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Ficha Técnica

Título: Geografia, Programa da 11ª Classe


Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 350 Exemplares
Impressão:
Nº de Registo: INDE/MINED – 00000/RLINLD/2010
Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve a necessidade de
reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram garantir


compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a vida que
permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa economia
cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em mãos
é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de professores das
várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas, empresas e
organizações, que colocaram a sua experiência neste exercício de transformação curricular e a quem
aproveito desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelo ao
estudo permanente das sugestões que eles contêm. Para que convoquem a vossa e criatividade e
empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã engrossarão o
contingente nacional para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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1. Introdução
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra
no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como
objectivos:

• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos aprendizagens


relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e
profissionalizante.
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos
como para o mercado de trabalho e auto emprego.
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os
objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de
implementação;
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
• Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que visam a
formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que continuem a
aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do mercado


cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das Tecnologias de
Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatro pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, de
modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus
próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de tomar em
diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos


científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;
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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual,
mas também às tendências de transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, saber
comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de diversas
culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir
sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes para
que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel da
escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes quantidades
de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada
vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus conhecimentos
ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é, conhecimentos,


habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para enfrentar com sucesso
exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto significa que para resolver um
determinado problema, tomar decisões informadas, pensar crítica e criativamente ou relacionar-se
com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e
valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a
realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as


competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita,
matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como cruciais
para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem e
busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia;

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c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do
país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar bem
com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.

(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar situações


em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a escola estiver limpa
e promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se
elas forem exigidas e cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e
sistemática.
PCESG:27

Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça, solidariedade,


humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à pátria, o amor próprio,
o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo bem comum, deverá estar
ancorado à prática educativa e estar presente em todos os momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a uma
economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas
habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de
problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias
ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista a um
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema
parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos
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temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes dos
seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver com os
outros e bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal
forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam
para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares
sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo do
ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua
abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas
transversais.

O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de
conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar no
âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a
comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas as


disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores
deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às
diferentes situações de comunicação. A correcção linguística, deverá ser uma exigência constante
nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas, tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões para a
apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em
datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa situação concreta.
Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus
autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de
comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar
informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso da
língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos constitui um
pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade.

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1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na


família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para a
vida passa por uma formação em que, o ensino e as matérias leccionadas, tenham significado para a
vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se
estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à disciplina,
às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este consiga:

• Organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos,


habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;
• Encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de outras
áreas do saber;
• Acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e
corrigi-los durante o processo de trabalho;
• Criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e
transformá-lo;
• Avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à profissão,
aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa pelo trabalho
colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode
falar em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade se os professores não
dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um
projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá envolver diferentes disciplinas.
Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e correcção
dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de


análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um
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centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O aluno
deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação, reflectindo
criticamente sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos e


aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar
implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor da
heterogeneidade vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e


utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse pela
integração social e vocação profissional.

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2. O ensino-aprendizagem da disciplina de Geografia

O ensino-aprendizagem da Geografia no 2º ciclo do Ensino Secundário Geral tem como objectivo


ampliar e consolidar os conhecimentos anteriores, tendo em vista o desenvolvimento integral do
aluno com capacidades, habilidades e atitudes na perspectiva de continuação dos estudos ou para a
sua inserção na vida laboral.

O enriquecimento deste programa teve como foco principal a definição de competências do ciclo e a
reformulação dos objectivos, conteúdos e sugestões metodológicas, tendo em conta a filosofia e os
princípios definidos no Plano Curricular do Ensino Secundário Geral.

A Geografia é por excelência uma disciplina que permite a ligação entre a teoria e a prática. O seu
objecto de estudo é a superfície terrestre, onde ocorrem vários fenómenos físico-naturais e humanos.

O ensino da Geografia neste ciclo compreende a Geografia Física Geral na 11ª classe e a Geografia
Humana na 12ª classe.

A abordagem de conteúdos de Geografia ao longo do ciclo, orienta para o desenvolvimento de


competências relevantes para a vida. Neste contexto o aluno:
• Aprofunda os conhecimentos, desenvolve habilidades e atitudes e aplica-os em novas
situações;
• Localiza no mapa e explica os aspectos físico- naturais e humanos que ocorrem no país
e no mundo;
• Toma consciência das diferenças existentes no âmbito físico- natural, socio-
económico, cultural e político nas diferentes regiões do mundo com vista a mudança de
atitude, respeitando a diversidade e desenvolvendo a auto estima, o espírito de
tolerância e de solidariedade;
• Aplica os saberes adquiridos para a realização de actividades produtivas com maior
segurança técnico-científica e é capaz de encontrar soluções alternativas para a
resolução de problemas concretos.
Portanto, o programa de Geografia reflecte uma selecção de conteúdos ordenados sistematicamente,
que permitem a aprendizagem dos fundamentos da ciência geográfica de acordo com os objectivos
instrutivos e educativos preconizados.

Tendo em conta a continuidade da filosofia do currículo do 1º ciclo, a abordagem dos conteúdos de


Geografia tem como centro do processo de ensino-aprendizagem o aluno, tornando-o parte activa
da aula.

De salientar que apesar de cada uma das unidades ter enfoques específicos de estudo, elas estão em
íntima relação umas com as outras.

Uma das grandes preocupações neste processo foi a necessidade de incluir aspectos de educação
ambiental em todas as unidades por forma a que o aluno tome consciência, adquira conhecimentos,
habilidades, desenvolva atitudes e comportamentos para a participação mais activa na protecção e
melhoria do ambiente.

