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Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA

Instituto de Engenharia e Geociências – IEG


Bacharelado em Geologia
Economia e Legislação Mineral

Depósitos – SKARNS e KIMBERLITOS

Discentes: Ana Luiza


Içana Tavares
Josivane Carvalho
SKARNS
Definição
Skarn é um termo sueco Minerais como granada rica em Ca, piroxênio,
anfibólio epidoto.

É utilizado para se referir à substituição metassomática de rochas carbonatadas de calcário silicato durante
processos metamórficos de contato. Desta interação ocorrem mineralizações de Cu, W, Sn, Pb-Zn, Fe, Au, e
Mo.
Definição

• Ocorrem nas bordas de plútons, em falhas e


zonas de cisalhamento nas suas
proximidades, em sistemas vulcano-plutônicos
rasos, em campos geotermais, no assoalho
oceânico e em terrenos metamórficos.

• Definidos pela sua mineralogia e incluem uma


grande variedade de rochas calciossilicáticas,
geralmente com granada e piroxênio
predominantes.
Gênese
Exoskarn são formados
por protólitos
sedimentares;

Endoskarn são formados


por transformações da
rocha ígnea intrusiva;

Hornfels cálciossilicáticos
correspondem a um tipo
de rocha metamórfica de
contato, formado por
rochas relativamente finas
derivadas de rochas
carbonáticas impuras;
A. Intrusão de magma em
sequencia rica em carbonato
e formação de hornfels de
contato.

B. Infiltração de fluidos
hidrotermais para produzir
endo e exoskarn ricos em
piroxênios.

C. Infiltração com expansão


progressiva.

D. Diminuição do sistema
hidrotérmico e enfriamento e
alteração retrograda.
(a) metamorfismo térmico progressivo isoquímico; (b) metassomatismo; (c) alteração hidrotermal retrógrada (adaptado de Pirajno, 2009).

Gênese – Estágios de Formação


metamorfismo térmico progressivo isoquímico; metassomatismo; alteração hidrotermal retrógrada .

Pórfiro Hornfels Exoskarm

Siltito Skarn de reação Minerais hidratados

Calcário Endoskarn Mineralização de sulfeto


Estágios de Formação

1- Metamorfismo
Isoquímico

• Inclui o desenvolvimento de
mármore, córnea, quartzito,
skarn de reação, skarnoid,
talco e wollastonita em
direção à periferia.
Estágios de Formação

2- Metassomatismo

• Evidências de imiscibilidade e
boiling;

• Formação de magnetita e
scheelita (skarns de W) comuns;
Estágios de Formação
3- Alteração retrógrada 
• Predominância de fluidos
meteóricos e diluição dos fluidos
magmáticos;

• Estágio principal de precipitação


de sulfetos de metais de base e
preciosos associados a
magnetita e hematita;

• Mecanismos de precipitação dos


metais: diminuição de
temperatura, mistura de fluidos,
neutralização dos fluidos por
reação com as rochas
carbonáticas.
Alteração Hidrotermal

• A partir de fluidos que circulam


contato de intrusões ígneas em
rochas carbonaticas;

• Em sistema pórfiro, a alteração


vem como resultado do
metamorfismo de contato entre o
plúton e as rochas encaixantes.

• É necessário grande volume de


fluido e grande interação com as
rochas carbonáticas.

• Geram mineralizações de ferro,


wolframio, scheelita, molibdênio,
cassiterita, ouro e outros minérios.
Zonação
• Normalmente, o desenvolvimento de uma
zonação químico-mineralógica que, em
termos gerais, é caracterizada pelo
predomínio de granada nas zonas proximais,
de piroxênio nas zonas distais e de
piroxenóides (volastonite, rodonite, bustamite)
e/ou vesuvianite na frente de
metassomatismo.
Ambiente Tectônico

• Temperatura 400°C – 600°C


• Pressão Variável;
• Formando-se de 1 a vários
quilômetros de profundidade.

