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Do colonialismo ao capitalismo industrial;

do capitalismo industrial europeu ao


neocolonialismo+Partilha da África –
parte 2
Hobsbawm

Sergio Rizo
Uma breve linha do tempo para construção de um
paradigma

1789 2022
Nossa
disciplina

A produção Fim do séc.


A Era das A Era do A Era dos em massa A era dos XX –
Revoluções Capital Impérios das extremos Início do
tradições XXI
Os séculos
XVIII e XIX
Revolução Revolução
Política Industrial

Revolução
Social
Os séculos
XVIII e XIX
Revolução Revolução
Política Industrial

Revolução
Social
 A revolução triunfou através de todo o centro, do continente europeu, mas não na sua
periferia. Isto inclui países demasiadamente remotos ou isolados em sua história para
serem diretamente atingidos de alguma maneira (por exemplo, a Península Ibérica, Suécia e
Grécia), demasiadamente atrasados para possuir a estratificação social politicamente
explosiva da zona revolucionária (por exemplo Rússia e o Império Otomano), mas também
os únicos países já industrializados, cujo jogo político já estava sendo feito de acordo com
regras diferentes como a Inglaterra e a Bélgica. Mesmo assim, a zona revolucionária,
consistindo essencialmente da França e da Confederação Alemã, do Império Austríaco com
seus limites no sudeste europeu e da Itália era suficientemente heterogênea para incluir
regiões tão atrasadas e diferentes como Calábria e Transilvânia, tão desenvolvidas como a
Uhr e a Saxônia, tão alfabetizadas como a Prússia e iletradas como a Sicília, tão remotas
uma para a outra como Kiel e Palermo, Perpignan e Bucareste.
 As classes médias da Europa ficaram assustadas e permaneceram
assustadas com o povo: "democracia" ainda era vista como sendo o
prelúdio rápido e certeiro para o "socialismo". Os homens que
oficialmente presidiam os interesses da vitoriosa ordem burguesa no
seu momento de triunfo eram nobres do campo prussianos,
profundamente reacionários, uma imitação de imperador na França e
uma sucessão de proprietários aristocráticos na Inglaterra. O medo da
revolução era real, a insegurança básica estava entranhada. Bem para o
fim de nosso período, o único exemplo de revolução num país avançado,
uma insurreição em Paris quase que localizada e de vida curta, produziu
um grande banho de sangue incomparavelmente superior a 1848 e uma
enxurrada de nervosas trocas de informações diplomáticas. Já nesse
tempo, os dirigentes dos estados avançados da Europa, com maior ou
menor relutância, começaram a reconhecer não apenas que
"democracia", isto é, uma constituição parlamentar baseada em sufrágio
universal, era inevitável, como também viria a ser provavelmente um
aborrecimento inofensivo politicamente. Esta descoberta já havia sido
feita de há muito pelos dirigentes dos Estados Unidos.
https://www.youtube.com/watch?v=mcn7CmDMx9A
 O centro de gravidade destes movimentos revolucionários sociais, e
depois dos regimes socialistas e comunistas do século XX, iria ter seu
lugar em regiões marginais e atrasadas, enquanto que no período que
este livro lida, movimentos deste tipo iriam permanecer episódicos,
arcaicos e "subdesenvolvidos". A súbita, vasta e aparentemente
inesgotável expansão da economia capitalista mundial forneceu
alternativas políticas aos países "avançados". A revolução industrial
(inglesa) havia engolido a revolução política (francesa).
NÃO É UMA COISA
SUBSTITUINDO A OUTRA

COEXISTEM COM SUAS


CONTRADIÇÕES E
ANTAGONISMOS
O poderio
comercial dos
Impérios

Grã-Bretanha em
1860 detinha 53%
da produção
mundial de ferro e
aço e 49% da têxtil.
O poderio comercial da Grã-Bretanha
O poderio
comercial dos
Impérios
- Busca incessante de
fontes de recursos
naturais;
- Conversão das colônias
em mercados
consumidores;
- Domínio de rotas para
transporte de recursos;
Revolução
Industrial

