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Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino
Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve


necessidade de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a
integração do aluno se faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão
importantes para a vida continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo
ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram


desenvolver, compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário
Geral enfrentar o mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e
competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que


hoje tem em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do
INDE e da DINEG, de professores das várias instituições de ensino e formação,
quadros de diversas instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a
sua sabedoria ao serviço da transformação curricular e a quem aproveitamos desde
já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes


programas, apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que
convoquem a vossa e criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa
de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que


se enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da
Educação e Cultura e tem como objectivos:

 Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos


aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
 Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo
diversificado, flexível e profissionalizante.
 Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação
dos estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego.
 Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


 O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador
que contém os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de
estudos e as estratégias de implementação;
 Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
 O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
 Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas


orientadoras que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes
instrumentos relevantes para que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre
uma componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de
competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e
económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às


exigências do mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades
comunicativas, ao domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, à
resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação,


assegurando uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares,
assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual,


crítico e estético, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos
autónomos, críticos e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na
base das decisões individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias
da sua vida;

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Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de
conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários
para a compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos
sociais, económicos, políticos e naturais;

Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional


sólida, um espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte
não só ao meio produtivo actual, mas também às tendências de
transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do


Homem, isto é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua
família e aos outros homens de diversas culturas, religiões, raças, entre
outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação


se organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para
compreender o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e
comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas


relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como
indivíduos, e como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e na
sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa
que o papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou
de transmitir grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia
ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o
aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da
vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena
na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo
mobiliza para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa,
na vida quotidiana. Isto significa que para resolver um determinado problema,
tomar decisões informadas, pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os
outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de conhecimentos, práticas
e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola,


mas também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas
importantes, tendo em conta a realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo,


não só as competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de
comunicação, leitura e escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências

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gerais, actualmente reconhecidas como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo
e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de
tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização
e apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida
económica social do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente
ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências,
idosos e crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos


na prática educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de
aprender a fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de
experimentar situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num
ambiente limpo se a escola estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços
escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se elas forem exigidas e
cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e sistemática.
PCESG:27
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça,
solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o
amor à pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito
pelo próximo e pelo bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar
presente em todos os momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o


ESG esteja preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os
estudos nos níveis subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que
exigem cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção
de perspectivas múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação,
empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da
vida.

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1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica


com vista um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda
a comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-
os na resolução de situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na
vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e


dos temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem
impregnados nas competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que
as acções levadas a cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo
dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem
fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima
definidas de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente
escolar e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as
actividades curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e
estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma


explícita, ao longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina,
são dadas indicações para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões
metodológicas e no texto de apoio sobre os temas transversais.

O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias


que permite estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências
treinadas em várias áreas de conhecimento para resolver problemas concretos.
Assim, espera-se que as actividades a realizar no âmbito da planificação e
implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a comunidade e
constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo


globalizado. No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas
Moçambicanas, línguas estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento


conjugado de todas as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas
de línguas. Todos os professores deverão assegurar que alunos se expressem com
clareza e que saibam adequar o seu discurso às diferentes situações de
comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante nas
produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção
da leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de
interesse dos alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou
trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em datas festivas e
comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa situação

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concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer
comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar
opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar
ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e a
sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das
línguas e, no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras
de autores moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto
patriótico e exaltação da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e


responsáveis na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade)
ou no trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos,
envolvendo-os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e
complexos. A preparação do aluno para a vida passa por uma formação em que o
ensino e as matérias leccionadas tenham significado para a vida do jovem e possam
ser aplicados a situações reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará


mais sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os
conteúdos inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante


que este consiga:

 organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus


conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas
de soluções;
 encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o
desenvolvimento de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa
actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a
conhecimentos, procedimentos e experiências de outras áreas do saber;
 acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos,
motivá-los e corrigi-los durante o processo de trabalho;
 criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender
o mundo e transformá-lo;
 avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas,
numa perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao


saber, à profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso
deste programa passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores

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de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de
competências para vida, de interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não
desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um
projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá envolver
diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura,
redacção e correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de
fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da
região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar


em equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima,
contribuindo assim para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas
no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas


para o desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o
professor não é mais um centro transmissor de informações e conhecimentos,
expondo a matéria para reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um
receptáculo de informações e conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na
construção do conhecimento e pesquisa de informação, reflectindo criticamente
sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando


os recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de
uma comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e defensor
intercultural, organizador democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos
alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva


de conceber e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em
grupo; entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo
raciocínio e debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação
profissional.

