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Nomes:

Francisco José Pangunja

José Samuel Jacinto

Nilza Da Conceição

Tomé Albano António

Zainabo Sadique Cassamo

Movimentos Sísmicos

Licenciatura em Geologia

Universidade Pedagógica – Beira

Beira aos Abril de 2015


Nomes:

Francisco José Pangunja

José Samuel Jacinto

Nilza Da Conceição

Tomé Albano António

Zainabo Sadique Cassamo

Trabalho Apresentado ao departamento de


geociência, faculdade de ciências naturas e
matemática, Delegação da Beira, para fim
de classificação

Docente

Msc. Manharange

Universidade Pedagógica – Beira

Beira aos Abril de 2015


Índice

Introdução..........................................................................................................................2
1.1 Movimentos Sísmicos.................................................................................................3
2.1 Classificação das ondas sísmicas.................................................................................3
2.2 Tipos de Ondas Sísmicas.............................................................................................4
2.2.2 Ondas Superficiais ou Longas..................................................................................5
2.2.2.1 Ondas L ou de Love..............................................................................................5
2.2.2.2 Ondas Rayleig.......................................................................................................6
1.3 Efeito dos sismos.........................................................................................................6
1.4 Escalas de medição dos sismos...................................................................................8
1.4.1 Escala de Mercalli Modificada.................................................................................1
1.4.2 Antiga versão da Escala Mercalli.............................................................................2
1.4.3 Escala Mercalli-Cancani-Sieberg (MCS).................................................................2
1.4.4 Escala Mercalli-Wood-Neumann (MWN)...............................................................3
1.4.5 Escala Mercalli Modificada (MM)...........................................................................3
1.5 Escala de Richter.........................................................................................................6
1.5.1 Princípio da escala de Ricter....................................................................................7
1.5.2 Graduação da escala de Richter................................................................................8
1.6 Zonas Sísmicas............................................................................................................9
1.6.1 Zonas sísmica em Moçambique.............................................................................11
1.7 Conclusão..................................................................................................................13
1.8 Bibliografia................................................................................................................14
Introdução

Ao abordar o presente tem como tema movimentos sísmicos que são movimentos vibratório
brusco da superfície terrestre, devido a uma libertação de energia em zonas instáveis do
interior da Terra. Ou seja as ondas sísmicas correspondem a manifestações de energia,
resultante da fratura de rochas ou do movimento dos blocos ao longo de uma falha, e que se
propagam em todas as direções, acabando por atingir a superfície terrestre

O sismo é condicionado pela existência de algum tipo de movimento diferencial no material


de modo a que a tensão se possa acumular e ultrapassar o limite elástico do material; o
material tem de ceder por fractura frágil. A única região da Terra onde verificam estas
condições é na litosfera e por isso só nela ocorrem os tremores de terra, particularmente
onde as tensões estão concentradas junto das fronteiras das placas. Dentre estes processos
tectónicos acima referido, neste trabalho iremos debruçar em torno de escalas sísmicas,
intensidade, zonas sísmicas do globo e evidentemente em Moçambique e suas causa e
consequência.

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1.1 Movimentos Sísmicos

Um movimento vibratório brusco da superfície terrestre, devido a uma libertação de energia


em zonas instáveis do interior da Terra. Ou seja as ondas sísmicas correspondem a
manifestações de energia, resultante da fratura de rochas ou do movimento dos blocos ao
longo de uma falha, e que se propagam em todas as direções, acabando por atingir a
superfície terrestre.

As ondas sísmicas normalmente ocorrem quando material terrestre é sujeito a um nível de


tensão e acumula progressivamente uma dada quantidade de energia. Caso a acção da força
prossiga, o material pode apresentar um comportamento dúctil (induzindo do barramento do
material) ou quando ultrapassa do seu limite elástico (comportamento frágil) sofre fractura
que provoca movimentação dos blocos dando origem a uma falha. Quando as rochas
fracturam libertam, por ressalto elástico, a energia acumulada provocando vibrações no solo
que se propagam em forma de ondas sísmicas.

