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Abalos sísmicos
● Terremotos podem ser provocados pela acomodação de camadas, vulcanismo e
principalmente pela movimentação tectônica.
● Acomodação de camadas:
○ Os desmoronamentos internos podem ser provocados pela dissolução das
rochas, pela circulação da água subterrânea ou pela acomodação dos
sedimentos compactados.
○ Áreas de bacias sedimentares, regiões de relevo cárstico ou em regiões de
construção de hidrelétricas, podem ser verificados alguns sismos.
○ No Brasil, ocorre de forma esporádica nos estados de Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte e Ceará.
● Vulcanismo: Libera enorme quantidade de energia por meio de erupções.
● Tectônica de placas:
○ Responsável pelos grandes abalos da crosta terrestre.
○ A gênese está ligada principalmente aos movimentos das placas nos limites
convergentes, divergentes e tangenciais que geram um grande acúmulo de
energia nas bordas tectônicas.
○ As rochas sofrem fraturamento ou deslizamentos.
○ Há emissões de vibrações.
○ A energia acumulada é liberada, ocorrendo os abalos sísmicos.
Intemperismo biológico
● Ocorre devido à ação de seres vivos, porém é preciso ter em mente que as
atividades desses organismos estão atreladas tanto ao intemperismo físico
quanto ao químico.
● Bactérias e algas que adentram fraturas presentes na rocha produzem
ácidos que, ao desgastarem a rocha, estão realizando intemperismo químico.
● Por outro lado, as raízes das árvores são responsáveis por um maior
desgaste das rochas, já que para crescerem demandam maior espaço e, por
isso, forçam as fraturas presentes no estrato rochoso, manifestando o
intemperismo físico.
● A força do crescimento radicular do vegetal contribui para a desagregação
mecânica da rocha.
Erosão
● Tende a rebaixar as formas de relevo através do desgaste dos materiais rochosos.
● É importante ter em mente que esse processo pode ser natural ou intensificado pela
ação humana (antrópica).
● Como exemplos da interferência do homem podem ser citados o desmatamento de
matas ciliares para o plantio de monoculturas, a retirada de cobertura vegetal de
áreas de encostas, a não utilização de curvas de nível e o manejo inadequado do
solo, entre outros.
● No caso do Brasil, as características de nosso clima, como a umidade excessiva, o
vento, as águas marinhas, a temperatura, a flora e, ainda, a ação antrópica.
● O processo erosivo engloba três etapas:
+ O desgaste – Retirada dos materiais de rochas preexistentes.
+ O transporte – Arrastamento dos materiais (sedimentos) arrancados na fase
de desgaste.
+ A acumulação – Deposição dos materiais transportados em áreas de baixas
altitudes.
Erosão hídrica: provocados pela ação da água.
× Erosão fluvial: Ao longo de seu curso, os rios formam vales, destroem rochas e
promovem o transporte de sedimentos.
× Erosão pluvial:
● É provocada pela retirada e pelo transporte de material da parte superficial do solo
pelas águas da chuva.
● É mais intensa quando a água das chuvas encontra o solo desprotegido de
vegetação.
● Subdivide-se em:
● Erosão laminar:
○ Acontece quando a água corre uniformemente pela superfície,
transportando as partículas sem formar canais definidos.
○ Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por
grandes prejuízos na atividade agrícola e por transportar grande
quantidade de sedimentos que vão assorear os rios.
○ Sua ação pode ser identificada pela coloração mais clara do solo,
pela exposição de raízes e pela queda na produtividade agrícola.
● Erosão de ravinamento: É causada pela concentração do escoamento
superficial , processo que marca a degradação do solo iniciada pela erosão
laminar, gerando as ravinas.
● Voçoroca
○ Estágio avançado de degradação dos solos, ocorrem em regiões de
encostas ou em áreas de topografia mais plana.
○ Provocada pelo fluxo intermitente de água formado, normalmente,
durante ou logo após a ocorrência de chuvas, ou, ainda, pela ação da
percolação da água no solo.
○ Podem se tornar bastante profundas e, com isso, atingir o lençol
freático.
Deslizamentos
● Movimentos gravitacionais de massa, mobilizando sedimentos, solos e / ou rochas,
que ocorrem de modo brusco em decorrência de rupturas nesses materiais,
deixando uma cicatriz de geometria plana ou ligeiramente côncava.
● Causam maior impacto pelo caráter brusco da ruptura de parte da encosta.
● Os fatores mais comumente considerados na análise de estabilidade de encostas
são as cargas externas, o seu próprio peso, a pressão da água e a resistência do
solo.
FORMAS DE RELEVO
PLANALTOS: Superfícies mais ou menos planas, delimitadas por escarpas, onde o
processo de erosão é maior que o processo de sedimentação.
