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2ª Prova Teórica de Geologia Econômica:

FORMAÇÕES FERRÍFERAS:

O Fe é o quarto elemento em abundância nas rochas, essencialmente em basaltos


(5%). Associa NÍQUEL, COBALTO E PLATINÓIDES. Ocorre em maior concentração
no núcleo.

Def.: depósitos com concentração de 15% de Ferro, gerada por processos exalativos.

Idade:
- Arquena: Nesta época a atmosfera contém pouco oxigênio e é rica em CO 2 gerando
fm. Ferríferas de menor extensão e espessura contendo Au e Ag associados, porém, no
cratón, tem-se um ambiente com mais oxigênio o que gerou fm. Ferríferas como a de
Carajás (grande espessura).  Terrenos Pré-Cambrianos em porções cratônicas.
- Transição Arqueno/Paleoproterózóico: O início da vida no planeta, marcada por
bactérias cianofíceas, implica em uma liberação de O 2 no meio. Este oxida o Fe que
precipita gerando os Bif’s, neste caso o primeiro mineral a se formar é a Goethita. A
alternância de bandas de Fe e Si ocorre devido a variação na saturação da água do mar.

Evolução na cristalização do minério de Fe:


Goethita  Magnetita  Hematita (sofre hidratação)  Magnetita  Goethita.
- Martita: estágio de transição entre Magnetita/Hematita e vice-versa.

Fácies: As formações ferríferas tem basicamente 4 fácies, separada de acordo com a


mineralogia:
- Carbonato (FeO – Dolomita e Siderita)
- Silicato
- Sulfetado
- Óxido – ocorre no tipo superior (Jaspelitos e Itabiritos)  Proterozóico no QF.

As formações ferríferas auríferas:


Idade: Típica do Arqueano.
Gênese: Processo exalativos
Ambiente: Fundo Marinho, associado à greenstone belts, onde as rochas máficas e
ultramáficas são lixiviadas pela água reativa do mar. O Fe em solução, precipita
quimicamente gerando Fm. Ferríferas.
Mineralogia: Sulfetos que captam ouro.
Localização de depósitos: Cratóns antigos (arqueanos), pois nesta fase as rochas
apresentam alta taxa de fusão do manto sendo mais ricas em Au, Paladium e Platina. O
ouro, sendo muito solúvel, em condições de metamorfismo/hidrotermalismo, migra para
zonas de menos P e T. São divididos em classes termais (epitermal, mesotermal e etc).
Ex: O Quadrilátero – A mineralização de Au ocorre associada a Zonas de falhas de
empurrão por onde os fluídos do bloco mais jovem e hidratado (lapa) migram para o
bloco da capa.
Algumas definições: Brownfields: Zonas de exploração com projetos em pesquisa
mineral evoluídos em bem conhecios. Greenfields: Zonas onde a pesquisa não é
aprofundada, se há mineração é do tipo garimpo.
Formações Ferríferas Bandadas:
1) Algoma:
Idade: Arqueana
Gênese: Processos exalativos, associada aos greenstones.
Ambiente: Zonas de espalhamento do assoalho oceânico, a tectônica é instável com
períodos de quiescência quando ocorre a lixiviação e precipitação química do Fe, assim
pode-se transitar de Fm. Ferrífera para grauvacas, andesitos e tufitos provenientes das
fases ativas.
Depósitos: Apresentam espessura e extensão restritas. Costumam ser auríferas e contém
prata como subproduto na fácies carbonato. Tem siderita como mineral típico.
Exemplos: Formação Lapa Seca e Raposos.
2) Superior:
Idade: Principalmente na transição Arqueno/ Paleoproterozóico, até o
Cambriano.
Gênese: Precipitação química por ação biogênica.
Ambiente: Tectônicamente estável relacionado a borda de cratón e margem
passiva. Ligada a bacias sedimentares de ambiente marinho raso.
Depósitos: Apresentam grande extensão e espessura. Raramente contém ouro e
se este aparece é proveniente de alteração hidrotermal (tipo Jacutinga).
Fácies: Óxido.

