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zisse importantes melhorias materiais, não se mostrava
capaz de reduzir as desigualdades sociais.
A cultura liberal burguesa, fundamentada no indivi- FIGURA 1: A Belle Èpoque
FONTE: READER’S DIGEST. 2000 ans de vie quotidienne en
dualismo e no racionalismo, contrapunha-se à reação
France. Paris: Sélection du Reader's Digest, 1981. p. 245.
de filósofos, sociólogos e pensadores que sugeriam que
a conduta humana era muito complexa e, nem sempre,
governava-se por considerações racionais. Filósofos O imperialismo afro-asiático
passaram a demonstrar a importância da intuição como
meio de compreensão do mundo e defendiam que a
Era muito provável que uma economia mun-
consciência humana não podia ficar sujeita a análises
dial cujo ritmo era determinado por seu núcleo
científicas estritas.
capitalista desenvolvido ou em desenvolvimen-
Resultado da expansão industrial, a economia al-
to se transformasse num mundo onde os avan-
cançou a segunda globalização, um impressionante for-
çados dominariam os atrasados; em suma, num
talecimento das relações entre as nações do mundo.
mundo de Império.
Desenvolveu-se uma autêntica economia internacional
na qual países de todos os continentes participavam da HOBSBAWN, Eric J. Era dos extremos: o breve
século XX (1914–1991). trad. Marcos Santorrita.
troca de bens e serviços. À medida que a economia
São Paulo: Campanha das Letras, 1992.
internacional se intensificou, o comércio mundial tor-
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quais a mais decisiva era o caráter estratégico da região
na política mundial. A proximidade com a Europa, através
do Mediterrâneo, fez com que a Inglaterra e a França
dominassem aquela parte da África e o Oriente Médio.
Outro elemento importante para a dominação dos
povos africanos e asiáticos foi o estado de organização
social e política dos europeus, isso lhes permitiu cons-
truir uma complexa infra-estrutura e fazer comércio o
que facilitou muito a sua dominação.
N CONSTRUA um parágrafo sintetizando os fatores que
facilitaram aos europeus exercer um domínio sobre
os povos da África e do Oriente Médio.
Episódios da dominação
européia na África
História
mal, resgates através de bônus e obrigações que preso ao tronco (2ª foto)
constituíam a dívida pública egípcia. Em 1880, FONTE: Revista História do Século 20. n.12. São Paulo: Abril,
essa dívida era de 90 milhões de libras egípcias 1973. p.319 e 321.
e seus juros consumiam totalmente as rendas Os alemães na África
públicas. O governo do Egito foi obrigado a ne-
gociá-la, perdendo o controle sobe o canal de A Alemanha, desde o Congresso de Berlim, de 1884,
Suez e seu governo transformado em fantoche almejava ter domínios na África. A luta por um Império
pelos ingleses e franceses. colonial mais extenso quase sempre se baseava no ar-
gumento de que o tamanho das colônias já existentes
era desproporcional à força política e econômica da Ale-
manha. Os alemães reivindicavam o direito de ser a
As atrocidades no Congo segunda maior potência colonial. Um banqueiro ale-
mão na época assim exprimia:
Para Leopoldo II, rei da Bélgica, esta não oferecia
grandes oportunidades para os seus sonhos de glória. os últimos cem anos viram a partilha do mun-
Por isso, voltou-se para a África, onde adquiriu uma do. Que pena que não tomamos nada nem nada
colônia: o Congo. A preocupação imediata de Leopol- ganhamos! Hoje sabemos, acrescentava, que a
do II em ganhar dinheiro, sem ter uma administração maioria das colônias nos custam mais do que
efetiva da nova possessão, o fez praticar abusos que nos valem. Mas cedo veremos que todas as par-
ficaram conhecidos como as atrocidades dos seringais tes do mundo são valiosas.
do Congo. Revista História do Século 20. n. 12, p. 333.
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de suas exportações desse país. A Índia fornecia algo-
dão e recebia produtos metalúrgicos. A China era um
grande produtor de chá, algodão, seda e outros produ-
tos primários. A China e o Japão não permitiam o aces-
so direto a seus portos e muito menos aos mercados
internos.
