência de três tipos de biomoléculas, lípidos, proteínas e glúcidos, dotados de grande
mobilidade/fluidez. Segundo este modelo, a membrana citoplasmática inclui uma bicamada de moléculas
lipídicas (fosfolípidos) que podem variar a sua posição, lateralmente, na mesma camada, ou deslocaram-
se entre as duas camadas fosfolipídicas, transversalmente. Relativamente às proteínas, o mesmo modelo
prevê a existência de proteínas transportadoras com mobilidade (exclui C), com distribuição variável
(heterogénea) ao longo da membrana (exclui B). Relativamente às proteínas, o mesmo modelo prevê a
existência de proteínas transportadoras com mobilidade (exclui C), com distribuição variável
(heterogénea) ao longo da membrana (exclui B). Relativamente aos glúcidos, estes estão associados a
proteínas (glicoproteínas) e a lípidos formando glicolípidos apenas na superfície externa da membrana
citoplasmática (exclui D).
30. Opção (D) De acordo com a hipótese de pressão radicular, a translocação da seiva bruta inicia-se com
o transporte ativo de iões da solução de solo para as células do xilema da raiz, o que determina o aumento
da pressão osmótica neste, devido à acumulação de iões/solutos (exclui A). É o aumento da pressão
osmótica do xilema radicular que condiciona a entrada de água (exclui D), que irá incrementar a pressão
de turgescência nas células, forçando o movimento ascendente da seiva bruta. A perda de água por
transpiração é o motor da translocação xilénica de acordo com a hipótese da tensão-coesão-adesão e não
da pressão radicular (exclui C).
31.1 Opção (A) De acordo com o texto, os “oceloides” têm como origem provável a incorporação de uma
alga vermelha antiga, que continha plastos, num ancestral comum a todos os dinoflagelados. Dado o
processo descrito e a dimensão considerável de um organismo unicelular, como uma alga, a sua
incorporação esteve relacionada com a ingestão de células (exclui C e D), que ocorre através da
membrana por processos de fagocitose (exclui B) - transporte transmembranar de micropartículas solidas.
32. Opção (D) O transporte de iões na membrana celular a favor do gradiente de concentração (do meio
hipertónico para o meio hipotónico) ocorre através de proteínas intrínsecas, os canais iónicos, sendo, por
29
isso, um transporte mediado (exclui A e C). Durante este transporte, não ocorre gasto de energia,
considerando-se um transporte passivo (exclui B).
33.1. Opção (A) Os sulfuretos e o metano são compostos químicos e quando utilizados, por oxidação,
pelas bactérias, traduzem um processo quimiotrófico de obtenção de energia. Por outro lado, a base das
cadeias tróficas de qualquer ecossistema é ocupada por organismos produtores, logo autotróficos, dado
que utilizam uma fonte de carbono inorgânico (CO2). As bactérias endossimbióticas que ocupam a base
dos ecossistemas das chaminés vulcânicas hidrotermais combinam estes dois processos sendo, portanto,
quimiautotróficas (exclui D), Nestes ambientes profundos, estas bactérias não utilizam a luz (ausente)
como fonte primaria de energia, logo, não são seres fototróficos e, consequentemente, nem foto-
heterotróficos nem fotoautotróficos (exclui A e C).
34. Opção (D) A fotossíntese e a quimiossíntese fixam carbono inorgânico (CO2), utilizando o ciclo de
Calvin para a produção de matéria orgânica (exclui B) como a glucose. No entanto, só na fotossíntese
ocorre a libertação de oxigénio como subproduto do processo (exclui A) na sequência da fotólise da água
e, da mesma forma, o fluxo de eletrões gerado tem origem no cloroplasto, organelo que não intervém na
quimiossíntese (exclui C), uma vez que as bactérias são procariontes.
35.1. Opção (C) O movimento da água ocorre contra o gradiente de concentração dos solutos, isto é, do
meio hipotónico para o meio hipertónico. Assim, quando as células das leguminosas (meio hipertónico,
concentrado em solutos) se encontram num meio hipotónico (meio menos concentrado em determinado
soluto), a água entre para as células e, posteriormente, para os vacúolos. Da entrada da água na célula
resulta um aumento (exclui D) da pressão interna exercida contra a parede celular, a pressão de turgência,
a célula fica turgida (exclui B) e os metabolitos tóxicos ficarão mais diluídos (exclui A) pois o citoplasma
possui maior quantidade de água.
