IMPERIALISMO
Alemães desenvolveram teorias pseudocientíficas
Ocorre na 2º metade do séc. XIX, na qual a
Europa vivia transformações de ordem econômica
e cultural.
As principais potências europeias adotaram a
política imperialista, também chamada de
neocolonialismo, para suprirem suas
necessidades comerciais e expandirem suas
zonas de influência sobre o restante do mundo.
IMPERIALISMO → Relação entre potências e
áreas dominadas; imposição/dominação;
dominação econômica direta e política indireta;
dominação militar e política direta; investimento
de transportes, de capital e de empréstimos;
especialização produtiva - DIT (Divisão
Internacional do Trabalho).
NEOCOLONIALISMO → expansão de mercados
para aumentar a reprodução do capital em sua
fase monopolista - os grandes burgueses
procuravam outras regiões que pudesse obter
lucros ainda das maiores.
A mão de obra predominante foi o trabalho
assalariado, pois isso representava formação de
mercados consumidores.
EXPANSÃO DA CIVILIZAÇÃO
A dominação na Ásia e na África se baseou em
pressupostos econômicos, que tinha como uma
das justificativas a missão civilizadora, ideologia
que defendia a superioridade do homem branco
europeu em ralação aos não europeus - povos
inferiores, para eles.
O poeta inglês Rudyard Kipling chegou a chamar
a dominação imperialista de “fardo do homem
branco”, como se o imperialismo fosse uma
obrigação penosa delegada por Deus aos
europeus.
para demonstrar a sua superioridade.
Uma delas, o darwinismo social, alegava que,
assim como existe a seleção natural entre as
espécies – teoria proposta por Darwin –, entre os
humanos existem raças mais ou menos
desenvolvidas em meio a um processo natural →
essa corrente social julgava que o branco, mais
apto naturalmente, seria o responsável por
civilizar os demais povos.
O filósofo inglês Spencer, alegou que os
indivíduos que se adaptassem melhor ao
ambiente seriam superiores; ademais defendia
que as raças superiores tinham o direito natural
de exercer sua dominação sobre os povos
considerados inferiores. Tais valores, além de
demonstrarem o etnocentrismo reinante,
justificaram posteriormente o aparecimento de
teorias racialistas, como é o caso do nazismo.
Altruísmo Europeu.
Diplomacia do Canhão-Força → ocultam as
contradições e simulam uma unidade harmônica.
CONTEXTO EUROPEU
Avanço tecnológico promovido pela 2º Revolução
Industrial favoreceu a crença, na Europa, de que
a felicidade humana estava próxima.
+ O Capitalista Monopolista Financeiro
Sociedades anônimas - bolsa de valores e
preocupado com o lucro.
Mercado de ações.
Concentração de capital - grandes investidores
em diferentes setores.
Redução da competitividade do mercado.
TRUSTE: grupo de investidores que dominam
toda cadeia produtiva em um determinado setor.
CARTEL: três ou quatro empresas que dominam
o mercado e estimulam o preço.
HOLDINGS: grandes empresas que dominam
vários setores da economia.
INVESTIMENTOS: originários do setor financeiro
(banco).
GRANDES BANCOS: exerciam o controle
acionário
do setor produtivo.
PRODUTIVIDADE: taylorismo, fordismo =
padronização da produção.
CONSUMO: sociedade de massas - diferentes
pessoas consome o mesmo produto, opõe-se a
exclusividade.
EXPANSÃO GLOBAL: EUR Continental, JAP e
EUA.
Na Belle Époque as pessoas estavam gozando de
crescimento econômico e avanço tecnológico e
esperançosos quanto o fim do sofrimento, das
desigualdades e das doenças da humanidade →
mediante elementos como a energia elétrica e a
indústria farmacêutica, a população, em geral,
passou a ter uma expectativa de vida maior.
Crescimento da economia europeia → gera
acúmulo de capitais → reinvestidos na indústria
→ aumentando a capacidade produtiva, a
contratação de funcionários e a modernização das
máquinas → por volta da década de 70 do século
XIX → mercado europeu se encontrava saturado
de investimentos → buscar novas áreas para
investir esse excedente de capital → África
e Ásia.
