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O IMPERIALISMO E A

PRIMEIRA GRANDE GUERRA


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

nou-se progressivamente multilateral, resultado da cres-


O significado do imperialismo está no impac-
cente industrialização na Europa, Estados Unidos e Ja-
to da presença européia no resto do mundo. A
pão. Paralelamente a esse progresso – essa época fi-
Europa impôs ao mundo não só um governo, mas
também novos padrões de comércio, novas téc- cou conhecida como belle èpoque – desenvolveu-se a
nicas, instituições e idéias. divisão internacional do trabalho, um comércio especi-
alizado em escala mundial.
N EXPLIQUE o significado da expressão belle èpoque
Introdução para a Europa do final do século XIX.

O fim do século XIX, curiosamente, remete-nos ao


início do século XX. O que acontecia naquele tempo?
No final do século XIX, um novo quadro político, eco-
nômico e sociocultural se delineava. As transformações
eram rápidas e intensas: na política, via-se, após a der-
rota do Antigo Regime, a consolidação do Estado libe-
ral; na economia, via-se um desenvolvimento inédito,
resultado da expansão industrial e comercial; na socie-
dade, assistia-se a um crescimento populacional e a
mudanças que incidiam sobre a organização social até
então existente; e, finalmente, na cultura, como resulta-
do de tudo isso, assistia-se a um expressivo florescer de
novas idéias e convicções a respeito do homem e da
sociedade.
A cultura do final do século XIX representou, antes
de tudo, a reação aos valores até então dominantes e o
questionamento do liberalismo político e econômico.
Vários fatores foram responsáveis por essa efervescên-
cia cultural, entre eles, o próprio desenvolvimento eco-
nômico que dominava a Europa: este, embora produ-

História
zisse importantes melhorias materiais, não se mostrava
capaz de reduzir as desigualdades sociais.
A cultura liberal burguesa, fundamentada no indivi- FIGURA 1: A Belle Èpoque
FONTE: READER’S DIGEST. 2000 ans de vie quotidienne en
dualismo e no racionalismo, contrapunha-se à reação
France. Paris: Sélection du Reader's Digest, 1981. p. 245.
de filósofos, sociólogos e pensadores que sugeriam que
a conduta humana era muito complexa e, nem sempre,
governava-se por considerações racionais. Filósofos O imperialismo afro-asiático
passaram a demonstrar a importância da intuição como
meio de compreensão do mundo e defendiam que a
Era muito provável que uma economia mun-
consciência humana não podia ficar sujeita a análises
dial cujo ritmo era determinado por seu núcleo
científicas estritas.
capitalista desenvolvido ou em desenvolvimen-
Resultado da expansão industrial, a economia al-
to se transformasse num mundo onde os avan-
cançou a segunda globalização, um impressionante for-
çados dominariam os atrasados; em suma, num
talecimento das relações entre as nações do mundo.
mundo de Império.
Desenvolveu-se uma autêntica economia internacional
na qual países de todos os continentes participavam da HOBSBAWN, Eric J. Era dos extremos: o breve
século XX (1914–1991). trad. Marcos Santorrita.
troca de bens e serviços. À medida que a economia
São Paulo: Campanha das Letras, 1992.
internacional se intensificou, o comércio mundial tor-

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 1


A expansão industrial determinou um considerável N EXPLIQUE a afirmação do historiador Eric Hobsbawn:
aumento da produção industrial e, ao mesmo tempo, (...)Onde os avançados dominariam os atrasados (...)
novas necessidades: a maior disponibilidade de mer-
cados e as novas fontes de matérias-primas tornaram-
se meio estratégico para manter o progresso.
Entre 1880 e 1914, a maior parte do mundo, à exce-
ção da Europa e das Américas, foi formalmente dividida
em territórios sob governo direto ou sob dominação po-
lítica indireta dos seguintes países: Grã-Bretanha, Fran-
ça, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, EUA e Japão. O
domínio desses países se fez dividindo as duas maio-
res regiões do mundo: África e Pacífico. A Ásia e a Amé-
rica Latina permaneceram nominalmente independen-
tes, embora as potências ocidentais tenham constituí-
do, nessas áreas, zonas de influência.
Os fatores que determinaram a ação imperialista fo-
ram:
• a expansão industrial;
• a acumulação capitalista;
• o crescimento populacional;
• a demanda por mais matérias-primas;
• o baixo custo das matérias-primas fora das áreas
industriais;
• a necessidade de ampliação dos mercados de
consumo dos excedentes;
• o crescimento dos centros urbanos e o êxodo ru-
ral;
• o nacionalismo, manifestado pela conquista mili-
tar e política;
• a exportação de capitais, reinvestidos com o obje-
tivo de expandir e fortalecer empresas.

Outros fatores para a efetivação do imperialismo fo-


ram a exportação de capitais para investimentos mais FIGURA 2: A África no início do século XIX
rentáveis, gerenciados por poderosos monopólios de
banqueiros, investidores e industriais, e o argumento A conquista da África
de que a ação do homem branco sobre os outros povos
A penetração européia na África se fez pelo norte,
tinha caráter civilizador.
no começo do século XIX. Em primeiro lugar, com a
Para os Estados, o imperialismo foi considerado um
História

assinatura de tratados comerciais com as sociedades


prolongamento da política nacional no quadro da políti- árabes. Em 1830, os franceses obtiveram um tratado
ca internacional ativa, e foi responsabilidade dos che- com a Tunísia; posteriormente, os ingleses realizaram
fes políticos criar condições para a melhoria do nível de convenções comerciais com os marroquinos e, em se-
vida de seus cidadãos. guida, com os turcos na Ásia Menor.
Assim, o século XIX conheceu a criação de uma eco- O sistema dos tratados de comércio, as garantias
nomia global, que atingia as mais remotas paragens do diplomáticas, etc. permitiram ao capitalismo europeu ex-
mundo, conforme afirma o historiador Hobsbawn. Uma trair desses povos os produtos necessários à indústria,
rede cada vez mais densa de transações econômicas, desequilibrar a economia doméstica, influenciar o siste-
comunicações e mercadorias, dinheiro e pessoas liga- ma político, para logo transformá-los em colônias.
va os países desenvolvidos entre si e ao mundo não Outro instrumento de penetração e domínio foi a
desenvolvido. Essa rede, entre 1875 e 1914, alcançou política de melhorar as comunicações dos países, por
montanhas espetaculares de exportação. As ferrovias, via marítima, fluvial ou terrestre, o que permitia aplicar
que em 1870 somavam 200 mil quilômetros, em 1914, os capitais excedentes da Europa. Essa estratégia de
dominação européia alcança o seu apogeu em 1869,
tinham alcançado mais de 1 milhão de quilômetros.
quando foi inaugurado o canal de Suez. Em 1870, 486
Era muito provável que uma economia mundial cujo navios navegavam pelo canal. Em 1910, eram 4.500
ritmo era determinado por seu núcleo capitalista de- navios, que transportavam mais de 16 milhões de tone-
senvolvido ou em desenvolvimento se transformasse ladas de mercadorias.
num mundo onde os avançados dominariam os atrasa- Nessa época, o mundo muçulmano exerceu grande
dos; em suma, num mundo de Império. atração sobre os europeus, por várias razões, entre as

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quais a mais decisiva era o caráter estratégico da região
na política mundial. A proximidade com a Europa, através
do Mediterrâneo, fez com que a Inglaterra e a França
dominassem aquela parte da África e o Oriente Médio.
Outro elemento importante para a dominação dos
povos africanos e asiáticos foi o estado de organização
social e política dos europeus, isso lhes permitiu cons-
truir uma complexa infra-estrutura e fazer comércio o
que facilitou muito a sua dominação.
N CONSTRUA um parágrafo sintetizando os fatores que
facilitaram aos europeus exercer um domínio sobre
os povos da África e do Oriente Médio.