Tipos de Minério de Ferro:


1) Sedimentar: Tipos Minette/Clinton (Ironstones):
Idade: Jurássico europeu
Gênese: Precipitação química em torno de núcleos detríticos formando oolitos.
Ambiente: Marinho raso em seqüências pelíticas que vão de carbonosas a carbonáticas.
Depósito: Apresenta como mineralogia: siderita, limonita, chamosita ± Magnetita,
hematita e pirita. Atualmente são considerados anti-econômicos e tem teor de 30 a 35%.
EX: No Brasil, ocorre no norte de minas, mas o beneficiamento é complicado.
2) Metamórfico: Fm. Ferríferas do tipo superior com deformação como no QF.
3) Ígneos – Magnéticos: Tipo Kiruna:
Gênese: São depósitos tardi-magmáticos em encaixantes vulcânicas
intermediárias alcalinas.
Depósito: Os corpos vão de maciços a disseminados (veios e brechas) e tem na
mineralogia: Magnetita, hematita, actinolita, cubita (sulfeto de cobre), quartzo, barita, e
apatita. Os teores de fósforo vão de 2 a 5%. O acesso para minerar se dá por shafts e
rampas de acesso que chegam a 600m.
Exemplos: Suécia (Kiruna), Noruega e Missouri (EUA).
4) Carajás: Tipo superior sem deformação de idade Arqueana/Cambriana.

Principais Minerais de minério de Ferro:


Hematita, Magnetita e Goethita, a ultima gera crepitação no alto forno, contém fósforo e
o aço produzido será fraco.

Enriquecimento supergênico:
Grande parte dos depósitos de Ferro no mundo foram gerados por
enriquecimento natural dos Bif’s (que se concentram principalmente na Austrália,
África e Brasil).
Os agentes principais neste processo são: Água freática e os fluídos
hidrotermais, que geram, respectivamente, hematita mole e dura/maciça, isto devido a
taxa de remoção de sílica ser maior que a de ferro.
O movimento destes fluídos é favorecido por estruturas sinformes e camadas
selantes (modelo em caixa). Nas zonas de charneira o minério é do tipo lápis (L)
tectônito, com preservação de estruturas primárias, e nas zonas do flanco das dobras
ocorrem minérios do tipo S (chapinha, hematita planar) e a preservação de estruturas
primárias é menor.
No quadrilátero ferrífero, maior jazida conhecida (Carajás ainda está em
pesquisa) são observados o controle estrutural e climático (tropical de altitude).

DEPÓSITOS MINERAIS DE FILIAÇÃO MAGMÁTICA GRANÍTICA:

São depósitos gerados em sistemas que contém água, as temperaturas são


relativamente baixas em relação aos outros ambientes magmáticos (~600 o), os magmas
são mais diferenciados por tanto ricos em elementos incompatíveis como Lítio, Berílio,
Boro e Césio.
Os granitos podem ser do tipo ‘I’ ou ‘S’ e o tipo de minério associado varia para
os dois casos.

Tipo ‘I’ Tipo ‘S’


Ambiente São o termo final de uma Ocorrem em uma série
série “expandida”, com restrita, pouco diferenciada
plutões que variam de básicos de composição ácida
a ácidos
Sódio Ricos Pobres
Razão Al/ Álcalis <1,1 >1,1
Razão isotópica de Sr <0,708 >0,708
Mineralogia Presença de esfeno e hbl Granito a duas micas
(mus,bio) monazita,
cordierita e granada (indica
zoneamento e pressão
parcial de fluído de acordo
com a região da Zona de
subducção em que foi
gerada a pressão)
Mineralizações Cu, Cu e Au, Cu e Mo Sn e W
associadas
Ambiente Andino (Andesito  fusão da Orogênico, onde há fusão
placa oceânica recristaliza dos metassedimentos.
contaminando a crosta
continetal)

Classificação dos depósitos relacionados a granitos:

- Apicais: Localizam-se na porção superior dos corpos graníticos sendo de 2 tipos:


Disseminados:
Cu + Mo (granitos a quartzo dioritos)
Mo (Sienitos)
Cu + Au (sientos e dioritos)
Sn (Bi, Mo, W, Li, F) (granites s.s)
W(Mo,Sn) ?
Greisen: S, W, Be, Ta, Mo, Bi