Esses investimentos visavam tão somente ao
lucro das grandes corporações europeias e,dessa
forma, não necessariamente produziram melhoria
das condições de vida dos povos dominados →
promoveram o endividamento e a dependência
econômica.
Abrigar o seu excedente populacional,afinal, o
séc.XIX, marcado pelos avanços na indústria
farmacêutica → excesso de pessoas no
continente europeu não interessava às potências
imperialistas, pois a mecanização das indústrias
acabava gerando uma grande massa de
desempregados e, logo, inúmeros problemas
sociais.
Fomentou a exacerbação dos nacionalismos
europeus → vários países entraram em
divergência durante a divisão dos continentes
africano e asiático, a qual favoreceu a formação
de um clima tenso na geopolítica europeia,
influenciando, inclusive,
a eclosão da 1º Guerra Mundial em 1914.
+As crises capitalistas do séc. XIX
Mão de Obra X Tecnologia
↑ da produtividade → causa: tecnologia.
↓ emprego de mão de obra → causa: tecnologia.
↓ crescimento salarial → causa: crescimento
populacional , mais-valia relativa.
Consequências → DUMPING - diminuição da
concorrência de mercado; PROTECIONISMO;
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - aumento da
emigração; ESGOTAMENTO dos mercados
internos.
FORMAS DE DOMINAÇÃO:
Colônias de enquadramento: minoria europeia
dirigente; por exemplo, na Índia e África do Sul.
Colônias de enraizamento: alocação de
excedente populacional europeu e extermínio das
populações nativas; por exemplo na Austrália.
Protetorado: aliança com as elites locais (questão
cultural forte); por exemplo no Marrocos,
Indochina e Egito.
IMPERIALISMO NA ÁFRICA
Região que mais sofreu com a dominação
imperialista - no início do séc. XX, quase todo o
continente estava dominado.
As únicas regiões que conseguiram manter a sua
independência diante da dominação imperialista
europeia foram a Libéria e a Abissínia, atual
Etiópia.
Libéria → foi comprada pelos EUA para que
estes pudessem utilizá-la para enviar os seus
escravos negros recém-libertos; tal atitude,
autodenominada filantrópica pelo governo
estadunidense, acabou sendo taxada de
preconceituosa por diversos humanistas
mundiais, pois, apesar da liberdade conquistada,
parte dos negros foram arbitrariamente devolvidos
à África, pois não faziam parte do projeto de
construção dos EUA, mas em 1845 conquistou
a sua independência.
Abissínia → os etíopes eram tradicionalmente
conhecidos por serem exímios guerreiros, o que
facilitava a sua resistência diante da presença dos
europeus no continente africano; além disso, a
geografia é caracterizada pela existência de
grandes cadeias montanhosas, dificultava as
ações imperialistas em seu território.
Inicialmente, as ações imperialistas eram
exercidas por investidores particulares e não
diretamente pelos Estados europeus.
Um exemplo disso foi a ação dos franceses que,
em 1857, durante o governo de Napoleão III, já
influenciavam o norte da África em regiões como
a Argélia, a Tunísia, o Senegal e parte do Congo.
Norte → os franceses, em associação com
os ingleses, mantinham dupla administração
sobre o Egito, onde construíram o Canal de Suez,
em 1869 - projetado pelo francês Ferdinand
Lesseps, o canal artificial que liga o Mar Vermelho
ao Mediterrâneo era de extrema importância para
as duas nações.
Sul → os ingleses dominaram a região do Cabo,
a de Transvaal e a de Orange, ricas em ouro e em
pedras preciosas; no entanto eles tiveram de
depor os holandeses que já se faziam presentes
na região.
No final do séc. XIX, iniciou-se a Guerra dos
Bôeres (1899-1902), que terminou com a vitória
dos ingleses, que coordenaram, em 1910, a
criação da União Sul-Africana, composta das
regiões do Cabo, Transvaal, Orange e Natal.
A divisão oficial das zonas coloniais se fez
necessária, principalmente após o rei da Bélgica,
Leopoldo II, comprar a região do Congo, rica em
diamantes, dos nativos - as demais nações
europeias se mobilizaram para garantir
possessões para si.
Em 1885, após várias ações impositivas por parte
dos europeus, ocorreu a Conferência de Berlim,
formalizando a partilha da África.