Na abordagem dos temas apresentados nos programas de Geografia, recomendamos a utilização


sistemática de mapas, atlas, globo e outros materiais didácticos, de modo a que todos os aspectos
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estudados sejam localizados. Recomenda-se também o contacto permanente com os docentes de
outras disciplinas, praticando assim a interdisciplinaridade.

COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER NA 11ª CLASSE


• Explica conceitos: geografia, atmosfera, tipos de rochas (magmáticas, metamórficas e
sedimentares), hidrosfera, pedogeografia e biosfera;
• Elabora trabalhos de investigação a partir de pressupostos teóricos que pesquisa em
livros científicos, Internet e outros;
• Analisa as grandes correntes geográficas;
• Discute a evolução do pensamento geográfico na: Antiguidade, Idade média, Idade
moderna e Contemporânea;
• Relaciona o clima com a flora e fauna;
• Identifica as áreas sísmicas e vulcânicas do globo terrestre;
• Divulga o conhecimento que possui sobre: sismologia, vulcanismo;
• Explica importância da conservação e gestão das águas continentais e oceânicas;
• Explica importância da conservação e defesa dos solos e dos recursos vegetais e fauna;
• Usa o conhecimento geográfico para explicar a irregularidade na distribuição das
precipitações atmosféricas;
• Explica a importância do uso racional dos recursos naturais e a necessidade da sua
conservação e defesa;
• Participa em acções que visam a elevação da qualidade do ambiente, tais como plantio de
árvores e campanhas de limpeza;
• Realiza actividades que concorrem para a manutenção do microclima e enriquecimento
dos solos;
• Usa as águas continentais para a irrigação de culturas agrícolas;
• Identifica os problemas decorrentes das actividades humanas sobre os recursos hídricos,
solos, vegetais, e de fauna e desenha projectos e estratégias de implementação para a
superação dos problemas;
• Realiza actividades que concorrem para a manutenção do microclima e enriquecimento
dos solos;

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• Identifica os problemas decorrentes das actividades humanas sobre os recursos hídricos,
de solos, vegetais e de fauna e desenha projectos e estratégias de implementação para a
superação dos problemas;
• Realiza actividades que concorrem para a conservação e protecção da atmosfera, das
águas, dos solos, da flora e da fauna.
• Participa em campanhas de solidariedade com as vítimas dos desastres naturais;
• Aplica as competências adquiridas na Geografia para realizar actividades
empreendedoras.

3.0- Objectivos gerais da disciplina


Todo o processo educativo desenvolve-se numa sociedade estruturalmente complexa, sofrendo
modificações que se processam a ritmos acelerados. Assim, os problemas que hoje a humanidade e a
sociedade moçambicana são chamadas a resolver e que dizem respeito à procura de reequilíbrios
ecológicos e sociais, são questões sistémicas e requerem abordagens a vários âmbitos.

Estes pressupostos exigem do professor uma acrescida competência e flexibilidade na gestão do


programa do 2º ciclo, de modo a permitir ao aluno:
• Compreender conceitos, princípios, métodos e teorias geográficas;
• Aplicar correctamente a terminologia geográfica;
• Estabelecer a interligação entre vários ramos do conhecimento;
• Desenvolver a percepção espacial;
• Desenvolver o gosto pela investigação e descoberta;
• Analisar situações problemáticas relativas ao espaço geográfico;
• Relacionar a capacidade de transformação da organização espacial e os diferentes graus
de desenvolvimento científico-tecnológico;
• Cooperar no sentido de um melhoramento da capacidade humana na utilização e
conservação dos recursos naturais;
• Conhecer as particularidades da Geografia Física e Humana;
• Abordar cientificamente os problemas geográficos numa perspectiva de busca de
soluções e sua implementação adequada;
• Assumir uma atitude activa e consciente perante a relação homem-natureza;
• Revelar capacidades investigativas, interpretativas e de espírito de inovação de modo
que seja cidadão interveniente.

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3.Visão Geral Dos Conteúdos Do Ciclo
11ª Classe 12ª Classe
Unidade 1: Introdução ao Pensamento Geográfico Unidade 1: População
Unidade 2: Cosmografia Unidade 2: Agricultura e Pecuária
Unidade 3: Ambiente Bioclimático Unidade 3: Indústria e Comércio
Unidade 4: Geomorfologia Unidade 4: Turismo
Unidade 5: Pedogeografia Unidade 5: Transportes e Comunicações
Unidade 6: Hidrogeografia Unidade 6: Urbanismo

4. OBJECTIVOS GERAIS DA GEOGRAFIA NA 11ª – CLASSE

Na 11ª classe, o aluno deve:


