Você está na página 1de 129

288

289
Relação entre a distribuição dos vulcões e a
tectónica de placas
Os fenómenos vulcânicos ocorrem quer nas zonas de fronteira
entre placas tectónicas - zonas tectonicamente activas -, quer no
interior das placas - zonas tectonicamente estáveis.

290
Relação entre a distribuição dos vulcões e a tectónica de placas

292
Grande parte desta actividade ocorre na fronteira da Placa do Pacífico com
outras placas continentais ou oceânicas. Por isso, é designada “Anel de Fogo".

293
➢ Cintura Circumpacífica (“Anel de Fogo do Pacífico”)
➢ Faixa mediterrânica
➢ Cristas das dorsais oceânicas

294
O anel de fogo do Pacífico, a faixa mediterrânica e a dorsal médio-
atlântica são algumas das zonas do globo mais afectadas por estas
manifestações geológicas.

295
Existe uma relação entre o tipo de limite de placas e o tipo de
actividade vulcânica que lhes está associado:

296
297
299
Vulcanismo de Subducção
• Convergência de placas
• Andes, Japão, Indonésia, Filipinas

Vulcanismo de Vale de Rifte


• Divergência de placas
• Crista médio oceânica

Vulcanismo intraplaca
• Associado a pontos quentes ( hot spots)
• Havai, …

300
301
Vulcanismo de Subducção

Subducção

302
Vulcanismo de Subducção

Ocorre ao nível das zonas de


convergência de placas, zonas de
subducção.
O processo de subducção de uma das
placas leva a formação de magmas
relativamente pouco profundos, logo
de baixas temperaturas.
Como consequência leva à ocorrência
de erupções explosivas.
Este tipo de vulcanismo representa
80% dos vulcões activos.

303
Vulcanismo de Subducção - Mediterrâneo

Stromboli - Itália

304
Vulcanismo de Subducção

➢ Magma andesítico (mais ácido –


mais viscoso que o magma
basáltico).

➢ Erupções explosivas ou mistas.

Ex: Ilhas Japonesas e Filipinas,


Cordilheira do Andes (Anel de fogo
do Pacifico)

305
Vulcanismo de vale de rifte

306
Vulcanismo de vale de rifte
O afastamento das placas ao nível dos limites divergentes cria
fissuras de milhares de quilómetros através dos quais o magma
ascende à superfície.
Este magma forma-se a pouca profundidade mas com lavas mais
quentes do que as do vulcanismo de subducção, como
consequência ocorrem erupções efusivas ou mistas, pouco
violentas – Magma básico
Este tipo de vulcanismo representa cerca de 15% do vulcanismo
mundial.

307
Vulcanismo de vale de
rifte

308
Vulcanismo de vale de rifte

➢ Magma de natureza basáltica


(magma básico).
➢Resulta da fusão parcial de
material do manto.
➢Erupções geralmente efusivas
ou mistas (lavas fluídas, pobres
em gases)

Ex. Vulcanismo dos Açores

309
Vulcanismo intraplaca

310
Vulcanismo intraplaca

Este tipo de vulcanismo é o


característico de vulcões isolados
que surgem nas zonas interiores
dos Continentes e dos sistemas de
vulcões que surgem nas zonas
interiores das Placas Oceânicas.
Nestes casos os magmas têm
origem em zonas mais profundas
do manto, desencadeando
erupções efusivas e/ou mistas.
Representa apenas 5% do
vulcanismo do Planeta.

311
Vulcanismo intraplaca
Neste tipo de vulcanismo o magma sobreaquecido das regiões profundas do
manto ascendem à superfície formando colunas magmáticas designadas de
plumas térmicas.

Plumas térmicas – colunas de material


quente e pouco denso que sobe
através do manto até à base da
litosfera. As plumas térmicas
terminam em forma de cogumelo.