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1. Ensino e aprendizagem da História

Este Programa de Ensino foi elaborado a partir do que vigorou até 2007. No geral os
conteúdos não sofreram grandes alterações. Alguns conteúdos foram eliminados, outros
reorientados para uma abordagem centrada em África em geral e Moçambique em
particular.

Com a 10ª classe termina o primeiro ciclo do Ensino Secundário Geral. Na disciplina de
História no 1º Ciclo do Ensino Secundário Geral os alunos estudam a História do
Mundo, desde a origem do Homem até aos nossos dias. No contexto dos programas
intermédios, faz-se ligação entre os acontecimentos mundiais com os da África e de
Moçambique.

O Programa da 10ª Classe é constituído por quatro unidades, nomeadamente:


1) As contradições Imperialistas dos finais do Século XIX até final da Primeira Guerra
Mundial;
2) O Mundo entre as duas Guerras Mundiais;
3) A Segunda Guerra Mundial e o Movimento de Libertação Nacional
4) O Mundo entre a Confrontação e o desanuviamento.

No campo das metodologias de ensino, o Programa aconselha a adopção de várias


estratégias e técnicas inerentes à disciplina, com enfoque para o método participativo de
ensino, centrado no aluno.
Dada a sequência de conteúdos e a necessidade de aprofundá-los sugere-se uma
permanente articulação com as competências desenvolvidas nas classes anteriores,
consolidando-os, por um lado, e aprofundando-os, por outro, com as novas matérias que
completam o Primeiro Ciclo do Ensino Secundário Geral.

Neste nível o processo de ensino-aprendizagem deve privilegiar o trabalho independente


de modo a permitir que os alunos adquiram competências relevantes para a vida.

Para o efeito é importante que se procure estabelecer sempre uma ligação entre a nova
matéria da 10ª classe e os conhecimentos, capacidades e atitudes desenvolvidas pelos
alunos desde o Ensino Básico.

Competências a Desenvolver no 1º Ciclo do Ensino Secundário


Geral
Ao longo do 1º ciclo do Ensino Secundário Geral, (8ª, 9ª e 10ª Classes) os alunos devem
desenvolver as seguintes competências gerais para a vida:

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 Interpreta acontecimentos diversos usando a língua portuguesa;

 Recolhe e divulga a história, os hábitos de saúde e alimentação da sua região;

 Usa adequadamente o vocabulário histórico para descrever acontecimentos


históricos, sociais e culturais;

 Adopta, de forma independente, estratégias e métodos de estudo adequados;

 Emite opiniões sobre os processos históricos, sociais e culturais que ocorrem em


seu redor, no país e no mundo;

 Promove o respeito pelos órgãos nacionais e internacionais de defesa dos direitos


humanos e de cidadania;

 Demonstra compreensão dos problemas económicos e sociais do seu país e


sugere, a seu nível, vias de solução em seu benefício e em benefício da
comunidade em que está inserido;

 Envolve-se em projectos e campanhas de protecção e uso sustentável dos


recursos ambientais;

 Promove atitudes de solidariedade, tolerância e respeito pelas diferenças;

 Respeita as leis nacionais e internacionais;

 Age em conformidade com a lei na resolução e gestão de conflitos;

 Desenvolve o sentimento patriótico através de visitas aos locais de interesse


histórico-sociais e participa activamente nos processos político-sociais do seu
país;

 Usa conhecimentos gerais para melhor participar no desenvolvimento do país;

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Objectivos Gerais do 1º Ciclo

Constituem objectivos gerais do Ensino de História no 1º Ciclo do Ensino Secundário


Geral:

- Aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Básico;

- Despertar nos alunos a consciência da relação entre a História da Pátria, do


Continente Africano e a História do Mundo;

- Desenvolver nos alunos o interesse pelo estudo da História;

- Alargar as capacidades e convicções deste nível para compreender melhor a


integração de Moçambique e do Continente Africano no contexto da História
mundial;

- Proporcionar aos alunos uma formação histórica que os habilite a desenvolver


capacidades de análise de processos históricos concretos;

- Consolidar o conhecimento sobre o desenvolvimento da sociedade humana;

- Consolidar o amor pela pátria e a consciência de fazer parte de uma mesma


sociedade.