• Compreender a história da Geografia;
• Reconhecer a importância da inter-relação Natureza-Sociedade;
• Demonstrar a importância e aplicação do estudo da Geografia;
• Compreender a posição da Terra no sistema solar e no Universo;
• Relacionar os fenómenos cósmicos com os que ocorrem a superfície da terra;
• Compreender a influência do clima na distribuição das plantas e animais a superfície
terrestre;
• Discutir os argumentos apontados por Wegener sobre a teoria da deriva dos continentes;
• Compreender a teoria da tectónica das placas e correntes de convecção;
• Explicar as formas de relevo resultantes dos movimentos tectónicos;
• Analisar os movimentos tectónicos;
• Relacionar o movimento das placas com a expansão dos fundos oceânicos;
• Reconhecer a interferência da actividade humana sobre os ambientes bioclimáticos
• Compreender a geodinâmica interna e externa como necessidade da terra se manter em
equilíbrio;
• Relacionar os agentes da geodinâmica interna com o processo de formação do relevo e das
rochas;
• Demonstrar a dinâmica da evolução dos continentes;
• Reconhecer a importância do ciclo hidrológico para a manutenção e renovação permanente
da água nas diferentes esferas da terra;
• Aplicar os métodos de investigação geográficos;
• Analisar os diversos tipos de clima;
• Fundamentar a base das classificações de Martonne e Thornthwaite;
• Compreender as causas da distribuição da flora e fauna;
• Assumir a necessidade de conservação e defesa dos recursos florestais e faunisticos;
• Relacionar a expansão dos fundos oceânicos como vulcanismo;
• Caracterizar os sismos;
• Compreender os efeitos dos sismos;
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• Caracterizar um aparelho vulcânico;
• Distinguir os tipos de actividade vulcânica;
• Mencionar algumas manifestações secundárias do vulcanismo;
• Explicar o ciclo geológico;
• Analisar os principais problemas resultantes das actividades humanas sobre a natureza;
• Caracterizar os principais tipos de solos;
• Compreender a acção dos principais poluentes sobre a natureza
• Assumir a importância da conservação e defesa da natureza;
• Conviver com as pessoas que o rodeiam respeitando a sua condição física e idade;
• Realizar actividades que concorrem para a conservação e gestão das águas.
• Explicar a importância da defesa dos recursos naturais, tais como: hídricos, florestais,
minerais e outros;
• Fundamentar as causas das desigualdade no desenvolvimento sócio-economico dos países,
sem pôr em causa o bom relacionamento entre os povos;
• Participar na implementação de projectos para benefício próprio, da família, da comunidade
e do país;
• Reconhecer as causas das desigualdades no desenvolvimento sócio-económico dos países,
sem pôr em causa o bom relacionamento entre os povos;

• Participar em actividades que concorrem para a melhoria da qualidade de vida, tais como,
limpeza de instituições e locais públicos e participação em projectos de geração de
rendimento;
• Dinamizar na comunidade, acções que têm em vista a preservação do ambiente

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5.VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS
Trimestre Unidade Temática Conteúdo
1. -Conceito de pensamento geográfico
Unidade 1: 1.1. Objecto da Geografia
1.2. Divisões da Geografia
INTRODUÇÃO 1.3. Posição da Geografia no contexto das ciências
DO 1.4. Importância e aplicação da Geografia
I PENSAMENTO 1.5. Métodos geográficos: de observação, descritivo, cartográfico,
GEOGRÁFICO de balanço, comparativo, matemático.

1.6. Evolução do pensamento geográfico


1.6.1. Na Antiguidade
1.6.2. Na Época Medieval
1.6.3. Na Época Moderna e Contemporânea

1.7. As grandes correntes geográficas


1.7.1. Corrente determinista
1.7.2. Corrente possibilista
1.7.3. Corrente corológica
2.1 A esfera celeste
-Unidade 2: . Estrelas, planetas e cometas
2.2. O Sistema Solar: o sol e os planetas
COSMOGRAFIA 2.3. A Terra: forma, dimensão e seus movimentos
2.3.1. Consequências dos movimentos da Terra

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3.1. Conceito de ambiente bioclimático
. Ambiente
Unidade 3: . Climatogeografia
. Biogeografia
AMBIENTE 3.2 Evolução do conhecimento científico da atmosfera
BIOCLIMÁTICO 3.3. Estrutura e composição da atmosfera

3.4. Equilíbrio térmico da Terra


3.4.1.Mecanismo da radiação
3.4.2.Variação da radiação à superfície da terra:
. Temperatura
. Variação da temperatura

3.5. Circulação geral da atmosfera

3.6. Massas de ar e seu dinamismo


3.6.1. Classificação das massas de ar
3.6.2. Estabilidade e instabilidade das massas de ar
3.6.3. Perturbações frontais:
.Frente fria e frente quente

3.7. Humidade atmosférica


. Humidade absoluta
. Humidade relativa
. Variação da humidade
II
3.8. Formas de precipitação atmosférica
. Tipos de pluviosidade e sua distribuição geográfica

3.9. Ciclo da água


. Processos
. Importância

3.10. Tempo e clima


3.10.1. Relação entre tempo e clima
3.10.2. Classificação dos climas segundo Köppen e Thornthwaite
3.10.3. Caracterização dos climas, vegetação e fauna
3.11. Distribuição geográfica das regiões bioclimáticas
3.11.1. Região intertropical
3.11.2. Região temperada
3.11.3. Região fria
3.11.4. Regiões de grandes altitudes
3.12. Importância da protecção e conservação dos recursos
bioclimáticos.

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4.1. Conceito de Geomorfologia
Unidade 4: 4.2 Rochas
4.2.1. Rochas ígneas ou magmáticas
GEOMORFOLOGIA 4.2.2. Rochas sedimentares
4.2.3. Rochas metamórficas

4.3. A litosfera
4.3.1. Estrutura interna da terra
4.3.1.Crusta, manto e núcleo
4.3.2. Astenosfera
4.3.3. Equilíbrio isostático e anomalias de gravidade

4.4. Migração dos continentes


4.4.1. Teoria da translação dos continentes – Teoria de Wegener
4.4.2. Teoria da tectónica de placas (Teoria da deriva dos
continentes) e Correntes de Convecção
. Principais placas tectónicas
. As correntes de convecção

4.5. Agentes internos do relevo


4.5.1. -Movimentos tectónicos
4.5.1.1 -Estruturas falhadas
Evolução dos relevos de falha
4.5.1.2 -Estrutura enrugadas
. Alguns elementos das estruturas enrugadas
. Tipos de dobras ou pregas
. Evolução dos relevos enrugados

4.5.2. Sismos
4.5.2.1. Conceito de Sismos
. Causas dos sismos
4.5.2.3. Ondas sísmicas e sua propagação
. Intensidade dos sismos
. Instrumentos de medição
4.5.2.4. Efeitos dos sismos
4.5.2.5. Distribuição geográfica das regiões sísmicas