312
Vulcanismo intraplaca
Normalmente as plumas seguem sempre o mesmo trajecto pelo que são
relativamente fixas, ao chegarem à superfície originam um ponto quente,
hotspot, com actividade vulcânica.
A pluma pode ser fixa, mas a crusta que se encontra sobre si não o é, pelo que
há medida que a placa se desloca e vão ocorrendo erupções vulcânicas, vão
surgindo vários vulcões alinhados.
Os vulcões mais velhos, e inactivos, acabam por ser erodidos formando um
atol, e quando submergem totalmente passam a ser denominados de guyot.

313
Vulcanismo intraplaca

Atol

O atol é uma ilha em forma de anel feita


de corais e outros invertebrados, em
forma aproximadamente circular,
constituindo no seu interior uma lagoa.

314
Vulcanismo intraplaca

Um atol começa pela formação de um


recife costeiro de corais ao redor de
uma ilha vulcânica. À medida que
esta ilha vai afundando o recife vai-se
Processo dinâmico da formação de um atol de coral.
acumulando e crescendo para fora
em busca de águas mais ricas em
nutrientes e transformando-se num
recife de barreira.
A parte central, com menor circulação
de água fica preservada como uma
laguna interior.

Atol

315
Vulcanismo intraplaca

316
Vulcanismo intraplaca

Guyot - São comuns no Oceano Pacífico sendo considerados como antigos vulcões. Foram
identificados por Harry Hess através de sonar durante a Segunda Guerra Mundial. Hess interpretou os
guyots como sendo ilhas vulcânicas cujos topos foram aplainados pela erosão marinha, com a
posterior subsidência. Com esta interpretação foram usados como evidências para a formulação da
Teoria de Tectónica de Placas. O nome guyot foi dado em homenagem ao geógrafo Arnold Henry
Guyot.

317
Vulcanismo intraplaca

318
Vulcanismo intraplaca Hotspots

319
Vulcanismo intraplaca Hotspots

Os pontos quentes mantêm uma posição fixa no manto e originam vulcões à


superfície .
A deslocação da placa tectónica sobre os pontos quentes gera um cadeia linear
de ilhas vulcânicas.
320
Hotspots

https://wwnorton.com/college/geo/egeo2/content/animations/2_6.htm

321
Hotspots

322
Hotspots

323
Hotspots
Vulcanismo intraplaca

324
Hotspot muito profundo e estacionário da placa Pacífica que está em movimento a uma
taxa de 10 cm/ano
325
Idade das ilhas da cadeia
que se estende das
Aleutas ao Havai. O
ponto quente situa-se
sobre a ilha do Havai.

À medida que se afastam


do ponto quente, a idade
das ilhas aumenta,
devido ao afastamento
da placa litosférica.

326
327
VULCANISMO INTRAPLACA

- A instabilidade da fronteira
manto/núcleo pode originar uma
coluna de material quente e menos
denso, que sobe através do manto,
constituindo uma PLUMA TÉRMICA.
Ao atingir a base da litosfera, devido
à descompressão, o material pode
fundir, formando-se ali uma
aglomerado de magma, que constitui
o PONTO QUENTE (“HOT SPOT”).
O magma resultante penetra através
da litosfera, chegando à superfície, e
formando um Vulcão.
- O movimento continuado da placa
litosférica faz com que o vulcão se
afaste do ponto quente, tornando-se
extinto. Ao nível do ponto quente
forma-se um novo vulcão activo.

328
Atenção: uma cadeia linear de ilhas vulcânicas nem sempre é causada por
um ponto quente

Arco insular

329
Atenção: uma cadeia linear de ilhas vulcânicas nem sempre é causada por
um ponto quente

Arco insular

330
Vulcanismo intraplaca Continental
Snake River Hotspot EUA)

331
332
333
334
Um supervulcão refere-se a um
vulcão que produz os maiores e
mais volumosos tipos de erupções
na Terra; são vulcões com
potencial de gerar catástrofes
globais e extinção em massa; O
volume total de magma expelido
dessas erupções variam.
As crateras formadas por
supervulcões são enormes e
podem ter algumas dezenas de
quilometros de extensão, algumas
sendo percebidas apenas por
imagens de satélite. Tais crateras
formaram-se após grandes
explosões que ejetaram na forma
de cinzas vulcânicas volumes de
até milhares de km3 de rocha
derretida.

