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S3 vulcânica 

3.1 ATIVIDADE VULCANICA

A terra possui um dinamismo interno que se manifesta através de processos tais como
vulcanismo, a atividade sísmica e a formação de montanhas. Isto enquadra-se na Teoria
Tectónica das Placas.

1) Qual a estrutura de um aparelho vulcânico?

Os limites das placas litosféricas são zonas de instabilidade geológica o que explica a ocorrência
frequente de fenómenos de vulcanismo nestas zonas do globo terrestre.

Os vulcões são aberturas naturais da crusta terrestre que põem em comunicação com
a superfície materiais resultantes da fusão de rochas do manto ou de rochas da crusta,
os magmas, que quando atingem a superfície se designa por lavas. O aparelho
vulcânico é constituído:
2) Que materiais são expelidos pelos vulcões?

Durante as erupções vulcánicas, podem ser libertados diferentes materiais nos estados:

-Liquido-lava que resulta do magma que ascende a superfície (FIG. 2);

-Sólido-piroclastos, isto é, fragmentos rochosos de diferentes dimensões (FIG.3)

-Gasoso-vapor de água (cerca de 70% a 95% ), dióxido de carbono, dióxido de enxofre e


vestígios de hidrogénio e enxofre, entre outros.

3) Quais os principais tipos de atividade vulcânica?

A viscosidade do magma condiciona o tipo de produtos vulcânicos emitidos, nomeadamente o


tipo de lava, o que por sua vez determina diferentes tipos de atividade vulcânica. Consideram-
se três tipos de atividade vulcânica: efusiva, explosiva e mista.

Atividade efusiva

Caracteriza-se por emissões calmas de lava a temperatura elevada, com baixa viscosidade e
baixo teor de gases, podendo-se formar pequenos repuxos, lagos, escoadas ou rios de lava
(FIG. 4 e FIG. 5).
Atividade explosiva

Quando a lava é muito viscosa, de mais baixa temperatura e rica em gases, ocorrem emissões
violentas de piroclastos e formação de nuvens ardentes, ou seja, emissão simultânea de
piroclastos e gases que se deslocam a alta velocidade (até 700 km/h) e quentes, o que torna a
sua passagem altamente destruidora (FIG. 6). Quando a lava solidifica no interior da chaminé,
forma-se uma agulha vulcânica (FIG. 7), quando consolida na zona da cratera dá origem a um
domo vulcânico (FIG. 8). O aumento da pressão exercida pelo magma e por esses gases pode
provocar explosões de grande violência, capazes de destruir parcial ou totalmente o próprio
edifício vulcânico (FIG. 9).
Atividade mista

A atividade mista caracteriza-se pela ocorrência de pequenas explosões com li- bertação de
piroclastos que alternam com emissões mais calmas de lava de vis- cosidade moderada (FIG. 10
e FIG. 11).
No quadro seguinte, apresenta-se uma sintese das características dos três tipos de atividade
vulcànica.

O que é o vulcanismo secundário?

Por vezes, materiais líquidos e gasosos, após terem estado em contacto com o magma ou
muito perto dele, ascendem à superficie, a temperaturas geralmente elevadas, originando
fenómenos de vulcanismo secundário ou atenuado.

São exemplos destes fenómenos:

 as nascentes termais-nascentes de água rica em sais minerais, a temperaturas


relativamente elevadas que ascendem à superficie (FIG. 12A);
 as fumarolas - libertação de gases (dióxido de carbono, dióxido de enxofre, entre
outros), através de fendas ou fissuras no solo (FIG. 128);
 os géiseres-fontes intermitentes de água e vapor de água sobreaquecidos, em que
colunas de água são ejetadas em intervalos de tempo mais ou menos regulares,
atingindo, por vezes, alturas de 30 a 60 metros (FIG. 120).
4) Quais são os riscos e os benefícios do vulcanismo?

Os gases e as partículas sólidas que os vulcões emitem para a atmosfera podem ser tão
poluentes como a atividade industrial. Apesar destes malefícios e dos riscos vulcânicos, tais
como perturbação da atividade social, perda de vidas humanas, destruição de habitats, de
edifícios e de outros bens, a atividade vulcânica é também fonte de benefícios económicos e
sociais para o ser humano.

Riscos da atividade 
É possível prever a atividade vulcânica?

Atualmente, existem procedimentos que permitem prever a ocorrência de erupções. A


previsão duma erupção vulcânica permite evacuar, em segurança, as populações. Para esse
efeito, as entidades responsáveis elaboram planos de evacuação de forma a proteger bens e
pessoas do risco vulcânico.

Vigiar um vulcão possibilita a deteção de fenómenos que indiciam uma erupção iminente. Os
centros de vulcanologia dedicam-se, entre outras atividades, à monitorização dos vulcões
ativos, apoiando a tomada de decisões no domínio da proteção civil.
Para a previsão das erupções vulcânicas recorre-se a um conjunto de equipa- mentos, como,
por exemplo, os sismógrafos, altímetros, GPS, entre outros, que a ciência e a tecnologia têm
vindo a desenvolver para melhor monitorizarem a atividade dos vulcões, no sentido de
salvaguardar as populações.

