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Unidade 5

Formação e modelagem do
relevo terrestre
Agentes internos do relevo
O movimento das placas tectônicas
As placas tectônicas deslizam sobre o manto devido à ação das correntes de convecção e realizam
movimentos que podem ser convergentes ou divergentes.

As placas também podem deslocar-se horizontalmente em sentidos opostos.

As forças tectônicas geradas pelos movimentos das placas são consideradas agentes internos por
causarem grandes transformações no relevo, comprimindo, estendendo ou quebrando as camadas
rochosas.
Falhas e dobramentos
Quando se movimentam, as placas
tectônicas exercem pressão umas
sobre as outras, provocando
dobramentos e falhas.
Falhas
Quando as rochas mais rígidas são submetidas a forças internas da
crosta, elas se fraturam, e os blocos de rochas deslocam-se ao longo da
superfície da fratura, formando as falhas, que originam várias
formas de relevo, como vales e serras.

FALHA
FALHA INVERSA TRANSCORRENTE FALHA NORMAL
Dobramentos
Os dobramentos surgem nas rochas mais flexíveis da litosfera pela força
do choque entre as placas tectônicas.

Nesse choque, a borda de uma das placas, que é formada por materiais
menos densos e menos resistentes, torna-se mais maleável e, por isso, tende
a dobrar-se pela força da outra placa, que é DOBRAMENTO

mais resistente e desliza em direção ao manto.


A placa volta a se fundir com o magma.

O dobramento pode originar as cadeias


montanhosas.
Terremotos
Os terremotos, ou sismos, são vibrações
rápidas e inesperadas, de intensidade
variável, na crosta terrestre.

A ocorrência de terremotos mostra como os


agentes internos do relevo provocam
mudanças constantes na superficie terrestre.
Como acontecem?
A pressão exercida pelo atrito entre as placas tectònicas pode causar
uma ruptura na crosta.

Com isso, ocorre um movimento brusco


nas camadas rochosas que compõem a
crosta.

Esse movimento libera energia na forma


de andas sísmicas, que podem chegar à
superficie e fazer a terra vibrar.
Como são medidos?
A energia liberada no hipocentro é identificada na superfície pelos
sismógrafos, aparelhos que registram as vibrações do solo.

Escala Richter

1 2 3 4 5 6 7 8 9

De 1,0 a 2,9 De 3,0 a 4,9 De 5,0 a 5,9 De 6,0 a 6,9 A partir de 7


Geralmente, o Pode ser sentido. Pode causar Em áreas É um grande
terremoto não é Objetos e árvores rachaduras e povoadas, pode terremoto, com alto
sentido. balançam. outros pequenos causar danos potencial destrutivo
estragos em graves, em uma longa faixa,
construções. principalmente inclusive em áreas
em locals perto distantes do
do epicentro. epicentro.
Maremotos e tsunami
A crosta oceânica também está sujeita a ocorrência de abalos sísmicos.
Quando acontecem sismos cujo epicentro se dá no fundo do oceano, esse
abalo recebe o nome de maremoto.
Os maremotos, devido à grande
energia que liberam, podem
causar ondas gigantes, que se
deslocam em alta velocidade
pelo oceano, e atingir a costa
dos continentes. São os
tsunami.
Vulcanismo
O vulcanismo é um fenômeno natural
responsável pelo afloramento da lava na
superfície terrestre. Ocorre em razão do
derretimento do material rochoso, quando há
choque entre placas tectônicas, e também pela
subida do magma proveniente do manto
através de fissuras na litosfera que se abrem
principalmente onde há separação de placas.

O vulcão corresponde à abertura por onde a


lava chega à superfície.
O vulcanismo, assim como os abalos sísmicos, são processos naturais intensos que
podem provocar rápidas mudanças no relevo terrestre.

A maioria dos vulcões ativos localiza-se em uma região nas bordas da placa do
Pacífico, conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, onde ocorrem muitos abalos
sísmicos.
Agentes externos do relevo
Intemperismo, erosão e sedimentação
O intemperismo é o processo de decomposição e desagregação das rochas e de seus
minerais em decorrência da ação da umidade, da temperatura e dos seres vivos.
A erosão consiste no processo de remoção e
transporte dos fragmentos de rochas
resultantes do intemperismo, os chamados
INTEMPERISMO
sedimentos.
ER
OS
O processo de deposição de sedimentos é
ÃO
chamado de sedimentação. As rochas
SEDIMENTAÇÃO sedimentares se originam da compactação
dos sedimentos que se acumularam em
depósitos sedimentares.
As alterações de temperatura provocam a desagregação das rochas, processo
mecânico conhecido como intemperismo físico.

A água líquida decompõe quimicamente os minerais das rochas, processo


denominado intemperismo químico.

A água também favorece a proliferação de bactérias e fungos, que contribuem para


decompor as rochas. Além disso, as rochas se desagregam pela ação das raízes das
plantas. A esse processo de decomposição e desagregação ocasionado por seres vivos
denomina-se intemperismo biológico.

INTEMPERISMO FÍSICO INTEMPERISMO QUÍMICO INTEMPERISMO BIOLÓGICO


A ação dos agentes externos

Chuvas
Parte da água das chuvas que escorre pela superfície terrestre
causa impacto sobre o solo e as rochas, provocando o deles.
Esse processo, chamado erosão pluvial, ocorre porque o
fluxo de água carrega grande quantidade de sedimentos das
áreas mais altas para as mais baixas.
Mares
O impacto das águas marinhas desgasta as rochas litorâneas lentamente, processo
conhecido como erosão marinha. As partículas desprendidas das rochas misturam-se com a
areia ou são depositadas no fundo do mar.