335
336
Vulcanismo intraplaca Continental
Rifte do Leste Africano

Os vulcões associados ao rifte do


Leste Africano, posicionados
fundamentalmente no Kenia e
Etiópia, são exemplos
característicos da actividade
vulcânica intraplaca continental.

337
Vulcanismo intraplaca
Hotspots no mundo

338
339
340
341
342
Vulcanismo em Portugal
Em Portugal Continental e na Madeira, o vulcanismo primário
está considerado extinto.
No continente, apesar do vulcanismo primário estar inactivo há
milhões de anos, ainda é possível encontrar testemunhos dessa
actividade no passado (rochas vulcânicas – escoadas e piroclastos
- e chaminés vulcânicas), nomeadamente, na Estremadura -
Lisboa, Mafra, Monsanto, Loures e Odivelas, etc. -, no Algarve, no
Alentejo e em Trás-os-Montes.
Assim, em Portugal, o vulcanismo primário activo está reduzido
ao Arquipélago dos Açores.

343
Vulcanismo em Portugal

344
Vulcanismo em Portugal
Arquipélago dos Açores
As 9 ilhas tiveram origem nas erupções de vários vulcões
submarinos. Existem actualmente vulcões activos e várias
manifestações de vulcanismo secundário.

345
Vulcanismo em Portugal
Arquipélago dos Açores
O Arquipélago dos Açores está na região onde se encontram as placas
Euroasiática, Africana e Americana. Apresentando-se como um planalto
submarino, triangular, a Microplaca dos Açores terá resultado dos movimentos
relativos das referidas placas tectónicas e da influência de um ponto quente que
estará directamente implicado na formação das ilhas e na actividade vulcânica
que ainda hoje se faz sentir.

346
Vulcanismo em Portugal
Arquipélago dos Açores
Última erupção sub-aérea foi no Faial em 1958 - Vulcão dos
Capelinhos. Esteve em erupção durante 13 meses.

347
Vulcanismo em Portugal

348
Vulcanismo em Portugal

349
Vulcanismo em Portugal

350
351
Vulcanismo em Portugal

Existem registos de vinte e seis importantes erupções vulcânicas que ocorreram


nas ilhas de S. Miguel, Terceira, S. Jorge, Pico, Faial e no mar entre elas.

352
Vulcanismo em Portugal

Existem registos de vinte e seis


importantes erupções vulcânicas
que ocorreram nas ilhas de S.
Miguel, Terceira, S. Jorge, Pico, Faial
e no mar entre elas.

353
354
355
Vulcanismo em Portugal
Arquipélago na Madeira
De origem vulcânica, pensando-se
que as últimas erupções se
verificaram há cerca de 1,7 milhões
de anos.
O vulcanismo é considerado extinto
nestas ilhas.

Disjunção colunar em basaltos.


Local: Foz da Ribeira do Faial, Ilha da Madeira.

357
358
359
Zonas de risco vulcânico
No passado, diversas erupções vulcânicas foram responsáveis por
um elevado número de mortes e prejuízos materiais graves, que
envolveram a destruição de infra-estruturas e culturas agrícolas.

360
Zonas de risco vulcânico
A definição das áreas de maior perigosidade vulcânica resulta de
um levantamento dos perigos e ameaças associados aos
fenómenos eruptivos.

361
Zonas de risco vulcânico
Os perigos vulcânicos dependem das características físico-químicas dos magmas
que os originam, tais como viscosidade (que depende da temperatura, teor em
sílica e facilidade em libertar gases).
Estes perigos podem ser agravados pelas condições climatéricas, eficácia dos
sistemas de alarme e densidade populacional.