- Periféricos:
Filonianos hidrotermais (veios polimetalogênicos, orogênicos):
Epitermais: U, Hg, Sb, As, Au + Te, Mn ± outros.
Mesotermais: Ag, Pb, Zn, Ni + Co + Ag, U(Ra), Fe(Cu), Mn ± outros.
Hipotermais: Au (Cu), Cu, Au(Mo), Cu (Mo,Bi)
Pneumatólitos: Associados a greissen: Sn,Sn(Nb+Ta),Sn+W,Au(W+Sn).
Pegmatitos Graníticos: Li, Be, Ta(U,Sn).
Depósitos relacionados a metassomatismo ou metamorfismo térmico (escarnitos,
kornubianitos e tactitos):
Calcários: Fe(Cu, Co, Au); W, Mo, Cu (Zn, Bi); Cu, Mo (W, Zn); Zn, Pb,
Ag(Cu, W); Mo, W(Cu, Bi, Zn); Sn, F(Be, W).
Dolomitos: Sn, F(Be, B) - Fluorita; Fe(Cu, Zn).
OBS: Fase hidrotermal granítico: U, Hg, Sb, Au + Te, Mn. Onde Mn e Fe são
respectivamente pirolusita e pirita/calcopirita nos veios hidrotermais.

Distribuição de depósitos de minérios em zonas de choque de placa:

- Plutóns graníticos em crosta continental: estanho, tungstênio, bismuto e cobre


- Bacia de back-arc: Cobre, Zinco, Ouro e Cromo.
- Arco Magmático: Amadurecem a medida em que são novos fundidos sendo
incorporados com concentração de metais típicas de rochas diferenciadas ( Cobre, Ouro,
Prata, Estanho, Mercúrio, Molibdênio e Chumbo). As suítes TTG constituem a base dos
arcos e não costumam ser mineralizadas.
IMATUROS  MATUROS: Crosta oceânica (gera fundido basáltico)  Basalto a
Riolito (gera fusão granítica)  Granítos.
- Trincheiras: Chumbo, Zinco e Cobre.
- Crosta oceânica: Cromo

Depósitos plutogênicos apicais disseminados de Cu + Mo, Cu, Mo, Cu+Au, Sn e W:

* Granitos não estão mineralizados do meio para baixo.


 As concentrações minerais são primárias, pervasivas, dispersas em fraturas,
fissuras e brechas ou disseminadas, quase sempre relacionados a textura
porfirítica.
 São três tipos de depósitos: Tipo I (Cilindricos), Tipo II (vulcânicos) e Tipo III
(Plutônico)

Granitóides orogênicos (Cobre e Ouro) tipo pórfiro:


Já foram responsáveis por mais de 60% dos depósitos de Cobre, é o tipo
encontrado na cordilheira andina.

Idade: Mesozóico e Cenozóico, também ocorrem Pré-cambrianos (sul do Brasil).


Gênese: Associada a zonas apicais de Intrusões graníticas.
Ambiente: Zona de subducção de placa oceânica sobre placa continental, ou seja, Borda
de cratóns sendo retrabalhadas.
Depósito: Em um imageamento da área é possível observar diferenças texturais e de
coloração que caracterizam as zonas de alteração que são de 2 tipos:
- Hipogênica: Potássica relacionada a fluídos hidrotermais, filítica, argilíca e propilítica
(Albita, carbonato + epidoto (saussuritização), clorita, quartzo) relacionadas aos fluídos
meteóricos. Essa sequência de alteração é raramente preservada e reflete as sucessivas
etapas de alteração hidrotermal e mobilidade dos elementos.
- Supergênica.
Os corpos são rochas subvulcânicas e andesíticas em cones vulcânicos, como
quartzo diorito e quartzo monzonito. Apresentam forma circular a elipsóide em planta,
de acordo com o estado de deformação orogênico. A textura é brechada e ocorre pela
ação do líquido hidrotermal extremamente reativo proveniente dos granitos. São corpos
baixo sulfeto (<2%), de pequeno teor e grande volume. Próximo ao cone vulcânico a
sulfetação é maior (Cu, Au) e afastando do cone a sulfetação diminuí (Au, Ag).
A mineralização ocorre na margem das intrusões no contato da
intrusiva/encaixante e na encaixante. Ocorre o Cu do tipo pórfiro com Ouro como
subproduto, no stockwork as vênulas contém ouro, molibdênio e prata como
produto.
Nas encaixantes carbonatadas, devido à reatividade da rocha podem ser gerados
depósitos de ouro distais na encaixante.
Minerais de Minério: Pirita, Calcopirita, Molibdenita ± Bornita e Ouro. A Pirita gera
passivo ambiental relacionado a drenagem ácida.