• Os fatores que controlam a


evolução hidrotermal de
sistemas do tipo Skarn são: 

1. Pressão

2. Fugacidade do oxigênio
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3. Cristalização Fracionada

4. Fase volátil do magma

Meinert (1983)
Tipo de rocha encaixante
Classificação Associação mineralógica de substituição;

Associação metalífera.

Cálcicos

Substituição de Carbonatos Calcíticos:


• granada/andradita-grossulária,
• clinopiroxênio/diopsidio-hedenbergita,
• wollastonita,
• escapolita,
• epidoto
• magnetita
Classificação

Magnesiano

Substituição de Carbonatos Dolomiticos:


• diopsídio,
• forsterita,
• serpentina,
• magnetita,
• talco,
• tremolita-actinolita
Ca(CO 3 ) 2 SiO 2 CaSiO 3 CO 2

carbonato rico em sílica wollastonita

CaMg(CO 3 ) 2 2SiO 2 CaMgSi 2 O 6 2CO 2

siltito dolomítico
diopsídio
Idade dos Depósitos

A maioria dos depósitos escarníticos são mesozóicos ou mais


recentes. Os poucos depósitos importantes do Paleozóico são
mineralizados com W e Sn e são depósitos originados a grandes
profundidades. Os depósitos com Cu e Pb-Zn conhecidos ocorrem em
maior quantidade no Terciário.
Distribuição
No Mundo
Tipos de Fluidos

Fluidos Meteóricos Fluidos Magmáticos


• Escarnito com granada (marrom) e piroxênio • Escarnitos com granada ,
(claro), com alteração retrógrada associada a anfibólio, pirita, esfalerita.
veios tardios. Mina Continental (Novo México ,

Mineralogia

• Os Skarns nos ambientes ígneos são associados com hornfels, mármore hornfels e amplas
zonas de rochas calcossilicáticas.

• Skarnoide é uma rocha calciossilicática, de granulação relativamente fina, pobre em ferro,


cuja composição corresponde aproximadamente à composição do protolito e
geneticamente é algo intermediário entre um hornfels e um skarn de granulação grossa.

• As texturas são usualmente grossas e não foliadas, e a composição são muito dependentes
da composição do protolito e a formação do minério e do skarn ocorrem simultaneamente.

• Em skarns mineralizados, a composição e a mineralogia depende do tipo e composição do


fluido.
Estilo de mineralização

● A mineralização metálica
associada pode ser de W, Cu,
Zn, Pb, Sn, Fe-Ca e Au-Ag;  
Rochas Hospedeiras e
Encaixantes

• Mármore  carbonatos

• Rochas cálcio-silicáticas: apresentam


tipicamente minerais silicáticos de Ca-
Mg-Fe-Al, tais como diopsídio,
grossulária, Ca-anfibólios, vesuvianita,
epidoto, wollastonite.
• As rochas encaixantes é tipicamente de
sequências calcárias e dolomita
Cobre Tipos de Depósitos Ferro
calcopirita SKARN magnetita

Wolfrâmio Zinco
scheelita galena

Molibdênio Chumbo
molibdenita esfalerita

Estanho Ouro
depósitos pouco comuns
cassiterita
Depósito em Brejuí/Barra Verde/Boca de Lage/
Estudo de Caso Zangarelhas - (RN)

$150M $75M
• Skarn com W-Mo (Scheelita).
Mercury Venus
Mercury is the Venus has a
• Reserva em torno de 1.738 t; planet in
smallest beautiful name, but
the Solar System it’s terribly hot
• Teor médio de 0,5% WO3.

50% 25%
Saturn Neptune
Saturn is composed Neptune is the
mostly of hydrogen farthest planet from
and helium the Sun
Tipo de Mina Subterrânea
Mineral de Minério
Tungstênio

SCHEELITA
Tungstênio
• O metal tungstênio pode ser encontrado em
alguns minerais, levando como base o
fator econômico, a viabilidade de obter esse
metal se resume a cinco minerais, são eles:
scheelita (CaWO4); wolframita ((FeMn)WO4);
ferberita (FeWO4); huebnerita (MnWO4); e
powelita (Ca(MoW)O4).