4.5.3.Vulcanismo
4.5.3.1. Conceito de vulcão – aparelho vulcânico
Causas do vulcanismo
4.5.3.2. Tipos de erupção: Hawaiano, Stromboliano, Vulcaniano e
Peleano
4.5.3.3-Fenómenos secundários do vulcanismo
4.5.3.4. Impacto do vulcanismo
4.5.3.5. Distribuição geográfica das regiões vulcânicas
4.5.3.6. Importância do vulcanismo

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4.6. Agentes externos do relevo
Unidade 4: 4.6.1- Meteorização – conceito
. Alteração mecânica e bioquímica
GEOMORFOLOGIA . Distribuição dos tipos de alteração a superfície do globo
4.6.2. Deslocamento de terras por acção da gravidade
Movimentos lentos: creep e solifluxão
Movimentos rápidos: avalanches

4.6.3. Acção do mar


. Costa e o modelado litoral
. Tipos de costa,
. Características das costas,

4.7. Alteração do relevo nas diferentes regiões climáticas:


. Região intertropical
. Região temperada
. Região fria
4.8. Ciclo geológico

4.9. Importância do relevo

5.1 Conceito de Pedogeografia


Unidade 5: .Conceito de solo
5.2 .Composição, textura e estrutura de um solo
PEDOGEOGRAFIA 5.3. Formação do solo
. Factores da pedogénese
. Rocha mãe, topografia, clima, cobertura vegetal e tempo
5.4.Evolução de um solo
5.5.Classificação dos solos
. Solos Zonais (latossolos, podzólicos, desérticos, de
tundra)
. Solos Intrazonais (hidromórficos, salinos ou
halomórficos, grumussolos)
. Solos Azonais (litossolos, regossolos, aluviais).
5.6.Distribuição geográfica dos solos

5.7.Importância dos solos

5.8 .Medidas de melhoramento e defesa dos solos

17
Unidade 6: 6.1 Conceito de Hidrogeografia

HIDROGEOGRAFIA 6.2 Rios


6.2.1 Regime dos rios
6.2.2 Dinâmica e estrutura dos rios
6.2.3 Cursos de água subterrânea
6.2.4.Balanço hídrico
6.2.5 Os maiores rios do globo

6.3. Lagos
6.3.1 Origem dos lagos
6.3.2 Dinâmica dos lagos
6.3.3 Os maiores lagos do globo

6.4. Oceanos e mares


6.4.1 Propriedades físicas e químicas
6.4.2 Dinâmicas das águas do mar
6.4.3 Principais oceanos e mares

6.5 Importância da hidrosfera

6.6. Medidas de defesa e conservação da hidrosfera

18
6. Plano Temático

Unidade Objectivos Específicos Competências Básicas Carga


Temática O aluno deve: Conteúdos O aluno: Horária
• Definir o conceito de 1. -Conceito de pensamento geográfico
pensamento geográfico; 1.1. Objecto da Geografia • Assume a 12
• Explicar o objecto de estudo 1.2. Divisões da Geografia importância do
Unidade 1: da Geografia; 1.3. Posição da Geografia no contexto das estudo da Geografia.
• Relacionar a Geografia ciências
INTRODUÇÃO Física com a Geografia 1.4. Importância e aplicação da Geografia • Analisa a evolução
AO Humana; 1.5. Métodos geográficos: de observação, da ciência
PENSAMENTO • Relacionar a Geografia com descritivo, cartográfico, de balanço, geográfica ao longo
GEOGRÁFICO outras ciências; comparativo, matemático. dos tempos.
• Explicar os métodos
geográficos; 1.6. Evolução do pensamento geográfico • Aplica métodos
• Descrever a evolução do 1.6.1. Na Antiguidade geográficos na
pensamento geográfico; 1.6.2. Na Época Medieval investigação
• Explicar o desenvolvimento 1.6.3. Na Época Moderna e Contemporânea. científica.
da ciência geográfica;
1.7. As grandes correntes geográficas
• Comparar as grandes
1.7.1. Corrente determinista
correntes geográficas;
1.7.2. Corrente possibilista
• Reconhecer o contributo da
1.7.3. Corrente corológica. • Compreende o
Geografia no
desenvolvimento da contributo de outras
sociedade. ciências para a
Geografia.

19
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Unidade 1:
Introdução ao Pensamento Geográfico

Nesta unidade pretende-se enquadrar o aluno na história e evolução da Ciência Geográfica. Para o efeito, é importante a realização de
trabalhos de investigação referentes aos diferentes temas da unidade e posterior debate, recorrendo-se aos conhecimentos de outras
disciplinas, particularmente da História e Filosofia, para facilitar a compreensão sobre as características de cada etapa. Deste modo, ao
longo desta unidade podem ser desenvolvidas as seguintes actividades:
• Pesquisa e análise bibliográfica;
• Discussão dos temas em grupo e apresentação da síntese;
• Trabalhos práticos de análise da evolução do pensamento geográfico;
• Estudo e discussão da importância e aplicação da Geografia.
A experiência do aluno na disciplina de Ciências Sociais, no Ensino Básico e na disciplina de Geografia a partir da 8ª classe do Ensino
Secundário Geral pode servir de base para a discussão sobre as diferentes formas de tratamento do conceito de Geografia, sua
importância, resgatando aspectos relativos ao pensamento geográfico.
Indicadores de desempenho
ƒ Explica a importância do estudo da Geografia;

ƒ Explica a evolução da ciência geográfica ao longo dos tempos;

ƒ Distingue as grandes Correntes Geográficas;


ƒ Compreende a relação da Geografia com outras ciências.