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8ª Classe 9ª Classe 10ª Classe
1. A História como Ciência 1. A Formação do Sistema 1. As contradições Imperialistas dos
Capitalista entre os finais do século XIX até final da 1ª
Séculos XV-XVIII Guerra Mundial
2. A Origem e Evolução do Homem 2. O Capitalismo 2.- O Mundo entre a 1ª e a 2ª Guerra
Industrial e o Movimento Mundiais (1918-1939)
Operário nos séculos
XVIII-XIX
3. As Diferenciações Sociais e a 3. Do Capitalismo 3.- A 2ª Guerra Mundial (1939-1945)
formação de Estados Industrial ao e o Movimento de Libertação
Imperialismo Nacional
4. As relações sócio-políticas na 4.- O Mundo entre a confrontação e o
Europa e na África entre séc. VII- desanuviamento
XV

Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo do Ensino Secundário Geral

Objectivos do Ensino da História na 10ª Classe

No final da 10ª Classe o aluno deve ser capaz de:

- Analisar as razões das contradições imperialistas nos finais do século XIX até
final da 1ª Guerra Mundial (1ª G M);

- Compreender a actuação colonial em África e em Moçambique no nível político,


económico e social;

- Relacionar a crise geral do Capitalismo com a eclosão da 1ª Guerra Mundial;

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- Associar a dominação colonial com o subdesenvolvimento dos países africanos;

- Avaliar de forma crítica as consequências das duas guerras mundiais;

- Reconhecer os factores que contribuíram para a derrocada do colonialismo em


África após a 2ª Guerra Mundial;

- Analisar o processo de desenvolvimento do nacionalismo africano nos finais da 2ª


Guerra Mundial;

- Utilizar adequadamente mapas, quadros, esquemas, cronologias e gravuras


relacionadas com o conteúdo do Programa;

- Defender a resolução de conflitos pela via pacífica;

- Reconhecer as diferentes vias de conquista das independências.

Visão geral dos conteúdos da Disciplina de História da 10ª Classe

Unidade Temática Conteúdos Carga


Horária
1.1 O desenvolvimento sócio-económico e politico dos principais
Unidade1. As países capitalistas, nos finais do séc. XIX, princípios do séc. XX
contradições imperialistas, 1.2 Formação das alianças e blocos militares e os primeiros conflitos
nos finais do Séc. XIX, até entre as potências imperialistas. 27
ao final da I Guerra- 1.3 O estabelecimento do Sistema Colonial em África
Mundial ( 1885 até à 1ª Guerra mundial)
1.4 Primeira Guerra mundial

2.1 O caso da Rússia – a Revolução Socialista de Outubro de 1917”


Unidade 2. O Mundo 2.2 Alemanha e a Itália, depois da 1ª Guerra Mundial. Primeiros
entre a 1ª e 2ª guerra marcos do seu desenvolvimento socio-político 9
mundiais (1918-1939) 2.3 Os E.U.A. – Desenvolvimento sócio económico e politico e a sua
influência no mundo
2.4 A crise económica mundial, 1929-1933
Unidade 3. A II Guerra 3.1 A preparação da 2ª Guerra Mundial – 1939 –1945
Mundial – (1939 -1945) e 3.2 O decorrer e os resultados da 2ª Guerra Mundial – 1939 –1945 20
o Movimento de 3.3 Breve relance sobre o Movimento de Libertação Nacional

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Libertação Nacional (M.L.N.) como corolário do fim da 2ª Guerra Mundial – 1939 –1945

Unidade 4. O Mundo 4.1Os estados industrializados mais desenvolvidos


entre a confrontação e o 4.2 As contradições (Leste-Oeste) 16
desanuviamento 4.3 As tentativas de solução pacífica para os conflitos mundiais
 As conferências tendentes a criar um novo clima
 Figuras importantes
Total 72