O sismo é condicionado pela existência de algum tipo de movimento diferencial no material


de modo a que a tensão se possa acumular e ultrapassar o limite elástico do material; o
material tem de ceder por fractura frágil. A única região da Terra onde verificam estas
condições é na litosfera e por isso só nela ocorrem os tremores de terra, particularmente
onde as tensões estão concentradas junto das fronteiras das placas

2.1 Classificação das ondas sísmicas

Os sismos podem ser agrupados em 2 grandes grupos - sismos naturais e sismos artificiais.
Os sismos artificiais incluem explosões em minas e pedreiras, explosões nucleares; os
sismos naturais incluem os sismos tectónicos – resultam de movimentos das placas
tectónicas, originando as falhas (inversa, transformante e normal), os sismos de colapso –
resultam do abatimento de grutas, de avalanchas ou deslizamento de terrenos, e os sismos
vulcânicos, que resultam de movimentos magmáticos e das fortes pressões que se fazem
sentir num vulcão antes de entrar em erupção (Figura 1.1)

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A - sismos tectónicos, B – sismos de colapso, C – sismos vulcânicos

2.2 Tipos de Ondas Sísmicas

Existem vários tipos de ondas sísmicas, que se podem agrupar em;

 Ondas de profundidade, interiores ou volumétricas: ondas P e ondas S.


 Ondas superficiais ou longas – ondas Ondas Love e ondas Rayleigh.

2.2.1 Ondas de Profundidade

2.2.1.1. Ondas P – primariam, Longitudinais ou de compressão

As ondas P ou primárias são as primeiras a serem sentidas quando há um abalo sísmico,


uma vez que são as mais rápidas. Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos,
paralelamente à direção da propagação da onda. À superfície ouvem-se como um trovão
distante.

Figura 1.2 (Ondas P)

4
2.2.1.2 Ondas S - Secundárias Ou Transversais

As ondas S são as segundas a serem detetadas, uma vez que são mais lentas do que as ondas
P. Apenas se propagam em meios sólidos, de forma perpendicular à direção de propagação
das ondas. À sua passagem a terra treme.

Figura 1.3 (ondas S)

2.2.2 Ondas Superficiais ou Longas

2.2.2.1 Ondas L ou de Love


As ondas L formam-se depois que as ondas P e S chegam à superfície. São mais lentas, mas
possuem uma maior amplitude, logo provocam maiores estragos. Propagam-se em sólidos.

As partículas vibram horizontalmente, segundo movimentos de torsão, fazendo um ângulo


de 90º com a direcção de propagação.

Figura 1.4 ( ondas de love)

5
2.2.2.2 Ondas Rayleig
Nas ondas de Rayleigh as partículas descrevem movimentos elípticos paralelamente à
direcção de propagação da onda. Propagam-se em meios sólidos e líquidos.

As partículas na frente de ondas das ondas Rayleigh são polarizadas de modo a vibrar no
plano vertical, assim o movimento resultante das partículas podem ser consideradas uma
combinação de ondas P e S V. Tomando o sentido de propagação da onda para a direita no
eixo horizontal, cada partícula atingida pela perturbação descreve um movimento elíptico
retrógrado, sendo que o eixo maior está alinhado com a vertical e o eixo menor com a
direção de propagação, como na figura tal.

A passagem da onda Rayleigh não perturba apenas a superfície livre do meio, abaixo deste
as partículas também são afetadas. A amplitude do movimento decresce com o aumento da
profundidade, para obter a profundidade de penetração é comum usar o conceito de skin
depth, ou seja, a profundidade.

Figura 1.5 ( ondas Rayleig)

1.3 Efeito dos sismos


A zona do interior do globo onde tem origem a ruptura ou simplesmente a deslocação das
rochas denomina-se por foco sísmico ou hipocentro.
A libertação de energia, lentamente acumulada no hipocentro traduz-se pela libertação de
partículas rochosas que se transmitem segunda superfícies concêntricas denominadas por
ondas sísmicas.

