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LEMC – Laboratório de Ensino de Materiais de Construção e Estudo dos Solos

1. Estudo dos Solos

1.1 Introdução
O conhecimento das propriedades e características dos solos é fundamental para
a escolha e para o projeto das fundações de qualquer edificação. As fundações
são os elementos estruturais responsáveis por transmitir as cargas provenientes
da edificação para o solo. Uma fundação adequada garante a segurança da
edificação, evitando sua ruína, e possibilita sua adequada utilização, não
devendo permitir a ocorrência de deformações excessivas no solo.

Exemplo histórico que resiste até hoje de um projeto de fundações inadequado é


a famosa Torre de Pisa, na Itália (Figura 1a). Esse monumento, construído
lentamente de 1174 a 1350, apresentou já com cerca de 10 m de altura,
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inclinações que, entretanto, pareceram se estabilizar em 1186. Na verdade, as


deformações que provocam a inclinação da torre (recalques) continuaram a
ocorrer, no entanto, muito lentamente. A Torre de Pisa tem 55 metros de altura
e 15.700 toneladas de peso, e foi construída com pedras trabalhadas assentadas
de modo excelente, o que garante sua integridade mesmo após a grande
inclinação sofrida.

Figura 1 – Recalque diferencial, exemplo torre de Pisa (Addis, 2009).

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A Torre foi deficientemente fundada, apoiada a pouca profundidade através de


uma fundação em forma de anel de 20 m de diâmetro, sobre um depósito aluvial
(carregado pela água) de areia, com frações de silte e argila. Abaixo dessa
camada de areia existe outra areia com lentes de argila sobreadensada. A
rotação sofrida pela Torre de Pisa é hoje da ordem de 10%, com um recalque de
cerca de 3 metros. A complexidade e a seriedade da situação do monumento têm
motivado seu estudo por parte de diversos especialistas, com grandes
controvérsias ao longo do tempo. Desde o fim da década de 1990 iniciou-se um
amplo reforço estrutura-fundação, seguido de redução controlada do recalque
diferencial por indução de recalque adicional do lado menos recalcado, com
retirada de areia por meio de brocas (ver Figura 1b).

Segundo (Velloso, et al., 2004), um projeto de fundações deve atender aos


seguintes requisitos básicos:

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1. Deformações aceitáveis sob as condições de trabalho, isto é, as
deformações (recalques) sofridas pelas fundações devem ser mantidas
dentro de limites prescritos que garantam a utilização e a segurança da
edificação (

Figura 2a);

2. Segurança adequada ao colapso do solo de fundação, isto é, a carga


transmitida ao solo deve ser compatível com a capacidade de carga do
solo, condição conhecida como estabilidade externa (

Figura 2b);

3. Segurança adequada ao colapso dos elementos estruturais, ou


estabilidade interna, garantida através de projeto estrutural eficiente
(Figura 3).

Figura 2 – Deformações excessivas com recalque diferencial e colapso do


solo por não resistir à carga imposta (Velloso, et al., 2004).

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Figura 3 – Falhas de elementos estruturais (sapata e estaca) em função


de projeto estrutural ineficiente (Velloso, et al., 2004).
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O correto planejamento do projeto de fundações deve levar em consideração,


portanto, a resistência do solo. As cargas que serão transmitidas as fundações
devem ser compatíveis com o tipo de fundação adotada e com a capacidade
resistente do solo.

Edificações altas, formadas por estruturas tipo esqueleto (sistema viga-pilar)


transmitem ao solo cargas pontuais, e quanto maior a distância entre os pilares
maiores tais cargas, o que aumenta a necessidade de resistência do solo. Já
sistemas estruturais com carregamento mais distribuído (por exemplo,
alvenaria estrutural) e edificações mais horizontais, transmitem cargas mais
distribuídas e menores ao solo, sendo mais adequadas para solos menos
resistentes. Em função disso, a capacidade resistente do solo e o conhecimento
das alternativas de fundações, representam dados importantes para uma boa
concepção da edificação e da escolha do partido estrutural.