36.1. Opção (B) De acordo com os dados do texto foi a temperatura das câmaras de crescimento que
variou entre os grupos de plantas utilizadas: o grupo de controlo foi exposto a condições iniciais (25ºC
durante o dia e 18ºC durante a noite), enquanto o grupo experimental ficou exposto a temperaturas de
10ºC e 8ºC. Assim, a temperatura das câmaras é a variável independente, usualmente representada no
eixo dos XX/abcissas. A densidade moderada de fluxo de fotões e o fotoperíodo (período de exposição à
luz) foram fatores constantes (invariáveis) durante o estudo (exclui C e D) enquanto a taxa de libertação
de O2 (Figura 3), sendo um parâmetro mesurável dos resultados, é uma variável dependente (exclui A).
36.2. Opção (C) O controlo de uma experiência é garantido pelos procedimentos que permitem comparar
o efeito da variável independente em grupos diferentes selecionados: no grupo de controlo, com a
variável independente em valores de referência/padrão ou ausente, e no grupo experimental, com a
variação/manipulação da variável independente relativamente aos valores do gripo de controlo. Como o
estudo decorre em duas fases, o controlo da experiência é garantido pela utilização, na segunda fase, de
um grupo de plantas exposto à manutenção da temperatura a 25ºC/18ºC, idêntica à da primeira fase, que
constitui a temperatura inicial de referência (fase pré-aclimatação). Todas as restantes opções são
condições do protocolo selecionadas previamente, importantes para a validade do estudo, e que não se
relacionam diretamente com a ação da variável independente (exclui A, B e D).
36.3. Opção (C) A fiabilidade dos resultados significa o grau de estabilidade/convergência e, portanto, de
confiança dos mesmos e pode ser obtida quando o protocolo experimental é repetido. No estudo
realizado, os resultados “…obtidos a partir de vários ensaios independentes” para todas aas analises
realizadas (Figura 2 e 3) contribuem para esta fiabilidade. A alteração da frequência de rega e a
composição do substrato são condições do controlo experimental para garantir a validade dos resultados e
do estudo (coerência entre a metodologia e o objetivo do estudo) que, só por si, não garantem a
fiabilidade dos resultados (exclui B e D, respetivamente). Dado que foram utilizadas apenas sementes da
espécie P. dilatatum, não se verifica variedade de sementes (exclui A).
30
I – Afirmação falsa. A exposição a temperaturas de 10ºC e de 8ºC conduziu a um decréscimo de TRC
(barras claras da Figura 2) de aproximadamente 115 g/kg -1/dia-1 (grupo de controlo) para 70 g/kg-1/dia-1
(grupo aclimatado), ou seja, cerca de 40% menos.
II – Afirmação verdadeira. Comparando a diferença entre as duas barras claras (TRC) e as duas barras
escuras (produção de biomassa), as barras escuras revelam, entre si, uma diminuição mais acentuada, de
350 gDWm-2 para 160 gDWm-2 (variação de cerca de 55%) nas plantas aclimatadas, relativamente à
diferença de TRC (cerca de 40%).
III – Afirmação verdadeira. As plantas não aclimatadas correspondem ao grupo de controlo e apresentam
maiores valores de biomassa (cerca de 350 gDWm -2), relativamente às plantas aclimatadas (cerca de 160
gDWm-2).