20
PLANO TEMÁTICO
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS BÁSICAS CARGA
TEMATICA O aluno deve: CONTEÚDOS O aluno: HORÁRIA

Explicar a posição da Terra no 2.1 A esfera celeste • Aplica os conhecimentos 4


sistema solar e no Estrelas, planetas e cometas sobre a Terra no Universo
Unidade 2: Universo; para compreender os
diversos fenómenos;
2.2. O Sistema Solar: o sol e os
COSMOGRAFIA Relacionar os fenómenos planetas
cósmicos com os que
ocorrem a superfície da 2.3. A Terra: forma, dimensão e • Relaciona os fenómenos
terra; seus movimentos cósmicos e seu impacto na
superfície terrestre.
Analisar as consequências dos 2.3.1. Consequências dos
movimentos da Terra; movimentos da Terra
• Repudia todas as acções
que podem pôr em perigo a
vida na Terra.

21
SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade 2:
Cosmografia
Recomenda-se que na abordagem dos conteúdos se tome em consideração os princípios didácticos gerais, como por exemplo, do
simples ao complexo, do conhecido ao desconhecido, da teoria à prática assim como os princípios especiais do ensino da Geografia,
designadamente, princípios da inter relação do estudo do território e dos componentes, (2) princípio da inter - relação do
conhecimento das ciências naturais e sociais (3) princípio da inter relação do estudo da estrutura e desenvolvimento territorial, (4)
princípio da variação da escala e (5) princípio da comparação permanente com a realidade próxima do aluno. De referir que esta
recomendação é válida para todo o processo de ensino-aprendizagem.
• Aconselha a realização de trabalho prático em grupos sobre a importância do estudo do Universo, e a sua apresentação e
debate em grupos e na turma;
• Baseando-se na aprendizagem adquirida na disciplina de Desenho, o aluno poderá fazer a representação do Sistema Solar.

Indicadores de desempenho
ƒ Aplica os conhecimentos sobre a Terra no Universo para compreender os diversos fenómenos geográficos;
ƒ Explica a importância do estudo do Universo;
ƒ Relaciona os fenómenos cósmicos e seu impacto na superfície terrestre.

22
PLANO TEMÁTICO
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS BÁSICAS CARGA
TEMATICA O aluno deve: CONTEÚDOS O aluno: HORÁRIA
• Identificar os principais 3.1. Conceito de ambiente
componentes do ar, bioclimático • Diferencia as regiões 36
. Ambiente bioclimáticas
• Distinguir a camadas da . Climatogeografia
atmosfera; . Biogeografia
Unidade 3:
3.2 Evolução do conhecimento
científico da atmosfera
AMBIENTE • Explicar a importância da 3.3. Estrutura e composição da • Explica a importância da
BIOCLIMÁTIC conservação e defesa da atmosfera conservação e defesa da
O atmosfera; atmosfera;
3.4. Equilíbrio térmico da Terra
3.4.1.Mecanismo da radiação
• Explicar os principais 3.4.2.Variação da radiação à superfície
processos de aquecimento da da terra:
atmosfera; . Temperatura
. Variação da temperatura

3.5. Circulação geral da atmosfera

• Explicar a circulação geral da 3.6. Massas de ar e seu dinamismo


atmosfera; 3.6.1. Classificação das massas de ar
• Caracterizar as massas de ar; 3.6.2. Estabilidade e instabilidade das
• Identificar os principais massas de ar
3.6.3. Perturbações frontais:
problemas resultantes das
actividades humanas na . Frente fria e
. Frente quente
atmosfera;

3.7. Humidade atmosférica


. Humidade absoluta
. Humidade relativa

23
• Diferênciar as principais . Variação da humidade
formas de precipitação; 3.7.1. Instrumentos de medição
3.8. Formas de precipitação • Estabelece interligação entre o
• Explicar a distribuição da atmosférica clima, fauna e flora
pluviosidade a superfície da . Tipos de pluviosidade e sua
terra; distribuição geográfica

Unidade 3: • Explicar o ciclo da água; 3.9. Ciclo da água


. Processos
AMBIENTE . Importância
BIOCLIMÁTIC • Distinguir tempo e clima;
O 3.10. Tempo e clima
• Comparar as classificações 3.10.1. Relação entre tempo e clima • Aplica modelos de classificação
climáticas; 3.10.2. Classificação dos climas climática.
segundo Köppen e Thornthwaite
• Localizar as principais regiões 3.10.3. Caracterização dos climas,
bioclimáticas; vegetação e fauna
3.11. Distribuição geográfica das
• Caracterizar as principais regiões bioclimáticas
3.11.1. Região intertropical
regiões bioclimáticas;
3.11.2. Região temperada
3.11.3. Região fria • Participa em campanhas que
3.11.4. Regiões de grandes altitudes visem utilizar racionalmente os
• Explicar a necessidade de
3.12. Importância da protecção e recursos florestais e faunísticos,
conservação e defesa dos
conservação dos recursos bioclimáticos.
recursos florestais e
faunísticos.

24
SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade.3
Ambiente Bioclimático

Na abordagem desta unidade é importante que o aluno discuta a noção de ambiente bioclimático, a importância do conhecimento de
vários fenómenos atmosféricos e sua influência sobre os ecossistemas, apresentando exemplos concretos.

É fundamental referir todos os factores do clima incluindo os conteúdos programáticos que se relacionam directa ou indirectamente
com os climas, tais como conhecimentos da Cosmografia, Biologia, Física, Química e outros.

Podem-se realizar visitas de estudo às estações meteorológicas locais, registar as principais variações meteorológicas da região e
representar os dados obtidos em gráficos e mapas. Para o efeito, aconselha-se o uso de papel milimétrico, papel quadriculado e/ou
papel vegetal, podendo-se trabalhar em estreita colaboração com o professor de Desenho, no âmbito de interdisciplinaridade, para
ampliação dos gráficos em cartolina, papel gigante ou papelografo ou ainda o papel caqui.