Séc. XIX
Revolução Revolução
Social Política
Classe média
 A razão para esta expansão rápida, imensa e de fato essencial estava na paixão
aparentemente irracional com que os homens de negócios e os investidores atiraram-se à
construção de ferrovias.
 Nas primeiras duas décadas das ferrovias (1830-50), a produção de ferro na Grã-Bretanha
subiu de 680 mil para 2.250.000 toneladas, em outras palavras, triplicou. A produção de carvão,
entre 1830 e 1850, também triplicou de 15 milhões de toneladas para 49 milhões.
 O fato fundamental na Grã-Bretanha nas primeiras duas gerações da revolução industrial foi
que as classes ricas acumulavam renda tão rapidamente e em tão grandes quantidades que
excediam todas as possibilidades disponíveis de gasto e investimento.
 o grosso das classes médias, que constituíam o principal público investidor, ainda era dos que
economizavam e não dos que gastavam, embora haja muitos sinais de que por volta de 1840
eles se sentissem suficientemente ricos tanto para gastar como para investir. Suas esposas se
transformaram em "madames" instruídas pelos manuais de etiquetas que se multiplicavam
neste período, suas capelas começaram a ser reconstruídas em estilos grandiosos e caros, e
começaram mesmo a celebrar sua glória coletiva construindo monstruosidades cívicas como
esses horrendos Town halls (edifícios públicos com essa estética gótico e renascentista)
O triunfo global do capitalismo é o tema mais importante da história nas
décadas que sucederam 1848. Foi o triunfo de uma sociedade que
O Capital acreditou que o crescimento econômico repousava na competição da
livre iniciativa privada, no sucesso de comprar tudo no mercado mais
barato (inclusive trabalho) e vender no mais caro. Uma economia assim
baseada, e portanto repousando naturalmente nas sólidas fundações de
uma burguesia composta daqueles cuja energia, mérito e inteligência
elevou-os a tal posição, deveria – assim se acreditava – não somente
criar um mundo de plena distribuição material, mas também de
crescente felicidade, oportunidade humana e razão, de avanço das
ciências e das artes, numa palavra, um mundo de contínuo e acelerado
progresso material e moral. Os poucos obstáculos ainda remanescentes
no caminho do livre desenvolvimento da economia privada seriam
levados de roldão. As instituições do mundo, ou mais precisamente
daquelas partes do mundo ainda não desembaraçadas da tirania das
tradições e superstições, ou do fato infeliz de não possuírem peie branca
(preferivelmente originária da Europa Central ou do Norte),
gradualmente se aproximariam do modelo internacional de uma "nação-
estado" definida territorialmente, com uma constituição garantindo a
propriedade e os direitos civis, assembleias representativas e governos
eleitos responsáveis por elas e, onde possível, uma participação do povo
comum na política dentro de limites tais que garantissem a ordem social
burguesa e evitassem o risco de ser derrubada.
INTENSIFICAÇÃO DO CAPITALISMO INDUSTRIAL
- Busca incessante de
fontes de recursos
naturais;
- Conversão das colônias
em mercados
consumidores;
- Domínio de rotas para
transporte de recursos;
INTENSIFICAÇÃO DO CAPITALISMO INDUSTRIAL
- Novos consensos para
exploração;
- Novo papel do poder
estatal em relação à
burguesia industrial.
- Aceleração do ritmo de
produção industrial na
Europa, EUA e Japão
Capitalismo 1870/80: Fase monopolista

Final do séc. XIX, início do XX:


-122 trustes* de origem americana;
-60 ingleses e
-167 divididos entre franceses,
alemães e suíços

*Agrupamento de empresas para dominar o mercado e diminuir a concorrência.


