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SUMÁRIO: Introdução
Caracterizada:
Fase de Ocupação – Inicia no fim do século XIX e termina no principio do século XX.
Caracterizada pela:
Durante este período o continente atraia cada vez mais o mundo, não pelo sofrimento do povo, mas pelo seu
potencial económico e humano.
LIÇÃO Nº3e4
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Frutos destes comércio vários sábios árabes e muçulmanos: matemáticos, geógrafos, historiadores, artistas
plásticos e agricultores, visitavam o continente africano onde deixaram umas civilizações brilhantes e
soberanos africanos: Sundiata Keita do Mali, Mansa Mussa, Askia Mohamed do Songhai.
A chegada dos europeus às costas ocidentais de África a partir do século XV, veio alterar a situação sócio-
politico e económico dos povos africanos, sobretudo com a introdução de armas de fogo, barcos de longo
percurso, o sistema capitalista e a utilização de mapas.
Por isso, a afirmação de existência uma África sem história, cultura e contacto com o mundo exterior é uma
afirmação utilizada com objectivo de demonstrar a superioridade europeia sobre o resto do mundo na altura de
ocupação ilegal de terras doutrem e a exploração dessas populações.
Situação das Sociedades que Habitaram o Território no Século XIX antes da Ocupação Efectiva
No principio, a África Austral era um território habitado pelos bosquimanes e Pigmoides, todos vivendo em
regime de comunismo primitivo.
A expansão demográfica, a falta de terras para a agricultura, a procura de melhores fauna e flora para a caça, o
domínio da metalurgia, levou-os a emigrarem para outras regiões.
No século XIII, verifica-se as migrações dos povos bantus que vindos do centro de África se fixam no actual
território angolano. Já encontraram habitantes nestas regiões com uma organização estruturada a seu modo.
Tendo apoderando-se das suas terras, fixam-se nelas e formam grupos com estruturas politicas a partir do
século XIII.
Em 1482/83, o navegador português Diogo Cão chega a foz do rio Zaire e baptiza rio com o nome de São
Jorge.
Ao chegar ao Soyo, estabeleceu contactos com o Mani Soyo e a população, tendo apercebido da existência de
um rei Nzinga -Nkuvu na cidade de Mbanza Kongo. Mandou emissários ao rei com presentes e ele prosseguiu
a sua viagem para o sul até ao Cabo de Santa Maria.
Ao regressar a foz do rio Zaire, antes da sua delegação, apoderou-se de quatros indígenas e levou-os à
Portugal e estes foram instruídos e baptizados na religião católica em 1484.
Na segunda viagem 1485 Diogo Cão regressou a região com os quatro jovens, tendo sido recebido com
entusiasmo por cumprir com a promessa.
Mandou para Mbanza um dos quatros nativos com presentes e pediu a troca de prisioneiros que se fez sem
dificuldades. Em 1489,o rei do Kongo mandou a primeira embaixada ao rei de Portugal, chefiada por
“Kasuta” , o qual fazia parte dos jovens Kongueses que iam a Portugal para serem instruídos e baptizados,
constituindo o segundo grupo cristão em Angola.
Como presente, o rei do Kongo mandou a D. João II alguns dentes de elefante e vestidos feitos de folha de
palmeira, em troca que lhe enviasse missionários, mestres pedreiros e carpinteiros para construírem igrejas e
“educarem o povo”.
Em 1507, o rei Nzinga Mbenza quando subiu ao trono, constituiu relações mais intensas, procurando através
de embaixadores e correspondência enviadas ao rei de Portugal estabelecer relações diplomáticas que
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assegurassem sem obtenção de vantagens para ambos estados. Mais obter auxílio técnico e económico para
desenvolver o seu reino.
(2) Kasuta um dos primeiros angolanos baptizado e instruído pela igreja católica em Portugal e apadrinhado
pelo rei D. João II;
“ Causas”
A Renitência africana;
A Revolução industrial;
A Influencia das forças progressistas do mundo capitalista;
A Necessidade económica da Inglaterra
Conclusão: Oficialmente a abolição do tráfico de escravos no mundo aconteceu em 1830.
(3) Escravo:
TEMA: I – A OCUPAÇÃO COLONIAL DE ÁFRICA
SUBTEMA: Factores da Ocupação Europeia
A Abolição do tráfico de escravos em Angola
“ Causas”
A abolição da escravatura foi aprovada pelo parlamento inglês em 1807 e tornou-se lei em1808 de seguida a
outras regiões como Dinamarca, Cuba e Brasil.
Os europeus fizeram tratados com chefes africanos para renunciarem o tráfico e substitui-lo pela concessão de
terras para a sua instalação, com o objectivo de cultivarem nelas produtos que posteriormente
comercializariam com a Europa.
Este processo foi lento porque os chefes africanos não se predispunham a conceder as suas terras e os
europeus não se adaptavam facilmente às condições físicas, económicas e climáticas de África.
Em Angola 1854 Marquês de Sá da Bandeira fez sair um decreto que abolia a escravatura apenas para os
escravos do governo;
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1856 Fez-se a abolição em Ambriz e nas terras ao norte do rio Lufume, tendo ainda decidido no dia 24 de
Julho a libertação dos filhos de pais escravos, mas os seus donos podiam força-los a trabalhar por mais 20
anos;
A 25 de Fevereiro de 1869, foi promulgado um decreto que abolia imediatamente a escravatura em todas as
posições portuguesa, mas que os libertos pudessem deixar de trabalhar para seus donos até 1878.
Conclusão: oficialmente a abolição do tráfico de escravos em Angola aconteceu em 1836.