Episódios da dominação
européia na África

A perda da soberania egípcia

Até 1860, o Egito era considerado na Europa


como um integrante do sistema econômico euro-
peu. Naquela época, havia no país cerca de 100
mil europeus dedicados ao comércio, ao sistema
bancário e à melhoria dos serviços públicos. O
país contava com 1500 km de vias férreas, 8000
km de telégrafos e 13 000 km de canais de irriga-
ção. A Alexandria e o Cairo eram centros de civi-
lização européia.
As inversões de capital europeu adotaram em
sua maior parte a forma de empréstimos ao go-
verno a juros de 12% , que eram o dobro do nor- FIGURA 3: Chefe nativo e seus comandados (1ª foto). Africano

História
mal, resgates através de bônus e obrigações que preso ao tronco (2ª foto)
constituíam a dívida pública egípcia. Em 1880, FONTE: Revista História do Século 20. n.12. São Paulo: Abril,
essa dívida era de 90 milhões de libras egípcias 1973. p.319 e 321.
e seus juros consumiam totalmente as rendas Os alemães na África
públicas. O governo do Egito foi obrigado a ne-
gociá-la, perdendo o controle sobe o canal de A Alemanha, desde o Congresso de Berlim, de 1884,
Suez e seu governo transformado em fantoche almejava ter domínios na África. A luta por um Império
pelos ingleses e franceses. colonial mais extenso quase sempre se baseava no ar-
gumento de que o tamanho das colônias já existentes
era desproporcional à força política e econômica da Ale-
manha. Os alemães reivindicavam o direito de ser a
As atrocidades no Congo segunda maior potência colonial. Um banqueiro ale-
mão na época assim exprimia:
Para Leopoldo II, rei da Bélgica, esta não oferecia
grandes oportunidades para os seus sonhos de glória. os últimos cem anos viram a partilha do mun-
Por isso, voltou-se para a África, onde adquiriu uma do. Que pena que não tomamos nada nem nada
colônia: o Congo. A preocupação imediata de Leopol- ganhamos! Hoje sabemos, acrescentava, que a
do II em ganhar dinheiro, sem ter uma administração maioria das colônias nos custam mais do que
efetiva da nova possessão, o fez praticar abusos que nos valem. Mas cedo veremos que todas as par-
ficaram conhecidos como as atrocidades dos seringais tes do mundo são valiosas.
do Congo. Revista História do Século 20. n. 12, p. 333.

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 3


FIGURA 4: Grupo herero de resistência contra os alemães e seu chefe

Assim, o governo alemão, progressivamente, esten-


deu domínios na parte da África Oriental: eram fazen- A conquista do continente teve início com a
deiros, nos Camarões, comerciantes e lojistas, no Su- ocupação da Argélia pela França, em 1830.
doeste, e, no Togo, eram funcionários públicos. A impor- À Conferência de Berlim (1884/85) coube de-
tância numérica dos alemães, nas diversas regiões: su- terminar as normas a serem seguidas pelos paí-
doeste e parte oriental da África, variava em função das ses interessados no continente e garantir a livre
demandas na construção de estradas de ferro. navegação dos rios Congo e Níger para a pene-
Na África, os alemães para alcançarem os seus pro- tração em direção ao interior da África. O conti-
pósitos, enveredaram por uma estratégia de extermi- nente africano apresentou três grandes áreas de
nação. Um militar, após uma ação de campo, explicou conquista: África do Sul, Norte da África e África
seus métodos ao chefe do Estado-Maior alemão: Intertropical.
África do Sul – A conquista dessa região pe-
Creio que essa nação deve ser destruída en-
los ingleses teve como ponto de partida as colô-
quanto nação.
Revista História do Século 20. n.12. p. 336. nias do Cabo e de Natal. Após a derrota dos bôers
(Guerra dos Bôers – 1899/1902), os ingleses in-
corporaram a República do Transvaal e Orange
Após lutarem contra os Herero, povo do sudoeste
africano, os alemães exterminaram os nama, expropria- e aprofundaram sua presença, conquistando Ni-
ram as suas terras. assilândia, Bechuanalândia e Rodésia.
África do Norte – Região fortemente islamiza-
N RELACIONE os fatos a respeito do modo de domina- da e teoricamente submetida ao império Otoma-
História

ção dos europeus sobre a África com os objetivos de no, na época.


lucro do sistema capitalista.
• A França conquistou a Argélia, a Tunísia e
impôs o protetorado ao Marrocos.
• Os italianos ocuparam a Líbia.
• O Egito se transformou em protetorado in-
glês, devido às dívidas do governo egípcio
decorrentes da construção do canal de Suez
(1869).
África Intertropical – Nessa região, existiam
sociedades com os mais variados tipos de organi-
zação social. Cada potência européia conquis-
tou uma parte da região. Ocorreu o predomínio
inglês em Uganda, Quênia, Zanzibar e Sudão.
Na África Ocidental e Equatorial, a presença
dominante foi a francesa, com destaque para a
Bélgica, no Congo.

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de suas exportações desse país. A Índia fornecia algo-
dão e recebia produtos metalúrgicos. A China era um
grande produtor de chá, algodão, seda e outros produ-
tos primários. A China e o Japão não permitiam o aces-
so direto a seus portos e muito menos aos mercados
internos.
Em 1855, a Grã-Bretanha e França conseguiram acor-
dos para facilitar acesso. As exigências ocidentais aos
governos asiáticos eram de liberdade comercial nos
portos, no comércio interior; direito de estabelecer em-
presas comerciais no interior; autorização para cons-
truir ferrovias; melhores condições para os residentes
estrangeiros que transformou certas cidades asiáticas
em redutos ocidentais, onde as autoridades e as leis do
país não tinham ação.
A Índia, para os ingleses, transformou-se em um pro-
longamento do território nacional, afirmou o historiador
Hector H. Bruit, em seu livro: O Imperialismo. Assim, os
ingleses dominaram o Oceano Índico, a única forma de
estruturar solidamente o vasto império que se estendia
do Egito às margens do rio Ganges.
Os franceses não deixaram por menos, dominaram
FIGURA 5: A África no início do século XX toda a região da Indochina.
Durante um certo tempo, os governos asiáticos se
dispuseram a fazer essas concessões. Por volta de 1880,
os problemas haviam-se acumulado perigosamente. A
China mostrou-se irredutível em permitir a construção
de ferrovias e o acesso de comerciantes ao interior.
N REDIJA um parágrafo e IDENTIFIQUE com relação ao
imperialismo europeu na África e na Ásia, as suas
diferenças básicas.