36.5. Opção (D. Durante a fotossíntese ocorre a fotólise/cisão e oxidação da água, com libertação de
oxigénio no decorrer da fase fotoquímica e a produção de sacarose na fase química. Assim, a taxa de
libertação de oxigénio (Figura 3, variável dependente) e de produção de sacarose constituem medidas da
taxa de fotossíntese variando diretamente entre si e com a intensidade das reações fotossintéticas. Quando
a taxa de libertação de oxigénio é de 80 µmol O 2 m-2s-1, prevê, relativamente a valores de 40 µmol O 2 m-
2 -1
s , uma maior intensidade das reações fotoquímicas, com maior oxidação da água (exclui C) e maior
fosforilação de ADP (exclui A). Como as reações químicas fotossintéticas dependem diretamente das
reações fotoquímicas, os aumentos nas primeiras determinam maior redução de CO2, com maior
oxidação do NADPH (exclui B), que culminam numa maior produção de sacarose após o ciclo de Calvin.
36.6. D, B, A, E, C
36.7. Tópicos de resposta:
O oxigénio é um produto da atividade fotossintética, logo uma maior eficácia fotossintética
corresponde a uma maior taxa de libertação de oxigénio;
A taxa de libertação de oxigénio máxima foi atingida no grupo aclimatado, quando comparada
com o grupo de controlo (80 µmol O2 m-2s-1 e 70 µmol O2 m-2s-1, respetivamente.
A aclimatação permite uma maior eficácia fotossintética das plantas aclimatadas.
37.1. Opção (C) O potencial de membrana de uma célula está associado à diferença de distribuição de
cargas/iões entre o meio intracelular e o fluido extracelular. Esta diferença é gerada pelo transporte ativo
de iões (exclui A e B), que inclui a bomba sódio-potássio, contra o gradiente de concentração, com
consumo de energia/ATP (exclui D). A difusão facilitada de iões, ao decorrer a favor do gradiente, anula
as diferenças de concentração e o respetivo potencial de membrana. O potencial de membrana (de
repouso e de ação) é particularmente importante em neurónios e em células musculares, na reação a
estímulos e transmissão de informação.
38. Opção (C) Referindo o texto que as plantas carnívoras digerem as suas presas “…através da atuação
de enzimas, segregadas para o exterior…”, esta digestão ocorre fora do seu organismo, sendo
extracorporal (exclui A), ao contrario da digestão da hidra e da planaria que, sendo animais, apresentam
digestão intracorporal (exclui B e D), isto é, no interior do organismo.
39.1. Opção (B) Um estudo experimental pode incluir um ou mais objetivos que correspondem a
propósitos investigativos para resolver um problema concreto. Dado que o texto refere que o “…estudo
[…] pretende estabelecer a relação entre a quantidade de plástico ingerido e a probabilidade de morte…”
das tartarugas é esta relação que constitui um dos objetivos do estudo. O regime alimentar das tartarugas
marinhas foi apenas uma condição a ter em conta no protocolo (exclui A), enquanto a relação entre a
decomposição do plástico e a distribuição das tartarugas marinhas não foi objeto de estudo (exclui C). O
número de tartarugas mortas que deram à costa constitui um dado a ter em conta no estudo e não um
objetivo (Exclui D).
31
II – Afirmação verdadeira. De acordo com o texto, o grupo de referência (de controlo, que serve de
comparação) corresponde aos “…animais cuja morte ocorreu por causas não relacionadas com a ingestão
de plástico (por exemplo, choques com embarcações ou prisão em redes de pesca)”.
III – Afirmação verdadeira. Uma vez que o grupo experimental (tartarugas necropsiadas) inclui tartarugas
de diversas idades (crias, juvenis, subadultas e adultas), o grupo de referência deverá incluir as mesmas
condições experimentais, nomeadamente tartarugas de diversas idades, apenas variando a causa da morte.
39.3. Opção (D) De acordo com o Quadro I, as tartarugas mais jovens (crias e juvenis) acumulam maior
percentagem de detritos de plástico e, de acordo com o texto, esta ingestão aumentada implica maior
percentagem de risco de morte, o que diminui a probabilidade de estas tartarugas atingirem a fase
reprodutora. Neste estudo a apetência para a ingestão de plásticos das tartarugas não foi comparada com a
de outras espécies (exclui A). De acordo com o texto, “…a ingestão de 14 detritos de plástico [pelas
tartarugas] aumenta o risco de morte para 50%”, o que significa que não é fatal para todas as tartarugas
marinhas (exclui B). Sobre o efeito da ingestão de plástico pelas tartarugas o texto apenas refere que “…
aumenta o risco de obstrução ou de perfuração do tubo digestivo…”, não existindo dados que suportem a
toxicidade a nível celular (exclui C).