(3) 1869 Ano da formação da antiga província ultramar de Angola;
Promulgar: Divulgar;
Escravatura: comércio de escravos ou exploração de recursos humanos associado aos recursos humanos e
naturais
Ultramar: Terras situada além do mar territorial;
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Conclusão: Com as viagens de explorações no interior de África, a Europa voltou definitivamente o
seu olhar para o continente que estava a tomar novos rumos, sob a influência europeia. As explorações
foram por isso o prelúdio da penetração da conquista militar e da exploração capitalista de África.
Em 1884, Portugal e a Inglaterra assinaram um tratado sobre o congo ao qual o bloco franco belga, a quem
mais tarde se junto a Alemanha, o logo reagiu.
Para o norte paralelo 8* (território do Ambriz, soyo e Cabinda) reconhecia os direitos de Portugal, mas não
permitia se promovesse a ocupação efetiva desses territórios, em virtudes das reservas e diferenças
diplomáticas.
Na costa norte e nas duas margens do zaire havia algumas feitorias portuguesas e numerosas estrangeiras.
Estes factos deram origem a várias contestações. Diziam-se os portugueses com direitos históricos sobre as
duas margens do rio zaire, mas tais direitos foram contestados pela Bélgica, Inglaterra e França. Foi este facto
que provocou a conferência de Berlim.
Nela foi reconhecida o estado livre do congo, também foram afirmadas as regras para a supressão da
escravatura e criou-se o conceito ´´ ocupação efetiva´´ que exigia dos colonizadores a ´´existência de uma
autoridade suficiente para fazer respeitar os direitos´´.
Os angolanos submetidos ao trabalho forçado prestavam serviços na construção de pontes, estradas, linhas
férreas e quartéis, nas roças de café e de cacau em São Tomé, nas indústrias pesqueiras da Baia dos Tigres, na
cultura de Sisal e de algodão e em troca recebiam como recompensa um salário miserável e maus tratos.
Havia também o trabalho voluntario, onde estes eram obrigados a assalariar-se para a sua sobrevivência,
recebendo salários mais baixo estipulado pelo patrão.
Neste período os portugueses utilizavam formas de coerção e discriminação como monocultura, colónia penal,
assimilado, racismo.
() Trabalho forçado: os negros eram obrigados a trabalhar para os brancos e todo tipo de tarefa de baixo nível;
Monocultura: os camponeses africanos eram obrigados a fazer culturas para exportação a preços fixados por
companhias compradoras estrangeiros como Cottonang e pagar impostos;
Colónia Penal: lugares para enviar presos degredados como Pungo-Andongo / Malage;
Opressão Cultural: Englobava todos os aspectos da dominação dos povos colonizados como a cultura, vida
espiritual e matéria, organização social e política;
Assimilado: Era considerado o homem negro que rejeitava a sua língua, nome, cultura e a religião;
Racismo: Afirmação de que havia raças superiores em relação a outra e que as inferiores deviam ser
dominadas pelas superior;
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A produção de vários artigos era garantida pelos reinos independentes, os quais comercializavam com
os reinos vizinhos e as colónias.
Nessas regiões continuava a resistência no quadro da organização dos povos e adita “ocupação efectiva”
estava limitada a “missões religiosa”, “Estabelecimentos comerciais” e aos “postos militares” , sempre em
risco, com medo de serem expulsos por uma revolta da população.
Introdução
No início do século XX e no resto do mundo encontravam-se numa autentica transformações politicas
economias sociais e financeira. Vivia-se um ambiente «paz armada» na Europa que denominava o mundo em
todos os aspectos. Era um mundo Europeu era a hegemonia Europeia.
1. Aspecto Politico: a Europa dominava quase todos os continentes americanos onde perdeu a
supremacia política no século XVI, mas onde ainda exercia uma certa influência.
Existiam colónias europeias no continente asiático, africano e na Oceânia.
Na África existiam colónias euro portuguesas, francesas, inglesas, etalinas , espanholas e alemão.
Na Ásia o domínio era exercido pelos ingleses, holandeses, e russos. Sendo só o Japão e a china
independentes.
Na Oceânia o domínio era total.
2. No aspecto económico e financeiro: as grandes potências são ainda europeias sobre tudo a inglesa
seguida pela Alemanha e a França dos quais se destacava a Ingla-terra como a grande senhora do
comércio mundial e dos bancos mundiais.
3. No aspecto demográfico: verifica-se uma emigração massiva para América.
4. No aspecto cultural: o velho continente mais uma vez é superior afirmando-se através da
literatura, filosofia, das artes e da técnica e acima de tudo através das línguas europeias faladas em
todos continentes.
Servia
01 de Agosto: Alemanha declara guerra a Rússia.
3 de Agosto: Alemanha declara guerra a França e Bélgica.
4 de Agosto: a Inglaterra declara guerra á Alemanha.
6 de Agosto: Austrália Hungria declara guerra a Rússia.
11 de Agosto: a França declara guerra á Austrália Hungria.
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12 de Agosto : a Inglaterra declara guerra a Austrália Hungria.
Tema: 2 – A Primeira Guerra Mundial.
Factores de Desencadeamento.
Causa ou Antecedentes da 1ª Guerra Mundial.
O ambiente era de facto de paz armada e o equilíbrio entre as potências tornavam-se cada vez mais difícil.
A situação que vinha desde a guerra franco prussiana (1870-1871) era imaginária e o equilíbrio das
potênciassentia-se fraquejar em qualquer momento porque as ameaças eram muitas.