Carga Horária por trimestre


Trimestre Unidade Temática Carga
Horária
1º Unidade 1
Trimestre 1.1 O desenvolvimento sócio-económico e politico dos principais países capitalistas, 18

nos finais do séc. XIX, princípios do séc. XX


1.2 Formação das alianças e blocos militares e os primeiros conflitos entre as
potências imperialistas.
1.3 O estabelecimento do Sistema Colonial em África
( 1885 até à 1ª G.M.)
Avaliação 6
Unidade 1 3
2º 1.4 Primeira Guerra mundial
trimestre Unidade 2
2.1 O caso da Rússia – a Revolução Socialista de Outubro de 1917” 9

2.2 Alemanha e a Itália, depois da 1ª Guerra Mundial. Primeiros marcos do seu


desenvolvimento socio-político
2.3 Os E.U.A. – Desenvolvimento sócio económico e politico e a sua influência no
mundo
2.4 A crise económica mundial, 1929-1933

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Unidade 3 6
3.1 A preparação da 2ª Guerra Mundial – 1939 –1945
Avaliação 6
3º Unidade 3
trimestre 3.2 O decorrer e os resultados da 2ª Guerra Mundial – 1939 –1945
3.3 Breve relance sobre o M.L.N. como corolário do fim da 2ª Guerra Mundial – 8
1939 –1945
Unidade 4 10
4.1Os Estados industrializados mais desenvolvidos
4.2 As contradições (leste-Oeste, Norte-Sul)
4.3 As tentativas de solução pacíficas para os conflitos mundiais
4.4 As conferências tendentes a criar um novo clima de Figuras importantes
Avaliação 6

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PLANO TEMÁTICO

Unidade Temática 1 As contradições imperialistas, dos finais do Séc. XIX, até ao final da I Guerra Mundial
Objectivos Específicos Conteúdos Competências Básicas Carga
horária
- Caracterizar as manifestações 1.1- O desenvolvimento sócio-económico e político dos
imperialistas através de quadros, principais países capitalistas dos finais do século XIX Elabora sínteses caracterizando os
textos, esquemas. aos princípios do século XX. principais países capitalistas no que se
21
refere os principais marcos do seu
- Sintetizar as principais formas de 1.2- Formação das alianças e blocos militares e os desenvolvimento económico, político
exploração impostas pelo primeiros conflitos entre as potências imperialistas. e social.
colonialismo em África e
em Moçambique. 1.3- O estabelecimento do sistema colonial em África (de Explica que a resistência ao
1885 até ao início da 1ª Guerra Mundial). estabelecimento do sistema colonial
- Identificar as diversas formas de em África foi um fenómeno
resistência 1.3.1- Instalação do sistema de dominação colonial e a generalizado em todo o continente.
resistência africana (exemplos)
1.3.2. As formas de administração colonial (directa e Sistematiza as particularidades da
- Explicar as causas da primeira indirecta) e os tipos de colónias . dominação colonial portuguesa em
Guerra Mundial 1.3.3. As formas de exploração económica: o papel das Moçambique.
companhias monopolistas
- Descrever as fases da Guerra 1.3.4. Particularidades do colonialismo Português: caso Distingue as consequências da
Mundial de Moçambique; ocupação colonial para a África,
Europa e para Moçambique.
- Avaliar o impacto da ocupação 1.3.5- As consequências da ocupação efectiva:
efectiva da África para Europa,  Consequências para Europa;
África e Moçambique  Consequências para a África;
 Consequências para Moçambique.
- Explicar o processo de
estabelecimento do sistema colonial 1.4- A Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918)

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Objectivos Específicos Conteúdos Competências Básicas Carga
horária
em África
1.4.1- As Causas da 1ª Guerra Mundial:
 Luta pela posse de novos mercados
- Analisar a I Guerra Mundial como  Conflito entre as potências imperialistas
resultado das contradições  A questão de Alsácia e Lorena
imperialistas.  A corrida aos armamentos Avalia criticamente as consequências
 O atentado de Serajevo a 28 de Junho de 1914 da I Guerra Mundial e o seu
- Diferencias as fases da Iª Guerra significado.
Mundial 1.4.2- As fases da Guerra:
 1ª fase: Guerra dos movimentos Relaciona as mudanças no mapa
- Explicar o surgimento da – principais características politico da Europa e o mundo com a 1ª
Sociedade das Nações GM, destacando os acontecimentos
 2ª fase: Guerra de trincheiras
em África e em Moçambique
- Características
- Explicar o retorno a Guerra do
- A entrada dos EUA (Razões e significado)
movimento (a entrada dos EUA e a
 3ª fase: Retorno à Guerra de movimentos
saída da Rússia)- razões e Valoriza o diálogo como um meio
- Características
significado importante na prevenção de conflitos
- A saída da Rússia (Razões e significado)
bem como na preservação da paz
1.4.3- O envolvimento dos africanos
- Discutir a importância da resolução
pacífica dos conflitos.  O papel dos africanos na 1ª Guerra Mundial
 Focos de confrontação em África ligados à 1ª
Guerra Mundial