39.4. Opção (A) A medusa é um animal do filo Cnidaria, com tubo digestivo incompleto e digestão
extracelular e intracelular, ao contrário das tartarugas cuja digestão é unicamente extracelular. Em ambos
os animais referidos, e não ao contrário, a digestão ocorre no interior do organismo – é intracorporal
(exclui D) -, num tudo digestivo (exclui C) e com intervenção de enzimas (exclui B).
39.5. Opção (C) Para as tartarugas matinhas alvo do estudo, a agua retirada do local onde habitam é
salgada, constituindo um meio hipertónico relativamente às células hipotónicas das tartarugas (exclui B),
pelo que será de esperar que, neste meio de montagem, as células extraídas destes animais fiquem
plasmolisadas (exclui D), devido à saída de agua (exclui A), por osmose, contra o gradiente de
solutos/sais.
40.1. Opção (C) A informação de um grafico relativo a um estudo experimental permite identificar a
variavel dependete, que corresponde normalmente a um dos eixos do mesmo, frequentemente o eixo
vertical. A percentagem de germinação (eixo vertical, Figura 2) constitui uma variavel dependente, uma
vez que foi o parametro mensuravel – o resultado – utilizado para avaliar o efeito da variavel independete
(concentração de NaCl do meio de germinação). O tempo de esterilização e o tipo de sementes foram
condições experimentais selecionadas previamente para realizar o procedimento, não constituindo
vatiaveis dependentes (exclui A e D). Por outro lado, a concentração de NaCl, corresponde à variavel
independente/manipulada (exclui B).
40.2. Opção (D) Comparando os resultados, verifica.se que a variedade “Anaheim Chili” atinge 50% de
germinação, para a concentração de 0g/L de NaCl, ao fim de aproximadamente 6 dias, antes das outras
variedades (“Baklouti” e “Beldi” aproximadamente 7 dias). Relativamente à sensibilidade ao valor mais
elevado de salinidade (12 g/L), as sementes mais sensíveis são as que apresentam menor germinação, que
pertencem à variedade “Baklouti”, com cerca de 5% de germinação, enquanto “Beldi” atinge 21% e
“Anaheim Chili” 55% de germinação (exclui A). Relativamente à maior germinação na concentração de
4g/L, “Beldi” e “Anaheim Chili” atingem valores de 75% e 85%, respetivamente, e superiores à de
“Baklouti”, com 70% (exclui B). Relativamente ao menor intervalo de variação nas percentagens de
germinação, nas várias concentrações, devem analisar-se os valores máximos e mínimos das curvas dos
vários gráficos, no dia 14 (dia onde se verificam os maiores intervalos de variação): “Beldi”, de 21% a
85% (variação de 64%) e “Anaheim Chili”, de 55% a 90% (variação de 35%), enquanto “Baklouti”
32
apresenta variações entre 5% e 80% - variação de 75% (exclui C). À mesma conclusão se pode chegar
comparando o afastamento relativo entre as curvas mais elevada e mais baixa de cada gráfico, para o
mesmo.
40.3 Opção (C) De forma geral, o dispositivo de controlo apresenta a variável independente em valores
neutros, ou de referência ou ausentes, de modo a prevenir a sua influência no processo em estudo. Neste
caso, sendo a variável independente a concentração de NaCl, é a rega com água destilada que satisfaz as
condições do controlo (concentração 0,0g/L). A utilização de quatro concentrações salinas é a aplicação
da variável independente no protocolo (exclui A), as três réplicas de casa ensaio são uma condição para
garantir a fiabilidade dos resultados (exclui B) e as três lavagens das sementes utilizadas são uma
condição para a validade do protocolo (exclui D).
40.5. Explica o movimento transmembranar de água, distinguindo a tonicidade dos meios (A) e
apresentando de forma contextualizada o conceito de osmose (B).
(A) O meio externo é hipertónico (OU apresenta maior concentração) em relação ao meio interno.