TRAPAS: Subvulcânica intrusiva mais voláteis magmáticos (Sn, In, Au, As, Sb) e a
circulação de fluídos com Zn, Pb, Cu, Ag e Cl mais a água salina e reativa do mar
(proveniente da subducção) gera convecção e aquecimento provoca reações na
encaixante e formam-se os depósitos. Os fluídos ainda migram e saem nos
blacksmokers em contato com a água do mar a 0oC precipitam minerais (depósitos VMS
– ex: fm. Ferrífera tipo Algoma).

Granitos Anorogênicos e Alcalinos (“A”):

Gênese: Fusão parcial da base da crosta gerando um resíduo granítico com muito fluído
e elementos incompatíveis e alcalinos. O magmatismo é bimodal (Granitoides +
Riolitos e Basaltos).
Ambiente: Ambiente intracratônico, associado a plumas mantélicas. Ligado a
geossuturas, em especial entrecruzamento delas onde o posicionamento é passivo. O
ambiente é restrito, apresentando sedimentação fina e imatura, podendo gerar evaporitos
o gradiente geotérmico é o de maturação de petróleo.
Depósito: Relacionado a álcalis-feldspatos graníticos com anfibólio e piroxênio a
textura é rapaquide e porfiróide. Ocorrem mineralizações de cassiterita e de acordo com
a encaixante podem aparecer gemas (Topázio, Esmeralda e Água Marinha), pois
elementos de baixo ponto de fusão como Potássio, Berilo, Césio e Lítio estão
associados.
O vulcanismo é félsico com soleiras gabróicas e basálticas associadas, além de
diques.
Exemplos: Granitos rondonianos e granito tipo borrachudos (serra do espinhaço).
Pegmatitos/Pneumatolitos:

Gênese: Granitos tardios a pós-tectônicos, com temperaturas de formação em torno de


500oC.
Ambiente: Relacionados a arcos vulcânicos.
Elementos associados: Metais (Boro, Fluor, Cloro, Fosfato); Bário, Molibdênio,
Tântalo, Lítio, Terras Raras, Urânio, Estanho e W.
Depósitos: Pegmatitos graníticos: Os depósitos zonados apresentam núcleo de quartzo e
demais minerais concêntricos com gemas (água marinha, turmalina e berílo
(esmeralda)) associadas. Os depósitos não zonados são fonte de minerais industriais
como quartzo, muscovita e feldspatos.
Exemplos: Minas Gerais, região de Marilac, possuí uma das maiores províncias
pegmatíticas do mundo relacionada a raiz do arco vulcânico do orógeno Araçuaí.

Skarnitos ou Tactitos:

Gênese: Metamorfismo de contato relacionados a intrusões graníticas em encaixantes


carbonatadas.
Depósito: Na auréola de metamorfismo tem-se do centro para as bordas mineralizações
zonadas de Cu+Mo, Cu, Cu+Pb+Zn. Em porções distais aparecem Pb, Zn e Ag
associados.
Elementos associados: Tg, Zn, Cu e Mo.

DEPÓSITOS EXALATIVOS (VMS/VHMS E SEDEX)

VMS/VHMS:
Idade: Arqueana (Canadá, Portugal e Espanha).
Rocha: Vulcânica.
Depósito: Sulfetos maciços contendo 40% do cobre mundial, com alto teor e pequeno
volume. Ocorrem no topo de sequências vulcânicas com zoneamento de elementos de
acordo com a rocha (basaltos – Cu; andesitos/dacitos – Cu, Zn, riolitos – Cu, Zn e pós
Arqueano Pb. Eles são capeados por sedimentos pelágicos que são filitos grafitosos ou
não, eles impedem que o sulfeto se perca.
Elementos Associados: Cobre, Zinco, Chumbo, Prata, Ouro e ± estanho, Cádmio,
Antimônio e Bismuto.

SEDEX:
Gênese: Apresenta embasamento granito-gnáissico, é gerado pela descarga de soluções
hidrotermais no assoalho oceânicos.
Ambiente: Regime extensional, aparecendo algumas intrusões máficas.
Elementos associados: Chumbo, Zinco (Prata), Calcopirita subordinada, Bário. Nas
intrusões máficas pode conter Cu.