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1.2 Tipos de Solos e Propriedades


O solo pode ser definido como o material não consolidado que recobre as rochas
e destas provêm por “intemperismo”, constituindo a face do esqueleto rochoso da
crosta. Para os pedólogos (do grego “pédon” solo – “logos”, estudo) refere-se
somente à parte superficial da crosta terrestre, onde se desenvolve a vida
vegetal. As rochas são os materiais naturais consolidados, duros e compactos da
crosta terrestre ou litosfera. Para os fragmentos isolados reservam-se as
denominações bloco de rocha (>1m), matacão (25 cm<d<1m) e pedra (25
cm<d<76 mm).

Do Ponto de vista da construção, solo é a denominação que se dá a todo material


de construção ou mineração da crosta terrestre escavável por meio de pá,
picareta, escavadeira, etc, sem necessidade de explosivos. Ou ainda, material
que não oferece resistência intransponível à escavação mecânica e que perde

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totalmente a resistência após contato prolongado com a água.

Classificação quanto à origem e formação (tradicional):

 Solos residuais. Solos residuais são os solos que permanecem no local de


decomposição rocha que lhes deu origem.

 Solos sedimentares (transportados). Os solos sedimentares ou


transportados são aqueles que foram levados de seu local de origem por
algum agente de transporte e lá depositados: Solos eólicos; solos
aluvionares; solos glaciais; solos coluvionares; solos orgânicos; solos
tropicais vermelhos ou lateríticos.

Classificação quanto à textura:

Entende-se por textura o conjunto de características relativas à forma e ao


tamanho das partículas (granulometria). O comportamento mecânico e
hidráulico é dependente da textura do solo.

Granulometria.

Medida do tamanho das partículas, que possibilita a classificação


textural quanto ao tamanho dos grãos:

 Solos granulares (grossos). Predominam partículas visíveis a olho


nu (deq>0,06mm).
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 Solos finos. Predominam partículas não visíveis a olho nu (deq
<0,06mm).
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Escala granulométrica (ABNT NBR 6502, 1995).


Matacão: 200 < deq < 1000 mm

Pedra de mão: 60 < deq < 200 mm

Pedregulho: 2 < deq < 60 mm

Areia: 0,06 < deq < 2 mm

Silte: 0,002 < deq < 0,06 mm

Argila: deq < 0,002 mm

Forma.

Classificação textural quanto a forma dos grãos: grãos angulares e


subangulares, grãos arredondados e subarredondados, grãos lamelares,
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grãos fibrilares.

Os solos são originados das rochas, que com o tempo sofreram deterioração em
função de ações mecânicas, físicas, químicas e biológicas. Esse processo de
deterioração, de diferentes origens e atuando sobre rochas com constituição
mineralógica diversa, dá origem a solos com partículas de diferentes tamanhos
e com comportamentos também distintos.

A argila é o tipo de solo com grãos de menor diâmetro, inferiores a 0,002 mm,
podendo apresentar grãos de diâmetro extremamente reduzido da ordem de 10-
6 mm. O silte, possui grãos maiores que 0,002 mm e inferiores a 0,075 mm, e é

muitas vezes confundido com a argila. Pode-se diferenciar a argila do silte


utilizando um teste muito simples, denominado de “teste de torrão”, que consiste
em misturar uma porção de solo com água, até obter uma massa com qual é
moldada manualmente uma pequena esfera. As argilas permitem moldar tal
esfera com bastante facilidade sem haver segregação. Após deixar a esfera secar
em ambiente protegido de insolação, tenta-se destruí-la com o auxílio da pressão
dos dedos, se for destruído indica um solo com predominância de silte, caso
contrário, indica predominância de argila.

A areia é mais facilmente identificada visualmente, uma vez que é constituída


por grãos maiores. A caracterização precisa do solo, em termos do tamanho do
grão é feita em laboratório mediante uma análise granulométrica. Para as
frações mais finas, pela impossibilidade prática de utilizar o peneiramento,
8 costuma-se utilizar o processo de sedimentação, considerando a lei de Stokes,
pela qual a velocidade de queda das partículas esféricas em meio viscoso é
proporcional ao quadrado do diâmetro da partícula.
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Na verdade, os solos normalmente não se apresentam completamente puros, isto


é, isoladamente areia, silte ou argila, sendo mais comum encontrá-los
misturados. Um procedimento prático para identificar os solos é o ensaio de
dispersão em água. Coloca-se o solo seco num frasco e, em seguida, água. Agita-
se a mistura e verifica-se o tempo para disposição das partículas. Os solos
grossos depositam-se rapidamente, enquanto as argilas tendem a turvar a
suspensão e demoram bastante tempo para sedimentar.