Causas da 1ª Guerra Mundial
1. Rivalidades políticase Inter nacionais desde a partilha de África (conferencia de Berlim de 1884 á
1885).
2. O colonialismo imperialista motivado pelas necessidades da industrialização.
3. O nacionalismo exagerado de algumas potênciascomo Alemanha nos Balcãs e na França, para
recuperar Alsácia e Lorena perdidos na guerra franco – Prússia.
4. A concorrência económica contra as grandes potências industrializadas sobretudo entre a Inglaterra e
Alemanha devido ao desenvolvimento do capitalismo e ao aumento das suas necessidades.
Perante esta situação as alianças vão se formando entre as nações europeias: em 1882 forma-se a
tríplice aliança formada por Alemanha, Austrália Hungria, e Itália.
Em 1904 é formada a tríplice entanto constituída por Inglaterra, França, e Rússia.
As principais potências encontram-se assim divididas em dois grandes blocos preparados para se
afretarem; muitos outros países aderiram a tríplice entanto tendo alargado assim o número de aliados e
convertendo aquela que parecia ser uma guerra regional numa guerra mundial.
O Desenvolvimento da Guerra.
- Suas Fases
No continente europeu a guerra travou-se em três frentes de combate:
1. Frente ocidental: no mar do norte á fronteira da suíça; e desta ao mar adriático.
2. Frente oriental: do mar báltico adriática á Turquia.
Ao longo de (4) anos os exércitoconfrontaram-se nestas três frentes sobretudo a Alemanha que
teve que acombater em duas dessas frentes: os orientes contra Rússia e o ocidente contra França.
Ao mesmo temo a Itália derrotava os austríacos obrigando o governo deste país a pedir paz e
assinar o armistício, (suspender a guerra e fazer acerto de paz). Pouco tempo depois os búlgaros e
os turcos também pediam a paz e assinaram armistícios.
Alemanha encontrava-se então sozinha na guerra e com muitos problemas internos como: revoltas,
deserções dos soldados, greve, dos operários e descontentamento contra a guerra em toda
Alemanha.
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Esta situação tão grave levou a queda do Kaiser Guilherme II e a proclamação da república em
9 de Novembro de 1918. Dois dias depois o governo republicano assinou o armistício na França
entregando grande parte do seu armamento às forças aliadas.
Portanto terminava assim a 1ª guerra mundial e iniciavam-se as negociações do tratado
de paz.
A entrada dos E.U.A na primeira guerra mundial ao lado dos aliados deu-se apenas em 6 de
Abril de 1917. Embora estes se tinham colocados ao lado dos aliados desde o início do conflito
fornecendo-lhes armas, alimentos e munições o que abasteceu a tríplice entanto é que ao mesmo
tempo contribuiu para o desenvolvimento económico dos E.U.A.
Mas como os produtos fornecido pelo E.U.A. a Europa eram «agredidos» os Americanos
tinham o maior interesse em ver a tríplice entanto vitoriosa nessa guerra para poder liquidar as
dívidas.
Causas da Entrada dos E.U.A. 1ª Guerra Mundial
Ao sentirem-se atacado nos seus barcos e nos seus interesses económicos os americanos vão
intervir na guerra declaradamente ao lado dos aliados (Inglaterra, França e Rússia) para manter a
«demografia» em todo mundo nas palavras do presidente Wilson na sua mensagem no congresso
em Abril de 1917.
1. Conclui-se que os E.U.A. entraram na 1ª guerra mundial para defender os seus aliados que estavam
sendo esmagados pela Alemanha salva guardar a sua independência e a democracia
fundamentalmente os seus interesses que estavam em causa, uma vez que eram o fornecedor
principal acredito.
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4. Os interesses do governo republicano que ao apoiar as demográficas ao saírem estas vitoriosas sentir-
se mas reforçadas e apoiados.
5. As existências de aliança luso-britânica que continuava em vigor a quando da partilha de África.
Consequências da intervenção de Portugal na guerra.
1-Perdas humanas significativas tais como.﴾15000 000﴿soldados na Franca e 2100 000 nas campanhas de
África.
2-Exacasse de mercados e produtos.
3-Consequencias política e económica.
Vantagem da Entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial.
Consegui defender os seus interesses em África em relação as suas colónias e participar na assembleia
das nações, criada em Abril de 1919.
Uma paz precária
O Tratado de Versalhes
Depois da I guerra terminar foi convocada para o início de 1919 em Paris uma conferência de paz que
tinha como os países vencidos definir as condições que lhes foram impostos e organizar o mapa politico
europeu.
Os trabalhos foram d ominados pelos quartos principais países vencedores. E.U.A Grã-Bretanha Franca e
Itália. Vencedores da primeira guerra mundial
Os países vencidos não foram autorizados a participar a mesa das negociações.
Tratado de Versalhes
Foi um tratado assinado em 28 de junho de 1919 em Versalhes na Franca. Foi um tratado de paz assinado
pelas potências europeus que encerrou oficialmente a primeira guerra mundial, onde Alemanha foi
obrigada a assinar esse tratado e responsabilizado pela eclosão da 1 guerra mundial foram-lhes impostos
duras condições tais como.
1-A restituição da Alsácia e Lorena a Franca.
2-Perda de todos os direitos sobre todas as suas colonias no sudoeste africano.
3-Dismilitarizacao do seu território limitação do exército alemão a 100 mil homens e inibição da posse
de carros de combates submarinos aviões e artilharia pesada.
4-Pagamento de pesadas indeminizações de guerra aos países aliados﴾a tripla entente.
Para Alemanha o tratado de versalhês foi uma humilhação uma vez que as ações aos olhos da Alemanha
pareciam ceveiras e injustas impostas unilateralmente.