- Avaliar os efeitos da Guerra para a 1.4.4- O fim da 1ª Guerra Mundial: (armistício de


África e para o mundo imperialista. 11.11.1918)
 A Conferência de Paris;
 O Tratado de Paz de Versalhes;
 A criação da Sociedade das Nações.

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Objectivos Específicos Conteúdos Competências Básicas Carga
horária
1.4.5- As consequências da 1ª Guerra Mundial para a
África e para a Europa:
 A nível demográfico
 A nível social
 A nível económico
 A nível político (mapa politico europeu);

1.4.6- -O significado da 1ª Guerra Mundial (conclusão)

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade 1: As Contradições Imperialistas dos finais do Século XIX até ao final da I Guerra Mundial

Esta unidade ocupa-se particularmente da História do desenvolvimento dos países imperialistas, suas inter-relações com o resto do
mundo em geral e com a África em particular.
Ao abordar a unidade o professor prestará atenção aos objectivos específicos, aos conteúdos e as competências básicas
sistematizados ao longo do programa que se pretende que os alunos adquiram. Será necessário mostrar com exemplos concretos o
desenvolvimento do imperialismo na sociedade europeia do século XIX ao século XX, caracterizando a actuação das potências na
partilha do mundo e pilhagem das colónias, com enfoque para as colónias africanas. Para o efeito sugere-se que o professor
focalize as suas aulas nos seguintes aspectos:

- Caracterizar a política imperialista no período em referência e a reacção dos países africanos em face da partilha e
ocupação coloniais;

- O estabelecimento do sistema colonial em África e as suas consequências. Este aspecto deve ser suficientemente tratado,
estabelecendo os marcos da sua vigência, características da sua actuação nos planos político, económico e social e a

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reacção dos povos colonizados. Sugere-se que depois de uma caracterização geral da resistência em África e do
detalhamento de alguns exemplos de resistência se elaborem quadros-resumo do continente destacando as regiões
africanas e os respectivos líderes de resistência. É relevante a análise do sistema colonial português em Moçambique na
abordagem deste item sistematizando as particularidades da dominação deste país;

- Na análise do sistema colonial, o professor induz os alunos a estabelecerem a relação entre o fraco desenvolvimento dos
países africanos e o colonialismo. Para o caso específico de Moçambique deve conduzir os alunos tirarem conclusões ou
se apercebam do enriquecimento dos países colonizadores, por um lado, e o empobrecimento dos países colonizados, por
outro;

- O estudo das consequências do colonialismo em África deve ser feito com detalhe, visando levar os alunos a aperceberem-
se dos motivos da formulação de políticas governamentais viradas para a luta contra a pobreza, no exemplo de
Moçambique;

- O estudo da I Guerra Mundial deve levar os alunos a concluir que ela foi o resultado do agravamento das contradições
imperialistas e a incapacidade das potências de resolverem os seus diferendos por via pacífica. Deve mostrar também as
consequências humanas, económicas e políticas que a guerra provocou através de números para denunciar o perigo que
qualquer guerra representa em todos os sectores da sociedade;

- Sobre o decurso da Guerra o importante não é a descrição detalhada dos episódios deste conflito, mas destacar os aspectos
essenciais que marcaram cada etapa.

- Em todos os processos históricos é importante que os professores não prescindam das noções de tempo e espaço que são
dimensões importantes para a localização dos acontecimentos.

- Nas aulas é recomendável o uso de mapas de África ou escantilhões elaborados pelos alunos recorrendo aos constantes dos
livros, mostrando como foi dividida a África pelas potências coloniais.

- No que respeita aos materiais de consulta os alunos recorrem ao livro de FENHANE, João Baptista H. História da 10ª
Classe, ASSIS, Abel e outros da Aurora do Capitalismo as vésperas da Primeira Guerra Mundial e FERNANDO, Luís e

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NHAMPULE, Teresa História da 9ª Classe, dos Livros de Ciências Sociais da 6ª e 7ª classes, A. Adu Bohaen. (ed.)
História Geral da África Vol V II Cap. 12 e outros materiais que as escolas dispõem;

- O professor não deve esquecer-se do seu papel de facilitador do processo de ensino e aprendizagem, por isso deve recorrer
a métodos activos e sempre pondo os alunos a trabalhar na sistematização das informações que os manuais oferecem.