• É usado como componente para endurecimento


na manufatura do aço de ferramenta de alta
velocidade, válvulas, molas, indústria bélica,
formões, limas e etc. Mediante a metalurgia do
pó, fabricam-se produtos de metal puro.
• Oferta mundial de minérios de tungstênio
• Consumo Brasileiro
• Preço médio
Referências

• FERNANDES, B. Aproveitamento dos finos de Scheelita utilizando concentração centrífuga e lixiviação ácida. Disponível em:https
://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/5190/1/arquivo7560_1.pdf. Acesso em 16 de abril de 2023.

• FIGUEROA, G. Resumo – Depósitos de Skarn. Geoaprendo, 2015. Disponível em: <https://www.geoaprendo.com/2015/06/resumen-depositos-tipo-


skarn.html>. Acesso em: 17 de abril de 2023.

• MORENA, M. Depósitos hidrotermais associados a intrusões graníticas: pórfiro e skarn. UFMG SEG, 2021. Disponível em:
https://www.segufmg.com/post/dep%C3%B3sitos-hidrotermais-associados-a-intrus%C3%B5es-gran%C3%ADticas-p%C3%B3rfiro-e-skarn Acesso
em: 20 de abril de 2023.

• MARTINS, D. et al. Depósitos de escarnitos mineralizados em ferro e cobre do arco magmático de Santa Quitéria, Ceará, Provincia
Borborema do nordeste do Brasil. Scielo, 2015. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/bjgeo/a/86jkTYQQrHGQTZqNcrGyVLy/?lang=pt> Acesso em
20 de abril de 2023.

• Sem autor: CALCITA. Geociências, 2023. Disponível em: <https://didatico.igc.usp.br/minerais/carbonatos/calcita-10/>. Acesso em: 17 de abril de
2023.

• Sem autor: JAZIGOS DO TIPO SKARN. Departamento de geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 2006. Disponível em:
<https://geomuseu.ist.utl.pt/BIMineral/Bibliografia%20Mineral%20BI/Cobre/Jazigos%20FCL/UTP5_06.pdf>. Acesso em: 17 de abril de 2023.

• Sem autor: SKARN DEPOSITS. Earth Science Australia. Disponível em: <http://earthsci.org/mineral/mindep/skarn/skarn.html>. Acesso em: 20 de abril
de 2023.
KIMBERLITOS
Kimberlitos

• Os kimberlitos são a mais


importante fonte de
diamantes, a origem do nome
deu-se em função da
descoberta de kimberlitos
diamantíferos na região de
Kimberley na África do Sul.
Mineralização

• O kimberlito é uma rocha ígnea intrusiva, de composição mantélica alcalina,


composto por olivina (normalmente serpentinizada) com quantidades
variáveis de flogopita,diopsídio,calcita,apatita,magnetita, granada(piropo) e
cromita. 
• Rochas alcalinas;
• Ultrapotássicas (K2O > 3%)
• Ultramáficas
• Ricas em voláteis (H2O e CO2)
Rocha encaixante e Hospedeira

● Rocha Hospedeira: Kimberlitos


diamatiferos.
● Encaixante: Granitos, quartzito etc.
Contexto Tectônico

• O kimberlito ocorre
principalmente nas zonas de
crátons
• 200 km profundidade;
• Ambientes Intraplaca Continental.
Crátons Brasileiros onde ocorre os kimberlitos
Idade dos depósitos
Gênese

• Diques e sills hipoabissais- perda de CO2-


formação de brechas- próximo a superfície;
• Kimberlitos ascendem rapidamente,10-30 km/h;
• Diatrema: Pipe vulcânico preenchido por brecha
formado por explosões de magma rico em
voláteis-produzem um cone de tufo.
Gênese

Fonte:ciencia.hsw.uol.com
Tipo de fácies dos Kimberlitos

• 1.Fácies Hipabissal- soleiras, diques e sills

• 2. Fácies Diatrema - constitui e aflora na forma de segmento


afunilado associado a um nível abaixo do fácies cratera. São ricos em
xenólitos do manto superior e das rochas encaixantes e ricos em
xenocristais;