Rios
A força das águas dos rios erode suas margens e escava seu leito, transportando
sedimentos. Esse processo chama-se erosão fluvial.

Uma parte desses sedimentos é depositada nos leitos dos próprios rios; outra parte é levada
pela força das águas e pode chegar aos oceanos.

Os rios exercem três papéis essenciais na modelagem do relevo, que ocorrem geralmente de
maneira lenta e contínua. São eles: intemperismo, erosão e sedimentação.
Ventos
A ação dos ventos causa a erosão eólica, que pode ser muito intensa,
como nos desertos e nas áreas litorâneas baixas. Os ventos carregam
pequenos grãos de areia que se chocam contra as rochas, acelerando seu
desgaste e alterando suas formas. Os ventos também podem provocar o acúmulo de grandes
montes de areia, chamados de dunas, que podem se deslocar ao longo do tempo.

Geleiras
O gelo também é capaz de remodelar a superfície pela erosão glacial. Quando o gelo acumulado
sobre as montanhas se desprende, provoca forte atrito com as rochas e com o solo. Como consequência,
o relevo é escavado e os sedimentos das partes altas são arrastados
para as áreas mais baixas. A repetição desse processo por milhões
de anos transforma o aspecto das montanhas.
A ação do ser humano
A sociedade é um agente transformador paisagem. Para atender às suas necessidades,
o ser humano modifica o relevo, criando novas formas.

Exemplos de transformação da paisagem são as


escavações, a retificação de rios, os cortes no relevo
para a expansão de vias, a remoção de morros, e as
áreas litorâneas aterradas que constituem um novo
espaço onde ante havia mar.

A ação dos seres humanos contribui ainda para


acelerar a erosão do relevo. Por exemplo, a queima
de vegetação nativa e a derrubada de florestas deixam
o solo desprotegido e mais exposto à erosão causada
pelas chuvas.
Em alguns lugares, as águas das chuvas cavam sulcos tão profundos na superfície, que o
solo torna-se inapropriado para o cultivo ou para a criação de animais. Essas formas
erosivas, que também dificultam a recuperação do solo, são chamadas de ravinas (menos
profundas) e voçorocas (mais profundas).

RAVINA VOÇOROCA

A remoção da mata ciliar potencializa o depósito dos sedImentos no leito e na foz dos
rios, causando o assoreamento. Ou seja, o acúmulo de sedimentos em seu leito. Como
consequência, ocorrem inundações e até a mudança de curso dos rios. O desmatamento
também resulta em grandes extensões de terreno expostas à erosão.
As formas de relevo
Alguns povos fixaram-se em áreas de altas montanhas, com relevo íngreme,
onde a sobrevivência é mais difícil. Como as áreas de cultivo são restritas
nesse tipo de relevo, eles desenvolveram um sistema chamado
terraceamento, que consiste na abertura de terraços (degraus) nas encostas
das montanhas nos quais é possível a prática da agricultura.
As formas de relevo continental
Cadeias montanhosas
São as maiores elevações da superfície terrestre. Essas formas de relevo se originam
do encontro de placas tectônicas, como visto anteriormente.

No choque entre duas placas tectônicas, a placa mais densa mergulha sob a menos
densa. No choque entre uma placa oceânica e uma continental, a placa oceânica mais
densa, sofre subducção; a continental sofre soerguimento, ou seja elevação, e
dobramento.
As depressões
As depressões são áreas mais baixas que o nível do mar ou que as demais formas
de relevo que as circundam. São formadas por falhas tectônicas ou por erosão.

Quando estão em um nível inferior ao do mar, chamam-se depressões absolutas..


Quando estão em nível inferior ao de outras regiões próximas, chamam-se
depressões relativas.
Depressão relativa Depressão absoluta

nível do mar
Planícies Planaltos
As planícies são áreas relativamente Os planaltos, também chamados de platôs,
planas formadas pelo depósito de são terrenos extensos e pouco
sedimentos vindos de terrenos mais acidentados, situados em uma faixa de
elevados. Embora os processos de erosão altitude relativamente alta e mais
atuem sobre a planície, prevalece o processo elevados que as áreas ao redor. Ao
de sedimentação, ou seja, a área recebe mais contrário das planícies, os processos
sedimentos do que perde. erosivos nos planaltos predominam em
comparação aos de sedimentação.

Planaltos

Planícies
O relevo brasileiro
A maior parte do território brasileiro é
formada por terrenos muito antigos,
bastante desgastados pelos agentes
erosivos.

As formas de relevo encontradas no


Brasil são os planaltos, as depressões
e as planícies. Como o país está
distante das bordas das placas
tectônicas, ele não apresenta cadeias
montanhosas. A única forma de relevo
desse tipo na América do Sul é a
cordilheira dos Andes.
As altitudes brasileiras
O território brasileiro é formado, de
modo geral, por terrenos baixos, que
raramente ultrapassam 1200 metros
de altitude.

Observe no mapa. As maiores áreas


com terrenos altos estão localizadas
nas porções Sul, Sudeste e Nordeste do
território. Também aparecem
terrenos mais altos no extremo
noroeste do território.
Relevo oceânico

Continente bacia Continente


oceânica

plataforma
talude
continental

margem
continental dorsal fossa
oceânica submarina
Bom simulado!

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