FIGURA 6: A partilha da Ásia


A Ásia Oriental despertou o interesse europeu
desde a época Moderna, no contexto do expansio-
nismo. Com a expansão industrial, os europeus pro-
História
A Conquista da Ásia curaram a Ásia como mercado consumidor dos seus
produtos industrializados e fornecedor de matéri-
Na segunda metade do século XIX, a Ásia foi foco da
as-primas. No final do século XIX, as relações entre
ação imperialista dos europeus. A Inglaterra, a Rússia a
a Ásia e o Ocidente tiveram como elemento princi-
Holanda e a França já possuíam territórios naquela par-
pal o investimento de capitais.
te do mundo desde o início do século XIX. A Espanha e
Dominação da Índia – A ação da Inglaterra teve
Portugal tinham posses que datavam do século XVI. Por-
início no século XVII, com a Cia. das Índias Orien-
tugueses estavam em Macau (China), nas Ilhas Timor
tais. No início do século XIX, a Companhia controla-
(Indonésia), Goa Damão e Diu ( Índia ). Os Estados Uni-
va toda a região. Com a revolta dos Cipaios (1857–
dos ingressaram na ação imperialista ao final do século
1859), os ingleses transformaram a Índia num pro-
XIX.
tetorado, explorando sua produção de algodão e
A Ásia, por volta de 1860, proporcionava 13,5%do
juta.
total de importações britânicas e recebia 16,4% do total

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 5


na, em nome da ordem, para salvaguardar os interes-
Abertura da China – A entrada dos ocidentais
ses econômicos norte-americanos no Continente, com
na China tem como momento marcante à 1ª Guerra
o claro objetivo de substituir os investidores europeus.
do Ópio (1840/42), quando os ingleses, por meio
Com esse propósito permitiram a intervenção de ingle-
do Tratado de Nanquim, obtiveram vantagens co-
sas, alemães e italianas que cobravam daquele país
merciais e Hong-Kong se transformou em entreposto
sua responsabilidade no pagamento de dívida externa
inglês.
com o apoio dos Estados Unidos. Considerando-se do-
Em 1860, o Tratado de Nanquim estabeleceu o
nos da América Latina.
direito de outros europeus terem suas áreas de in-
Observe a figura.
fluência na China. Os chineses jamais aceitaram o
convívio com os europeus. Esse xenofobismo de-
terminou revoltas, como a Revolução dos Taipings
(1851/64), a Revolta dos Boxers (1900/01).
Em 1894/95, a Guerra Sino-Japonesa determi-
nou uma intervenção coletiva de nações ocidentais
em favor da China, fato que facilitou a abertura des-
se país aos norte-americanos. Foram mantidas as
áreas anteriores de influência européia.
Abertura do Japão – Em 1854, Matthew Perry,
comandando uma esquadra norte-americana, obri-
gou os japoneses a conceder-lhe direitos para co-
merciar em portos do Japão.
O contato com os ocidentais desencadeou um
processo de modernização, conhecido como Revo-
lução Meiji, a qual integrou o Japão ao capitalismo
industrial.

N IDENTIFIQUE os focos de resistência ao domínio Oci-


dental na Ásia e APRESENTE os fatores que geraram
essas resistências.

FIGURA 7: Caricartura brasileira de J. Carlos, alusiva à


passagem de Epitácio Pessoa pelos EUA: “Nos Estados Unidos
S. Exa. receberá a ‘Ordem de Monroe’.”(Careta, 21-6,1919.)
FONTE: BRUIT, H. Héctor. O Imperialismo. São Paulo:
Atual,1994. p. 56.

N INTERPRETE, em um parágrafo, o significado da Dou-


trina Monroe para os latino-americanos no início do
História

século XX.

O imperialismo norte-americano
O imperialismo norte-americano fundamentou-se em
duas doutrinas: em relação à Ásia, os norte-americanos
reivindicaram o direito de, como os europeus, terem a
oportunidade de participarem das ações comerciais.
Com relação à América Latina, desde o início do século
XIX, (1823), com a doutrina Monroe, reagiram à política
de reativação do colonialismo defendida pela Espanha,
apoiada pelos participantes do Congresso de Viena.
As primeiras investidas norte-americanas se fizeram
em 1835,com a anexação do Texas, pertencente ao Mé-
xico, continuaram, 1835–1848, com o domínio do Novo
México e da Califórnia.
No início do século XX, o presidente Theodore Roo-
sevelt (1901–1909) deu à doutrina Monroe uma inter-
pretação imperialista: o Corolário Roosevelt que funda-
mentou a ação dos Estados Unidos pela América Lati-
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Em direção ao mar, a ação norte-americana Seguiram-se a essas políticas intervencio-
seguiu Alfred Thayer Mahan (Doutrina Mahan): a nistas a política de portas abertas, de John Hay,
marinha norte-americana deveria estabelecer e a diplomacia do dólar, de William Taft.
pontos estratégicos nos oceanos para dominar
áreas do Caribe e do Pacífico Sul. As conseqüências do imperialismo norte-ameri-
A primeira Conferência Interamericana (1889/ cano foram as seguintes:
90), a do México (1901/1902), a do Rio de Janei- • 1898 – anexação do Havaí, das Filipinas e de
ro (1906), a de Buenos Aires (1910) e outras Porto Rico;
concretizaram os objetivos americanos:
• 1899 – domínio sobre Samoa;
• de aumentar o mercado consumidor e de in-
vestimento de capitais; • 1901 – imposição de protetorado sobre Cuba;
• de construir um canal que fizesse a ligação • 1903 – construção do Canal do Panamá e
entre o Atlântico com o Pacífico para facilitar estabelecimento de controle sobre a zona do
a comunicação entre a costa leste e a costa Canal;
oeste. • 1905 – imposição de semiprotetorado sobre São
A ação norte-americana, cada vez mais, de- Domingos (atual República Dominicana);
terminou a definição de doutrinas de dominação, • 1912 – ocupação da Nicarágua;
como: • 1914 – ocupação do Haiti;
• o Corolário Roosevelt, de 1901, que reforçou • 1916 – compra das Ilhas Virgens à Dinamarca.
os interesses norte-americanos que determi- Teodoro Roosevelt transformou o mar das Anti-
naram, de forma unilateral, o direito de inter- lhas num lago americano: interveio em São Domin-
venção no continente americano; gos; provocou uma revolução no Panamá, a qual
• a Doutrina do Big Stick, quando os norte-ame- lhe permitiu o controle do canal transoceânico; fez a
ricanos se arrogaram o direito de intervir em guerra de Cuba e anexou Porto Rico. No Pacífico
países americanos para solucionar problemas Sul, anexou as ilhas do Havaí, Guam e Filipinas.
econômicos.