Sistemas hidrotermais submarinos:


Ofiolito: Cu – Basaltos; no caso de ofiolitos pós-arco podem aparecer argilitos e
turbiditos associados.
Zona de início da subducção/ Crosta transicional: Cu, Zn – Basaltos e Andesitos.
Borda de cratón (Tipo Kuroko): Cu, Pb, Zn (Au,Ag) – Basaltos a Riolitos, para ter o Pb
é necessário ter rochas ácidas envolvidas, como em um arco vulcânico maduro.
Depósitos exalativos de sulfetos maciços:

Vão do arqueano ao fanerozóico e estão associados aos greenstone belts.

TIPO CHIPRE (VMS, VHMS):


Idade: Fanerozóico
Ambiente: Ambientes distensivos com formação de ofiolitos - Centro de expansão do
assoalho oceânico (meso-oceânica) e retroarcos.
Depósito: Lentes ou montes de pirita maciça sobreposta por uma zona composta de
veios anostomosados de quartzo, rica em Cobre, e sulfetos em basaltos cloritizados.
Mineralogia: Pirita e Calcopirita

TIPO BESHI (VMS/VHMS)

Idade: Proterozóico (Beshi) e Fanerozóico (Kuroko).


Ambiente: Ambientes mistos, como associação de sedimentos e vulcânismo basáltico a
dacítico relacionado ao estágio inicial/trânsicional de magmatismo de arco de ilha
(IAT).
Depósito: Os domos são félsicos com piroclásticas associadas com horizontes de cherts
pouco espessos e lateralmente extensos mineralizados em pirita.
Mineralogia: Pirita Calcopirita e Esfarelita; aumenta calcopirita = afastamento do domo.

TIPO KUROKO (VMS/VHMS)


Ambiente: Vulcanismo félsico típico do final da fase extensional da evolução de um
arco de ilha (bacias de retro-arco) tipo Japão.
Depósito: Ocorre acima da Zona de veios e stockwork com zonamento geoquímico
vertica e lateral bem definido.
Mineralogia: Galena, esfarelita, calcopirita (± pirita e tetraedrita  prata).

TIPO BROKEN HIL (SEDEX):


Pb/Zn (Ag) e Ba.

MINERALIZAÇÃO DE OURO:

Em ambientes metamórficos:

Ambientes:
- Espalhamento oceânico: Tipo Chipre.
- Subducção C.O e C.C: Au associado a cobre pórfiro (orogênico) ou Au epitermal
concentrado em veios de quartzo devido a hidrotermalismo.
- Choque de placas C.C.: Au orogênico associado a Z.C. mesotermal.
- Distensivo C.C: Au ligado a magmatismo alcalino em bacias flexurais intracratônicas
com intrusões graníticas do tipo A, que servem como maquina de calor para manter o
sistema convectivo. Au, Ag e granitos (Sn-W e Mo).

O ouro pode ser classificado de acordo com zonas termais em 2 tipos:


Mesotermal: 5 a 10km de profundidade associado a arsenopirita e contém Telurio
(farejador de metais nobres Au, Paladium e Platina). Associado a Zonas de
Cisalhamento  Au orogênico. Tipo Mina da Passagem.
Epitermal: Ouro com Antimônio (Sb – Estibinita).
Depósito: freqüentemente associado a rochas pluto-vulcânicas com zonas de
cisalhamento. O Cl- é um dos carreadores de Au, na forma de Tricloreto aurífero.

Ex: QF – o Au orogênico é associado a Zonas de Cisalhamento (Lade) – mesotermal.