O ressentimento dos dos alemães havia de trazer graves consequências para a paz europeia e mundial
visto que Alemanha perdia todas as suas vantagens favor dos vencedores da guerra.
Os Africanos na I Guerra Mundial e o Nacionalismo.
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A I guerra mundial que envolveu as potências coloniais exerceu profundas influências no continente
africano. Muitos atlânticos para ajudar os europeus a combater na europa contra Alemanha, o tipo de
consciência sobre a desigualdade da sua posição em vezes com capacidades inferiores as dos seus
compatriotas.
Os especto mais importantes da experiencia que os africanos descobriram na europa foi o tratamento
amigável que os negros receberam na Inglaterra e na Franca onde chegaram a conclusão de que afinal o
branco não e racista por natureza. Os europeus que estavam a viver fora da europa como em Africa e na
América podiam viver sem racismo se quisessem.
Contornando a harmonia racial que eles experimentaram na europa quando começaram voltar a Africa e
América constituíram uma forca que contribuíram para a obtenção da independência dos seus respetivos
países.
Nos E.U.A começaram exigir direitos iguais aos dos brancos o que provocou muitas revoltas que
resultaram em mortes em varias cidades como por exemplo no Chicago.
Assim sendo considerando os seus interesses económicos os Franceses e Ingleses começaram a
introduzir algumas mudanças nas suas colonias em África tais como. Foram obrigados a encontrar
métodos que diminuíssem a resistência dos povos nas suas colonias sobre tudo através de leis que
atenuas sem as reivindicações repentemente surgidas. Assim aboliram o trabalho forcado a inclusão dos
tribunais reconheceram o direito a associação e a liberdade sindical foram mais liberais na permissão da
formação de partidos políticos do que os portugueses.
Os aspetos positivos da participação dos africanos na 1 guerra mundial foram:
- Serviu de ponto de partida para ganhar experiencias maturidade política e o grau de consciencialização
quanto a unidade o que posteriormente veio a ser concretização nos seus respetivos países dando lugar
aos movimentos de libertação nacional.
Os horizontes dos africanos tinham-se alargado uma vez tendo visto um mundo bem mais vasto do que o
seu.
Era uma vez que a Africa sentia de modo tao forte a realidade dos acontecimentos mundiais.
O aparecimento do sistema socialista e a liquidação dos regimes coloniais.
Tudo isso teve ressonância no continente africano e criou condições favoráveis a luta pela libertação de
africa.
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- O Reforço da Exploração Colonial e o movimento anticolonial em África; (Económico)
- O Nascimento do Pan - Africanismo (Política)
Consequenciais Politicas
- Desmoronamento das monarquias militares da Áustria Hungria da Alemanha,
Rússia e da Turquia, dando origem ao nascimento de novas nações como – Áustria Finlândia Hungria
U.R.S.S. «união das republicas socialista soviéticas «Checoslováquia Jugoslávia, Colômbia e Turquia.
- Alemanha perdeu as suas colonias em africa.
- Modificaram-se as fronteiras de alguns estados europeus.
- As monarquias diminuíram de 17 para 13.
- As repúblicas aumentaram de 3 para 13.
- As democracias liberais afirmaram-se perante os regimes autoritários.
- Disputas entre as principais nações europeias. Inglaterra, Franca e Itália.
- Consolidação do sistema demográfico parlamentar.
Consequências Económicas.
- Ascensão económica dos E.U.A.
- Desvalorização da moeda europeia.
- Valorização do dólar americano.
- Divida externa elevada dos países europeus.
- Aparelho produtivo desorganizado.
Consequências Sociais.
- O empobrecimento das classes sociais médias.
- Enriquecimentos das grandes indústrias e comerciantes.
- Afirmação laboral das mulheres e dos operários.
Consequências Demográfica.
- A guerra provocou cerca de 8 milhões de mortos.
- Vinte milhões inválidos.
- Redução da população.
- Problemas de saúde.
- Epidemias «gripe espanhola ou pneumonia «.
- Envelhecimento demográfica.
- Excedente de população feminina.
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A Crise da Europa e ascensão internacional dos E.U.A.
Ao contrário dos países europeus os E.U.A. aceleraram o seu crescimento económico apos o conflito. Pais
começaram a receber os rendimentos das dívidas contraídas pelos países europeus durante a 1°guerra mundial.
A este facto associam-se os recursos naturais, isso fez com que os países europeus que no início do seculo XX
dominavam economicamente o mundo fossem suplantados pelos E.U.A. que vai tornar-se na principal
potência económica do mundo ate a atualidades.
A criação da sociedade das nações « S.D.N. « e seus objetivos.
A criação das sociedades das nações.
A sociedade das nações foi uma organização internacional criada ao 28 de Abril de 1919 com sede em
Genebra na Suíça. Tinha por missão acabar com o conflito a primeira guerra mundial.
Foi inspirada sobretudo pelo presidente Wilson do E.U.A mas porque o congresso americano não fez parte da
S.D.N. porque o congresso americano não aprovou a participação dos E.U.A. devido a sua política
isolacionista.
Seus Objetivos.
1- Manter a paz no mundo resolver disputar através da conversação e acordo.
2- Desenvolver a cooperação entre as nações.
3- Garantir a paz e a segurança.
4- Observar rigorosamente internacionais.
5- Respeitar os tratados nas relações mútuas entre os estados.
Perante estes objetivos qualquer problema entre os estados deveria ser apresentado a assembleia da sociedade
das nações e qualquer violação a este facto por meio de agressão armada implicaria sanções económicas e
financeira contra o estado agressor.