A Primeira Guerra Mundial


Essa expansão econômica fez nascer uma
expressiva competição por mercados, maté-
rias-primas, áreas para investimentos e pon-
Argélia-
tos economicamente estratégicos: a competi- Tunísia
ção imperialista.A ação imperialista européia Rio do Ifni
na África tornou-se, a partir da Conferência Ouro Líbia Egito
Marrocos
de Berlim de 1884-85, uma importante fonte
de tensão internacional, com a Grã-Bretanha, Mauritânia África an lia
Ocidental sa
éia
Fr omá

a França, a Alemanha e a Bélgica do rei Leo- Eritr


ce
Serra Gâmbia Senegal ália
Sudão Anglo- Som nica
S

poldo II, tentando ganhar controle de vastas Leoa Guiné tâ

História
Nigéria África Egípcio Bri
regiões daquele continente pela diplomacia Port.
Equatorial
Co Togo Abissínia
e pela conquista. Libé
ria s
o Ou ta d Camarões
Somava-se à competição imperialista o ta d ro o Somália
Cos rfim Uganda
M a Muni Italiana
nacionalismo exacerbado que emergia em di- Gabão Congo Quênia
versos países europeus, resultado da própria Belga
Cabinda África Zanzibar (ingl.)
consolidação do Estado liberal e da valoriza- Oriental
ção do Estado-nação.
Angola Ro
ar
ue


asc
biq

Tipos de nacionalismo sia


çam

África do Sul
dag

Possessão belga Ocidental


Mo

França Revanchismo
Ma

Possessões alemãs Bechuanalândia


Possessões inglesas
Alemanha e Pan-germanismo Colônia Basutolândia
Possessões italianas
Áustria-Hungria do Cabo
Possessões francesas
Itália Itália-irridenta Possessões espanholas
Possessões portuguesas
Turquia Movimento dos Estados independentes
jovens turcos
Sérvia e Rússia Pan-eslavismo
FIGURA 8: Imperialismo europeu na África

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 7


A expansão industrial Decorrente de questões
econômicas, como: a com-
e o nacionalismo Rivalidade
petição naval entre as
anglo-germânica
Em 1870, quando da Guerra franco-prussiana, a duas potências e o ex-
França perdeu para a recém-unificada Alemanha os ter- pressivo crescimento in-
ritórios da Alsácia Lorena. dustrial alemão, que ame-
A partir daí, a ascensão da Alemanha no continente açava a hegemonia britâ-
alterou o equilíbrio de poder na Europa. O rápido cresci- nica.
mento industrial alemão pode ser evidenciado pelos da- Decorrente do apoio rus-
dos abaixo. so aos movimentos de
Rivalidade russo-turca
emancipação dos esla-
Porcentagem de crescimento (1893–1913) vos da península balcâ-
Reino Estados nica, sob domínio turco. O
Unido Alemanha Unidos apoio dos russos devia-se
à sua pretensão de atingir
População 20 32 46 o Mediterrâneo, área de
mar quente.
Produção de carvão 75 159 210
Decorrente do interesse
de ambas sobre a região
Ferro-gusa 50 287 337 Rivalidade dos Bálcãs e da disposição
Aço bruto 136 522 715 austro-russa russa em proteger os sér-
vios (eslavos) do domínio
Exportações de pro- austríaco.
121 239 563
dutos manufaturados
Decorrente da perda dos
Rivalidade
Receita com 49 141 146 territórios franceses da Al-
franco-alemã
transporte ferroviário sácia Lorena para a Alema-
nha, na época da Guerra
Franco-prussiana, de
A apreensão frente ao expansionismo industrial ale-
1870.
mão somada ao nacionalismo exacerbado que domi-
nava a Europa agravaram as rivalidades entre os paí- Decorrente da anexação
ses europeus. Nesse contexto, dois episódios foram mar- Rivalidade
da Tunísia pelos franceses
cantes para o aumento das rivalidades da França e da ítalo-francesa
em 1881, território de inte-
Inglaterra com a Alemanha. resse italiano.

N CONSTRUA um texto explicitando o quadro político-


As crises marroquinas: as disputas pelo
econômico gerador do sistema de alianças às véspe-
Marrocos acirraram, em 1905–1906, as diferen-
ras da Primeira Grande Guerra.
ças entre a França e a Alemanha. Em 1905, a
Alemanha apresentou sua oposição às preten- _______________________________________________________________________________________________________________________________________________
História

sões francesas sobre o Marrocos. Para solucio-


nar a questão foi convocada, em 1906, a Confe-
rência de Algeciras, que deu à França direito so-
bre os portos do Marrocos. Em 1911, a França
efetivou seu domínio sobre a região.

Estrada de ferro Berlim-Bagdá: A construção Com a deterioração das relações diplomáticas, reto-
da estrada de ferro Berlim-Bagdá foi um outro mou-se a política de alianças inaugurada à época da
exemplo dos interesses imperialistas em confli- Guerra franco-prussiana por Bismarck, quando este, para
to. Os capitalistas alemães tinham o interesse em se fortalecer contra a França, formou a Aliança dos Três
Imperadores entre Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia.
estabelecer ligação com as importantes áreas co-
A partir de 1882, o cenário político e diplomático con-
merciais do Oriente Médio. A construção da es-
duziu as nações européias a um novo reagrupamento:
trada, porém, dependia da formação de um con- Alemanha, Áustria-Hungria e Itália formaram a Tríplice
sórcio entre alemães, ingleses e franceses. Es- Aliança e, em 1907, França, Inglaterra e Rússia forma-
tes últimos, frente a ameaça que o expansionis- ram a Tríplice Entente.
mo alemão representava, boicotaram o empre- Paralelamente às questões já levantadas, outros fato-
endimento. res internos às nações envolvidas foram determinantes
para agravar o clima conflituoso que imperava na Europa.

8 CP00 –23M19
Os antigos impérios multinacionais da
Áustria, da Turquia e da Rússia sofriam a
ameaça de desagregação face aos movi-
mentos nacionalistas dos povos domina-
dos. Para garantir seus domínios, os im- CO
N TI
périos definiram uma política mais agres- LÂ
siva, agravando o quadro geral das rela- AT
O
AN

Noruega
ções políticas, militares e diplomáticas.
CE

ia
éc
A emancipação da maioria dos domí- O

Su

co
nios turco-otomanos na península dos Rússia

álti
Balcãs deu origem à competição entre a

rB
Dinamarca
Áustria e a Rússia pelos territórios recém-

Ma
independentes. Em 1908, a Áustria ane-
xou a Bósnia-Hezergovina contrariando Grã- Alemanha
as pretensões expansionistas russas e Bretanha Holanda
sérvias na região. Com o intuito de impe- Bélgica
dir o expansionismo sérvio e a formação
Áustria-
da Grande Sérvia, em 1912, a Áustria
Suíça Hungria
criou um estado-tampão, a Albânia. França nia Mar
o mê
Em 28 de junho de 1914, ocorreu, em R Negro
Bulgária


Sarajevo, capital da Bósnia, o assassina- Itá

rv
lia Império
to do herdeiro do trono austríaco, o arqui-

ia
ro
Monteneg
l

Otomano
Portuga

duque Francisco Ferdinando. O assassi- Espanha nia Gré


no era Gavrilo Princip, um sérvio ligado à Albâ ci
a
organização nacionalista Mão Negra. Mar Mediterrâneo
O assassinato do arquiduque levou a
Áustria, em 30 de julho de 1914, a decla-
FIGURA 9: A Europa antes da Primeira Guerra Mundial
rar guerra à Sérvia.
A expansão industrial alemã, a competição imperialis-
ta, o nacionalismo exacerbado somado aos incidentes lo-
Outubro A Turquia une-se à Tríplice Ali-
calizados definiram o cenário político e diplomático que
ança, também denominada po-
antecedeu a Primeira Guerra Mundial.
tências centrais.
N EXPLIQUE os fatores políticos, econômicos e milita- Bélgica, Sérvia e Japão aderem
res que levaram à Primeira Grande Guerra. à Tríplice Entente, compondo o
bloco dos aliados.
Março de 1915 A Itália abandona a Tríplice Ali-
ança e entra na guerra, ao lado
dos aliados.
1915 Bulgária entra na guerra contra
os aliados.

