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FORMAÇÕES FERRÍFERAS:
Def.: depósitos com concentração de 15% de Ferro, gerada por processos exalativos.
Idade:
- Arquena: Nesta época a atmosfera contém pouco oxigênio e é rica em CO 2 gerando
fm. Ferríferas de menor extensão e espessura contendo Au e Ag associados, porém, no
cratón, tem-se um ambiente com mais oxigênio o que gerou fm. Ferríferas como a de
Carajás (grande espessura). Terrenos Pré-Cambrianos em porções cratônicas.
- Transição Arqueno/Paleoproterózóico: O início da vida no planeta, marcada por
bactérias cianofíceas, implica em uma liberação de O 2 no meio. Este oxida o Fe que
precipita gerando os Bif’s, neste caso o primeiro mineral a se formar é a Goethita. A
alternância de bandas de Fe e Si ocorre devido a variação na saturação da água do mar.
Enriquecimento supergênico:
Grande parte dos depósitos de Ferro no mundo foram gerados por
enriquecimento natural dos Bif’s (que se concentram principalmente na Austrália,
África e Brasil).
Os agentes principais neste processo são: Água freática e os fluídos
hidrotermais, que geram, respectivamente, hematita mole e dura/maciça, isto devido a
taxa de remoção de sílica ser maior que a de ferro.
O movimento destes fluídos é favorecido por estruturas sinformes e camadas
selantes (modelo em caixa). Nas zonas de charneira o minério é do tipo lápis (L)
tectônito, com preservação de estruturas primárias, e nas zonas do flanco das dobras
ocorrem minérios do tipo S (chapinha, hematita planar) e a preservação de estruturas
primárias é menor.
No quadrilátero ferrífero, maior jazida conhecida (Carajás ainda está em
pesquisa) são observados o controle estrutural e climático (tropical de altitude).
- Periféricos:
Filonianos hidrotermais (veios polimetalogênicos, orogênicos):
Epitermais: U, Hg, Sb, As, Au + Te, Mn ± outros.
Mesotermais: Ag, Pb, Zn, Ni + Co + Ag, U(Ra), Fe(Cu), Mn ± outros.
Hipotermais: Au (Cu), Cu, Au(Mo), Cu (Mo,Bi)
Pneumatólitos: Associados a greissen: Sn,Sn(Nb+Ta),Sn+W,Au(W+Sn).
Pegmatitos Graníticos: Li, Be, Ta(U,Sn).
Depósitos relacionados a metassomatismo ou metamorfismo térmico (escarnitos,
kornubianitos e tactitos):
Calcários: Fe(Cu, Co, Au); W, Mo, Cu (Zn, Bi); Cu, Mo (W, Zn); Zn, Pb,
Ag(Cu, W); Mo, W(Cu, Bi, Zn); Sn, F(Be, W).
Dolomitos: Sn, F(Be, B) - Fluorita; Fe(Cu, Zn).
OBS: Fase hidrotermal granítico: U, Hg, Sb, Au + Te, Mn. Onde Mn e Fe são
respectivamente pirolusita e pirita/calcopirita nos veios hidrotermais.
TRAPAS: Subvulcânica intrusiva mais voláteis magmáticos (Sn, In, Au, As, Sb) e a
circulação de fluídos com Zn, Pb, Cu, Ag e Cl mais a água salina e reativa do mar
(proveniente da subducção) gera convecção e aquecimento provoca reações na
encaixante e formam-se os depósitos. Os fluídos ainda migram e saem nos
blacksmokers em contato com a água do mar a 0oC precipitam minerais (depósitos VMS
– ex: fm. Ferrífera tipo Algoma).
Gênese: Fusão parcial da base da crosta gerando um resíduo granítico com muito fluído
e elementos incompatíveis e alcalinos. O magmatismo é bimodal (Granitoides +
Riolitos e Basaltos).
Ambiente: Ambiente intracratônico, associado a plumas mantélicas. Ligado a
geossuturas, em especial entrecruzamento delas onde o posicionamento é passivo. O
ambiente é restrito, apresentando sedimentação fina e imatura, podendo gerar evaporitos
o gradiente geotérmico é o de maturação de petróleo.
Depósito: Relacionado a álcalis-feldspatos graníticos com anfibólio e piroxênio a
textura é rapaquide e porfiróide. Ocorrem mineralizações de cassiterita e de acordo com
a encaixante podem aparecer gemas (Topázio, Esmeralda e Água Marinha), pois
elementos de baixo ponto de fusão como Potássio, Berilo, Césio e Lítio estão
associados.
O vulcanismo é félsico com soleiras gabróicas e basálticas associadas, além de
diques.
Exemplos: Granitos rondonianos e granito tipo borrachudos (serra do espinhaço).
Pegmatitos/Pneumatolitos:
Skarnitos ou Tactitos:
VMS/VHMS:
Idade: Arqueana (Canadá, Portugal e Espanha).
Rocha: Vulcânica.
Depósito: Sulfetos maciços contendo 40% do cobre mundial, com alto teor e pequeno
volume. Ocorrem no topo de sequências vulcânicas com zoneamento de elementos de
acordo com a rocha (basaltos – Cu; andesitos/dacitos – Cu, Zn, riolitos – Cu, Zn e pós
Arqueano Pb. Eles são capeados por sedimentos pelágicos que são filitos grafitosos ou
não, eles impedem que o sulfeto se perca.
Elementos Associados: Cobre, Zinco, Chumbo, Prata, Ouro e ± estanho, Cádmio,
Antimônio e Bismuto.
SEDEX:
Gênese: Apresenta embasamento granito-gnáissico, é gerado pela descarga de soluções
hidrotermais no assoalho oceânicos.
Ambiente: Regime extensional, aparecendo algumas intrusões máficas.
Elementos associados: Chumbo, Zinco (Prata), Calcopirita subordinada, Bário. Nas
intrusões máficas pode conter Cu.
MINERALIZAÇÃO DE OURO:
Em ambientes metamórficos:
Ambientes:
- Espalhamento oceânico: Tipo Chipre.
- Subducção C.O e C.C: Au associado a cobre pórfiro (orogênico) ou Au epitermal
concentrado em veios de quartzo devido a hidrotermalismo.
- Choque de placas C.C.: Au orogênico associado a Z.C. mesotermal.
- Distensivo C.C: Au ligado a magmatismo alcalino em bacias flexurais intracratônicas
com intrusões graníticas do tipo A, que servem como maquina de calor para manter o
sistema convectivo. Au, Ag e granitos (Sn-W e Mo).
OBS.: O mais usado hoje é o níquel sulfetado com teores de 4% a 18% e platinóides e
Au como subproduto. Há facilidades no processo metalúrgico.
Evolução dos perfis de solo: Tem-se uma primeira etapa onde a rocha é hidratada e
forma-se a parte superior onde os minerais alteram para hidróxidos. Em uma segunda
etapa, com a evolução do perfil, o Ni em solução migra para as porções inferiores e no
saprolito começam a aparecer cloritas em uma rocha que era serpentinito. Esse nível
garnierítico evoluí até a nível d’agua (N.A). Abaixo deste nível não aparece garnierita
(silicato hidratado de Ni com concentração de até 30% do metal), pois o saprolito é
hidratado e limonitizado, e o Ni continua migrando descendentemente.