O fracasso da S.N.U. teve o seu dramático desfecho com a eclosão da 2° guerra mundial em 1939.
O Reforço da Exploração Colonial e o Movimento Anti-Colonial em Africa.
Depois da 1°guerra mundial os países vencedores e os seus aliados pensaram em reforçar a exploração das
colonias que eles detinham e organizar o que haviam retirado dos vencedores.
Para reforçar a exploração nas colonias as grandes potências criaram mecanismo como:
- Campanhas comerciais associações científica e de explorações geográficas construções de pontes criação de
estradas e meios mais desenvolvidas para o transporte de matérias-primas provenientes das colonias para as
metrópoles.
Os países africanos colonizados pelos europeus são.
1- Colonia da Inglaterra: Serra Leoa Gana Nigéria, Egipto, Sudão, e Africa Oriental.
2- Colonias de Alemanha: Togo, Camarões, Namibia,Tanzania.
3- Colonias da Bélgica: Congo Belga.
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4- Colonias da Franca: Guine, Tunísia, Senegal e Madagáscar.
5- Colonias da Itália: Etiópia e Somália.
6- Colonias de Portugal: Angola, Moçambique, Cabo Verde, São-tomé e Príncipe e Guine Bissau.
A medida que a exploração ia aumentando nas colonias também os africanos iam compreendendo o a
necessidade da sua unidade no sentido da luta comum contra o regime colonial em africa.
O Nascimento do Pan-africanismo.
O Pan-africanismo – e um movimento de redenção da africa e do homem negro no mundo, tinha como
principal objetivos o estabelecimento de relações humanas justas baseadas no principio da igualdade de
direitos todos homens e de todos os povos entre sim.
Este movimento iniciou-se a partir da existência de alguns movimentos como: Associação para o avanço
da gente de cor criado por WILLIAM DUBOIS e a liga urbana e associação para o melhoramento dos
negros criados por MARCUS AURELIUS GARVES.
Através dos contactos com os emigrantes da europa nos E.U.A. que constataram a cruel exploração
humilhação e separação racial praticadas pelos europeus contra os povos africanos no início do seculo XX,
começou então a surgir na américa um movimento de contestação e revoltar, originado pelas ideias
revolucionista de africanas que para la tinham sido levados como escravos.
Houve outros precursores do pan-africanismo como PAUSSAINT LAUVERTUR HERAI da
independência do Hait que foram fonte de exploração da diáspora «fora do continente «escravizados.
Liderados por LAUVERTUR os haitianos proclamaram a primeira república negra do mundo e cortaram o
sistema colonial expulsando os esclavagistas « colonizados «brancos.
O jamaicano MARCUS AURELIUS GARVES foi primeiro popular da ideia do pan-africanismo tendo
lançado a palavra de ordem o regresso a africa
Alguns colaboradores
Deste movimento foram.
- Alexandre Walter, Bispo da igreja Metodista, Silvestre William o ajudante do campo do imperador da
Etiópia o conselheiro territorial da Serra Leoa e o Advogado do Gana.
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TEMA III: A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA E A CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA
INTERNACIONAL
Introdução
Nos primeiros anos do século XX, a Rússia era uma das maiores potências da Europa. Abarcava um extenso
território com 22 milhões de Km 2, desde a Europa de leste à costa oriental da Ásia, povoado por cerca de 170
milhões de habitantes. No entanto, era uma potência frágil, com estruturas sociais e económicas arcaicas e um
regime político autoritário, violentamente contestado.
Contudo, em 1917 este enorme país foi palco da primeira revolução socialista do mundo, a qual, para além de
modificar as estruturas políticas, económica e sociais, traria importantes consequências a nível mundial, como
a expansão do comunismo.
Situação Social
Situação Política
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O império russo governado por Czar Nicolau II, senhor de ilimitados poderes. Com efeito, o Czar apoiado na
igreja, exercito e política, fazia as leis, administrativo o país e aplicava a justiça. Governava assim,
autocraticamente. O último Czar foi Nicolau II (1868).
Situação Económica
a) Agricultura – A terra pertencia à coroa, a igreja, nobreza e apenas uma pequena área era propriedades
dos camponeses rurais e explorada directamente por eles; os instrumentos e técnicas de trabalho eram
rudimentares e por isso, a produtividade dos campos era baixa.
b) Industria – A indústria russa, de pequena expressão, localizava-se em determinados centros urbanos –
S. Petersburgo, Moscovo e Baku. As principais fábricas eram propriedades de estrangeiros: franceses,
belga, ingleses e alemãs que investiam na Rússia.
c) Comércio – O comércio era pouco dinâmico. Os meios e as vias de transportes eram insuficientes e os
centros urbanos estavam dispersos pelo vasto império russo, a vida comercial limitava-se praticamente
a grandes cidades.
Os Antecedentes da Revolução
A situação da miséria e descontentamento generalizado, foi agravada pelas sucessivas derrotas da Rússia na
guerra que travou contra o Japão (1904 – 1905), depois da qual os liberais tentaram uma revolução (1905).
Milhares de trabalhadores contestavam contra as dificuldades da vida e do trabalho, por sinal agravadas por
aquele acontecimento, que deu corpo a uma gigantesca manifestação frente ao Palácio de Inverno.
Em resposta a esta situação, as tropas disparam cruelmente sobre a multidão – a data de 22 de Janeiro de 1905
ficou conhecida como “Domingo Sangrento”. Face a crescente agitação social que sucedeu a esta situação,
Czar Nicolau II, viu-se obrigado a retirar alguns privilégios à aristocracia, conceder algumas liberdades civis
e, permitir a convocação e criação de uma assembleia legislativa – a Duma (Parlamento). Porem, os
Deputados eram apenas figuras simbólicas, já que o poder do Czar continuava rigoroso e despótico como
dantes.