- Sugere-se também o aprofundamento de alguns conceitos como Imperialismo, Contradições, Blocos Militares, Militarismo,
Colonialismo, Colónias, Companhias Monopolistas, Companhias Concessionárias, Revolução, Tratados, etc. São conceitos
que os alunos vão usar e é importante que eles conheçam o significado.

Indicadores de Desempenho

- Associa a dominação colonial com o subdesenvolvimento dos países africanos


- Descreve as principais contradições imperialistas que conduziram à eclosão da I Guerra Mundial.
- Valoriza o diálogo como um meio importante na resolução de conflitos, destacando a importância do acordo de Paz de Roma.

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Unidade Temática 2 : O Mundo entre a I e II Guerras Mundiais (1918-1939)

Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Carga


horária
- Explicar as causas da Revolução 2.1. O Caso da Rússia
de Outubro de 1917 - A Revolução Socialista de Outubro de 1917 Relaciona a Revolução Socialista
- Antecedentes internos (a Revolução Russa de 1905 a de Outubro de 1917 à crise interna 9
- Explicar o surgimento de um 1907 e a de Fevereiro de 1917) e externa.
novo regime (o Socialismo) - Antecedentes externos

- Caracterizar o desenvolvimento 2.2. A formação da União das Repúblicas Socialistas


sócio-político dos EUA, Soviéticas;
Alemanha e Itália
2.3. Importância da Revolução Russa (conclusão) Avalia a importância da
- Relacionar a crise económica Revolução Socialista Russa para o
mundial de 1929 a 1939 com as 2.4. O desenvolvimento sócio-político de alguns países mundo.
contradições imperialistas depois da 1ª Guerra Mundial (1918-1929):
 Os EUA até 1929;
- Descrever as origens e o alcance  A Alemanha;
da crise económica mundial  A Itália;

- Analisar a política fascista de 2.5- A crise económica mundial de 1929 a 1933:


Portugal em relação às suas 2.5.1-Principais características da crise e suas consequências
colónias africanas e no mundo. Descreve as medidas tomadas pelo
Moçambique em particular. 2.5.2. O impacto da crise mundial em África e Moçambique governo fascista português visando
2.5.3 As tentativas de superação da crise o controle das suas colónias.
 O papel de Roosvelt

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Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Carga
horária
- Caracterizar os primeiros
movimentos nacionalistas de  Os regimes ditatoriais:
Moçambique entre 1910 até 1945. - o fascismo na Itália
- o nazismo na Alemanha Caracteriza as primeiras
- o corporativismo em Portugal manifestações nacionalistas em
África e Moçambique contra a
2.6- O Estado novo de Salazar e a situação nas colónias ocupação colonial.
portuguesas: caso de Moçambique

2.7- As primeiras manifestações nacionalistas em África e


em Moçambique.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade 2: O Mundo entre a I e II Guerras Mundiais (1918-1939)

Nesta unidade continua-se a estudar o imperialismo e as suas contradições mas centrando o período compreendido entre as duas
Guerras Mundiais, caracterizado por uma crise generalizada conhecida em Historia como “A crise económica mundial, 1929-
1933”, a eclosão da Revolução Socialista de Outubro na Rússia e suas consequências no xadrez político europeu e mundial, a
ascensão dos Estados Unidos da América à potência mundial, o surgimento de regimes totalitários na Europa (fascismo e
nazismo), o recrudescimento da pilhagem colonial em África e noutros continentes e, como corolário, o crescimento dos
movimentos de contestação ao sistema colonial.

A abordagem deste período deverá privilegiar os seguintes aspectos:

-Caracterização geral da crise de 1929 e suas consequências nos campos económico, social e político;

21
-A importância da Revolução Russa de Outubro no mundo. Não se pretende que os alunos estudem em pormenor a Revolução
Russa, mas caracterizar sumariamente o contexto em que ela ocorreu e o seu impacto no mundo. As revoluções de 1905 e 1907
devem ser referidas apenas como antecedentes importantes da Revolução de Outubro.

