Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A ausência da excursão contribui não só para a fraca actividade dos alunos, mas também para
a fragilidade do ensino de Geografia, que se torna rotineiro e de certo modo abstracto, pois os
alunos, no lugar de desenvolverem e elevarem as capacidades de compreensão da essência
dos fenómenos, esforçam-se pela simples memorização. Dai a pertinência do estudo da
importância da excurso para o bom desempenho dos aluno os na sala de aulas, pois é uma
ferramenta primordial para o ensino de geografia.
2
1.1.Justificativa
O presente trabalho é de extrema importância para nos como estudantes do curso de geografia
pois pude perceber desde então que afinal a maior parte de fenómenos, objectos e factos que
são retratados na sala de aulas existem ou ocorrem ao olhar dos intervenientes do processo de
ensino e aprendizagem, estão no seu meio, constituem o seu dia a dia, fazem parte da sua
vivência, da sua experiência. Muitas vezes, professores e alunos não se dão conta da
proximidade e importância destes para um ensino/aprendizagem mais consistente.
É com base nesta perspectiva que a presente proposta sugere diferentes alternativas de
planificação e realização de excursões de modo a criarem-se pressupostos necessários para
uma maior abstracção dos alunos, e para a elevação das suas actividades no processo de
ensino e aprendizagem.
1.2.Delimitação do tema
O presente trabalho tem como a sua área de estudo, a escola secundaria de Xai-Xai, localizada
na Província de Gaza, concretamente na Cidade de Xai-Xai, onde estudaremos o percurso da
turma de geografia sobre a pertinência da excursão geográfica.
3
1.3.Problematização
As constatações acima descritas revelam que a excursão geográfica não faz parte do processo
de ensino e aprendizagem na maior parte das nossas escolas. Há um deficiente cumprimento
das orientações sugeridas nos programas de ensino, tornando ineficiente o alcance integral dos
objectivos da disciplina de Geografia.
Até que ponto a excursão geográfica constitui uma forma de organização de ensino de
geografia.
1.4.Hipóteses
Perante o problema levantado, colocam-se as seguintes hipóteses:
4
1.5.Objectivos
1.5.1. Geral
Analisar a excursão geográfica como uma forma de organização do ensino de
geografia na escola secundaria de Xai-Xai.
1.5.2. Específicos
Identificar as dificuldades encaradas no processo de planificação e realização de
excursões geográficas;
Caracterizar os pontos de articulação entre a excursão geográfica e a prática
pedagógica na sala de aulas;
Mostrar a importância da excursão geográfica como uma forma de organização do
ensino de geografia,
5
2.0.Fundamentação teórica
A excursão geográfica, segundo (HORTA et al, 1985), é uma forma de organização do
processo docente educativo, no qual oferece múltiplas vantagens para vincular a escola com a
vida, de por em contacto o aluno com o meio natural e com o processo de produção material.
A excursão geográfica visa à compreensão e explicação das diferentes organizações espaciais,
com a finalidade de realizar observações e levantar informações. Esta é uma actividade
prática destinada a busca de conhecimentos através de uso de métodos e técnicas que venham
a auxiliar na construção de um conhecimento.
A Geografia é uma Ciência que estuda, descreve e interpreta os fenómenos que ocorrem na
superfície terrestre. Pela sua natureza ela dedica-se à distribuição desses fenómenos no globo.
“ É uma ciência de síntese, isto é, capaz de interpretar os fenómenos que ocorrem sobre a face
da terra, com a ajuda de um instrumental proveniente de uma multiplicidade de ramos do
saber…” (SANTOS,1996:97).
Segundo (FALCÃO & PEREIRA , 2009), a busca por alternativas metodológicas que levem o
aluno a compreender o mundo criticamente se faz necessária, visto que o excesso de aulas
expositivas, de conteúdo descritivo etc., têm motivado o descaso dos alunos em relação à
matéria.
A ciência geográfica auxilia-se na excursão geográfica para a construção mediação e
consolidação de conhecimentos. Esta ciência não pode se basear apenas a teoria, mas a
ligação entre o teórico e o pratico.
A excursão geográfica pode ser feita em redor da escola, no bairro, cidade. Os professores de
Geografia devem se auxiliar desta prática na leccionação dos seus conteúdos, não se limitando
apenas a explicação teórica na sala de aulas. Ela desperta interesse e motivação nos alunos,
predispondo e contribuindo para o gosto da disciplina.
6
3.0.Metodologias
Propus- me a desenvolver a pesquisa qualitativa, recorrendo à entrevista e a observação
participante na perspectiva de buscar sustento para fundamentar o problema levantado.