362
Perigos vulcânicos
➢ As nuvens vulcânicas constituem o aspecto mais destruidor do vulcanismo.
➢ Os gases também são perigosos. O dióxido de carbono mais denso do que o
ar, pode fluir para zonas mais baixas e tornar-se letal para os seres vivos. O
dióxido de enxofre desencadeia poluição e chuvas ácidas, …
➢ Os tsunamis são igualmente consequência de erupções.
➢ O clima também pode ser afectado, já que uma emissão de cinzas em larga
escala , reduz a radiação solar e por conseguinte a temperatura.
Em 1816 , a erupção do Tambora na Indonésia (a maior nos últimos 200 anos) viria a
originar o chamado “ ano sem Verão “ na Europa e na América do Norte. As colheitas
foram prejudicadas, houve fome , doença e crise económica!!!

363
Perigos vulcânicos

➢ Eruption cloud – Nuvem eruptiva


➢ Tephra – piroclastos
➢ Eruption Column – Coluna eruptiva
➢ Debis avalanche – movimento de
massa
➢ Pyroclastic flow – nuvem ardente
➢ Lava flow – escoada de lava
➢ Mud Flow – lahar

364
Tipo de Factores Prevenção e minimização
erupção
Tipos de risco
de risco dos riscos
•Localização dos pontos de emissão de
•Destruição de estruturas edificadas lava bem como de trajectos possíveis de
Efusivas Escoadas de lava •Incêndios escorrência
•Destruição de terrenos de cultivo •Condicionamento do avanço das
escoadas

•Incêndios (bombas e lapilli)


•Impactos destrutivos (bombas e lapilli)
•Soterramento de estruturas edificadas
•Evacuação
•Destruição de culturas agrícolas, quer devido ao
Projecção de •Uso de capacetes
soterramento quer devido ao aumento da turvação
Piroclastos •Uso de óculos de protecção e de
do ar e consequente dificuldade de penetração da
máscaras de filtração
luz (lapilli e cinzas)
•Problemas respiratórios e oculares (cinzas)
•Acidentes de aviação (cinzas)
Mistas e
•Contaminação do ar de que pode resultar
explosivas intoxicação respiratória
•Evacuação
Libertação de gases •Asfixia
•Uso de máscaras de filtração
•Contaminação da água em casos de erupções ou
emanações subaéreas
Sismos vulcânicos •Danos em estruturas edificadas •Construção anti-sísmica

Movimentos de massa •Evacuação


•Ocorrência de tsunamis com consequente
(p. ex., abatimentos •Ordenamento do território nas zonas
inundação de zonas litorais
próximos do litoral) litorais

365
Índice de Explosividade Vulcânica

367
Índice de Explosividade Vulcânica

368
Índice de Explosividade Vulcânica

369
Índice de Explosividade Vulcânica

370
371
Lista de erupções vulcânicas com número de vítimas fatais, desde o ano 2000

373
Como minimizar os impactes

A principal forma de minimizar os impactes é o acompanhamento


permanente dos vulcões, prevendo a ocorrência de uma erupção
e avaliando os possíveis impactes negativos.
Para tal, os geólogos estudam os vulcões, analisando com detalhe
os registos e depósitos de erupções antigas, prevendo o
comportamento de novas erupções.

374
A minimização do risco vulcânico
passa pela previsão das erupções,
que pode ser feita através da:
➢ História eruptiva.

➢ Vigilância.

Carta de risco vulcânico para a Montanha


Pelada, no caso de uma erupção idêntica à de
1902. Estas cartas baseiam-se na história da
actividade eruptiva do vulcão e permitem
prever o seu comportamento futuro.

375
História eruptiva
A história eruptiva dos vulcões, é feita com base no conhecimento
de quando existiram erupções e das suas características,
nomeadamente:
➢ o estudo da génese e evolução dos fluidos
magmáticos;
➢ a identificação das fases eruptivas;
➢ a identificação dos mecanismos eruptivos;
➢ a génese, o transporte e a deposição de
produtos vulcânicos;
➢ a evolução morfológica e estrutural do
aparelho vulcânico;
➢ a avaliação dos perigos vulcânicos;
➢ a identificação dos riscos associados.
376
História eruptiva
A história dos vulcões permite estabelecer mapas de risco
vulcânico, importantes a nível do planeamento e ordenamento do
território e da actuação da protecção civil.