Há necessidade de incluir aspectos de educação ambiental em todas as unidades para que o aluno tome consciência, adquira
conhecimentos, desenvolva atitudes e comportamentos para a participação mais activa na protecção e melhoria do ambiente que
constitui uma das maiores preocupações da actualidade.

Recomenda-se a observação da situação real do clima da região onde a escola está inserida e elaboração de trabalhos práticos de
análise da influência dos factores do clima, estabelecendo comparação com outras realidades.

25
Indicadores de desempenho

ƒ Caracteriza a estrutura da atmosfera


ƒ Explica a circulação geral da atmosfera;
ƒ Caracteriza as regiões bioclimáticas;
ƒ Relaciona os elementos e factores do clima;
ƒ Localiza o clima e sua vegetação e fauna;
ƒ Explica as causas da distribuição da flora e fauna;
ƒ Explica a necessidade de conservação e defesa dos recursos florestais e faunísticos.

26
PLANO TEMÁTICO
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS CARGA
TEMATICA O aluno deve: CONTEÚDOS BÁSICAS HORÁRIA
O aluno:
4.1. Conceito de Geomorfologia
• Distinguir os principais tipos 4.2 Rochas 30
de rochas 4.2.1. Rochas ígneas ou magmáticas
Unidade 4: 4.2.2. Rochas sedimentares
4.2.3. Rochas metamórficas
GEOMORFOLOGI • Fundamenta com
• Caracterizar cada uma das 4.3.Litosfera base nos argumentos
A
camadas da estrutura interna da 4.3.1. Estrutura interna da terra de Wegener a teoria
terra; 4.3.2. Crusta, manto e núcleo da deriva dos
4.3.3. Astenosfera continentes;
4.3.4. Equilíbrio isostático e anomalias de
gravidade

• Referir os argumentos 4.4. Migração dos continentes


apontados por Wegener para 4.4.1. Teoria da translação dos continentes – • Identifica as formas
justificar a teoria da deriva dos Teoria de Wegener resultantes dos
continentes 4.4.2. Teoria da tectónica de placas e Correntes de movimentos
Convecção tectónicos;
• Explicar a teoria da tectónica - Principais placas
das placas e das correntes de - As correntes de convecção
convecção;
• Explicar as formas resultantes 4.5. Agentes internos do relevo
dos movimentos tectónicos; 4.5.1. -Movimentos tectónicos
4.5.1 -Estruturas falhadas
Evolução dos relevos de falha
4.5.2 -Estrutura enrugadas
. Alguns elementos das estruturas enrugadas
. Tipos de dobras ou pregas
. Evolução dos relevos enrugados

27
• Caracterizar os sismos. 4.5.2. Sismos
• Referir os efeitos dos sismos; 4.5.2.1. Conceito de Sismos • Colabora nas
. Causas dos sismos medidas de
4.5.2.3. Ondas sísmicas e sua propagação prevenção dos
. Intensidade dos sismos efeitos dos desastres
. Instrumentos de medição naturais;
Unidade 4: 4.5.2.4. Efeitos dos sismos
4.5.2.5. Distribuição geográfica das regiões
GEOMORFOLOGI sísmicas
A
• Relacionar a expansão dos 4.5.3.Vulcanismo
fundos oceânicos com o 4.5.3.1. Conceito de vulcão – aparelho vulcânico • Participa em acções
vulcanismo; Causas do vulcanismo de auxílio às vítimas
• Caracterizar um aparelho 4.5.3.2. Tipos de erupção: Hawaiano, de desastres
vulcânico Stromboliano, Vulcaniano e Peleano naturais;
• Distinguir os tipos de -Fenómenos secundários do vulcanismo
actividade vulcânica; 4.5.3.3. Impacto do vulcanismo
• Identificar manifestações 4.5.3.4. Distribuição geográfica das regiões
secundárias do vulcanismo; vulcânicas
4.5.3.5. Importância do vulcanismo

4.7. Agentes externos do relevo • Explica os diversos


4.6.1- Meteorização - conceito tipos de
. Alteração mecânica e bioquímica meteorização;
. Distribuição dos tipos de alteração a
• Explicar a influência dos superfície do globo
agentes da geodinâmica 6.4.1. Deslocamento de terras por acção da
externa em diferentes gravidade
ambientes bioclimáticos; . Movimentos lentos: creep e solifluxão
. Movimentos rápidos: avalanches
• Explica os fenómenos de
deslocamento de terras;
6.4.2. Acção do mar
• Explicar os modelados da
. Costa e o modelado litoral • Relaciona a acção
costa; . Tipo de costa, do mar com os seus

28
. Características das costas, efeitos positivos e
• Identificar as formas negativos;
decorrentes das actividades 6.5. Alteração do relevo nas diferentes regiões
humanas na transformação do climáticas:
Unidade 4: relevo; . Região intertropical
• Demonstrar solidariedade com . Região temperada
GEOMORFOLOGI as vítimas de desastres . Região fria
A naturais; 6.6. Ciclo geológico

6.7. Importância do relevo • Valoriza o ciclo


• Caracterizar o ciclo geológico; geológico na
dinâmica da Terra;

• Desenvolve hábitos
de conservação e
protecção da
Natureza.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade 4:
Geomorfologia

Esta unidade trata da compreensão das formas da superfície terrestre sob o ponto de vista descritivo, cronológico e evolutivo. Os
objectivos desta unidade podem ser atingidos por meio de: exposições bem estruturadas, com esquemas, perguntas ou tarefas que
permitam aos alunos aprofundar os conteúdos; pode ser feito trabalho independente dos alunos orientado pelo professor elevando

29
assim a efectividade na aquisição de conhecimentos, habilidades e desenvolvimento de novas atitudes nos alunos. Recomenda-se a
elaboração e interpretação de cartas morfológicas e uso de modelos sempre que possível.