3.2.Pesquisa Qualitativa
A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os
pesquisadores que adoptam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um
modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua
especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria (GOLDENBERG, 1997, p. 34).
3.3.Observação directa
Para a materialização da pesquisa optar-se-á pela Observação uma vez que tem como
objectivo obter informações por meio dos órgãos dos sentidos do investigador durante a sua
permanência in loco no espaço da ocorrência de determinados aspectos da realidade. Para o
nosso caso essa recolha será feita na nas escola secundaria. Onde observaremos e ilustraremos
como é feito o excursão.
3.4.Pesquisa bibliográfica
Segundo CERVO e BERVIAN (1996:68) a pesquisa bibliográfica tem como objectivo
principal encontrar soluções em problemas formulados e, é usado para sustentar qualquer que
seja o trabalho para que tenha uma postura científica.
7
4.0.Desenvolvimento do trabalho
As excursões geográficas consistem em exercícios simples de trabalho no meio quotidiano do
aluno, onde por exemplo, servindo-se de um roteiro pode observar e descrever no seu diário
os aspectos geográficos que caracterizam a paisagem ao longo do seu trajecto de casa para
escola e vice-versa (HORTA, 1995).
Ela permite a aquisição de conhecimentos com duplo significado: por um lado referem-se às
particularidades dos objectos e/ou fenómenos geográficos observados, por outro reflectem
conceitos gerais de uma determinada classe dos mesmos.
4.2.Tipo de Excursão
A excursão geográfica não se resume a qualquer viagem realizada por uma turma, classe e/ou
escola. A excursão visa a obtenção e alcance de objectivos previamente traçados pelos
professores. Quanto a função didáctica, podemos destacar:
As excursões de introdução ou apresentação de novos conteúdos, os professores
servem-se deste tipo de excursões para familiarizar os alunos com o conteúdo a ser
introduzido.
Excursões geográficas de assimilação, servem-se destas os professores para
incorporar no aluno o conhecimento de alguns elementos que não foi possível fazer na
sala de aula e consolidar a matéria aprendida.
Excursões de aplicação, este tipo serve para o professor fazer um diagnóstico do que
foi aprendido na sala de aula, ou seja, o aluno faz aplicação dos conhecimentos
adquiridos
8
4.3.Organização de Excursão Geográfica
A excursão geográfica não é apenas um deslocamento de um ponto a outro, de uma cidade,
distrito, província à outra, ela exige uma planificação antecipada e rigorosa, ou seja ela possui
algumas etapas, sendo de destacar: preparo preliminar, preparo psicológico, organização da
excursão, observações dirigidas, relatório académico. Pode-se ainda resumir estas etapas em
apenas três, planificação, execução e conclusão ou avaliação.
4.3.1. Planificação
Esta etapa é muito importante visto que o sucesso da excursão depende de uma boa
planificação. Compreendem a esta etapa, todas actividades realizadas antes da execução, ou
seja, é nesta etapa onde o professor organiza o trabalho docente-aluno e cria condições para a
excursão.
É nesta etapa também que são definidos os objectivos da excursão, tomando em conta ao
conteúdo. Estes objectivos devem estar em conformidade com alguns factores, como, tipo de
excursão, idade, nível, entre outros. Ainda é nesta fase que o professor realiza uma visita
previa ao local escolhido como forma de criar condições para a realização da excursão. O
deslocamento prévio do professor é de extrema importância visto que este irá verificar as
potencialidades que a região pode oferecer para a realização da visita de estudo.
4.3.2. Execução
Esta fase é de realização de toda actividade planificada, ou seja, esta é a parte prática de todo
o processo. É nesta fase onde são desenvolvidas as observações, anotações e recolha de dados
e amostras, realização de entrevistas e questionários. Nesta etapa, a maior parte das
actividades são desenvolvidas pelos alunos, cabendo apenas ao professor e/ou guia a
mediação do processo. Cabe também ao professor esclarecer algumas dúvidas que vão
surgindo ao longo deste processo.
9
4.4.Excursão Geográfica e o ensino de Geografia
As visitas de estudo servem-se dos recursos locais próximos para estudos, observações,
caminhadas, entre outros. Proporciona a compreensão da interacção complexa dos processos
geográficos. (MUCHANGOS; 2007)
A excursão geográfica visa à compreensão e explicação das diferentes organizações espaciais,
com a finalidade de realizar observações e levantar informações. Esta é uma actividade
prática destinada a busca de conhecimentos através de uso de métodos e técnicas que venham
a auxiliar na construção de um conhecimento.