As potências europeias assinaram um documento
no qual cada nação reconhecia o domínio da
outra sobre as regiões africanas e decidiu-se
ainda que, toda vez que uma potência dominasse
uma nova região, deveria avisar às demais, para
evitar novos conflitos entre elas.
A maior parte do continente foi concedida aos
franceses e aos ingleses - as demais nações,
que, prejudicadas, passaram a pressioná-los
para que estas pudessem abrir mão de parte das
suas possessões.
A Alemanha, chega a patrocinar colonos africanos
para que estes pudessem se revoltar contra suas
metrópoles, desde que estas fossem a França ou
a Inglaterra.
No continente africano, a inserção dos chamados
“brancos” gerava grandes impasses, como a
segregação racial.
Um dos maiores exemplos de situações como
essa foi o regime do Apartheid, na África do Sul,
pois os ingleses que foram viver naquela região,
baseados nas visões etnocêntricas, julgavam-se
mais capazes do que os nativos, taxados
pejorativamente de negros.
O que a princípio parecia ser apenas mais uma
demonstração de racismo acabou se tornando um
dos sistemas mais absurdos de toda a História,
afinal, com o passar do tempo, os próprios
descendentes dos ingleses acabaram assumindo
os principais postos políticos e econômicos da
colônia, o que os permitiu legitimar as ações
racistas.
Durante quase todo o século XX, a África do Sul
abrigou uma sociedade dividida
constitucionalmente entre uma minoria
privilegiada de brancos e uma maioria
desfavorecida de negros.
Vários reinos africanos procuraram resistir,
mesmo que de formas variadas, sendo assim
várias batalhas foram travadas entre africanos e
europeus, que, tecnologicamente superiores, na
maioria das vezes se sagraram vencedores e
ratificaram a sua política imperialista.
Alguns reinos africanos optaram por se aliar aos
metropolitanos em busca de desenvolvimento
tecnológico ou mesmo de armamentos para que
pudessem combater um outro rival africano.
Ainda hoje se registram em solo africano diversos
conflitos étnicos, originados ainda no séc. XIX,
como a guerra civil entre hutus e tutsis em
Ruanda na década de 1990.
Iniciou-se quando a guerrilha de tutsis exilados
invadiu o norte do país, e acabou em julho do ano
de 1994.
O conflito tem raízes no século 15, quando os
tutsis invadiram a região, antes dominada pelos
hutus, instaurando uma monarquia.
Os belgas ocuparam Ruanda em 1918 e
transformam os tutsis (minoria) na elite local.
Em 1959, eclodiu a primeira revolução hutu contra
o domínio tutsi.
Em 1962, o país ficou independente, sob governo
hutu.
Os tutsis fugiram para países vizinhos.
Juvenal Habyarimana tomou o poder dos próprios
hutus em 1973.
Em abril de 1994, ele morreu em atentado contra
seu avião.
Hutus culparam os tutsis e iniciaram campanha de
genocídio contra tutsis e hutus moderados.
Um milhão de pessoas morreram.
Os tutsis tomaram o poder e os hutus fugiram,
temendo represálias.
IMPERIALISMO NA ÁSIA
Índia
O interesse inglês: fornecimento de especiarias
muito valorizadas no mercado europeu e a região
representava um entreposto de ligação comercial
entre a Inglaterra e o Extremo Oriente.
Os ingleses travaram com a França a Guerra dos
Sete Anos (1756-1763), oriunda da disputa entre
as duas nações pela Índia e por regiões na
América do Norte, mas a ING saiu vitoriosa.
Inicialmente, o controle se deu pela Companhia
de Comércio das Índias Orientais, na qual os
administradores da Cia. podiam arrecadar
impostos e exercer funções judiciais na região.
Em 1858, tais prerrogativas foram transferidas
para a Coroa britânica, que passou a adotar uma
intervenção econômica mais efetiva junto aos
indianos.
A sociedade nativa, por exemplo, continuou
dividida pelo sistema de castas, que define, de
forma intransigente, as posições sociais através
da hereditariedade → era defendida pelos hindus,
que acreditavam que os membros de uma casta
inferior teriam a função de aproveitar a sua vida
para evoluir e, ao voltar em outra vida, ser
incorporado em uma casta superior.