No entanto, o dirigente bolchevique de ideias marxistas Vladimir Ilitch Ulianov – Lenine - que se encontrava
exilado na Suíça, organizava uma intensa campanha contra o regime czarista, e a sua ideologia revolucionaria
foi sendo infiltrada entre o proletariado urbano no seio do exercito.
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Apoiado pela Burguesia e por socialistas moderados, o novo governo saindo da Revolução de Fevereiro
instituiu o regime liberal burguês de carácter semelhante ao dos regimes Czar Nicolau II
ocidentais. Czarismo tinha chegado ao fim, portanto a revolução de
Fevereiro, espontânea e popular, provocou a queda do regime. Esta primeira fase da revolução denominou-se
Revolução Liberal ou Burguesa.
Chegado ao poder sem ser conduzido por um movimento popular, o Governo Bolchevique tinha de tomar
rapidamente medidas para responder as aspirações do povo russo. Foi este objectivo dos grandes decretos de
Outubro – Novembro, que confirmaram uma situação já efectiva: a grande propriedade e mobiliária era
abolida sem indemnização e as terras confiscadas ficaram na posse dos sovietes; a pequena propriedade não
foi, em contrapartida, posta em causa. O controlo operário foi instaurado nas fábricas. A igualdade e a
soberania das nacionalidades dos povos da Rússia foram reconhecidas como princípio.
Na Linha das teses de Abril, foi assinado em Dezembro o acordo com Alemanha. Os Bolchevique, dirigidos
por Lenine, souberam tirar partido da desorganização económica e da inércia dos homens que sucederam ao
Czar Nicolau II, para se aliarem à população e tomar o poder. Porem, a sua posição era frágil: eles eram
apenas uma minoria em todo país.
Na noite de 24 para 25 de Outubro (Novembro, segundo calendário ocidental), os guardas vermelhos (milícia
popular) apoderam-se dos pontos estratégicos: pontes, centrais eléctricas, gares e o Palácio do Inverno – sede
do Governo – em São Petersburgo. Kerensky .
A Construção da URSS
Etapas da Revolução
Graças a um regime de terror, os Bolcheviques salvaram a revolução numa Rússia que estava em ruína. Desde
a Revolução de Outubro de 1917 até consolidação da liderança de Estaline, em finais da década de 1920, a
revolução socialista soviética conheceu diferentes fases na actuação governamental de Lenine, na qual se
destaca duas fases:
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Atendendo a necessidade de agradar e conquistar a adesão das massas populares, Lenine teve como primeira
preocupação assinar a paz com a Alemanha em Março de 1918, pelo Tratado de Brest-Litovsk, considerado
mais tarde pelo próprio Lenine como uma paz vergonhosa, mas necessária, na qual a Rússia se retirava da
guerra, renunciando a posse da Finlândia, das regiões do Báltico, da Polónia e reconhecendo a autonomia da
Ucrânia. Uma paz com um preço elevado, mas que salvava a Revolução.
Entretanto em plena guerra civil, o Governo de Lenine seria extremamente radical e revolucionário. Entre
1918 e 1921, Lenine promulgou uma serie de decretos revolucionário que tinha essencialmente em vista a
destruição total dos sistema capitalista através da nacionalização de toda economia:
A instauração da ditadura do proletariado, a fim de abolir a exploração do homem pelo homem, foi o grande
objectivo de Lenine – mas estas medidas vieram até certo ponto, agravar a situação económica da Rússia. A
aplicação do programa conhecido por “Comunismo de Guerra” deparou-se com numerosas resistências,
especialmente por parte dos agricultores, que passaram a produzir apenas para o consumo próprio a partir das
suas antigas propriedades, tendo preferido destruir os equipamentos e as colheitas face a colectivização dos
mesmos. Isto fez com que a produção descesse brutalmente, tendo a produção agrícola e industrial decrescido
de 30% para 20% entre 1913 e 1920. No entanto estava em perigo o regime.
OBS: em 1919 foi criado o organismo controlado pelos dirigentes soviéticos – o Komintern – dissolvido
em 1942 por Estaline? Este organismo foi criado com o objectivo de agrupar os Partidos comunista a
nível internacional.
Na tentativa de desenvolver a produção, foi adoptada uma nova política económica que incluía as seguintes
medidas:
O Estado continuava na posse dos sectores estratégicos da economia. Conservava apenas o monopólio dos
grandes meios de produção, dos bancos da grande indústria e do comércio externo. Estas medidas marcadas
pela liberdade económica levaram Lenine afirmar que o capitalismo era necessário, mas apenas por o tempo
limitado.
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Na medida em que vigorava estas medidas a nível económico e político, a Rússia foi organizada numa União
das Repúblicas Socialista Soviéticas (URSS), criada em três de Dezembro de 1922, compreendia
inicialmente quatro República, a saber:
A Rússia, a Ucrânia, a Bielorrússia e Transcaucásia (constituída por sua vez, pela Arménia, a Geórgia e o
Azerbaijão). Só passado dois anos após a criação da União da República Soviética é que esta passaria a ser o
Estado Federal, baseado na igualdade de direito entre todos os povos das repúblicas unidas e respeito pela sua
identidade cultural.