A compreensão dos problemas geográficos só é possível se na metodologia a aplicar nesta disciplina, o professor procurar orientar o
processo de ensino-aprendizagem para um maior realismo dos factos e fenómenos geográficos. Para o efeito, o professor deve
procurar material didáctico, tal como, livro do aluno, manual do professor, mapas, atlas geográfico, globo e livros de consulta. Assim,
as seguintes actividades podem ser desenvolvidas:
• Promover situações de trabalho que requeiram a construção e a leitura, pelos alunos, de mapas e gráficos;
• O aluno pode elaborar pequenos projectos, em grupo, para resolver problemas ambientais concretos, identificados na escola
ou no local de residência;
• Pesquisa e análise bibliográfica dos conteúdos da Geomorfologia seguida de apresentação e debate;
• Pesquisa de campo sobre as rochas.

Indicadores de desempenho

ƒ Caracteriza cada uma das camadas da estrutura interna da terra;


ƒ Explica os argumentos apontados por Wegener para justificar a teoria da deriva dos continentes;
ƒ Explica os efeitos dos sismos;
ƒ Relaciona o vulcanismo;
ƒ Distingue os tipos de actividade vulcânica;
ƒ Menciona manifestações secundárias do vulcanismo;

30
ƒ Localiza as principais áreas vulcânicas do globo terrestre;
ƒ Explica meteorização;
ƒ Identifica os agentes da geodinâmica externa preponderantes em diferentes ambientes bioclimáticos;
ƒ Explica o ciclo geológico;
ƒ Explica a importância do relevo nas actividades sócio-económicas;
ƒ Solidariza-se com vítimas de desastres naturais;
ƒ Contribui para a defesa e conservação da natureza.

31
PLANO TEMÁTICO
UNIDADE COMPETÊNCIAS CARGA
TEMATICA OBJECTIVOS ESPECÍFICOS BÁSICAS HORÁRIA
O aluno deve: CONTEÚDOS O aluno:
• Descrever o processo de formação 5.1 Conceito de Pedogeografia
do solo; Conceito de solo 13
5.2 Composição, textura e estrutura de um
UNIDADE 5: • Caracterizar a composição, textura solo • Caracteriza a composição,
PEDOGEOGRAFIA e estrutura do solo; textura e estrutura do solo;
5.3 Formação do solo
• Caracterizar os principais tipos de Factores da pedogénese:
solos; . rocha-mãe, topografia, clima, • Identifica os principais
cobertura vegetal e tempo problemas resultantes das
• Explicar a acção dos principais 5.4. Evolução de um solo actividades humanas sobre
poluentes do solo; o solo
5.5. Classificação dos solos
• Identificar os principais problemas . Solos Zonais (latossolos, podzólicos,
resultantes das actividades desérticos, de tundra)
humanas sobre o solo e propor . Solos Intrazonais (hidromórficos,
medidas de solução; salinos ou halomórficos, grumussolos)
. Solos Azonais (litossolos, regossolos,
• Explicar a importância da aluviais). • Explica a importância da
conservação e defesa dos solos. 5.6. Distribuição geográfica dos solos conservação e defesa dos
solos.
5.7. Importância dos solos

5.8 Medidas de melhoria, defesa e


conservação dos solos

32
SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Unidade 5:
Pedogeografia

Nesta unidade, devem-se analisar as questões fundamentais sobre a origem, os tipos e a repartição geográfica dos solos. É
fundamental que o aluno reconheça a importância da protecção e melhoramento dos solos. Sugere-se ainda, nesta unidade a
realização de ensaios para o apuramento da composição, textura e estrutura dos solos. Para melhor compreensão do tema,
recomenda-se que o aluno faça pesquisa de campo sobre os solos na zona da sua escola e arredores, faça a observação e recolha de
dados sobre a composição, textura e estrutura do solo.

Numa visita de estudo, o aluno pode relacionar os tipos de solos com as características do clima, vegetação e fauna,
interrelacionando, assim, as componentes da natureza.

Os trabalhos realizados têm que ser apresentados e debatidos na turma e alguns podem ser seleccionados para exposição na escola
ou em outros locais.

Indicadores de desempenho

• Localiza os principais tipos de solos;


• Explica a evolução de um solo;
• Caracteriza a composição, textura e estrutura do solo;
• Caracteriza os principais tipos de solos;
• Compreende a acção dos principais poluentes do solo
• Contribui com acções que visem a conservação e defesa dos solos;
• Identifica os principais problemas resultantes das actividades humanas sobre o solo.

33
34
PLANO TEMÁTICO
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS BÁSICAS CARGA
TEMATICA O aluno deve: CONTEÚDOS O aluno: HORÁRIA
6.1 Conceito de hidrogeografia
• Explicar a importância 12h
dos recursos hídricos nas 6.2 Rios
UNIDADE 6: actividades sócio- 6.2.1 Regime dos rios -Explicar a importância dos recursos
económicas; 6.2.2 Dinâmica e estrutura dos rios hídricos nas actividades sócio-
HIDROGEOGRAFIA 6.2.3 Cursos de água subterrânea económicas;
• Caracterizar rios, mares, 6.2.4.Balanço hídrico
lagos e oceanos; 6.2.5 Os maiores rios do globo

6.3. Lagos
• Localizar os oceanos, 6.3.1. Origem dos lagos -Avalia as disponibilidades hídricas;
principais rios e lagos no 6.3.2. Dinâmica dos lagos
planisfério; 6.3.3. Os maiores lagos do globo

• Avaliar as 6.4. Oceanos e mares


disponibilidades hídricas; 6.4.1. Propriedades físicas e
• Assumir a necessidade da químicas
defesa e conservação da 6.4.2. Dinâmica das águas do -Explica a necessidade de medidas
hidrosfera mar de conservação e protecção dos
6.4.3. Principais oceanos e mares recursos hídricos na comunidade.