-O desenvolvimento sócio-político dos EUA, da Alemanha e da Itália;

-O Estado Novo de Salazar e a situação nas colónias portuguesas em África, no exemplo de Moçambique;

-Analisar as medidas tomadas pelo governo fascista português com o objectivo de controlar as suas colónias;

-O surgimento das primeiras manifestações nacionalistas em Moçambique e suas características.

A metodologia de trabalho sugerida em relação à primeira unidade é também aplicável nesta unidade. Em princípio todas as
escolas têm o material de consulta referido na unidade anterior e é necessário que os alunos realizem trabalhos independentes
ou em grupos, fazendo resumos, quadros com orientação criteriosa do professor.

Indicadores de desempenho

-Analisa a crise económica mundial como resultante das contradições imperialistas e o seu impacto.

-Caracteriza os marcos principais da dominação colonial portuguesa em África e em Moçambique.

-Caracteriza as primeiras manifestações nacionalistas em Moçambique.

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Unidade Temática 3: A 2ª Guerra Mundial (1939-1945) e o Movimento de Libertação Nacional

Objectivos específicos Conteúdos Competências Básicas Carga


horária
1.Analisar criticamente as causas 3.1 A Segunda Guerra Mundial -Analisa a 2ª GM no contexto
da 2ª Guerra Mundial. 3.1.1. A Europa e o Mundo nas vésperas da 2ª Guerra Mundial dos conflitos imperialistas e
3.1.2. – As Causas da 2ª Guerra Mundial como continuação da 1ª GM 12
 Económicas
 Politico - militares
2. Identificar os principais  Sociais -Critica o uso de armas de
acontecimentos da 2ª Guerra destruição massiva em qualquer que
 Ideológicas
Mundial. seja a circunstância
3.1.3- O Início da Guerra: O ataque Alemão à Polónia
3.1.4. O decurso e as fases da 2ª Guerra Mundial
3.1.5- A participação da África na 2ª Guerra Mundial; -Demonstra solidariedade para com
3. Sistematizar as posições dos 3.1.6- O fim da 2ª Guerra Mundial e suas consequências; as vítimas das guerras
E.U.A. e da URSS em relação - O lançamento de bombas atómicas particularmente os órfãos e
aos países colonizados. - A Criação da Organização das Nações Unidas (ONU); mutilados
- A Conferência de Potsdan;

3.2- O Movimento de Libertação Nacional -Avalia criticamente as


3.2.1- Exemplos de MLN na Ásia e na América Latina consequências da 2ª Guerra
3.2.2-Os factores que contribuíram para o desenvolvimento do Mundial e o seu significado.
4. Sistematizar os factores que Nacionalismo africano;
contribuíram para consolidação 3.2.3-As lutas anti-coloniais e as independências na África
do nacionalismo africano. Ocidental e do Norte, África Oriental, África Central Britânica;
3.2.4-As colónias portuguesas: o caso de Moçambique

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade 3: A 2ª Guerra Mundial (1939-1945) e os Movimentos de Libertação Nacional

O estudo desta unidade deve partir da análise dos planos coloniais da Alemanha, Itália e Japão, passando pela agressão
fascista a África. Ter em conta que ela resultou do agravamento brusco das relações, estreitamente ligadas aos acontecimentos
da 1ª Guerra Mundial

No estudo deste tema o professor terá em conta aos seguintes aspectos:

-Causas da 2ª Guerra Mundial, no geral relacionadas com as ambições coloniais e a necessidade de recuperar, por parte dos países
vencidos na 1ª Guerra Mundial, as suas posições. Neste sentido é necessário mostrar aos alunos a política anexionista da Alemanha na
Europa, Itália em África, Japão nos países do Pacífico;

-Fazer um rápido relance ao ataque Nazi à União Soviética a 22 de Junho de 1941 pela Alemanha e explicar o significado desta
agressão;

-Analisar o envolvimento do continente africano na 2ª Guerra Mundial partindo do pressuposto de que este continente foi um dos
principais pontos de discórdia e que muitos africanos participaram directamente nas batalhas ao lado dos seus colonizadores;

-Ao estudar o fim da 2ª Guerra Mundial, deve-se realçar o seguinte: 1) o lançamento da bomba atómica sobre Hiroxima e Nagazaki
pelos EUA e o seu significado ( 6 e 9 de Agosto de 1945); 2) as consequências da Guerra; 3) a Conferência de Potsdan e 4) a criação
da Organização das Nações Unidas (S. Francisco, EUA, Abril a Junho de 1945);