377
História eruptiva - Mapas de risco vulcânico

378
História eruptiva - Mapas de risco vulcânico

380
História eruptiva - Mapas de risco vulcânico

381
História eruptiva - Mapas de risco vulcânico

Realização de Mapas de risco com base na história eruptiva e na


observação do vulcão.

382
História eruptiva - Mapas de risco vulcânico

383
História eruptiva - Mapas de risco vulcânico

Ilha do Pico

384
385
Carta de risco vulcânico da Ilha do Pico

386
Vigilância
A previsão de erupções vulcânicas baseia-se na identificação de
alguns acontecimentos que são considerados sinais precursores de
uma erupção iminente, como, por exemplo, a detecção de
anomalias físicas e químicas – como deformações no cone
vulcânico, variação da temperatura da água e do solo nas
proximidades dos vulcões, alteração da composição dos gases
emanados – e a detecção de actividade sísmica.

387
Vigilância
Diferentes tecnologias permitem fazer a
vigilância de vulcões:
➢ Detectar a deformação do cone vulcânico,
através dos clinómetros;
➢ Determinar variações do campo magnético
através dos magnetómetros;
➢ Registar sismos utilizando uma rede de
sismógrafos ligados a uma estação central;
➢ Detectar variações da força gravítica
utilizando gravímetros;
➢ Analisar a composição química dos gases
libertados em estações geoquímicas;
➢ Detectar variações da temperatura do solo
nas proximidades do vulcão, através de
sensores localizados em satélites artificiais.
➢ …

388
Vigilância

390
Vigilância

391
Vigilância

392
Vigilância Imagens térmicas

393
Vigilância Imagens térmicas

394
Vigilância sísmica

395
Vigilância sísmica

Mapa de localização de epicentros e Corte


transversal com a localização dos focos
sísmicos. Monte de Santa Helena – EUA - De
Março a Maio de 1980.
Número de sismos por hora no monte Etna –
Setembro a Outubro de 1989.
397
Vigilância
Análise dos gases

398
Vigilância Deformação do solo

400
Vigilância Deformação do solo

402
Vigilância

Variações Variações de
de altitude gravidade
entre entre Junho
Junho de de 1990 e
1990 e Junho de
Junho de 1991 (em
1991 (em miligal)
cm)

403
Vigilância

Diagrama mostrando comportamento cíclico da sismicidade e deformação, 20-27 junho de 1997, no


vulcão Soufrière Hills. Observe o aumento global da elevação e sismicidade antes de 25 de junho. O
fluxo piroclástico letal de 25 de Junho ocorreu imediatamente após os picos na sismicidade e da
elevação.

404
Vigilância Vigilância por satélite

405
Durante a erupção

Barreiras de terra (à esquerda) tentam


desviar os fluxos de lava do Etna em 1992. Construção de barreiras para a lava do Monte Etna,
Sicília, Itália

406
408
Durante a erupção

409
Previsões rigorosas são, por vezes, possíveis, contudo raras.

Um alerta rigoroso será aquele que indique a probabilidade


da ocorrência de uma erupção com a antecedência de
algumas horas ou de alguns dias.

410
No entanto, uma erupção vulcânica pode
ocorrer de forma imprevisível, pelo que é
essencial informar e sensibilizar a
população relativamente aos meios de
prevenção a adotar em cada situação.

A previsão da atividade vulcânica


é o principal meio de prevenção,
pois permite a evacuação da zona
em risco.

411
A única acção de prevenção capaz de assegurar que não haverá
vítimas é a evacuação atempada das áreas potencialmente
atingidas.