História
Ao lado das grandes manobras político-militares, a
A eclosão do conflito grande indústria européia logo pode expressar a ampli-
tude de sua expansão. A guerra assumia, cada vez mais,
O sistema de alianças que imperava na Europa aca- um caráter científico e industrial.
bou arrastando o restante dos países ao conflito. A co-
meçar pela Rússia, o posicionamento das nações se Produção de munições
deu da seguinte forma: no Reino Unido, 1914–1918

30 de julho A Rússia declara-se a favor da 1914 1915 1916 1917 1918


Sérvia contra a Áustria-Hungria.
1º de agosto A Alemanha declara guerra à Canhões 91 3 390 4 314 5 137 8 039
França, sua rival e principal ali-
ada da Rússia. Tanques – – 150 1 100 1 359
4 de agosto A Inglaterra, inicialmente hesi-
tante, adere ao conflito quando Aviões 200 1 900 6 100 14 700 32 000
a Alemanha, para atingir a Fran-
ça, violou a neutralidade belga. Metralhadoras 300 6 100 33 500 79 700 120 900

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 9


Até o ano de 1917, a guerra parecia continuar sem ses europeus sofreram uma drástica diminuição, enquan-
resultados decisivos. Apenas em 1918, com a grande to o endividamento e o desemprego se multiplicaram.
batalha da França, os alemães foram obrigados a acei- Uma redefinição do mapa europeu teve lugar. O im-
tar todas as condições impostas pelo armistício de 11 de pério austríaco desmembrou-se e a Alemanha sofreu
novembro de 1918. uma diminuição de seu território e a perda de suas pos-
A Primeira Guerra Mundial, por suas manobras polí- sessões na África, Ásia e Oceania. A Rússia, ao assinar
ticas, econômicas e militares, caracteriza-se o Tratado de Brest Litovsky com a Alemanha, concordou
• por ser uma guerra de movimento com uma ação com a independência dos territórios da Finlândia, Letô-
ofensiva da Alemanha e invasão da França; nia, Estônia e Lituânia.
• por ser uma guerra de trincheiras, em que os exér- Vários tratados definiram a nova organização políti-
citos imobilizavam-se em trincheiras improvisadas; co-territorial da Europa:
• pelo bloqueio dos portos alemães pelos navios in-
gleses, de modo a dificultar o abastecimento, so-
bretudo de alimentos; CO
• pelas sucessivas derrotas dos aliados, em 1915, N TI

Finlândia

em suas tentativas de decidir o conflito a leste e a AT
oeste; N O
EA
• pela Batalha de Verdun de 1916, que é considerada OC
a maior batalha da guerra, marcada pela obstinada
Estônia
resistência francesa frente aos ataques alemães;
Letônia
• pela guerra submarina desenvolvida pelos ale-
Lituânia
mães em 1917, privando as potências neutras do
livre comércio;
Polônia
• pela entrada dos EUA na guerra contra as potênci-
as centrais, em 1917, devido aos ataques dos sub-
Tchecoslováquia
marinos alemães e à obstrução do comércio;
• saída da Rússia da guerra, em 1917, com a assi- Áustria Hungria
Iug
natura do Tratado de Brest-Litovsky, entre os revo- osl
ávi
lucionários russos e a Alemanha. a

CO
N TI
LÂ Mar Mediterrâneo
AT
O FIGURA 11: A Europa após a Primeira Guerra Mundial
E AN
OC
Noruega

Entre os tratados assinados, é importante ressaltar


ia

as disposições do Tratado de Versalhes, de abril de 1919,


éc

co
Su

contra a Alemanha.
álti

Rússia Esse tratado responsabilizou a Alemanha pela guer-


rB

Dinamarca
Ma

ra e pelos prejuízos por ela causados, obrigando-a a


Grã-
indenizar os países envolvidos no conflito.
História

Bretanha Alemanha
Holanda Além disso, reduziu o território e os domínios coloni-
Bélgica ais alemães e obrigou-os a devolver à França o territó-
Áustria- rio da Alsácia Lorena. A Alemanha teve seu exército re-
Suíça Hungria
nia Mar
duzido a um contingente máximo de 100 mil homens e
França mê foi proibida de possuir armamento estratégico como for-
Ro Negro
Itá Bulgária ças aéreas, canhões pesados e submarinos.
lia

rv

egro Outras conseqüências da Primeira Guerra Mundial


Monten
l

ia

Império
Portuga

G
ia

ré foram:
Albân

Espanha Otomano
ci
a
• isolacionismo político norte-americano;
Mar Mediterrâneo
• crise econômica e perda de liderança mundial dos
FIGURA 10: A Europa às vésperas da Primeira Guerra Mundial países europeus;
• expansão da economia norte-americana;
Conseqüências da • declínio do liberalismo e ascensão dos regimes
Primeira Guerra Mundial autoritários de direita;
• conquistas sociais e políticas, como legislação tra-
A Primeira Guerra Mundial ocasionou, para os países
balhista e sufrágio universal, decorrentes das apre-
envolvidos, um pesado ônus de perdas humanas e ma-
ensões para com a expansão do socialismo.
teriais. A população ativa e as frotas mercantes dos paí-

1 0 CP00 –23M19
Com o objetivo de manter a paz na Europa, criou-se
a Sociedade da Liga das Nações (SDN), seguindo a
última disposição do plano de paz do presidente norte-
americano para a Europa, denominado 14 pontos de
Woodrow Wilson.
N CONSTRUA um texto significativo sobre a importân-
cia da Primeira Grande Guerra na definição de novos
países europeus.