-Em relação ao movimento nacionalista na Ásia e América Latina não se pretende uma abordagem detalhada, mas apenas a indicação
de alguns países em que se registaram os primeiros movimentos nacionalistas para que o aluno entenda que este fenómeno não foi
exclusivo a África

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-Ao analisar o nacionalismo africano, deve-se ter em conta os factores que influenciaram (internos e externos), o recrudescimento das
lutas pela independência em África, salientando casos concretos em cada uma das regiões do continente;

-Caracterizar as formas que tomaram as lutas pela independência nas colónias portuguesas, no exemplo de Moçambique;

Indicadores de desempenho

-Relaciona as causas da I2ªGuerra Mundial com as que originaram a 1ª Guerra Mundial.


-Explica o processo de luta anti-colonial em África
-Caracteriza as lutas de independências das colónias portuguesas: o caso de Moçambique.
-Valoriza o diálogo como um meio importante na prevenção de conflitos bem como na preservação da paz
-Desenvolve o sentido patriótico tendo como referências as acções dos nacionalistas africanos

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Unidade 4: O Mundo entre a confrontação e o desanuviamento

Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga


horária
4.1- Os Estados mais industrializados após a 2ª Guerra 8
- Caracterizar a evolução das Mundial: Analisa o enquadramento dos países
super potências no pós 2ª 4.1.1- Estados Unidos da América; do terceiro mundo no contexto da
Guerra Mundial 4.1.2- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas; bipolarização e da guerra fria

- Descrever as relações entre as 4.2- As contradições entre o bloco socialista e o bloco


super potências após a 2ª capitalista (a guerra fria):
Guerra Mundial  As origens da guerra fria;
 Manifestações da guerra fria
- Explicar o sentido de “não
alinhamento”. 4.3 A coexistência Pacífica

4.4. . Os países do terceiro mundo diante da guerra fria – Elabora quadros que indiquem as
 O movimento dos Não-alinhados principais mudanças decorrentes da
- Identificar as mudanças aproximação entre a URSS e os
decorrentes da aproximação 4.5- O fim da guerra fria e a queda do muro de Berlim. EUA (fim da guerra fria).
entre os EUA e a URSS.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade 4: O Mundo entre a confrontação e o desanuviamento

Esta unidade procura caracterizar a situação do mundo no período pós – 2ª Guerra


Mundial, com particular ênfase para as relações entre o mundo ocidental dirigido
pelos EUA e o leste dirigido pela URSS.

Ao abordar esta unidade o professor deverá prestar atenção aos objectivos


específicos, aos conteúdos e as competências que se pretende que os alunos
adquiram.

No que respeita à Guerra Fria, deverá localizar no mapa os principais focos de


tensão. Deve-se enfatizar também a importância da queda do Muro de Berlim
para a humanidade.

Importância particular dever-se-á dar ao movimento dos Não-Alinhados,


desatacando os principais propósitos da criação deste movimento bem com as
conferências destinadas a criar um clima de coexistência pacífica entre as nações.

Sugere-se que se trabalhe os seguintes conceitos: Guerra Fria, Coexistência


Pacífica; Não Alinhamento.

Indicadores de desempenho
- Descreve os factores que caracterizam a bipolarização política do Mundo.
- Caracteriza a situação do mundo decorrente da “guerra fria”.
- Menciona as consequências da aproximação URSS-EUA na África.
- Destaca a importância da coexistência pacifica.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento do processo de ensino aprendizagem através do qual se


pode verificar como estão senso cumpridos os objectivos e a finalidade da educação,
permitindo melhorar ou adaptar as estratégias de ensino, aos conteúdos e as condições
concretas existentes.

A avaliação permite ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o


desenvolvimento do trabalho pedagógico subsequente e verificar a necessidade de
reajuste curricular de acordo com as necessidades educativas dos alunos.

A avaliação deve focalizar-se em todas as actividades realizadas pelos alunos de forma


que se obtenha uma imagem fiável do desempenho do aluno e do professor, em termos
de competências básicas descritas no Programa de Ensino.

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A avaliação na disciplina de História privilegia:
 as visitas de estudo;
 elaboração de esquemas;
 tabelas;
 gráficos;
 mapas;
 entre outras

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