Dependendo da porcentagem em peso de cada tipo de solo encontrado na


mistura, dá-se a ela uma denominação especial. A Tabela 1 resume as principais
denominações dadas em função das proporções de grãos de areia, silte e argila
presentes no solo.
Tabela 1 – Distribuição dos principais tipos de solos e denominações
usualmente utilizadas (Rebelo, 2008).

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Areia (%) Silte (%) Argila (%) Denominação

80-100 0-20 0-10 Areia


0-20 80-100 0-20 Silte
0-50 0-50 50-100 Argila
50-80 0-50 0-20 Areia Siltosa
40-80 0-40 20-30 Areia Argilosa
0-40 40-70 0-20 Silte Arenoso
0-30 40-80 20-30 Silte Argiloso
30-70 0-40 30-50 Argila Arenosa
0-30 20-70 30-50 Argila Siltosa

1.3 Caracterização dos Solos


1.1.1 Índices Físicos dos Solos
O solo é um material constituído por um conjunto de partículas sólidas, deixando
entre si vazios, que poderão estar parcialmente ou totalmente preenchidos pela
água. Trata-se de um sistema disperso formado por três fases: sólida, líquida e
gasosa. Os índices físicos caracterizam o solo, quanto a suas fases sólida, líquida
e gasosa, indicando o estado em que o solo se encontra através de relações entre 9
massas; entre massas e volumes; e relação entre volumes.
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Figura 4 – Desenho esquemático das fases constituintes do solo


(Isaia, 2007).

Teor de Umidade

Índice que indica a quantidade de água presente no material, expressa em


porcentagem da massa do material seco. Indica quanto o solo úmido é mais
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pesado que o solo seco devido à presença de água. Normalmente entre 10% a
40% (extremo 150 %).

Mw
h%   100 Equação 1
Ms

Índice de Vazios (e)

Relação entre o volume de vazios e o volume de sólidos. Valores de Referência:


0,5 a 1,5. Argilas Orgânicas podem ter índice de vazios superior a 3.

Vv
e Equação 2
Vs

Porosidade (n)

Relação entre o volume de vazios e o volume total.

Vv
n(%)  .100 Equação 3
V

Massa Específica dos Grãos

Relação entre a massa e o volume de sólidos. Também denotada pela letra G.


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Ms
 Equação 4
Vs
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O peso específico dos grãos é obtido pela transformação da massa específica em


peso específico, transformando massa em força pela ação da gravidade. Valores
usuais: 25 a 28 kN/m3; valor de referência: 26,5 kN/m3 (quartzo). Argilas
Lateríticas, em virtude da deposição de ferro apresenta valores de até 30 kN/m3.

Massa Específica Natural – Peso Específico Natural

Relação entre a massa úmida e o volume Total. Também pode ser denominado
de peso específico úmido. O peso específico natural situa-se em torno de 19 a 20
kN/m3.

M
n  Equação 5
V

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Massa Específica Aparente Seca

Relação entre a massa do solo seco e o volume Total. Peso específico aparente
seco é calculado a partir do peso específico natural e da umidade, e situa-se
entre 13 e 19 kN/m3. Para argilas orgânicas moles de 5 a 7 kN/m3.

Ms
s  Equação 6
V

1.1.2 Estado das Argilas - Consistência


Quando se manuseia uma argila, percebe-se uma certa consistência, ao contrário
das areias. Em função disso, é fundamental para conhecer o comportamento de
uma argila (e sua resistência) identificar sua CONSISTÊNCIA. A consistência
de uma argila está diretamente relacionada com o teor de umidade, e deve ser
analisado de acordo com seus limites de consistência.

Limites de Consistência. Parâmetros experimentais obtidos através de


procedimentos normatizados. Os limites de consistência se baseiam na
constatação que um solo argiloso se comporta de forma bem distinta em função
do teor de umidade. Ensaios e índices propostos por Atterberg, e adaptados e
padronizados por Arthur Casagrande. A Figura 5 ilustra o significado dos
limites de consistência.

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Figura 5 – Limites de consistência (Pinto, 2006).

O Limite Liquidez (LL) representa o limite entre o estado plástico e líquido. Sua
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determinação é feita por tentativas através de aparelho (aparelho de


Casagrande) e procedimento normatizado (ABNT NBR 6459, 2016 Versão
Corrigida:2017), ilustrado na Figura 6.