A sucessão de Lenine
Ao longo do século XIX, o sistema capitalista conheceu períodos de prosperidade e de depressão. No entanto,
foi no século XX, em plena época de prosperidade, na “loucura americana” dos anos 20, que a Grande
Depressão se deu, iniciando-se nos Estados Unidos da América (EUA) e estendendo-se rapidamente a todos
os países do mundo, com a excepção da URSS.
Como vimos, após a primeira Guerra Mundial, os EUA saíram vencedores, sendo por fornecedor de toda
Europa, e até mesmo de todo mundo, excepto da URSS nessa altura os EUA detinham cerca de metade da
reserva mundial de euro, que aumentou de 1800 milhões de dólares em 1914 para 4.500 milhões de dólares
em 1919. No dia 24 de Outubro de 1929 – a chamada “quinta feira negra” ocorreu o “craque” (queda) da
Bolsa de Valores de Nova Iorque.
O avultado número de acções foi posto a venda, e, não encontrando compradores, o seu valor caiu
vertiginosamente. Deu-se assim inicio a maior crise económica vivida nos EUA, e que iria arrastar não só a
Europa como o mundo inteiro, que estava extremamente dependente da economia americana.
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A busca da saída – o New Deal
Apesar das suas declarações tranquilizadoras, o Governo do Presidente Hoover não conseguiu controlar a
sensação generalidade de catástrofe – com as duas medidas mais directas:
Assim, apesar de contar com a oposição de um crescente número de economista internacionais, aprovou o
notável incremento nas taxas de comércio externo através da Lei Smoot – Hawley, em Junho de 1930. Dois
anos mais tarde, facilitou a criação da Corporação de Reconstrução das Finanças, a fim de oferecer créditos
governamentais as instituições financeiras e as grandes empresas.
Roosevelt sucedeu a Hoover, tendo assumido o cargo de presidente americano em1932. Por sua vez, laçou em
prática o plano económico chamado Método Novo (New Deal) – um vasto programa de reforma que visava
dar ao país uma nova base social para impedir uma catástrofe semelhante aquela que o país estava viver. O
mesmo tinha basicamente três propostas:
A principal característica foi o fim do liberalismo económico. O programa económico abrangia quatro
pontos: agricultura, trabalho, segurança social e administração.
A política de método novo (New Deal) de Franklin Roosevelt contava também com programa institucionais
para restabelecer a estrutura básica da economia norte americana, como a Nacional Recovery Administration
(NRA) e a Agricultura Adjustement Administration (AAA), assim como medidas contra o infortúnio pessoal,
incentivo dos seguros de desemprego e dos planos de assistência pública.
Sendo assim, o método novo (New Deal), conseguiu evitar que a crise fosse mais violenta, tendo as suas
directivas por todos os países do mundo, com excepção da Rússia, entretanto, o que acabou com a crise foi um
fenómeno especial – a indústria do armamento, que alimentou a II Guerra Mundial e outros conflitos.
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3.3. Outras consequências no mundo
O Fascismo Italiano
Do mesmo modo que sucedeu com os demais países europeus, também a Itália experimentou importantes
dificuldades económicas na sequência da primeira Guerra Mundial.
Surge então Benito Mussolini na vida política – por sinal um ex-combate de guerra e ex-militante do Partido
socialista, de onde fora expulso. Organizou em 1919 o movimento que depois transformou em partido – o
Nacional Fascista. Atendendo o clima de agitação social que se verificava por todo país, especial as greves, a
ocupação de terras no sul e a organização de grupos fascistas (do latim fascis – “feixe”, símbolo de poder
imperial de Roma e da união do povo italiano), é organizada uma campanha de intimidação e violência. Surge
então ataques a sedes de partidos e sindicatos, repressões a movimentos grevistas, perseguições a assassinatos
de socialistas e comunistas.
Mussolini organizou em 1922 uma “Marcha sobre Roma” com os seus partidários, na qual tomaram parte
cerca de 50 mil milícias armadas fascistas, o que se significou o autentico golpe do estado. Nessa altura, o Rei
Victor Emanuel III indicou Mussolini para formar o novo governo. Em 1924 houve eleições gerais,
caracterizadas pela intimidação e violência fascista, Mussolini obteve a maioria no Parlamento e assumiu
plenos poderes.
O poder foi centralizado e introduzida a censura e a pena de morte, os dissidentes políticos foram postos na
prisão, sobretudo socialistas e comunistas. A única força que restava e era a Igreja Católica, que aproveitou a
ocasião para solucionar o antigo problema: a questão de Roma – a Igreja não reconhecia a Estado Italiano
desde a unificação da Itália, em 1870. Mussolini resolveu tudo isso, depois de prolongados encontros secretos,
com assinatura do Pacto de Latrão, em 11 de Fevereiro de 1929.
Primazia do estado sobre o indivíduo (“Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”).
Culto do chefe, o qual concentra todos os poderes e quem tudo submete e todos obedecem sem
contestação.
Militarismo, através da valorização do treino, deparadas militares, da importância das milícias armadas
e das ordens do chefe.
Corporativismo, que, negando a luta de classes e proclamando a subordinação dos interesses dos
trabalhadores aos interesses do estado, agrupava patrões e operários em organismo ditos de interesses
comuns – as corporações -, substituindo o parlamento por uma câmara corporativa.
Nacionalismo e imperialismo, que visavam tornarem a Itália grandiosa e herdeira das glórias da Roma
Antiga. Como consequência da defesa do imperialismo, os exércitos de Mussolini invadiram e
conquistaram a Etiópia em 1936 e 1939.