Au hidrotermal associado a intrusivas félsicas:

Rocha Hospedeira: Vulcânicas cálcio-alcalinas félsicas o magmatismo é explosivo


(Riolitos a Riodacitos)
Controle estrutural: Principalmente lineamentos gerados em estruturas extensivas e
colapsos de caldeiras, onde a circulação de fluídos é mais efetiva. A mineralização é
restrita em termos de profundidade.
Mineralogia: A rocha é alterada de modo hidrotermal apresentando kaolinita
(proveniente dos feldspatos), propilitização ~ saussuritização e os poucos minerais
máficos alteram para montimorilonita.
Depósito: Apresenta tenantita e tretaedrita, sulfetos de cobre argentiferos (Ag), o ouro é
botroidal devido a precipitação concêntrica relacionada à atividade hidrotermal.
Apresenta dois estilos de mineralização:
- Alta Sulfetação, mais próximo aos corpos alcalinos, apresenta-se predominantemente
disseminado, com textura brechada e substituição nas encaixantes. Os minerais de
minério são pirita, tenantita, calcopirita, covelita, ouro e teluretos. O fluído é ácido e
contém principalmente os seguintes metais: Cu, Au, Ag, As.
- Baixa Sulfetação, em depósitos mais distais em zonas de veios e stockworks,
preenchendo espaços vazios (fraturas, drusas e coloforme) com processos
predominantes de substituição. Os minerais de minério são Pirita, electrun, ouro,
esfarelita, galena ± arsenopirita. Os principais metais são Au, Ag ± Pb, Cu e Zn.
O fineness Au/Ag diminuí com o retrabalhamento, pois a prata é remobilizada e
concentrada nas zonas mais distais.

DEPÓSITOS DO TIPO IOCG – OLIMPIC DAM.

Idade: Paleo a mesoproterozóico, exceto Carajás com exemplos Arqueanos.


Gênese: Relacionado a hidrotermalismo (água quente, deutérica e magmática) das
rochas em porções epizonais, ligado a uma fonte termal em profundidade (ex:
granitogênese como fonte de calor), geralmente a atividade ígnea é tardia em relação a
encaixante.
Ambiente: Bordas de cratón ou área intracratônica antiga onde há processos distensivos.
Depósito: Apresenta controle estrutural determinado por estruturas regionais que
canalizam o fluxo de fluídos. Obviamente é necessário o controle litológico, em que as
rochas devem interagir e reagir com os fluídos gerando assim uma armadilha
litoestrutural. Os corpos são variáveis e de todos os tipos indo de maciços a
disseminados, concordantes a discordantes e lenticulares a estratiformes, hospedados
em rochas ígneas ou sedimentares de nível crustal raso. Os depósitos são de grande
porte, natureza polimetálica e em geral de Fe pobres em Titânio. São sinônimos de
IOCG: brechas e veios com óxidos de Fe; minério de Fe e apatita; magnetita hospedada
em vucânicas; depósitos ricos em óxidos de Fe; e depósitos proterozóicos de óxidos de
Fe (Cobre, ouro, urânio e terras raras).
Mineralogia comum: Fe (Hematita ou Magnetita); U (Urâninita); ETR (apatita,
monazita ou minerais de terras raras); Cu (Sulfetos – Calcopirita, Bornita, colcosita e
pirita); Au e Ag (podem ou não constituir minério – Au nativo com % de Ag); Ganga
(carbonatos, silicatos, minerais de Ba, de P e de Fe).
Exemplo: Kiruna (Suécia): Magnetita hidrotermal + hematita + apatita; Olimpic Dam
(óxidos de Fe – Mag e Hem); Salobo - Carajás Cu (Au,U, ETR).

DEPÓSITOS RESIDUAIS E SUPERGÊNICOS (GEOLOGIA DO NÍQUEL)

Depósitos de Níquel Sulfetado:


- Plutônico, ocorre na base das rochas ultramáficas, como nos Complexos Acamadados
e nas Ultramáficas Alcalinas de Goiás.
- Vulcanogênicos, ocorre no topo das ultramáficas.
Reservas:
Cuba – Grande complexo ofiolítico
Canadá e África do Sul – Plutonogênicos.
Austrália – Komatiítos
Brasil: Vucanogênico – Laterítico e Plutonogênico (Mirabela e Americano do Brasil)
Arcos vulcânicos de Nova Caledônia – Laterítico associado a ofiolitos.