O Limite Plasticidade (LP) representa o teor de umidade limite entre o estado


plástico e o estado quebradiço. É obtido através de procedimento normatizado
(ABNT NBR 7180, 2016), onde é determinado o menor teor de umidade com o
qual se consegue moldar um cilindro com 3 mm de diâmetro, rolando-se o solo
com a palma da mão em uma placa de vidro fosco, sem que haja rompimento do
cilindro.

O Índice de Plasticidade (IP) é obtido pela subtração: IP = LL – LP.

Figura 6 – Aparelho para determinação do limite de liquidez (Pinto, 2006)


e cilindro de ensaio para obtenção do limite de plasticidade.

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Para identificar e comparar os solos de acordo com sua consistência utiliza-se o


chamado Índice de Consistência (IC) obtido através da Equação 7, considerando
o teor de umidade natural do solo (h). Observa-se que quanto menor o IC, mais
próxima a umidade natural do solo está do limite de liquidez, sendo, portanto,
um solo de baixa consistência. Por outro lado, um índice de consistência alto
indica que o teor de umidade natural do solo é tal que confere ao solo elevada
consistência.

LL  h
IC  Equação 7
LL  LP

Tabela 2 – Classificação de uma argila quanto à sua consistência.

Consistência Índice de Consistência

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Mole < 0,5
Média 0,5 a 0,75
Rija 0,75 a 1,0
Dura > 1,0

Na Figura 7 é apresentada uma tabela retirada de (Pinto, 2006) onde são


mostrados valores típicos do Limite de Liquidez (LL%) e do Índice de
plasticidade (IP%) para diferentes tipos de solos brasileiros. É importante
observar que com os dados da tabela, e conhecendo a umidade natural do solo, é
possível calcular o Índice de Consistência dado pela Equação 7, permitido uma
primeira informação sobre a resistência do solo.
Figura 7 – Valores de Limite de Liquidez(%) e Índice de Plasticidade(%)
de solos típicos brasileiros (Pinto, 2006).

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1.1.3 Estado das Areias - Compacidade


O estado em que se encontra uma areia, no que se refere a sua COMPACIDADE,
pode ser expresso pelo seu índice de vazios. Isoladamente, entretanto, esse
índice fornece pouca informação sobre o comportamento da areia. É necessário
analisar o índice de vazios de uma areia com relação aos índices de vazios
máximos e mínimos que ela pode apresentar. Tais índices são obtidos analisando
a areia em condições extremas de compactação:

Simplesmente Vertida. Índice de vazios máximo (emax).

Vibração e compactação. Índice de vazios mínimo (emin).

A Compacidade Relativa (CR) é uma medida que permite classificar uma areia
quanto a seu estado de compacidade, e é dado em função do índice de vazios no
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estado natural (enat) e nas situações de compacidade máxima (índice de vazios


mínimo) e compacidade mínima (índice de vazios máximo). Quanto mais
compacta uma areia, maior a sua Compacidade Relativa (CR), que também é
conhecida como Grau de Compactação.

emax  enat
CR  Equação 8
emax  emin

 Areia Fofa: CR < 0,33


 Compacidade Média : 0,33 < CR < 0,67
 Areia Compacta: CR > 0,67

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1.4 Exercícios Propostos – Capítulo 1


PARTE A – Questões Teóricas

A.1) Com relação à forma como o conhecimento do solo pode colaborar durante
a fase de concepção do projeto de uma edificação, é correto afirmar:
( ) a. Solos menos resistentes absorvem melhor grandes cargas pontuais, o
que facilita a utilização de estruturas mais verticais e com vãos maiores
entre pilares.
( ) b. Edificações mais horizontais conduzem a carregamentos menores
nos pilares e, portanto, facilitam a viabilidade de utilização de fundações
superficiais, mesmo em solos com resistência moderada.
( ) c. Edificações verticais, de múltiplos pavimentos, implicarão sempre na
necessidade de utilização de fundações profundas, mesmo em solos muito

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resistentes.
( ) d. Em solos de alta resistência a utilização de edificações horizontais
implicam, necessariamente, na utilização de fundações profundas.