No campo econômico, o artesanato indiano não
conseguiu enfrentar a concorrência dos
industrializados têxteis ingleses, chegando a
atingir níveis de produção mínimos → gerou
grandes taxas de desemprego, além de submeter
os nativos à pobreza, ao deslocamento
populacional para as cidades manufatureiras e à
concentração em cidades portuárias.
Parte dos indianos se rebelou e, em 1857,
organizou a Guerra dos Cipaios (1857 - 1858),que
exigia o fim do domínio inglês na região.
Causas: revolta pela obrigatoriedade do
alistamento de jovens indianos no exército
“Companhia Britânica das Índias Orientais”, tal
exército era o representante da Coroa Inglesa na
Índia, ademais as condições eram péssimas e o
recrutamento misturava membros de várias
castas.
Contando com o apoio dos ingleses, dos sikhs
e dos guras – castas indianas –, os governantes
indianos conseguiram conter os revoltosos em
1859, o que possibilitou a retomada do controle
sobre a Índia pela Inglaterra.
Acontecimento: revolta dos cipaios com os
cartuchos que os britânicos começaram a usar,
pois os mesmos eram revestidos por uma película
de origem bovina. Para os indianos, de religião
hindu, a vaca é um animal sagrado. Sendo este o
estopim da revolta.
1876: anexação oficial da Índia ao Império
britânico.
A Rainha Vitória foi coroada Imperatriz da Índia.
A exploração era feita por meio das Cia -
detentora do monopólio da atividade.
Temendo uma nova rebelião em território indiano,
a ING permitiu, a partir de 1885, a existência de
partidos políticos de representação nativa, desde
que estes fossem controlados pela Coroa
britânica.
O mais importante desses partidos foi o Partido
do Congresso Nacional Indiano, que mais tarde
viria a ser um dos responsáveis pela
Independência do país.
China
Já no séc. XIX era o país mais populoso do
mundo, era comandada pela dinastia Manchu,
composta de governantes impopulares que se
mantinham no poder pelo uso da força.
Plano Econômico → isolamento comercial em
relação ao Ocidente, ou seja, havia uma
resistência chinesa em relação ao consumo dos
produtos ocidentais.
A postura da China, entretanto, desagradava as
nações imperialistas, que viam naquele país um
grande mercado consumidor em potencial.
Um dos países que se interessavam pela China
era a Inglaterra, que, além de ser a principal
potência industrial europeia, já produzia ópio no
continente asiático, mais especificamente em
território indiano.
Aproveitando a proximidade entre as regiões, os
comerciantes ingleses contrabandeavam o ópio -
na CHI o consumo era proibido -, recebendo
produtos chineses – como seda, porcelana e
arroz – em troca.
Trouxe enormes problemas sociais para a China,
pois o ópio é uma droga extraída da papoula,
extremamente viciante.
A partir do contrabando inglês, portanto, o
consumo dessa droga se popularizou entre os
chineses e, como cada vez mais pessoas de
todas as classes sociais se tornavam
dependentes do ópio.
Guerra do Ópio (1839 - 1842 e 1857)
O governo chinês se empenhou em impedir o
consumo da droga no país, passando a combater
rigorosamente o contrabando - como a ING.
Um enorme carregamento de ópio
(aproximadamente 20 000 caixas) foi apreendido
e destruído pelo governo da CHI em 1839 - levou
à guerra.
Os ingleses saíram vencedores.
A China, por sua vez, foi obrigada a assinar os
Tratados Desiguais, assim denominados porque
favoreciam somente a ING.
O mais importante deles foi o Tratado de Nanquim
(1842) - a CHI era obrigada a abrir cinco dos
seus portos às potências imperialistas, além de
passar
o controle da ilha de Hong Kong (é uma das
regiões mais desenvolvidas da CHI, só foi
devolvida 155 anos depois (1997)) para a ING.
Nas décadas que se seguiram aos conflitos, os
ingleses ainda tiveram de conter a segunda
(1857) e a terceira Guerra do Ópio (1859-1860) -
ING foi auxiliada pela FRA.