Dicionário Priberam
Belle epóque

https://www.youtube.com/watch?v=yC_EVr468TI
HOBSBAWM,
E. A Era do Capital
HOBSBAWM,
E. A Era do Capital
HOBSBAWM,
E. A Era do Capital
1873 – Crise do Capital

No início da década de 1870, a expansão econômica e o


liberalismo pareciam irresistíveis. No fim da mesma década, já
não o eram mais.
"uma curiosa perturbação e depressão sem precedentes do
comércio e indústria" que os contemporâneos chamaram "A
Grande Depressão" e que usualmente é datada 1873-96.
Superprodução + Ausência de mercado consumidor
(sociedade paupérrima)
Dezenas de reinos, ducados,
Principados,
Protetorados...

IMPÉRIO ALEMÃO

ESTADOS DO SUL
ENTRANDO NA
CONFEDERAÇÃO
GERMÂMICA
Relações de apoio e disputa da Prússia e Áustria são comuns no séc. XIX

Proposta de formação de país surge no decorrer do séc. XIX em 2 possibilidades:

2)Território da Confederação Germânica +


1)Território da Confederação Germânica +
Sem a Áustria+ algumas minorias
Áustria + minorias limítrofes (Poloneses,
limítrofes – Reino da Prússia seria a sede
Tchecos...) – Viena seria a sede política
do Poder

- Áustria já era Império consolidado no início


do séc. XIX

- Império Austro-Húngaro: 1867


Império Alemão e rivalidade com França

- União da Prússia = Oportunidade/necessidade Bismarck (1ºMin. Prússia – 1862)


- Partilha da África = Trabalho de diplomacia
- Guerra Franco-Prussiana 1870-71 = Expansão do território (Cerco de Paris – 4
meses – Comuna de Paris)
- Após G.F-P: Fundação do Império Alemão (Guilherme 1º)
- Alsácia-Lorena passa para Império Alemão
Conferência de Berlim
 1884 – 1885
 Unificação da Alemanha - Bismarck
 Livre comércio – Rio Niger/Rio Congo
 Interiorização :
• Expedições científicas: mapear o terreno, medir o potencial geográfico e botânico, e
detalhar as muitas etnias que habitavam o continente.
• Expedições comerciais: conhecer a matéria-prima local e avaliar as possibilidades de
exploração.
• Expedições religiosas: acabar com o politeísmo, com a antropofagia e instaurar o
cristianismo.
EM 20 ANOS 90% DA ÁFRICA
6000/10000 TERRITÓRIOS FORAM AGRUPADOS EM NOVO
HAVIA SIDO DOMINADA PELOS
DESENHO TERRITORIAL. LENCÓIS FREÁTICOS DIVIDIDOS;
EUROPEUS
DESEQUILÍBRIO NA QTD DE TRIBOS RIVAIS EM MESMO
ESPAÇO; ACULTURAÇÃO
21’21”
https://www.youtube.com/watch?v=4ZWlqSCPv48
ESPAÇO VITAL:
ESCOLA GEOGRÁFICA ALEMÃ
FRIEDRICH RATZEL
• AS CONDIÇÕES NATURAIS DETERMINAM
A HUMANIDADE
• O ESPAÇO GEOGRÁFICO DETERMINA O
SER HUMANO
• INFLUÊNCIA DA TEORIA DA EVOLUÇÃO
DA ESPÉCIE
• O HOMEM PRECISA DE UMA QUANTIDADE
Friedrich Ratzel
DE TERRA
1844-1904
POSSIBILISMO:
GÊNERO DE VIDA
VIDAL DE LA BLACHE
• O HOMEM SE ADEQUA ÀS CONDIÇÕES
NATURAIS
• O HOMEM ALTERA O ESPAÇO
GEOGRÁFICO PARA SOBREVIVER
• INFLUÊNCIA DAS IDEIAS POLÍTICAS
Vidal de La Blache
FRANCESAS – REV. FR.
1845-1918 • AS CONDIÇÕES NATURAIS GERAM
POSSIBILIDADES

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