O Nazismo Alemão
Para a generalização dos Alemãs, o Trado de Versalhes era um autêntico vexame, tendo favorecido o aumento
dos que se oponham ao “Diktat”, ou seja as humilhante exigências impostas pelos países vencedores. Ao
sentido de repúdio pelo Trado de Versalhes juntava-se o descontentamento provocado pela desorganização
económica e pela inflação, decorrente do esforço de guerra e das destruições das mesmas.
Ao mesmo tempo que a instabilidade política se apoderam na Alemanha do pós-guerra, cresceu a exaltação
nacionalista. Na sequência do clima de descontentamento, surgiu na cena política
o Partido Nacional – Socialista (ou Partido Nazi), que a partir de 1921 foi
chefiado por Adolf Hitler. Após uma tentativa falhada de golpe de Estado em
1923, Hitler foi preso. Na prisão escreveu a obra a “Minha Luta” (Mein
Kampf), onde expõe a ideologia Nazi e seu programa político.
particularmente a Alemanha, muito dependente do comércio e dos capitais americano. Afunda-se a produção
industrial e numero de desempregados sobem vertiginosamente.
A Ideologia Nazi
O Livro de Hitler “Minha Luta” (Mein Kampf), onde este apresentava todo pensamento Nazi, enumerava os
princípios fundamentais do seu partido:
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Culto do chefe – era evidente que o Fuhrer (chefe) tinha de ser venerado pela maioria dos Alemãs,
assim como pelo Partido Nazi;
Nacionalismo – exaltação gloriosa da pátria tal como existia antes da derrota de 1918. Proclamação do
III Reich como símbolo da unidade e da grandeza da Alemanha.
Totalitarismo – Partido Nazi governava tudo, dirigia tudo, desde o Governo aos órgãos de
comunicação social e à própria “mentalidade” de cada cidadão.
Racismo – proclamação da raça ariana (alemã) como superior, de que os germânicos seriam os
perfeitos representantes; o Nazismo foi extremamente racista para os Judeus, Eslavos e Latinos.
Anti-Marxismo – atendendo à condição de “superioridade” Nazi, não se poderia aceitar a igualdade
nem os órgãos defesas dos operários, assim como toda a ideologia Marxista;
Corporativismo – união dos interesses das diferentes categorias sociais.
Imperialismo natural – considerando-se superior, o Fuhrer (chefe) precisava de “Lebensraum”
(espaço vital) para alargar os seus domínios e tornar-se ainda mais forte.
A Alemanha Hitleriana
Obtendo do Parlamento plenos poderes para governar, em poucos meses o chefe iria estabelecer na Alemanha
uma ditadura total através das seguintes iniciativas:
Com os objectivos de relançar a produção e de diminuir o desemprego, foi traçado um amplo programa de
construção obras públicas (auto-estradas, estádios, bairros operários, fabricas da armamento, teatros, museus,
aeródromo). Além do interesse colectivo, as grandes obras tinham importância estratégico-militar e
estimularam progressivamente todos os sectores da economia.
A degradação da situação económica e financeira, a agitação social e a instabilidade política, situação por
sinal agravada pela participação de Portugal na I Guerra Mundial, caracterizaram o primeiro decénio do
regime republicano português.
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Seguindo o exemplo de Mussolini, o General Gomes da Costa, deu inicio a 28 de Maio de 1926, a partir de
Braga, a uma marcha militar sobre a Lisboa, tendo conquistado a adesão de numerosos membros do exército,
o Presidente da República (Bernardino Machado) renunciou ao cargo.
Nesse contexto, chegava ao fim a Primeira República, o regime é substituído por ditadura militar que
governaria o país até 1933, data e que foi aprovada a nova constituição da República Portuguesa.
Em 1928, foi escolhido para Presidente da República o General Óscar Carmona, através de eleições em que
era único candidato. Esse mesmo ano, face ao agravamento da situação económico-financeiro, o Presidente da
República, General Óscar Carmona, chamou António de Oliveira Salazar para ministro das finanças.
Recorrendo a uma política de austeridade, Salazar consegue resolver a crise financeira, e a partir de 1932
passa a chefiar o Governo. Dispondo já de uma imagem de homem providencial em 1933, apresentou o país
uma nova Constituição, aprovada por plebiscito (voto popular), em que se estabeleceriam as bases do novo
regime.
Apesar da constituição de 1933 serem teoricamente de aparência democrática, acabaria por dar oportunidade à
instauração do regime autoritário em Portugal. Tendo subordinado os direitos dos cidadãos aos interesses do
estado, o regime salazarista proibiu os partidos políticos, instituindo o sistema de partido único (a União
Nacional); estabeleceu a censura; desencadeou perseguições e prisões contra os seus opositores; e criou
organismo destinado à defesa e propagada do regime.
Foi criada em 1933 uma polícia política de vigilância e do Estado – PVDE -, com objectivo de defender o
regime contra qualquer ameaça. A mesma foi substituída em 1945 pela Policia Internacional de Defesa do
Estado – PIDE. O Estado Novo – Estado autoritário e corporativo – apresentava muitos aspectos comuns ao
Fascismo italiano, nos quais se tinha inspirado e Salazar foi primeiro-ministro durante 36 anos, até em 1968.
Referência bibliográfica
BENDER, Geral (1976) – Angola sob o Domínio Português – Mito e Realidade, Lisboa, Livraria Sá da Costa
Editorial.
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FERRO, Marc (1997) – A Revolução Russa de 1917, Publicação Dom Quixote, Lisboa.
ANTA Diope, Cheik (1979) – Nacionalidade Negra e Cultura, Paris, Presença Africana.
DU GARD, Martin (2007) – A Descoberta de África, As viagens Épicas de Stanley e Livingstone, Casa das
Letras.
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