Sensibilizar e educar as populações sobre a correta atuação numa situação perigosa é,


também, uma medida preventiva importante.
3.2 ROCHAS MAGMÁTICAS

Como se formam as rochas magmáticas?

As rochas magmáticas resultam da consolidação de um magma, mistura fundida, complexa e


variada de minerais silicatados, que pode conter cristais em suspensão e gases dissolvidos
(geralmente, vapor de água e dióxido de carbono).

A grande variedade de rochas magmáticas depende, à partida, da composição química do


magma que lhes dá origem. Os magmas deslocam-se desde o seu local de origem até ao seu
local de consolidação na crusta. De acordo com o local onde consolidam na crusta temos: 

 rochas vulcânicas ou extrusivas (FIG. 1 no ponto 1)-se solidificam rapidamente à

 rochas plutónicas ou intrusivas (FIG. 1 no ponto (2) - se solidificam lentamente e


superfície ou perto dela;

O granito é uma rocha constituída essencialmente por quartzo e feldspato, acompanhados


habitualmente por biotite e/ou moscovite. É a rocha mais abundante na crusta continental.

O basalto é uma rocha constituída, essencialmente, por olivinas, piroxenas e feldspatos com
cálcio e sódio e encontra-se, preferencialmente, na crusta Oceânica.

Que informação a textura de rochas magmáticas nos fornece?


De acordo com o local e o modo de arrefecimento do magma, as rochas mag- máticas podem
apresentar diferentes texturas. Por textura de uma rocha en- tende-se a quantidade de matéria
cristalina, a forma, o tamanho e o arranjo dos minerais que a constituem (FIG. 2).

Textura fanerítica

Caracterizada pela existência de minerais totalmente cristalizados e bem desenvolvidos, sendo


visíveis à vista desarmada. É caracteristica de rochas que arrefeceram e solidificaram
lentamente em profundidade.

Textura afanítico

Caracterizada pela existência de grãos cristalinos praticamente só reconhecíveis ao


microscópio. É caracteristica de rochas que arrefeceram e solidificaram rapidamente à
superficie ou perto dela.

Textura vitreo

Caracterizada pela existência exclusiva de matéria vitrea (matéria não cristalina). E


característica das rochas que se formaram por arrefecimento extremamente rápido à
superfície.

Que aspetos característicos apresentam as paisagens de rochas magmáticas?

Nas paisagens magmáticas predominam as rochas que resultam da consolid ção do magma em
profundidade como o granito - paisagem granítica - o superficie como o basalto - paisagem
vulcanica.

Paisagem granítica

O granito é uma rocha muito frequente nas paisagens plutónicas que ocup grande parte do
território continental português, constituindo elevações imp nentes que podem ser
encontradas, por exemplo, a norte, na Serra do Gerê no centro, na Serra da Estrela e no sul em
Sintra, Sines, Monchique e Évora.
O granito por ser uma rocha magmática que consolida em profundidade, quando aflora à
superfície, por erosão das rochas que antes se encontravam por cima, en- contra condições de
pressão e tempera- tura muito diferentes das da sua formação. Como processo de adaptação
às novas condições, a rocha próxima da superficie ou aflorante, fratura segundo determina- das
orientações, dando origem a uma rede de fraturas designadas por diáclases que facilitam a
meteorização (FIG. 3).

1 Coos de blocos-As dióclases

orientam-se, frequentemente, segundo direções aproximadamente perpendiculare entre si, o


que conduz & formação de bloco rochosos paralelepipédicos que, com a continuação do
erosão, ficam com as suas arestas arredondadas, dando origem a blocos subesféricos mais ou
menos disperso

2 Marmitas de gigante-No leito dos cursos de água que atravessam regiões graníticas, podem
ser observados aspeto tipicos do erosão fluvial de montanha, Estas resultam do movimento
turbilhana da água que arrasta seixos existentes em irregularidades das rochas formando
depressões circulares.

Paisagem vulcanica

O basalto é uma rocha muito frequente no paisagens vulcánicas que ocupam grand parte dos
arquipélagos dos Açores e da Ma deira assim como em Portugal continenta por exemplo, em
Lisboa e Mafra. As paisa gens basálticas encontram-se associadas fenómenos de vulcanismo,
sendo caracterís ticas dessas paisagens, as escoadas de lava as disjunções prismáticas, as
elevações de perfil cónico, por vezes alinhadas, as caldei- ras e suas lagoas e as grutas (FIG. 4).

Disjunção prismática na Baia de Zimbralinho (Porto Santo)

1 Cone vulcánico-Em resultado da atividade vulcanica formam-se os cones vulcanicos,


escoados lavicos que resultom do consolidação de lavo à superfície 

2 Logoes-Em antigos coldeiros de vulcões extintos ocumulam se oguos das chuvas originando
lagont
3 Disjunção prismatica- Omaterial vulcoesico ascende a superficie e no seu processo de
anefeomento crio tensões internos que fratura orocho didindo-a en bloces pramaticos


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