História
Textos complementares

GUERRA QUÍMICA
As armas tóxico, o fosgênio, capaz de atravessar as improvisa-
A idéia de usar, na guerra, substâncias tóxicas ou das máscaras contra o cloro. A competição gases ver-
microrganismos patogênicos não é nova; o envene- sus máscaras culminou, em julho de 1917, quando
namento da água, por exemplo, é um recurso que re- os alemães empregaram, pela primeira vez, o gás de
monta à Antigüidade. Foi no século XIX, porém, que a mostarda (sulfeto de dicloro dietila), um vesicatório
tecnologia moderna possibilitou armas tóxicas real- que em forma líquida produz grandes bolhas doloro-
mente eficazes, mas cuja “estréia” só se daria na guerra sas e cujo vapor pode produzir, se inalado em dose
de 1914-18. suficiente, a morte. (No último ano da guerra, foi este
gás o responsável por 16 % de todas as baixas britâ-
Histórico. nicas e 33 % das americanas.) No pós-guerra, as gran-
Em 1915, perto de Ypres (Bélgica) forças alemãs des nações preocuparam-se com a proscrição des-
fizeram uso sério, pela primeira vez, e com efeito de- sas armas, do que resultou a assinatura, em 1925, do
vastador , de uma arma química, o cloro. Este foi, pou- Protocolo de Genebra (subscrito na ocasião por 29
co depois, suplantado por outro gás, dez vezes mais países e posteriormente por muitos outros), proibindo

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 1 1


a utilização bélica de gases asfixiantes, veneno-
Tratado de Versalhes
sos ou outros. Entretanto, o Protocolo foi rompido
apenas 11 anos depois, quando os italianos em-
pregaram o gás de mostarda contra os etíopes. No Palácio de Versalhes, em Paris, reuniram-
Também os japoneses, no período 1937–43 usa- se os representantes de 32 países, que assina-
ram várias vezes, embora em pequena escala, ram um acordo em 28 de junho de 1919, elabo-
armas químicas contra os chineses. Na 2ª Guerra rado na verdade pelos representantes dos “Três
Mundial, contudo, essas armas não foram usa- Grandes” – o presidente Woodrow Wilson dos
das em escala semelhante à da 1ª Guerra Mundi- EUA, e os primeiros ministros da Inglaterra e
al, circunstância particularmente afortunada, pois França, David Lloyd George e Georges Cleman-
em fins da década de trinta os alemães haviam ceau – e que foi imposto à Alemanha derrotada.
descoberto uma nova classe de arma química –
bem mais eficiente que quaquer outra até então O Tratado, que punha fim oficialmente a I Guer-
conhecida –, baseada em compostos organofos- ra, pretendia devolver a paz à Europa e ao mes-
forados. mo tempo, eliminar o potencial bélico e industri-
As armas químicas al alemão, mas criou uma nova realidade mar-
cada pela postura imperialista dos vencedores e
Três gases – Tabun, Sarin e Soman – incolo-
res e inodoros, mortíferos mesmo em pequena pelo fortalecimento do sentimento nacionalista
quantidade (agem sobre os nervos que controlam e de vingança na Alemanha. A Alemanha foi obri-
os músculos, provocando a morte por asfixia ao gada a entregar todo seu equipamento bélico ( 5
paralisarem os músculos respiratorios) foram cri- mil canhões, 25 mil metralhadoras, 3 mil mortei-
ados pelos alemães entre 1937 e 1943. Suas fór- ros, 1700 aeroplanos, 5 mil locomotivas, 150 mil
mulas e métodos de fabricação foram posterior- vagões, 5 mil caminhões, 6 cruzadores, 10 en-
mente levados para os EUA; uma das fábricas de couraçados, 8 cruzadores e 50 destróieres), a
Tabun foi, contudo, capturada pelos russos e trans- retirar suas tropas da região do Reno, próxima
ferida para a então URSS. No início da década da França, a reduzir o efetivo militar, foi proibida
1950–60 químicos ingleses descobriram substân- de se unir à Áustria e perdeu todos os seus terri-
cias ainda mais tóxicas, cujas propriedades (entre
tórios na África e Ásia. Na Europa, o país foi obri-
as quais menor volatilidade) foram comunicadas
gado a devolver as regiões da Alsácia e Lorena
aos americanos conforme um acordo de troca de
informações sobre assuntos de defesa. Denomi- à França e as regiões de Dantzig (de população
nadas ( em código ) VE e VX, têm sido produzidas predominantemente alemã) à Polônia.
e estocadas nos EUA, onde também houve aper- O governo alemão foi obrigado a pagar pe-
feiçoamento do gás de mostarda, do qual várias sada indenização, não somente aos países que
formas novas se acham agora padronizadas para haviam sido invadidos, mas também aos EUA,
uso militar. Em seu esforço de pesquisa para en- Inglaterra e algumas de suas colônias, fortale-
História

contrar substâncias incapacitadoras, o que che- cendo o imperialismo britânico. O valor inicial
gou a fazer surgir a esperança de uma “guerra
da indenização foi fixado em 24 bilhões de li-
sem morte”, os EUA só conseguiram padronizar,
bras, que foi reduzido gradualmente, redução
até agora, o BZ (de efeito alucinatório). Existe atu-
que não impediu o desastre econômico no país.
almente grande interesse por agentes atormenta-
dores, como o CS, que, em pequenas doses, pode A Itália pode ser considerada como grande der-
dispersar multidões, provocando, durante alguns rotada na I Guerra. Apesar de ter lutado a favor
minutos, a sensação de um resfriado agudo e dos Aliados, de ter contribuído com recursos
muito doloroso. materiais e de ter parte de seu território ocupado
e destruído durante a guerra, não conseguiu ver
As armas bacteriológicas
atendidas suas reivindicações territoriais e rece-
À diferença das armas químicas, as bacterio- beu uma parcela irrisória das indenizações pa-
lógicas nunca tiveram uso bélico em vasta esca- gas pela Alemanha.
la. As pesquisas em curso visam a desenvolver
organismos causadores de doenças como peste,
BURNS, Mcnall Edward. História da Civilização
varíola, sarampo etc.
Ocidental. v.2. Porto Alegre: Globo, 1963. p. 865.
http://www.acordacidadao.hpg.ig.com.br/H&R.htm

1 2 CP00 –23M19
Questões propostas a) um dos objetivos da conquista de outros países
seria a necessidade de converter os indígenas
pagãos e defender a fé cristã.
1. No final do século XIX, deu-se a passagem do capita- b) o Japão se integrou ao imperialismo através da
lismo de livre concorrência para o capitalismo dos era Meiji.
monopólios. Nesse período, situa-se a fase em que, c) a procura de matérias-primas, áreas de investimen-
para as grandes potências industriais, a exportação tos de capitais e ampliação de mercados.
de capitais tornou-se mais importante do que a ex- d) a busca de colônias estava relacionada também
portação de mercadorias. com o excedente populacional das nações coloni-
Esta é uma das explicações para zadoras.
a) a origem do imperialismo. e) o colonialismo do século XIX formulou o mito da
b) o pioneirismo industrial britânico. superioridade racial que enaltecia o branco e a
c) o surgimento dos bancos. exploração imperialista.
d) a eclosão da Guerra Fria.
5. (PUC-SP) O Imperialismo representou, na segunda
e) a formação do mercado comum europeu.
metade do século XIX, “a partilha do mundo” entre as
principais potências capitalistas. Através da política
2. Qual preposição em relação ao quadro cultural da
expansionista destas últimas pretendia-se, segundo
época do imperialismo é INCORRETA?
seus defensores,
a) O liberalismo econômico, teoria surgida no final do
a) sustentar os lucros das grandes empresas aplican-
século XVIII, opunha-se às práticas mercantilistas
do no exterior os capitais excedentes.
que alimentavam o poder do Estado com a con-
b) garantir espaços livres para os excedentes popu-
cessão de monopólios, protecionismo e privilégi-
lacionais e propagar a civilização ocidental entre
os a determinados grupos, defendendo a livre con-
os povos atrasados.
corrência e o câmbio livre.
c) assegurar o fornecimento de matérias-primas para
b) Identificado com o capitalismo que as revoluções
as indústrias daquela potência, além de mão-de-
burguesas e a Revolução Industrial consolidavam,
obra barata.
o liberalismo defendia a divisão do trabalho, tanto
d) abrir novos mercados para os produtos industriali-
no plano interno quanto no internacional.
zados, a fim de evitar o perigo da superprodução.
c) Embora integrantes de um mesmo contexto histó-
e) propagar a religião, difundir a medicina, aumentar
rico, iluminismo e liberalismo econômico divergi-
os lucros dos grandes grupos financeiros.
am em um ponto central: a limitação do poder esta-
tal, tese não-encampada pelos iluministas. 6. (PUC-MG) Os países capitalistas, antigos pela grave
d) O liberalismo político apoiou as investidas da bur- crise econômica do final do século XIX, buscam no
guesia, pois justificava-se a dominação sobre os imperialismo uma alternativa de superação dessa cri-
outros povos, como meio de estender a civilização se. São fatores que impulsionam a política imperialis-
européia. ta, EXCETO