• 3.Fácies Cratera - forma o nível superficial, onde ocorrem diversos


materiais kimberlíticos como lavas, rochas piroclásticas e
vulcanoclásticas ressedimentadas. Também ocorrem associados
sedimentos/fragmentos de rocha, cristais e vidros, todos liberados por
intemperismo e erosão de origem flúvio-lacustre (epiclastos)
Amostras de Kimberlitos
Petrologia

Os Kimberlitos dividem-se em: Grupo I e Grupo II

• Kimberlitos do Grupo I: Ricos em CO2 e predomina a mistura de olivina forsterítica,


Carbonato,ilmenita magnesiana, piropo cromiano, piropo-almandina, diopsídio cromiano,
flogopita, enstatita e cromita pobre em titânio.

• Kimberlitos do Grupo II: Também conhecidos como orangeítos são ricos em H2O, com
característica distintiva dos orangeítos, são as macros e megacristalizações de flogopita,
juntamente com presença de micas que variam em composição de flogopita até
tetraferroflogopita.
Ocorrência de kimberlitos no mundo/Brasil

Concentrações econômicas diamante ocorrem em 1% dos kimberlitos


Modelo de Mina
Estudo de Caso

• Lipari Mineração Ltda.


• LOCALIZAÇÃO: Sertão da Bahia, 10 km
de Nordestina,300 km de Salvador.
• A Mina Braúna é a primeira mina de
diamantes na América do Sul,
desenvolvida a partir de um depósito
de kimberlito.
Mina Braúna

Tipo de mina: A céu aberto;


• A produção comercial foi iniciada em julho de

2016.
• Produz 340 mil kilates de diamantes/ano
• TEOR: 20 a 25 cpht – 22ct por 100t ou
• 44 ppb  
• Profundidade:260
• Mina subterrânea-projeto
• Mineral de minério: Diamante.
• A produção da mina Braúna representa 95% da produção de diamantes naturais do Brasil e
75% do valor da exportação nacional desse bem em dólares.

Fonte:Lipare Mineração Ldta


Obrigada!
Referências
• Bizzi, L.A., Schobbenhaus, C., Gonçalves, J.H., Baars, F.J., Delgado, I.M., Abram, M.B., Leão Neto, R., Matos, G.M.M., Santos, J.O.S. 2001.
Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. Sistema de Informações Geográficas – SIG e Mapas na Escala 1:2.500.000. 4 CD-ROMs.

• LICCARDO, A. .Geologia do diamante. Área de mineralogia-Gemlogia-Ufop.Disponível em:Geoturismo em Curitiba (geoturismobrasil.com)


Diamante – Recursos Minerais de Minas Gerais (codemge.com.br).

• PEREIRA,Rogerio Silvestre. TECNICAS EXPLORATORIAS NA PROSPECt:;Ao DE KIMBERLITOS - ESTUDO DE CASO.Revista Brasileira de


Geociencias,volume 31(4),p.405-416,dezembro,2001.Disponível em Técnicas exploratórias na prospecção de kimberlitos - estudo de caso |
pereira | revista brasileira de geociências (usp.br) Lipare.com.br

• PROVENZANO, Carlos Augusto Silva.Caracterização petrográfica, química mineral e petrogênese do kimberlito Alfeu I - Canguçu/RS e
uma revisão concertua de magmatismo e rochas kimberlíticas.2016.Dissertação -IGEO/UFRGS, 2016.

• Sem autor. Bahia é a maior produtora de diamantes do país e a segunda colocada na extração de esmeraldas. Conexao
mineral.com.br,2023.Disponível em:https
://www.conexaomineral.com.br/noticia/2488/bahia-e-a-maior-produtora-de-diamantes-do-pais-e-a-segunda-colocada-na-extracao-de-esmera

• Schobbenhaus, C., Gonçalves, J.H., Santos, J.O.S., Abram, M.B., Leão Neto, R., Matos, G.M.M. e Vidotti, R.M. (eds.). 2003. Carta Geológica do
Brasil ao Milionésimo, Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, CPRM, Brasília. 35 CD-ROMs.

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