Em 1855, a Grã-Bretanha e França conseguiram acor-
dos para facilitar acesso. As exigências ocidentais aos
governos asiáticos eram de liberdade comercial nos
portos, no comércio interior; direito de estabelecer em-
presas comerciais no interior; autorização para cons-
truir ferrovias; melhores condições para os residentes
estrangeiros que transformou certas cidades asiáticas
em redutos ocidentais, onde as autoridades e as leis do
país não tinham ação.
A Índia, para os ingleses, transformou-se em um pro-
longamento do território nacional, afirmou o historiador
Hector H. Bruit, em seu livro: O Imperialismo. Assim, os
ingleses dominaram o Oceano Índico, a única forma de
estruturar solidamente o vasto império que se estendia
do Egito às margens do rio Ganges.
Os franceses não deixaram por menos, dominaram
FIGURA 5: A África no início do século XX toda a região da Indochina.
Durante um certo tempo, os governos asiáticos se
dispuseram a fazer essas concessões. Por volta de 1880,
os problemas haviam-se acumulado perigosamente. A
China mostrou-se irredutível em permitir a construção
de ferrovias e o acesso de comerciantes ao interior.
N REDIJA um parágrafo e IDENTIFIQUE com relação ao
imperialismo europeu na África e na Ásia, as suas
diferenças básicas.
século XX.
O imperialismo norte-americano
O imperialismo norte-americano fundamentou-se em
duas doutrinas: em relação à Ásia, os norte-americanos
reivindicaram o direito de, como os europeus, terem a
oportunidade de participarem das ações comerciais.
Com relação à América Latina, desde o início do século
XIX, (1823), com a doutrina Monroe, reagiram à política
de reativação do colonialismo defendida pela Espanha,
apoiada pelos participantes do Congresso de Viena.
As primeiras investidas norte-americanas se fizeram
em 1835,com a anexação do Texas, pertencente ao Mé-
xico, continuaram, 1835–1848, com o domínio do Novo
México e da Califórnia.
No início do século XX, o presidente Theodore Roo-
sevelt (1901–1909) deu à doutrina Monroe uma inter-
pretação imperialista: o Corolário Roosevelt que funda-
mentou a ação dos Estados Unidos pela América Lati-
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Em direção ao mar, a ação norte-americana Seguiram-se a essas políticas intervencio-
seguiu Alfred Thayer Mahan (Doutrina Mahan): a nistas a política de portas abertas, de John Hay,
marinha norte-americana deveria estabelecer e a diplomacia do dólar, de William Taft.
pontos estratégicos nos oceanos para dominar
áreas do Caribe e do Pacífico Sul. As conseqüências do imperialismo norte-ameri-
A primeira Conferência Interamericana (1889/ cano foram as seguintes:
90), a do México (1901/1902), a do Rio de Janei- • 1898 – anexação do Havaí, das Filipinas e de
ro (1906), a de Buenos Aires (1910) e outras Porto Rico;
concretizaram os objetivos americanos:
• 1899 – domínio sobre Samoa;
• de aumentar o mercado consumidor e de in-
vestimento de capitais; • 1901 – imposição de protetorado sobre Cuba;
• de construir um canal que fizesse a ligação • 1903 – construção do Canal do Panamá e
entre o Atlântico com o Pacífico para facilitar estabelecimento de controle sobre a zona do
a comunicação entre a costa leste e a costa Canal;
oeste. • 1905 – imposição de semiprotetorado sobre São
A ação norte-americana, cada vez mais, de- Domingos (atual República Dominicana);
terminou a definição de doutrinas de dominação, • 1912 – ocupação da Nicarágua;
como: • 1914 – ocupação do Haiti;
• o Corolário Roosevelt, de 1901, que reforçou • 1916 – compra das Ilhas Virgens à Dinamarca.
os interesses norte-americanos que determi- Teodoro Roosevelt transformou o mar das Anti-
naram, de forma unilateral, o direito de inter- lhas num lago americano: interveio em São Domin-
venção no continente americano; gos; provocou uma revolução no Panamá, a qual
• a Doutrina do Big Stick, quando os norte-ame- lhe permitiu o controle do canal transoceânico; fez a
ricanos se arrogaram o direito de intervir em guerra de Cuba e anexou Porto Rico. No Pacífico
países americanos para solucionar problemas Sul, anexou as ilhas do Havaí, Guam e Filipinas.
econômicos.