História
3. Caracteriza o capitalismo monopolista, EXCETO a) a necessidade de obtenção de matérias-primas e
de alimentos a preços compensadores.
a) a necessidade de altos investimentos é uma das b) os limites do desenvolvimento tecnológico, provo-
causas do aparecimento da concentração de em- cando baixa produtividade.
presas. c) a busca de mercados consumidores para os pro-
b) surgiram vários tipos de concentração de empre- dutos industrializados.
sas, entre eles, cartéis e holding. d) a obtenção de áreas para a inversão dos capitais
c) o cartel caracteriza-se por ser uma concentração excedentes.
vertical, conservando nas empresas suas autono- e) o crescimento populacional além das possibilida-
mias jurídicas e técnicas. des do mercado de trabalho europeu.
d) a holding é uma associação de várias empresas
sob o controle de uma empresa central. 7. (UNA) Uma das principais conseqüências do Imperi-
alismo europeu dos séculos XIX e XX foi a
4.(UNI-RJ) Na segunda metade do século XIX, o mun-
do assistiu a uma nova e espetacular fase de expan- a) dinamização da estrutura industrial nas colônias.
são dos países capitalistas dirigida principalmente b) migração das populações asiáticas para a Euro-
para a Ásia e África. Sobre essa expansão colonial e pa.
imperialista é correto afirmar que, EXCETO c) ruptura do equilíbrio político europeu, conduzindo
à Primeira Guerra Mundial.

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 1 3


d) organização da economia africana segundo crité- a) o protecionismo, o livre-cambismo e a tendência
rios estatizantes. à concentração do capitalismo.
e) concentração da atividade colonizadora na explo- b) o socialismo reformista, o imperialismo e a cen-
ração de metais preciosos. tralização das empresas.
c) a tendência à concentração do capital e à cen-
8. (PUC-MG) Durante o século XIX, a Europa ocidental
tralização das empresas e o imperialismo.
e os Estados Unidos da América conquistaram exten-
d) o colonialismo, o livre-cambismo e o aparecimen-
sas regiões do mundo, repartindo os continentes en-
to de oligopólios.
tre si e organizando poderosos impérios coloniais
e) o imperialismo, o capital monopolista e o libera-
para garantirem a acumulação capitalista.
lismo econômico na teoria e na prática.
Faziam parte dos objetivos estabelecidos por tais
11. (Vunesp)
potências, EXCETO
a) ampliar os mercados no exterior para viabilizar o I. ... longe (...) das melodiosas valsas vienenses
escoamento dos excedentes produzidos nos seus (...) eram audíveis os lamentos das nacionalida-
centros industriais. des abortadas pela prepotência dos grandes im-
b) dominar territórios ricos em recursos naturais e périos...
matérias-primas, suprindo, assim, a crescente de- II. ... o capitalismo se transformou num sistema de
manda das indústrias em desenvolvimento. opressão colonial e de asfixia financeira da in-
c) estabelecer contatos nos limites da circulação de tensa maioria da população do globo por um
mercadorias com as áreas periféricas, preservan- punhado de países avançados...
do as seculares estruturas produtivas ali existen-
tes. Às afirmações pode-se associar
d) exportar capitais para países onde as condições a) a Comuna de Paris.
gerais eram extremamente favoráveis a sua repro- b) a Primeira Guerra Mundial.
dução, gerando lucros elevadíssimos. c) o conflito Sino-Soviético.
e) obter uma posição privilegiada frente às demais d) o Congresso de Viena.
nações, na política internacional. e) a política da Santa Aliança.
9. (Cesgranrio) Sobre a expansão européia na África, 12. (Fatec) Segundo as teorias desenvolvimentistas, a
na Oceania e na Ásia, no final do século passado, guerra era concebida como
são corretas as afirmações abaixo, EXCETO
a) uma necessidade de ampliar o mercado interno,
a) A necessidade de dominar regiões que pudessem substituindo as importações.
absorver parcelas de capital cujo investimento lu- b) uma política econômica tendendo a desvalorizar
crativo era mais limitado na Europa, onde a econo- a produção agrícola.
mia era cada vez mais dominada pelas empresas c) uma forma de criar condições para a importação
monopolista. de tecnologia estrangeira.
b) O interesse em subjugar regiões em estágio de de- d) um recurso complementar e necessário à impor-
História

senvolvimento inferior, de forma a estabelecer tro- tação de produtos primários.


cas internacionais que atendessem às diferentes e) uma política econômica que necessitava do apoio
necessidades do pólo colonizado e do colonizador. de todas as classes sociais para ser
c) A necessidade de dominar áreas situadas em pon- implementada.
tos estratégicos nas principais rotas marítimas, em
função do acirramento da concorrência entre as 13. (Puccamp) Ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, em
potências européias mais desenvolvidas. 1914, a Alemanha dispunha de um plano militar – o
d) O interesse por estas regiões explicava-se tam- Plano Schlieffen – que tinha como principal objetivo
bém pela necessidade de subjugar áreas que pu- a) o ataque naval à Inglaterra.
dessem absorver emigrantes europeus, oriundos, b) neutralizar os Estados Unidos.
em sua maior parte, das populações rurais. c) a aliança com a Itália e o Japão.
e) A necessidade de dominar áreas que pudessem d) agir ofensivamente contra a França e a Rússia.
fornecer matéria-prima para as indústrias européi- e) a anexação da Áustria.
as e força de trabalho a preços mais baixos do que
14. (UEL) Em 1919, Wilson (Estados Unidos), Lloyd
aqueles pagos aos operários europeus.
George (Inglaterra) e Clemenceau (França) defini-
10. (PUC-RJ) As transformações do sistema capitalista ram a Paz de Versalhes, em que
a partir de 1870/1880, nas sociedades mais indus-
a) a Alemanha foi considerada culpada pela Guer-
trializadas, tiveram como características principais:
ra e submetida a indenizações e retaliações

1 4 CP00 –23M19
territoriais, semeando o descontentamento e o incluía-se a criação de uma Liga das Nações para
revanchismo. a preservação da paz mundial;
b) os bolcheviques, liderados por Lênin, tiveram
II- O Tratado de Versalhes impôs propostas humi-
apoio inglês para assumir o governo russo, esta-
lhantes à Alemanha, refletindo o revanchismo fran-
belecendo o primeiro Estado socialista.
cês.
c) os russos brancos estabeleceram uma aliança
III- A Rússia saiu da Primeira Guerra após a Revolu-
com a Alemanha e conduziram a Rússia à Guer-
ção socialista de 1917.
ra Civil.
IV-As propostas de paz impostas à Tríplice Aliança,
d) a Itália, sob a liderança de Mussolini, pôde orga-
ao final da Primeira Guerra Mundial, são conhe-
nizar, financiada pela França, a marcha sobre
cidas como a Paz dos Vencedores.
Roma.
V- Após a Primeira Guerra, emergiram Estados to-
e) se estabeleceu a nazificação alemã, que se fun-
talitários na Alemanha e na Itália.
damentou no armamentismo e na busca do “es-
paço vital”, ou seja, na geopolítica da conquista Assinale a alternativa CORRETA, quanto às afirma-
territorial. tivas acima.