(B) A água movimenta-se passivamente (OU por osmose) do meio intracelular para o meio extracelular
41.1. Opção (B) A hipótese é uma afirmação explicativa que pode ser testada experimentalmente é
elaborada a partir de conhecimentos prévios e permite estabelecer as variáveis independentes e
dependentes do protocolo. As experiências descritas analisaram os efeitos da inibição da produção de
sulfureto de hidrogénio (H2S) em bactérias. Na primeira experiência constatou-se que “Nas bactérias que
sofreram estes procedimentos, deu-se a inibição da produção de H 2S). Estas bactérias sobreviveram com
muita dificuldade na presença de antibióticos.”. Na segunda experiência observou.se que “… nas
bactérias incapazes de produzir sulfureto de hidrogénio, o DNA se encontrava cortado em fragmentos”.
Assim, uma explicação possível para estes dados/hipótese é a de que, quando ressente, o sulfureto de
hidrogénio compromete a eficácia dos antibióticos. O efeito dos radicais livres nas bactérias não foi
testado nesta experiência (exclui A). A afirmação de que as enzimas são necessárias á produção de H 2S,
apesar de verdadeira, não constitui a hipótese/explicação para as experiências descritas (exclui C), uma
vez que a produção de H2S não foi um resultado avaliado/variável dependente. O efeito dos antibióticos
na produção de H2S não foi avaliado (exclui D).
41.2. Opção (B) O texto refere que as “… bactérias que […] sofreram inibição da produção de H2S
sobreviveram […] com muita dificuldade na presença de antibióticos […] Verificou-se que, nas bactérias
incapazes de produzir sulfureto de hidrogénio, o DNA se encontrava cortado em fragmentos”. Refere
igualmente que o sulfureto de hidrogénio pode bloquear a formação de radicais livres, resultantes da ação
de antibióticos. Deste modo, as bactérias produtoras de H 2S apresentam maior resistência aos antibióticos
(exclui D). Dado que o texto refere que “alguns antibióticos atuam ativando a respiração celular…”, a
atividade respiratória depende da ação de alguns antibióticos e não do H 2S. (exclui A e C).
41.3. Opção (C) O transporte ativo de iões ocorre através de proteínas transmembranares, contra o
gradiente de concentração e com gasto de ATP, promovendo a diferença de concentração entre os meios
intra e extracelular. Deste modo, a ação de alguns antibióticos neste processo irá interferir diretamente na
manutenção desta diferença de concentração entre os meios intra e extracelular – gradiente -, e não na sua
isotonia (exclui D) – igualdade de concentrações de iões. A difusão de iões ocorre igualmente através de
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proteínas membranares, contudo, através de um processo passivo, a favor do gradiente de concentração,
logo, não será afetada pela ação destes antibióticos (exclui A e B).
41.4. Explica em que medida o conhecimento do modo de atuação do H2S pode contribuir para a
produção de novos antibióticos, referindo a forma de atuação de alguns antibióticos (A), a relação entre o
H2S e a inativação do efeito do antibiótico (B) e a forma de atuação dos novos antibióticos (C).
(A) Os antibióticos levam à produção de substâncias tóxicas oxidantes (OU de radicais livres).
(B) O H2S produzido por algumas bactérias impede a formação de radicais livres e estimula a atividade
de enzimas antioxidantes.
(C) Os novos antibióticos produzidos deverão atuar no sentido de impedir a produção de H2S
42.1. Tubos 2, 3 e 4.
Note-se que o texto refere que o estudo teve o “objetivo de investigar a influencia da luz na absorção de
CO2, pelas plantas aquáticas”. Esta informação define duas variáveis independentes: 1ª influencia da
luz;2ª plantas aquáticas. Como o tubo 1 foi preparado com plantas e à luz, este tudo não é controlo, pois,
as duas variáveis independentes estão presentes. Verificando o protocolo, os tubos de controlo serão
aqueles cuja preparação esteja ausente uma ou duas variáveis: no tubo 3 falta a planta, no tudo 3 falta a
luz e a planta e no tudo 4 falta a luz. Deste modo, os tubos controlo são os 2, 3 e 4.