História
Nigéria África Egípcio Bri
regiões daquele continente pela diplomacia Port.
Equatorial
Co Togo Abissínia
e pela conquista. Libé
ria s
o Ou ta d Camarões
Somava-se à competição imperialista o ta d ro o Somália
Cos rfim Uganda
M a Muni Italiana
nacionalismo exacerbado que emergia em di- Gabão Congo Quênia
versos países europeus, resultado da própria Belga
Cabinda África Zanzibar (ingl.)
consolidação do Estado liberal e da valoriza- Oriental
ção do Estado-nação.
Angola Ro
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ue
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asc
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África do Sul
dag
França Revanchismo
Ma
Estrada de ferro Berlim-Bagdá: A construção Com a deterioração das relações diplomáticas, reto-
da estrada de ferro Berlim-Bagdá foi um outro mou-se a política de alianças inaugurada à época da
exemplo dos interesses imperialistas em confli- Guerra franco-prussiana por Bismarck, quando este, para
to. Os capitalistas alemães tinham o interesse em se fortalecer contra a França, formou a Aliança dos Três
Imperadores entre Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia.
estabelecer ligação com as importantes áreas co-
A partir de 1882, o cenário político e diplomático con-
merciais do Oriente Médio. A construção da es-
duziu as nações européias a um novo reagrupamento:
trada, porém, dependia da formação de um con- Alemanha, Áustria-Hungria e Itália formaram a Tríplice
sórcio entre alemães, ingleses e franceses. Es- Aliança e, em 1907, França, Inglaterra e Rússia forma-
tes últimos, frente a ameaça que o expansionis- ram a Tríplice Entente.
mo alemão representava, boicotaram o empre- Paralelamente às questões já levantadas, outros fato-
endimento. res internos às nações envolvidas foram determinantes
para agravar o clima conflituoso que imperava na Europa.
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Os antigos impérios multinacionais da
Áustria, da Turquia e da Rússia sofriam a
ameaça de desagregação face aos movi-
mentos nacionalistas dos povos domina-
dos. Para garantir seus domínios, os im- CO
N TI
périos definiram uma política mais agres- LÂ
siva, agravando o quadro geral das rela- AT
O
AN
Noruega
ções políticas, militares e diplomáticas.
CE
ia
éc
A emancipação da maioria dos domí- O
Su
co
nios turco-otomanos na península dos Rússia
álti
Balcãs deu origem à competição entre a
rB
Dinamarca
Áustria e a Rússia pelos territórios recém-
Ma
independentes. Em 1908, a Áustria ane-
xou a Bósnia-Hezergovina contrariando Grã- Alemanha
as pretensões expansionistas russas e Bretanha Holanda
sérvias na região. Com o intuito de impe- Bélgica
dir o expansionismo sérvio e a formação
Áustria-
da Grande Sérvia, em 1912, a Áustria
Suíça Hungria
criou um estado-tampão, a Albânia. França nia Mar
o mê
Em 28 de junho de 1914, ocorreu, em R Negro
Bulgária
Sé
Sarajevo, capital da Bósnia, o assassina- Itá
rv
lia Império
to do herdeiro do trono austríaco, o arqui-
ia
ro
Monteneg
l
Otomano
Portuga
História
Ao lado das grandes manobras político-militares, a
A eclosão do conflito grande indústria européia logo pode expressar a ampli-
tude de sua expansão. A guerra assumia, cada vez mais,
O sistema de alianças que imperava na Europa aca- um caráter científico e industrial.