15. (Mackenzie) A respeito do envolvimento dos EUA na a) Todas estão incorretas.


Primeira Grande Guerra é INCORRETO afirmar que b) Todas estão corretas.

a) foi influenciado pela intenção germânica de atra- c) Somente a I e a II são corretas.


ir o México, prometendo-lhe ajuda na reconquis- d) Somente a II e a III estão corretas.
ta de territórios perdidos para os EUA. e) Somente a III, a IV e a V estão corretas.
b) os EUA financiaram diretamente a indústria béli-
ca franco-inglesa e enviaram um grande contin- 18. (Fuvest) Os Tratados de Paz assinados ao fim da
gente de soldados à frente. Primeira Guerra Mundial “aglutinaram vários po-
c) uma possível derrota da França e Inglaterra co- vos num só Estado, outorgaram a alguns o status
locaria em risco os investimentos norte-america- de ‘povos estatais’ e lhes confiaram o governo,
nos na Europa. supuseram silenciosamente que os outros povos
d) contrariando o Congresso, o presidente dos EUA nacionalmente compactos (como os eslovacos na
rompeu a neutralidade, declarando guerra às for- Tchecoslováquia ou os croatas e eslovenos na Iu-
ças do Eixo. goslávia) chegassem a ser parceiros no governo,
e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em o que naturalmente não aconteceu e, com igual
luta, dando um novo alento a Entente. arbitrariedade, criaram com os povos que sobra-
16. (Mackenzie) Ao término da Primeira Grande Guer- ram um terceiro grupo de nacionalidades chama-
ra, as potências vencedoras responsabilizaram a das minorias, acrescentando assim aos muitos
Alemanha pela guerra e foi-lhe imposto um tratado encargos dos novos Estados o problema de ob-
punitivo, o Tratado de Versalhes, que teve como servar regulamentos especiais, impostos de fora,
conseqüências: para uma parte de sua população. (...) Os Estados

História
recém-criados, por sua vez, que haviam recebido
a) degradação dos ideais liberais e democráticos, a independência com a promessa de plena sobe-
agitações políticas de esquerda – como o movi- rania nacional, acatada em igualdade de condi-
mento espartaquista, crise econômica e desem- ções com as nações ocidentais, olhavam os Tra-
prego. tados das Minorias como óbvia quebra de pro-
b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais, messa e como prova de discriminação”.
militarização do Estado Alemão, recuperação
econômica e incorporação de Gdansk. Hannah Arendt, As origens do totalitarismo.

c) anexação das colônias de Togo e Camarões, a A proposição que representa uma interpretação cor-
afirmação dos ideais liberais e democráticos e a reta do texto é:
valorização do marco alemão.
a) Após a Primeira Guerra, os Tratados de Paz es-
d) prosperidade econômica, rearmamento alemão, tabelecidos solaparam a soberania e estabele-
desmembramento da Alemanha e fortalecimento
ceram condicionamentos aos novos Estados do
dos partidos liberais.
Leste europeu através dos Tratados das Minori-
e) surgimento da República Democrática Alemã e da as, o que criou conflitos entre diferentes povos
República Federal Alemã, fortalecimento do nazis-
reunidos em um mesmo Estado.
mo, militarismo e diminuição do desemprego.
b) O surgimento de novos Estados-nações se fez
17. I - Entre as propostas dos 14 Pontos de Wilson, respeitando as tradições e instituições dos po-

O imperialismo e a Primeira Grande Guerra 1 5


vos antes reunidos nos impérios que desapare-
ceram com a Primeira Guerra Mundial.
c) Os Tratados de Paz e os Tratados das Minorias
Gabarito
restabeleceram, no mundo contemporâneo, o sis- a) 1, 4, 12, 14, 16, 18
tema de dominação característica da Idade Média. b) 6, 11, 17, 19.
c) 2, 3, 5, 7, 8, 10
d) Apesar de os Tratados de Paz estabelecidos de-
d) 9, 13, 15
pois da Primeira Guerra terem tido algumas ca- e) 20
racterísticas arbitrárias em relação aos novos Es-
tados-nações do Leste europeu, o desenvolvi-
mento histórico destas regiões demonstra que
foi possível uma convivência harmoniosa e
gradativamente ocorreu a integração entre as
minorias e as maiorias nacionais.
e) Os Tratados de Paz depois da Primeira Guerra
conseguiram satisfazer os vários povos do Leste
europeu. O que perturbou a convivência harmo-
niosa foi o movimento de refugiados das revolu-
ções comunistas.
19. Foi em 1894 que acabou o século XIX (...) De 1815
a 1914, a Europa (...) desfrutara um século de paz
(...) Nesse século, a burguesia pôde consolidar o
seu poder (...) E o imperialismo colonialista ia bem,
obrigado, na África e Ásia. A guerra de 1914 caiu
como uma bomba neste (paraíso).
A Primeira Grande Guerra descortinou uma série
de conflitos camuflados neste “paraíso” tais como:
a) a luta pelas terras conquistadas na América e a
manutenção do tráfico de escravos.
b) a disputa de mercados mundiais pelas nações
européias imperialistas como a Inglaterra, Ale-
manha e França e a opressão aos movimentos
nacionalistas na África e na Ásia.
c) a difusão do movimento socialista em países
como a Inglaterra e França com o advento da
Revolução Russa.
d) a disputa dos mercados consumidores europeus
pelas nações independentes da África e da Ásia.
História

e) a luta dos americanos e brasileiros pelo controle


dos mercados fornecedores de matérias-primas
japoneses e africanos.
20. A Primeira Guerra Mundial, que enfraqueceu a Eu-
ropa em população e importância econômica:
a) acarretou a criação da Liga Pan Germânica en-
carregada de efetivar o Anschluss.
b) contribuiu para a concretização do Pacto
Germânico-Soviético de não agressão, firmado
entre Guilherme II e Nicolau II.
c) contribuiu para a formação, dentro da Sérvia de
sociedades secretas, tais como a Mão Negra fun-
dada em 1921.
d) contribuiu para a criação de um clima favorável
para a aceitação dos princípios do socialismo utó-
pico.
e) acarretou a difusão das idéias que apontavam
as contradições do liberalismo.

1 6 CP00 –23M19

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