A.2) A classificação usual dos solos considera o tamanho de seus grãos,


principalmente, argila, silte e a areia. No entanto, é comum que em no solo haja
grãos de diferentes tipos, adquirindo diferentes denominações em função do tipo
de grão predominante. Dessa forma é correto afirmar:
( ) a. Uma areia argilosa é um solo com predominância de argila com
frações de areia e por isso é um solo mais grosso que uma argila pura.
( ) b. Um silte arenoso é um solo com predominância de silte e frações de
areia, sendo um solo mais grosso que uma areia pura.
( ) c. Uma argila siltosa é um solo com predominância de argila e frações
de silte e é um solo mais grosso que uma areia pura.
( ) d. Uma areia siltosa é um solo com predominância de areia e frações
de silte, sendo, portanto, um solo mais grosso que uma argila pura.

A.3) Os índices físicos caracterizam os solos quanto a suas fases líquida, sólida
e gasosa, podendo-se afirmar:
( ) a. Quanto maior o volume de sólidos no solo maior sua porosidade.
( ) b. Um solo saturado apresenta 100% de umidade.
( ) c. Conhecendo-se a massa específica dos grãos e a massa específica
aparente seca do solo é possível obter sua porosidade. 15
( ) d. Quanto maior o índice de vazios de um solo maior sua resistência.
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A.4) Após a realização dos ensaios dos limites de consistência em uma argila foi
obtido para o Limite de Liquidez o teor de umidade de 80% e para o Limite de
Plasticidade o teor de umidade de 45%. Sabendo que a umidade natural do solo
é de 60% podemos classificar essa argila como:

( ) a. Mole.
( ) b. Média.
( ) c. Rija.
( ) d. Dura.

A.5) Uma areia foi analisada em laboratório obtendo-se o índice de vazios


máximo de 0,70 e índice de vazios mínimo de 0,40. Sabendo que no estado
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natural essa areia apresenta um índice de vazios de 0,55, podemos classificar


essa areia como:

( ) a. Fofa.
( ) b. Média.
( ) c. Compacta.
( ) d. Muito compacta.

PARTE B – Questões Práticas

B.1) Foi retirada uma amostra indeformada de areia com volume de 2,9 litros e
pesando 5,2 kg. Sabe-se que a massa específica dos grãos é tal que  =2,79
kg/dm3. Em laboratório foi realizado em uma amostra do solo o ensaio de
umidade, obtendo: Massa úmida = 6,41 g; Massa seca = 5,49 g. Também foram
obtidos o índice de vazios no estado solto (emax=0,85) e no estado compacto
(emin=0,50). Pede-se determinar:
(a) Teor de umidade;
(b) Massa de sólidos e Massa de água;
(c) Volume da parte sólida e Volume de vazios;
(d) Índice de Vazios e Porosidade;
16 (e) Grau de Saturação;
(f) Compacidade Relativa (CR) e Classificar a Areia em função de CR;
(g) Massa específica natural e Massa Unitária (aparente seca).
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B.2) Para análise do solo de um terreno onde será executada uma edificação, foi
retirada uma amostra indeformada de areia com volume de 3,3 litros e pesando
6 kg. Sabe-se que a massa específica dos grãos é  =2,7 kg/dm3 e que em
laboratório foi determinada a umidade natural do solo, obtendo-se h=20%.
Determine:
(a) Massa de água e Massa de sólidos;
(b) Volume da parte sólida e Volume de vazios;
(c) Índice de Vazios e Porosidade;
(d) Grau de Saturação.
(e) Sabendo que LL = 35 e LP = 12, determinar IP (índice de plasticidade),
IC (índice de consistência) e classificar o solo argiloso de acordo com sua
consistência.

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B.3) Para um solo com massa específica natural  =1,93 kg/dm3 , e cuja massa
específica dos grãos é tal que  =2,88 kg/dm3, e sabendo que o teor de umidade é
de 14,56%, determinar:
(a) Índice de Vazios;
(b) Porosidade;
(c) Grau de Saturação;
(d) Massa Específica Aparente Seca.

B.4) Utilize a Tabela da Figura 7 e classifique os solos abaixo de acordo com sua
consistência (Obs. utilizar valores médios):
(a) Argila orgânica de várzea com umidade natural de 60%;
(b) Argila orgânica de baixada litorânea com umidade natural de 100%;
(c) Argila dura, cinza de São Paulo com umidade natural de 20%;
(d) Solo residual de granito umidade natural de 35%.

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