bou arrastando o restante dos países ao conflito. A co-
meçar pela Rússia, o posicionamento das nações se Produção de munições
deu da seguinte forma: no Reino Unido, 1914–1918
Finlândia
LÂ
em suas tentativas de decidir o conflito a leste e a AT
oeste; N O
EA
• pela Batalha de Verdun de 1916, que é considerada OC
a maior batalha da guerra, marcada pela obstinada
Estônia
resistência francesa frente aos ataques alemães;
Letônia
• pela guerra submarina desenvolvida pelos ale-
Lituânia
mães em 1917, privando as potências neutras do
livre comércio;
Polônia
• pela entrada dos EUA na guerra contra as potênci-
as centrais, em 1917, devido aos ataques dos sub-
Tchecoslováquia
marinos alemães e à obstrução do comércio;
• saída da Rússia da guerra, em 1917, com a assi- Áustria Hungria
Iug
natura do Tratado de Brest-Litovsky, entre os revo- osl
ávi
lucionários russos e a Alemanha. a
CO
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LÂ Mar Mediterrâneo
AT
O FIGURA 11: A Europa após a Primeira Guerra Mundial
E AN
OC
Noruega
co
Su
contra a Alemanha.
álti
Dinamarca
Ma
Bretanha Alemanha
Holanda Além disso, reduziu o território e os domínios coloni-
Bélgica ais alemães e obrigou-os a devolver à França o territó-
Áustria- rio da Alsácia Lorena. A Alemanha teve seu exército re-
Suíça Hungria
nia Mar
duzido a um contingente máximo de 100 mil homens e
França mê foi proibida de possuir armamento estratégico como for-
Ro Negro
Itá Bulgária ças aéreas, canhões pesados e submarinos.
lia
Sé
rv
ia
Império
Portuga
G
ia
ré foram:
Albân
Espanha Otomano
ci
a
• isolacionismo político norte-americano;
Mar Mediterrâneo
• crise econômica e perda de liderança mundial dos
FIGURA 10: A Europa às vésperas da Primeira Guerra Mundial países europeus;
• expansão da economia norte-americana;
Conseqüências da • declínio do liberalismo e ascensão dos regimes
Primeira Guerra Mundial autoritários de direita;
• conquistas sociais e políticas, como legislação tra-
A Primeira Guerra Mundial ocasionou, para os países
balhista e sufrágio universal, decorrentes das apre-
envolvidos, um pesado ônus de perdas humanas e ma-
ensões para com a expansão do socialismo.
teriais. A população ativa e as frotas mercantes dos paí-
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Com o objetivo de manter a paz na Europa, criou-se
a Sociedade da Liga das Nações (SDN), seguindo a
última disposição do plano de paz do presidente norte-
americano para a Europa, denominado 14 pontos de
Woodrow Wilson.
N CONSTRUA um texto significativo sobre a importân-
cia da Primeira Grande Guerra na definição de novos
países europeus.
História
Textos complementares
GUERRA QUÍMICA
As armas tóxico, o fosgênio, capaz de atravessar as improvisa-
A idéia de usar, na guerra, substâncias tóxicas ou das máscaras contra o cloro. A competição gases ver-
microrganismos patogênicos não é nova; o envene- sus máscaras culminou, em julho de 1917, quando
namento da água, por exemplo, é um recurso que re- os alemães empregaram, pela primeira vez, o gás de
monta à Antigüidade. Foi no século XIX, porém, que a mostarda (sulfeto de dicloro dietila), um vesicatório
tecnologia moderna possibilitou armas tóxicas real- que em forma líquida produz grandes bolhas doloro-
mente eficazes, mas cuja “estréia” só se daria na guerra sas e cujo vapor pode produzir, se inalado em dose
de 1914-18. suficiente, a morte. (No último ano da guerra, foi este
gás o responsável por 16 % de todas as baixas britâ-
Histórico. nicas e 33 % das americanas.) No pós-guerra, as gran-
Em 1915, perto de Ypres (Bélgica) forças alemãs des nações preocuparam-se com a proscrição des-
fizeram uso sério, pela primeira vez, e com efeito de- sas armas, do que resultou a assinatura, em 1925, do
vastador , de uma arma química, o cloro. Este foi, pou- Protocolo de Genebra (subscrito na ocasião por 29
co depois, suplantado por outro gás, dez vezes mais países e posteriormente por muitos outros), proibindo
contrar substâncias incapacitadoras, o que che- cendo o imperialismo britânico. O valor inicial
gou a fazer surgir a esperança de uma “guerra
da indenização foi fixado em 24 bilhões de li-
sem morte”, os EUA só conseguiram padronizar,
bras, que foi reduzido gradualmente, redução
até agora, o BZ (de efeito alucinatório). Existe atu-
que não impediu o desastre econômico no país.