Após estancar a resistência chinesa, ingleses
e franceses promoveram o chamado break-up da
CHI,dividindo o país em áreas de influência entre
as principais nações imperialistas europeias.
Os EUA defenderam, através da Doutrina Hay,
que a CHI, sendo um enorme mercado, deveria
estar aberta a quem quisesse vender seus
produtos lá, adotando uma política de portas
abertas, Open Door - EUA e maiores nações
imperialistas da EUROPA passaram a manter
relações comerciais com a China.
Revolta Taiping (1851-1864), encabeçada pelos
camponeses, que defendiam a distribuição de
terras e almejavam um cristianismo sincretizado
com as tradições populares chinesas.
Guerra dos Boxers (1899 - 1901), quando
lutadores de artes marciais afrontaram o domínio
estrangeiro, atacando missões religiosas e
diplomáticas.
A força dos nativos foi tanta que houve a
necessidade da criação de uma força
multinacional formada por ingleses, franceses,
alemães, russos, japoneses
e estadunidenses para acabar com a revolta.
Derrota chinesa.
Movimento xenofóbico contrário ao Ocidente.
Venceu o exército europeu e Internacional.
1911: fim do império Chinês.
Formação da República do Kuomintang.
Imposição da política da “Porta Aberta”, na qual a
CHI ficava obrigada a fazer amplas concessões
comerciais.
Japão
Até meados do século XIX vivia um regime
comparável ao semifeudal, denominado
Xogunato. Apesar da existência de um imperador,
o Micado, este não governava de fato; era a
nobreza, camada mais privilegiada da sociedade,
quem escolhia um dos seus iguais, muitas vezes
através de guerras, para governar de acordo com
os seus interesses.
1648 - 1854 → O regime do Xogunato se
caracterizava por isolar o JAP do mundo ocidental
(JAP = ilha) - economicamente e politicamente.
Em 1854, a Esquadra Perry (assim chamada
devido ao nome de seu comandante), que havia
sido enviada pelos EUA ao JAP, forçou a abertura
dos seus portos aos produtos estadunidenses.
Fortalecimento do Micado = crise do Xogunato.
Em 1868, após o fim das batalhas, o poder foi
centralizado nas mãos do imperador Mutsuhito,
que passou a adotar um conjunto de medidas
modernizantes que caracterizaram a chamada
Era Meiji (era das luzes) que transformaram o
JAP em uma referência imperialista na Ásia.
Medidas: investimento em educação (passou a
bancar o estudo de alguns jovens no exterior, no
intuito de que estes voltassem para aplicar no
Japão estratégias semelhantes às adotadas pelas
maiores potências da época); modernização dos
meios de transporte, através da aplicação de
recursos para a construção de ferrovias e,
principalmente, para melhorias no transporte
marítimo; ampliação e a modernização do
Exército japonês, que, equipado com armamentos
de origem ocidental, pôde fazer frente a diversos
povos no continente asiático e, assim,
levar adiante o projeto expansionista japonês.
É importante ressaltar, entretanto, que o JAP só
conseguiu promover esse conjunto de mudanças
graças ao auxílio de outras nações imperialistas,
com destaque para os EUA, que pretendiam
barrar o expansionismo russo no Oriente.
Em 1904 - 1905 , a RÚS e o JAP travaram a
Guerra Russo-Japonesa, que terminou com a
derrota dos russos e com a ampliação da crise
que levou à queda do regime czarista.
Guerra Sino-Japonesa (1894-1895) - o JAP
reivindicava a região da Manchúria, rica em
minério de ferro, na CHI, da qual o JAP saiu
novamente vitorioso e a CHI, derrotada, foi
obrigada a entregar a Ilha de Formosa aos
japoneses, além de ser obrigada a aceitar a
Independência da Coreia, região que foi anexada
pelo Japão em 1910.
O crescimento foi tanto que, na década de 1930,
às vésperas da 2° Guerra Mundial, o JAP tinha
forças suficientes para invadir toda a CHI, o que
de fato ocorreu.
IMPERIALISMO NA AMÉRICA
EUA - principal potência a exercer influência no
continente.
Durante a chamada Marcha para o Oeste, os
estadunidenses suprimiram os interesses dos
indígenas e dos mexicanos em nome da formação
de um país forte.