❖ P. CRISTALINOS: rochas cristalinas (ígneas e metamórficas),
que são o embasamento de terrenos antigos que foram
desgastados pela erosão - P. de Campos do Jordão, em SP,
e o da Borborema, NORDESTE.
❖ P. SEDIMENTARES: áreas de rochas sedimentares, as quais eram baixas e
foram erguidas por movimentos internos da crosta ou tornaram-se
relativamente elevadas em razão da erosão adjacente - P. do MA-PI, no
Nordeste BRA.
❖ P. BASÁLTICOS: áreas de rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas - P.
Meridional, no Sul do BRA.
● Chapadas: superfície aplainada (tabular) e encostas de declive acentuado ou quase
verticais; de origem sedimentar, com camadas horizontais estratificadas,
apresentando topos aplainados.
● Cuestas: o relevo de cuestas tem a forma assimétrica e ocorre em bacias
sedimentares sob a forma de mesas inclinadas com uma porção frontal (front)
côncava e inclinada e uma porção posterior (reverso) de declive suave.
● Inselbergs: são relevos residuais que surgem em áreas pediplanadas em paisagem
árida ou semiárida; originados de intenso processo erosivo, típico de ambientes
áridos.
RELEVO BRASILEIRO
Apresenta um relevo modesto no que se refere à altimetria (apenas um ponto do nosso
território ultrapassa os 3 mil metros – o Pico da Neblina (AM)).
Esse relevo de altitudes moderadas explica-se por dois fatores: a inexistência de
dobramentos modernos e a intensa ação erosiva ligada ao clima e às temperaturas.
Aroldo de Azevedo
Década de 1940.
Para ele, o relevo do Brasil poderia ser classificado em grandes
unidades denominadas planaltos e planícies.
Tem por base a altimetria do relevo:
Planícies: áreas que alcançam 100 m de altitude;
Planaltos: áreas que superam essa altitude.
Dividiu o território brasileiro em sete unidades morfológicas,
sendo 4 planaltos e 3 planícies.
Aziz Nacib Ab’Saber
Proposta na década de 1960.
Os critérios estão relacionados à geomorfologia e à estrutura geológica,
ou seja, foram levadas em consideração as formas do relevo, tomando
como base a sua estrutura geológica.
Jurandyr Ross.
Proposta em 1995,
Deu uma nova definição para os conceitos de planícies e planaltos e
introduziu uma nova unidade de relevo, as depressões. Essa nova
classificação
Utilizou como critério a associação de informações sobre o processo de erosão e
sedimentação dominante na atualidade, com a base geológica e estrutural do terreno e
ainda com o nível altimétrico do lugar.
PERFIS
Região Norte – Este corte tem cerca de 2 000 km de
comprimento.
Vai das altíssimas serras do norte de Roraima até o
norte do Estado do Mato Grosso.
RELEVO SUBMARINO
A plataforma continental corresponde a uma continuação
do relevo e da estrutura geológica continental abaixo do
nível do mar, onde aparecem as ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica,
tectônica ou biológica.
As profundidades são modestas, em função de uma boa penetração de luz solar.
Há condições propícias para que a vegetação marinha se desenvolva, o que torna essa
área muito importante para atividades ligadas à pesca.
As depressões existentes tornam-se, ao longo do tempo geológico, bacias sedimentares
importantíssimas para a exploração de petróleo em águas oceânicas.
Talude corresponde ao fim do continente, onde se encontram a crosta continental e a
crosta oceânica, formando desníveis de profundidade variável, podendo atingir 3 mil metros.
Fossas Marinhas são depressões abissais que aparecem abaixo do talude, em zonas de
encontro de placas tectônicas.
Região Pelágica corresponde ao relevo submarino propriamente dito, onde são encontradas
depressões, montanhas tectônicas e vulcânicas, planícies, etc. - as ilhas oceânicas.
Mar Territorial e Zona Econômica Exclusiva
Após a descoberta da camada denominada pré-sal, alguns conceitos têm sido utilizados
constantemente na mídia.
Mar Territorial corresponde à região de soberania plena do país; ela se estende por cerca
de doze milhas náuticas a partir da linha da costa, assim como pelo espaço aéreo a ela
sobrejacente.
Zona Econômica Exclusiva (ZEE) corresponde a 200 milhas náuticas a partir da linha da
costa, abrangendo tanto o Mar Territorial como a Zona Contígua, sobre a qual o Brasil tem
garantido, pela Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, o direito à exploração
econômica dos recursos vivos e não vivos do subsolo, do solo e das águas sobrejacentes.
Qualquer país que tenha saída para o mar, é importante ter conhecimento tanto das águas
do Mar Territorial quanto das águas da ZEE, pois assim a nação tem a possibilidade de
aproveitar economicamente a área.