almente grande interesse por agentes atormenta-
dores, como o CS, que, em pequenas doses, pode A Itália pode ser considerada como grande der-
dispersar multidões, provocando, durante alguns rotada na I Guerra. Apesar de ter lutado a favor
minutos, a sensação de um resfriado agudo e dos Aliados, de ter contribuído com recursos
muito doloroso. materiais e de ter parte de seu território ocupado
e destruído durante a guerra, não conseguiu ver
As armas bacteriológicas
atendidas suas reivindicações territoriais e rece-
À diferença das armas químicas, as bacterio- beu uma parcela irrisória das indenizações pa-
lógicas nunca tiveram uso bélico em vasta esca- gas pela Alemanha.
la. As pesquisas em curso visam a desenvolver
organismos causadores de doenças como peste,
BURNS, Mcnall Edward. História da Civilização
varíola, sarampo etc.
Ocidental. v.2. Porto Alegre: Globo, 1963. p. 865.
http://www.acordacidadao.hpg.ig.com.br/H&R.htm
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Questões propostas a) um dos objetivos da conquista de outros países
seria a necessidade de converter os indígenas
pagãos e defender a fé cristã.
1. No final do século XIX, deu-se a passagem do capita- b) o Japão se integrou ao imperialismo através da
lismo de livre concorrência para o capitalismo dos era Meiji.
monopólios. Nesse período, situa-se a fase em que, c) a procura de matérias-primas, áreas de investimen-
para as grandes potências industriais, a exportação tos de capitais e ampliação de mercados.
de capitais tornou-se mais importante do que a ex- d) a busca de colônias estava relacionada também
portação de mercadorias. com o excedente populacional das nações coloni-
Esta é uma das explicações para zadoras.
a) a origem do imperialismo. e) o colonialismo do século XIX formulou o mito da
b) o pioneirismo industrial britânico. superioridade racial que enaltecia o branco e a
c) o surgimento dos bancos. exploração imperialista.
d) a eclosão da Guerra Fria.
5. (PUC-SP) O Imperialismo representou, na segunda
e) a formação do mercado comum europeu.
metade do século XIX, “a partilha do mundo” entre as
principais potências capitalistas. Através da política
2. Qual preposição em relação ao quadro cultural da
expansionista destas últimas pretendia-se, segundo
época do imperialismo é INCORRETA?
seus defensores,
a) O liberalismo econômico, teoria surgida no final do
a) sustentar os lucros das grandes empresas aplican-
século XVIII, opunha-se às práticas mercantilistas
do no exterior os capitais excedentes.
que alimentavam o poder do Estado com a con-
b) garantir espaços livres para os excedentes popu-
cessão de monopólios, protecionismo e privilégi-
lacionais e propagar a civilização ocidental entre
os a determinados grupos, defendendo a livre con-
os povos atrasados.
corrência e o câmbio livre.
c) assegurar o fornecimento de matérias-primas para
b) Identificado com o capitalismo que as revoluções
as indústrias daquela potência, além de mão-de-
burguesas e a Revolução Industrial consolidavam,
obra barata.
o liberalismo defendia a divisão do trabalho, tanto
d) abrir novos mercados para os produtos industriali-
no plano interno quanto no internacional.
zados, a fim de evitar o perigo da superprodução.
c) Embora integrantes de um mesmo contexto histó-
e) propagar a religião, difundir a medicina, aumentar
rico, iluminismo e liberalismo econômico divergi-
os lucros dos grandes grupos financeiros.
am em um ponto central: a limitação do poder esta-
tal, tese não-encampada pelos iluministas. 6. (PUC-MG) Os países capitalistas, antigos pela grave
d) O liberalismo político apoiou as investidas da bur- crise econômica do final do século XIX, buscam no
guesia, pois justificava-se a dominação sobre os imperialismo uma alternativa de superação dessa cri-
outros povos, como meio de estender a civilização se. São fatores que impulsionam a política imperialis-
européia. ta, EXCETO
História
3. Caracteriza o capitalismo monopolista, EXCETO a) a necessidade de obtenção de matérias-primas e
de alimentos a preços compensadores.