Segundo (FALCÃO & PEREIRA, 2009), a busca por alternativas metodológicas que levem o
aluno a compreender o mundo criticamente se faz necessária, visto que o excesso de aulas
expositivas, de conteúdo descritivo etc., têm motivado o descaso dos alunos em relação à
matéria. Na ciência geográfica auxilia-se na excursão geográfica para a construção mediação
e consolidação de conhecimentos. Esta ciência não pode se basear apenas a teoria, mas a
ligação entre o teórico e o prático.
A excursão geográfica pode ser feita em redor da escola, no bairro, cidade. Os professores de
Geografia devem se auxiliar desta prática na leccionação dos seus conteúdos, não se limitando
apenas a explicação teórica na sala de aulas. Ela desperta interesse e motivação nos alunos,
predispondo e contribuindo para o gosto da disciplina (SANTOS, 1996).
4.5.A excursão geográfica como forma de organização de ensino/aprendizagem
da Geografia
4.5.1. Algumas abordagens sobre a excursão geográfica
A excursão geográfica é uma forma de organização de ensino que permite a visualização de
objectos, fenómenos, processos geográficos no seu meio. Ela concretiza a observação directa,
ligando os aspectos abstractos com a realidade.
Mas não se trata de uma observação ingénua ou passiva. Trata-se sim de uma observação
problematizada pelas questões geográficas de cariz natural, social, político e económico que
circunscrevem estas realidades. Tal problematização faz parte intrínseca do método de uso das
excursões no PEA da Geografia.
10
5.0.Considerações finais
Findo o trabalho conclui-se que a excursão geografia é uma ferramenta primordial para o
alcance de bons resultados na sala de aulas pois o estudante vivencia o momento, na prática,
observando directamente os fenómenos ocorridos assim como fazendo o seu próprio
acompanhamento, isto é, a explicação para essa ocorrência e prováveis formas de mitigação
caso seja um problema que precise ser
A importância da excursão geográfica para o ensino de Geografia é indiscutível. O professor
deve fazer o uso desta prática durante o processo de ensino e aprendizagem e fazendo desta
uma actividade constante. Através do uso constante desta prática poderá se notar a melhoria
não só do ensino de Geografia mais de todo o processo de ensino.
Em raros casos saem para o pátio da escola. Com tudo isto, o ensino de Geografia passa a ser
apenas uma ciência/disciplina teórica e confinada a sala de aula, tornando os alunos menos
motivados e interessados aos conteúdos da disciplina.
É através das aulas de campo que se pode estimular o aluno para a constatação e resolução de
problemas nas escolas, bairros e cidade, contribuindo para o conhecimento da paisagem em
redor por parte dos alunos.
A geografia é uma ciência que incorpora duas áreas: física e económica. É através destas
aulas de campo que podem ser aperfeiçoadas as relações físico-sociais, melhorando desta
maneira a percepção destas relações e o desenvolvimento cultural.
11
6.0.Referências bibliográfica
1. FALCÃO, Wagner Scopel e PEREIRA, Thiago Barcelos. A Aula de Campo na
Formação Crítico/Cidadã do Aluno: Uma Alternativa para o Ensino de Geografia.
Porto Alegre. 2009.
2. HORTA, Mercedes Bent at all. Metodologia de la enseñanza de la Geografia.
Havana, Editoral Pueblo y Educaciona. 1985.
3. KERN, E. L. e CARPENTER, J. R. Effect of Field Activities on Student Learning. J.
Educ. 1986.
4. LAUTENSCHLAGER, Cristiane; KAVALES, Roseli Aparecida e LUDKA, Vanessa
Maria. Geografia e Prática de Campo. Santa Catarina. 2008.
5. MUCHANGOS, Aniceto dos. Educação Ambiental: Fundamentos e Estratégias.
DINAME, Maputo. 2007.
6. NICOLAU, Graciela Barroquê. Metodologia de la Eñsenanza de la Geografia . S.l:
editorial Pueblo Educación. 1991.
7. SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova. Da crítica da Geografia a uma
Geografia crítica. 4.ed. São Paulo : Editoria Hucitec. 1996.
8. VESENTINI, José William. O ensino da Geografia no século XXI. In Caderno
Prudentino de Geografia. São Paulo: Associação dos Geógrafos Brasileiros, 1995.
9. VIGOTSKI, L. S. A formação social da Mente: O desenvolvimento dos processos
Psicológicos Superiores. São Paulo: Martins Fontes. 2003.
10. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas. 2007.
11. GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record. 1997.
12