43. Opção (B) Os morcegos, como animais complexos/com elevada diferenciação tecidular, possuem
tubo digestivo completo onde ocorre digestão (intracorporal) e absorção de nutrientes, sequencialmente,
ao logo do tubo. Em animais com tubo digestivo completo (duas aberturas -boca e ânus), a digestão dos
alimentos ingeridos é totalmente extracelular (exclui A), realizando-se em cavidades. Os seres
autotróficos utilizam carbono inorgânico/CO2 como fonte de carbono (exclui D). Neste contexto,
destacam.se as plantas que fixam o CO2 (exclui C) como fonte de carbono pata a produção de compostos
orgânicos.
44. Opção (B) Na fotossíntese, na fase diretamente dependente da luz, ocorre sequencialmente a oxidação
dos pigmentos clorofilinos, a libertação de O2 a partir da foto oxidação/fotólise da água (exclui C) e a
cadeia transportadora de eletrões, com síntese de moléculas de ATP (exclui D) e de NADPH. Já na fase
não dependente da luz/ciclo de Calvin, ocorre a produção de moléculas orgânicas a partir da redução de
moléculas de CO2 (exclui A), processo este que, sendo endoenergéticos, mobiliza energia a parir da
hidrolise de moléculas de ATP.
45.1. – a) – 2; b) – 1; c) – 2; d) – 2; e) – 3
45.2. Explica que a elevada capacidade de proliferação do jacinto-de-água conduz à redução da
biodiversidade porque leva à diminuição da quantidade de oxigénio disponível na água (A) e leva à
diminuição da quantidade de fitoplâncton, comprometendo as cadeias alimentares (B).
(A) A diminuição da quantidade de oxigénio disponível na água é devida:
− à diminuição da taxa fotossintética como consequência da diminuição da penetração da luz na água.
OU
− ao consumo de oxigénio, que resulta da proliferação de organismos intervenientes no processo de
decomposição dos jacintos-de-água.
OU
– à diminuição da superfície de contacto entre a água e a atmosfera.
(B) A diminuição da quantidade de fitoplâncton (OU do número de produtores aquáticos), resultante da
menor penetração da luz na água, leva à falta de alimento, o que compromete as cadeias alimentares
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46.1. Prevê que, ao fim de meia hora, se verifica um aumento do volume da célula artificial (A) devido à
entrada de água por osmose (B).
(A) O volume da célula artificial aumenta ao fim de meia hora.
(B) A água entra na célula artificial (por osmose), uma vez que passa do meio hipotónico para o meio
hipertónico
OU
A água entra na célula artificial (por osmose), uma vez que passa do meio de menor concentração para o
meio de maior concentração.
46.2. Opção (C) De acordo com a Tabela 2, o surgimento de um composto amarelado indica a presença
de proteínas numa solução, assim como um precipitado branco indica a presença do ião cloreto.
Atendendo a que a membrana desta célula artificial consiste em tripa de porco, esta é constituída por
tecidos mortos onde já só ocorrem processos passivos, como a difusão de iões simples, e não processos
com transporte ativo (exclui A e D). Já a albumina, sendo uma proteína, consiste numa macromolécula de
aminoácidos movimentando-se, então, através das membranas por exocitose, processo que não ocorre
igualmente através de tecidos mortos (Exclui B). Assim, a difusão passiva de iões cloreto para a água do
Gobelé permitira que estes reajam com o nitrato de prata, levando à formação de um precipitado branco.
46.3. Identifica o Gráfico VII (A), referindo que, no início, a velocidade de transporte aumenta
rapidamente (B), mas que, a partir de certa concentração da substância, a velocidade de transporte se
mantém constante devido à saturação das permeases (C).
(A) Identifica o Gráfico VII.
(B) No início, a velocidade de transporte aumenta rapidamente com o aumento da concentração da
substância.
(C) A partir de certa concentração, a velocidade de transporte mantém-se constante devido à saturação
das permeases.