a) a necessidade de altos investimentos é uma das b) os limites do desenvolvimento tecnológico, provo-
causas do aparecimento da concentração de em- cando baixa produtividade.
presas. c) a busca de mercados consumidores para os pro-
b) surgiram vários tipos de concentração de empre- dutos industrializados.
sas, entre eles, cartéis e holding. d) a obtenção de áreas para a inversão dos capitais
c) o cartel caracteriza-se por ser uma concentração excedentes.
vertical, conservando nas empresas suas autono- e) o crescimento populacional além das possibilida-
mias jurídicas e técnicas. des do mercado de trabalho europeu.
d) a holding é uma associação de várias empresas
sob o controle de uma empresa central. 7. (UNA) Uma das principais conseqüências do Imperi-
alismo europeu dos séculos XIX e XX foi a
4.(UNI-RJ) Na segunda metade do século XIX, o mun-
do assistiu a uma nova e espetacular fase de expan- a) dinamização da estrutura industrial nas colônias.
são dos países capitalistas dirigida principalmente b) migração das populações asiáticas para a Euro-
para a Ásia e África. Sobre essa expansão colonial e pa.
imperialista é correto afirmar que, EXCETO c) ruptura do equilíbrio político europeu, conduzindo
à Primeira Guerra Mundial.
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territoriais, semeando o descontentamento e o incluía-se a criação de uma Liga das Nações para
revanchismo. a preservação da paz mundial;
b) os bolcheviques, liderados por Lênin, tiveram
II- O Tratado de Versalhes impôs propostas humi-
apoio inglês para assumir o governo russo, esta-
lhantes à Alemanha, refletindo o revanchismo fran-
belecendo o primeiro Estado socialista.
cês.
c) os russos brancos estabeleceram uma aliança
III- A Rússia saiu da Primeira Guerra após a Revolu-
com a Alemanha e conduziram a Rússia à Guer-
ção socialista de 1917.
ra Civil.
IV-As propostas de paz impostas à Tríplice Aliança,
d) a Itália, sob a liderança de Mussolini, pôde orga-
ao final da Primeira Guerra Mundial, são conhe-
nizar, financiada pela França, a marcha sobre
cidas como a Paz dos Vencedores.
Roma.
V- Após a Primeira Guerra, emergiram Estados to-
e) se estabeleceu a nazificação alemã, que se fun-
talitários na Alemanha e na Itália.
damentou no armamentismo e na busca do “es-
paço vital”, ou seja, na geopolítica da conquista Assinale a alternativa CORRETA, quanto às afirma-
territorial. tivas acima.
História
recém-criados, por sua vez, que haviam recebido
a) degradação dos ideais liberais e democráticos, a independência com a promessa de plena sobe-
agitações políticas de esquerda – como o movi- rania nacional, acatada em igualdade de condi-
mento espartaquista, crise econômica e desem- ções com as nações ocidentais, olhavam os Tra-
prego. tados das Minorias como óbvia quebra de pro-
b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais, messa e como prova de discriminação”.
militarização do Estado Alemão, recuperação
econômica e incorporação de Gdansk. Hannah Arendt, As origens do totalitarismo.
c) anexação das colônias de Togo e Camarões, a A proposição que representa uma interpretação cor-
afirmação dos ideais liberais e democráticos e a reta do texto é:
valorização do marco alemão.
a) Após a Primeira Guerra, os Tratados de Paz es-
d) prosperidade econômica, rearmamento alemão, tabelecidos solaparam a soberania e estabele-
desmembramento da Alemanha e fortalecimento
ceram condicionamentos aos novos Estados do
dos partidos liberais.
Leste europeu através dos Tratados das Minori-
e) surgimento da República Democrática Alemã e da as, o que criou conflitos entre diferentes povos
República Federal Alemã, fortalecimento do nazis-
reunidos em um mesmo Estado.
mo, militarismo e diminuição do desemprego.
b) O surgimento de novos Estados-nações se fez
17. I - Entre as propostas dos 14 Pontos de Wilson, respeitando as tradições e instituições dos po-
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