412
413
Costa Rica

414
416
Prevenção de riscos associados a erupções efusivas
De forma a evitar a destruição causada pelas escoadas
de lava, deve começar-se por identificar os pontos de
emissão de lava de modo a poder condicionar o seu
avanço. Para tal, pode proceder-se à construção de
barreiras, canais ou provocar o arrefecimento da lava
com água, controlando assim a sua escorrência.

Prevenção de riscos associados a erupções explosivas


Para minimizar os estragos causados pelas projeções
piroclásticas e pela emissão de gases é importante o
uso de capacete, óculos e máscara de proteção.
Quanto à ocorrência de sismos vulcânicos, as
construções antissísmicas permitem reduzir os danos
em infraestruturas e outros edifícios. Uma das
medidas mais eficazes para minimizar os efeitos dos
tsunamis é controlar a ocupação excessiva das zonas
costeiras.
417
http://www.prociv.azores.gov.pt
/sensibilizacao/riscos/ver.php?id
=3#medidas

418
http://www.volcano.si.edu/reports_weekly.cfm

420
421
Noticias vulcanismo

http://pt.euronews.com/tag/erupcao-vulcanica/

Vulcões activos – câmaras em tempo real

http://www.volcanodiscovery.com/pt/erupting_volcanoes.html

422
Vulcanólogos

423
Vulcanólogos
Vulcanólogos são os cientistas que estudam a vulcanologia.

Os vulcanólogos passam por vezes por grandes riscos!


• Devidos às altas temperaturas podem sofrer graves queimaduras
• Os gases e as cinzas libertadas podem provocar graves problemas respiratórios
• Os materiais sólidos expelidos podem atingir gravemente os vulcanólogos.

Meios de protecção
• Fatos protectores, resistentes às altas temperaturas (ex: fatos de amianto)
• Luvas, óculos e calçado resistentes
• Máscaras de gás

424
Vulcanólogos
Os vulcanólogos actuais são os sucessores de figuras marcantes que foram os
pioneiros da vulcanologia, uma ciência ainda jovem.

Katia e Maurice Krafft

425
Vulcanólogos

Katia Krafft a trabalhar

426
Vulcanólogos
Dotados de uma coragem inigualável e de uma verdadeira paixão pelos vulcões, os
franceses Katia e Maurice Krafft arriscaram as suas vidas para estudar as imponentes e
perigosas manifestações vulcânicas do mundo. Destemidos, não se acanhavam em
presenciar a pouca distância erupções violentas, sendo por isso considerados como loucos
por muitos cientistas. Entretanto, é necessário lembrar que essa "insanidade" colaborou
para o estudo dos vulcões, algo que poucos se aventurariam em fazer, ainda mais tão de
perto.
O casal Krafft não parava: era só receberem uma notícia de erupção que lá estavam eles,
desafiando espirros de lava, cinzas e piroclastos, filmando, fotografando, colectando
amostras e descrevendo de perto violentas manifestações vulcânicas. Presenciaram
fenómenos os quais qualquer geólogo desejaria ver, como o nascimento de um vulcão.
O que diferencia estes vulcanólogos dos outros é justamente o estudo de perto dos vulcões,
visto que era mais comum sua análise baseada em filmagens. E foi justamente essa ousadia
ausente em muitos que os levaram a um trágico e inevitável fim: em 3 de junho de 1991,
quando assistiam a uma erupção no monte Unzen, Japão, morreram tragados por um
derrame piroclástico.
O mundo tinha perdido dois importantes cientistas, mas ganho preciosas informações sobre
vulcanologia...

427
Vulcanólogos
https://www.youtube.com/watch?v=c5CAyaRIW8s

As imagens das suas mortes quando foram apanhados por um fluxo


piroclástico no Monte Unzen , no Japão , em 3 de Junho de 1991, enquanto a
câmara registra as imagens, Maurice e Katia e mais outras quarenta pessoas
perderam as suas vidas.

428
Photographer Kawika Singson

429

Você também pode gostar