47.1. Opção A. Em condições de repouso (ausência de estímulo), a membrana do axónio está polarizada,
verificando-se uma diferença de cargas tal que o exterior apresenta um excesso de iões Na +, enquanto o
interior apresenta um excesso de iões K+ e de compostos com carga negativa (fosfatos, proteínas e CL -),
cujo balanço resulta numa carga negativa no interior do axónio. Esta polarização é uma diferença de
potencial, de valor negativo, conhecido como potencial de repouso e rem valor médio de -70mV. Quando
um neurónio recebe um impulso nervoso, os canais de sódio abrem, permitindo a difusão da Na+ para o
meio intracelular do neurónio, que provoca uma acumulação de iões Na + no interior e uma despolarização
progressiva até ao potencial de ação, cujo valor médio é de +30mV. Qualquer um dos potenciais, o de
repouso e o de ação, traduzem uma diferença de cargas entre o interior e o exterior do axónio, mas o
potencial de ação representa uma diferença menos e daí o menor valor absoluto. O mesmo neurónio só
volta a reagir a outro impulso nervoso se a membrana celular recuperar o potencial de repouso,
repolarizando-se, um processo determinado pelo fecho dos canais de sódio e a abertura dos canais de
potássio. Como o texto afirma que a DTM atua “… nos canais de sódio, retardando a repolarização do
neurónio…” isso permite inferir que a DTM mantem os canais de sódio abertos (exclui C e D). Por outro
lado, como a abertura dos canais de sódio permite a sua difusão para o interior do axónio, a entrada de
sódio reduz a diferença/gradiente de cargas (exclui B) que caracteriza o potencial de repouso, isto é, a
diferença de concentração entre Na+ e K+ é menor.
47.2. Opção C. O impulso nervoso tem origem nas diferenças de concentrações dos iões Na + e K+ entre os
meios intra e extracelular das células nervosas, que originam potenciais de membrana variáveis, e que
podem ser medidos como uma corrente elétrica. As concentrações destes iões variam com o estado da
célula, ocorrendo transporte de iões através de canais iónicos e proteínas bomba (transporte ativo) de
Na+/K+ entre o interior e o exterior da célula. Durante a propagação do impulso nervoso entre duas ou
mais células nervosas, ocorre também a mobilização de compostos químicos, os neurotransmissores, que
desencadeiam o potencial de ação no neurónio pós-sináptico. Assim, o impulso nervoso possui uma
componente elétrica – potenciais de membrana – e uma componente química – os neurotransmissores.
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Como o DDVP atua na degradação dos neurotransmissores e a DTM atua nos canais de sódio, os dois
inseticidas interferem na componente química e na componente elétrica do impulso nervoso,
respetivamente (exclui A, B e D).
48.1. Opção A. De acordo com o texto, a TTX “condiciona o movimento de iões sódio através da
membrana celular, dificultado a propagação elétrica do impulso nervoso”, deduzindo-se, assim, que o seu
modo de atuação pode estar relacionado com o bloqueio de proteínas membranares intrínsecas (exclui C).
A propagação do impulso nervoso, ao longo de uma célula nervosa, está associado ao movimento de iões
controlado por proteínas que aravessa, a totalidade da membrana celular, designadas proteínas intrínsecas,
nomeadamente a bomba de sódio-potássio e os canais iónicos. Neste fenómeno não intervém
neurotransmissores cuja participação se verifica na transmissão do impulso nervoso nas sinapses
químicas, entre dois ou mais neurónios, ao nível da fenda sináptica (exclui B e D).
48.2. Opção D. Sendo uma espécie marinha, a osmorregulação em Arothronhispidus deve assegurar o
equilíbrio osmótico do meio interno hipotónico do peixe (exclui A) em relação ao meio externo. Esta
homeostasia implica a retenção de água no meio interno, compensando a tendência do animal para a
perda de água para o ambiente/meio externo hipertónico, e a eliminação do excesso de sais por transporte
ativo, para o meio externo (exclui B e C). A retenção de água no meio interno é possível devido ao fato de
os glomérulos desses peixes terem reduzidas dimensões, diminuindo a quantidade de fluido filtrado, o que
contribui para reduzir a perda de água para a urina, que será escassa e concentrada.
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