Níquel Laterítico: Clima tropical atuando sobre rochas silicatadas de natureza


ultramáfica e ultrabásica (Peridotítos e Dunitos), os processos de alteração
proporcionados neste clima dissolvem os silicatos (freqüentemente Olivina) e o Ni é
liberado e concentrado.
O níquel, portanto, é encontrado em perfis de solo a saprolito, ocorrendo cobalto
e magnésio associados. Os teores de Ni chegam a 1,95%.
Este tipo de mineralização divide-se em 2 tipos básicos:
- Saprolítico: Silicatado/Garnierítico – teores de 1,8% de Ni dentro dos silicatos,
processamento por fusão.
- Limoníticos: são encontrados nos perfis de solo adsorvido nos hidróxidos de Fe como
limonita e goethita. Apresentam baixo teor (1,17%) e processamento fácil, basta lavar o
minério.
Principais ocorrências: Nova Caledônia, Brasil, Indonésia, Austrália, e o maior em
Cuba.

OBS.: O mais usado hoje é o níquel sulfetado com teores de 4% a 18% e platinóides e
Au como subproduto. Há facilidades no processo metalúrgico.

Exemplos brasileiros: No Brasil, a grandes áreas em potencial para Ni laterítico, são


elas comuns nas faixas brasilianas associadas a ofiolitos, CGA e ultramáficas alcalinas.
Carajás:
- Ni do vermelho:
São corpos intrusivos, associados a geossuturas onde tem-se ascenção de magma
máfico (derivado do manto) marcados em lineamento.
O solo apresentado é tipicamente marrom e argiloso com horizontes
avermelhados (oxidação F3+) e o saprolito apresenta preservação de estruturas, coesão
maior que o solo e tons amarelados, ocorrem falhas com abatimento de blocos.
- Mina do Onça Puma:
Associado a uma zona estruturada ligada a cisalhamentos segundo os quais
foram posicionados corpos máficos.
O níquel é potencial nos serpentinitos (dunitos e peridotitos alterados) que são
corpos irregulares, pois o processo de alteração não é uniforme. Os teores variam de
1,47% a 1,86% da parte inferior para a parte superior. O Ni tende a migrar para as
porções inferiores do perfil com os processos intempéricos.

Evolução dos perfis de solo: Tem-se uma primeira etapa onde a rocha é hidratada e
forma-se a parte superior onde os minerais alteram para hidróxidos. Em uma segunda
etapa, com a evolução do perfil, o Ni em solução migra para as porções inferiores e no
saprolito começam a aparecer cloritas em uma rocha que era serpentinito. Esse nível
garnierítico evoluí até a nível d’agua (N.A). Abaixo deste nível não aparece garnierita
(silicato hidratado de Ni com concentração de até 30% do metal), pois o saprolito é
hidratado e limonitizado, e o Ni continua migrando descendentemente.

Controle: Clima tropical (estação seca alternada a estação chuvosa) + drenagem


Topografia e estruturas (tectonismo  brecha e cisalha rochas)
Litologia (mineralogia e estruturas)
Ex: QF – laterítas em filitos.
** Pesquisa Geofísica: apresenta altos em aeromagnetometria e baixos em
aeroradiometria devido a magnetita neoformada na serpentinização.
Ambientes: Pericratônico em zonas de obducção e intracratônico relacionado a
geossuturas.

DEPÓSITOS DE CONCENTRAÇÃO MECÂNICA – O OURO EM


METACONGLOMERADOS.

 Idade: Arqueano ao paleoproterozóico: metamorfismo é baixo, o Au ocorre livre


e quando o ambiente tem baixo O2 preserva urânio (caso de Jacobina).
 Formam estratos sobre paleocrosta continental o que é indicado pela presença de
fragmentos de quartzo.
 Estratiforme, determinado por intervalos estratigráficos e tipos de rocha,
ocorrendo na base dos conglomerados (de origem fluvial ou deltaica de água
rasa – ortoconglomerados poligomíticos) podendo aparecer associado a outros
minerais pesados (alta densidade e resitência a intemperismo físico-químico)
como água marinha, esmeralda, cassiterita, ilmenita, diamante e turmalina.
 Parte interna de meandros zonas de deposição e depósitos tipo pláceres
próximos a áreas fontes com disseminação para juzante.
 Ocorre na forma de veios, preenchendo poros e brechas, e revestindo cavidades
(stratabaund).
 Exemplos clássicos a nível mundial: Witwatersrand, Blind river, Jacobina e
Quartzito Moeda.
o OBS: Matéria orgânica é trapa para metais, pois carvão e carbono (Filitos
carbonosos  sem ação de oxigênio) tem capacidade de complexar
metais gerando depósitos do tipo Serra Pelada com ouro, paladium e
Platinóides.

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