Os estadunidenses elaboraram a doutrina do
Destino Manifesto, um conjunto de ideias que os
julgava um povo escolhido por Deus para levar o
desenvolvimento a toda a América - justificativa
para as ações impositivas.
MARCO INICIAL → Doutrina Monroe (1823),
lançada por James Monroe, presidente dos EUA à
época, em defesa da Independência das
Américas.
Ao adotar o slogan: “A América para os
americanos”, os EUA queriam, na verdade,
afastar a interferência europeia e garantir a
América como área de influência para si.
Baseados em tal doutrina, os estadunidenses de atualmente funcionar como uma prisão
foram os primeiros a reconhecerem a estadunidense, ainda hoje continua em plena
Independência do Brasil e de outros países da atividade.
América Latina, assim que estes se declararam Sua intervenção na América Latina (MÉX) e no
independentes em relação às suas antigas Caribe começou em 1846.
metrópoles, na primeira metade do séc. XIX. Colômbia em 1903.
Theodore Roosevelt, eleito pelo Partido No Panamá apoiou a independência do país e
Republicano como presidente dos EUA 1901, garantiu o direito de construir e controlar o Canal
assumiu a postura imperialista dos EUA da do Panamá, ligando o Oceano Atlântico ao
América. Pacífico.
A nova posição adotada pelo presidente foi bem Revolução Dominicana (1905 - 1907).
resumida na frase em que ele próprio recomenda Nicarágua (ocupação militar: 1911 - 1933)
aos seus compatriotas: “Fale macio, mas tenha Enclave Bananeiro United fruit company (EUA) -
sempre um porrete na mão” - 1° falo manso, mas domínio sobre a produção de bananas.
com um porrete na mão, se não resolver a fala Área de atuação: Honduras, El Salvador e Costa
mansa usaremos o porrete.. Rica (exportadores de banana).
A chamada política do Big Stick (grande porrete, República das bananas: termo criado em 1904
em português), iniciada por Roosevelt, acabou pelo humorista Oliver Henry para se referir a
fazendo parte de um conjunto de medidas dominação dos EUA na região da América Central
denominado Corolário Roosevelt, que serviu de e norte da América do Sul.
base para as várias intervenções que os
estadunidenses realizaram. RÚSSIA
Cuba → um dos últimos países da América Por ter economia basicamente agrária até o séc.
Espanhola a se livrar do domínio colonial. XIX, apenas depois de 1870 que ela começou a
Na última década do séc. XIX aquela ilha ainda sentir a necessidade de mercados consumidores
estava sob o domínio espanhol, tal situação e de matéria-prima, dedicando-se as conquistas
incomodava os EUA - possuíam grandes imperialistas.
investimentos econômicos ligados à produção de Lançou-se para Crimeia (região próxima ao Mar
açúcar, aos cassinos e ao plantio de tabaco em Negro) e a Índia - barrado pelas potência, por
Cuba. exemplo Inglaterra.
Em 1898, quando o navio estadunidense Maine, Voltou-se para o Extremo Oriente (região chinesa
que se encontrava ancorado em Havana, foi da Manchúria - rico em minerais) se depararam
misteriosamente queimado e afundado. com o Japão, forte concorrente.
Alguns autores afirmam que os EUA foram os
responsáveis pelo atentado, já que precisavam
de uma desculpa para afrontar a ESP.
Não hesitaram em responsabilizar os espanhóis
pelo ocorrido, o que levou à eclosão da Guerra
Hispano-Americana (1898).
A ESP foi derrotada
Tratado de Paris (1898), além da Independência
de Cuba, os espanhóis foram obrigados a
reconhecer o domínio dos EUA sobre Filipinas e
Porto Rico, que até hoje sofrem influência do
governo dos EUA.
Em 1902, foi aprovada, pelo Senado dos EUA, a
Emenda Platt, que foi incorporada à Constituição
cubana, dando ao governo dos EUA o direito de
intervir militarmente em Cuba, em caso de
desordem interna; reservava às empresas
estadunidenses a prioridade na exploração dos
recursos naturais cubanos e concedia aos EUA o
direito de construir bases militares no país ---
Guantánamo, uma das bases construídas, apesar