6.5. Importância da hidrosfera

6.6. Medidas de defesa e


conservação da hidrosfera

35
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Unidade 6:
Hidrogeografia

É importante a compreensão dos principais processos hidrológicos assim como reconhecer as propriedades físicas, químicas e
biológicas das águas. Durante o processo de ensino-aprendizagem o professor terá que incentivar o estudo e discussão sobre
conservação e protecção das águas. Nesta unidade recomenda-se a realização de trabalhos de investigação sobre: águas subterrâneas,
dinâmica dos lagos, importância da hidrosfera e medidas de conservação dos recursos hídricos

Sugere-se a realização de visitas às estações de captação e tratamento de água, podendo-se avaliar a qualidade e quantidade da água
armazenada. Os relatórios destas visitas podem ser divulgados à comunidade escolar.

Indicadores de desempenho
ƒ Caracteriza rios, lagos e oceanos
ƒ Localiza os principais oceanos, rios, mares e lagos no planisfério;
ƒ Avalia as disponibilidades hídricas de uma região;
ƒ Explica a importância dos recursos hídricos para as actividades sócio-económicas;
ƒ Explica a dinâmica das águas dos oceanos e mares;
ƒ Propõe medidas de conservação e protecção dos recursos hídricos na comunidade.

36
7. Avaliação
A avaliação é uma função didáctica, necessária, contínua e sistemática que se realiza ao
longo de todo o processo de ensino e aprendizagem. Através desta, pode-se acompanhar
o desenvolvimento das competências pelos alunos.
A aprendizagem de Geografia passa pelas actividades e exercícios que permitam ao aluno
desenvolver competências para a vida, ou seja, adquirir conhecimentos, capacidades e
desenvolver habilidades e atitudes positivas.
A avaliação tem que assumir um carácter formativo, acompanhando a evolução do aluno
ao longo das aprendizagens. Para o efeito o professor não deve cingir-se apenas aos
testes, mas sim deve diversificar as formas de avaliação, considerando por exemplo:
• Participação do aluno na aula;
• Realização e correcção do TPC;
• Colocação de dúvidas;
• Exposição de ideias (clareza, sequência lógica, tom de voz, dicção, construção
frásica e outros aspectos).
• Elaboração de portfólios;
• Organização, elaboração e conservação dos materiais didácticos;
• Visitas de estudo; recolha de amostras;
• Elaboração de relatórios;
• Participação em debates e palestras;
• Participação em trabalhos de projectos comuns com disciplinas que se
relacionam com a Geografia, como por exemplo: Português, História,
Biologia, Química, Física e outras. Este trabalho tem que ser corrigido pelos
professores das disciplinas intervenientes;
Participação em actividades co-curriculares e outras.

Tendo em conta que se pretende uma formação integral do aluno, a avaliação deverá
assim ser mais abrangente, considerando as competências básicas preconizadas em cada
unidade temática e no ciclo no seu todo.

37
8. Bibliografia básica
II Ciclo

ANDRADE, M.C. Geografia Económica. 8. ed. São Paulo, Atlas Editora, 1985.

ANTUNES, J. Geografia 10º-11º anos. (Área D) Vol II. 7. ed. , Lisboa, Plátano Editora,
1990.

_____. Geografia 11º ano. Novo Programa. Lisboa, Plátano Editora, 1995.

_____. Geografia, 11º ano. 4. ed. Lisboa, Plátano Editora, 2003.

ARAÚJO, Manuel. Geografia dos povoamentos: assentamentos humanos rurais e


urbanos. Maputo, Imprensa Universitária, 1997

ARAÚJO, Manuel e RAIMUNDO, Inês. A evolução do pensamento geográfico: um


percurso na história do conhecimento da terra e das correntes e escolas geográficas.
Maputo, Imprensa Universitária, 2002.

CLOZIER, René. História da Geografia. Lisboa, Publicações Europa-América, 1988

COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral, o espaço natural e socio-económico. S.


Paulo, Editora Moderna, 1992.

COSTA, A., et. al. Introdução à Geografia Humana 12˚ ano Tema B. Porto, Porto
Editora, 1993.

CUNHA, M.A. Geografia Geral. Rio de Janeiro, Francisco Alves Editora, 1982

KNAPIC, Dragomir. Geografia. Curso complementar do Ensino Secundário, 1º ano.


Lisboa, Editora Aster, s/d.

_____. Geografia 11º ano. Área D. Lisboa, Platano Editora, s/d

LEITE, I. Geografia. 12˚ano de Escolaridade. Lisboa, Ediçoes ASA, 1989.

Ministério da Educação (MINED). Atlas Geográfico. Vol I. 2. ed. rev. e actual. Maputo
MINED, 1986.

38
_____. Atlas Geográfico Universal. 2. ed. Maputo, MINED, 1997.

NAKATA, Hirome e COELHO, Marcos Amorim. Geografia Geral: série sinopse.


Geografia Física, Geografia Humana e Geografia Económica. S. Paulo, Editora
Moderna, 1978.

NANJOLO, Luís e ABDUL, Ismael. A terra: processos e fenómenos. Geografia da 11ª


classe. Maputo, Diname, 2003.

OMBE, Zacarias, MANDALA, Sabil e MALAUENE, Apolinário. Geografia dos solos:


Dicionário dos principais conceitos. Maputo, Universidade Pedagógica, 2007.

PEREIRA, Diamantino, SANTOS Douglas e CARVALHO, Marcos de. Geografia -


Ciência do espaço. 4. ed. rev. e actual,1999.

SILVA, Amparo Dias e GRAMAXO, Fernanda et. al. Terra, Universo de Vida. Porto,
Porto Editora, 1995.

39

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