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Cada frente de onda separa uma região que experimenta uma perturbação sísmica partículas
de uma região que ainda não a experimentou. Qualquer trajectória perpendicular á frente da
onda denomina-se por raio sísmico.
Para um sismo o epicentro é a zona da superfície do Globo onde o sismo é sentido em
primeiro lugar, e geralmente com maior intensidade. Assim o epicentro é o local que fica
mais próximo do hipocentro, em virtude de se encontrar na vertical que por ele passa.

Figura 1.6 (Componentes de um sismo)

Maremotos:

Ocorrem quando o epicentro de um sismo se localiza no oceano, dando origem a uma vaga
enorme que se designa de maremoto ou tsunami. Estas vagas atingem a costa, varrem o
litoral provocando muitas vezes mais destruição e mortes que o próprio sismo.

A velocidade da vaga que constitui um maremoto está relacionada com a profundidade em


cada lugar. O decréscimo da profundidade age como um travão da velocidade da base da
vaga. Contrariamente, a crista da vaga não experimenta esta diminuição da velocidade,
tendendo a elevar-se cada vez mais e a rebentar sobre a costa como uma força de destruição
terrível.

7
Figura 1.7 (maremoto)
1. A ruptura causada pelo sismo no mar empurra a água para cima, dando início à onda
2. A onda gigante move-se nas profundezas do oceano a grande velocidade
3. Ao aproximar-se da terra, a onda perde velocidade, mas fica mais alta
4. Ela então avança por terra, destruindo tudo ao longo do seu caminh

1.4 Escalas de medição dos sismos


Os sismos são avaliados recorrendo a dois parâmetros, um qualitativo – intensidade, e um
quantitativo – magnitude. Cada um destes parâmetros é medido recorrendo a duas escalas
diferentes – Escala de Mercalli modificada (para a intensidade) e Escala de Richter (para a
magnitude)

A intensidade é um parâmetro que carateriza os efeitos produzidos pelos sismos nas


pessoas, objetos, estruturas construídas e meio ambiente, num determinado local. A cada
conjunto de efeitos corresponde um grau de intensidade. A intensidade depende:

 Da quantidade de energia libertada pelo sismo no foco (magnitude);

 Da profundidade do foco;

 Da distância do epicentro;

 Das caraterísticas geológicas do terreno;

 Do comportamento das populaçõe

8
1.4.1 Escala de Mercalli Modificada
A escala de Mercalli, na actualidade em rigor a Escala de Mercalli Modificada, é
uma escala qualitativa usada para determinar a intensidade de um sismo a partir dos seus
efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e naturais. Foi elaborada
pelo vulcanólogo e sismólogo italiano Giuseppe Mercalli, em1902, daí o nome que ostenta.
Os efeitos de um sismo são classificados em graus, denotados pelos numerais romanos de I a
XII, com o grau I a corresponder a um tremor não sentido pelas pessoas, e o grau XII à
alteração calamitosa do relevo da região afectada.

Como a intensidade de um sismo é um parâmetro que caracteriza os efeitos produzidos nas


pessoas, objectos, estruturas construídas e meio ambiente, num determinado local, sendo uma
escala de intensidade, a escala de Mercalli avalia os efeitos do sismo sobre cada ponto do
território, pelo que os valores variam em função da distância à região epicentral  (onde é mais
intenso, dada a proximidade da região de libertação de energia), dependendo ainda das
características geo-estruturais dos terrenos atravessados pelas ondas sísmicas e do tipo de
povoamento e características das construções. Esta variação espacial dos efeitos permite
traçar asisossistas do sismo, ou seja linhas que delimitam no território as áreas onde o sismo
foi sentido com igual intensidade.

Assim, numa escala de intensidade, como é o caso, a cada conjunto de efeitos corresponde um
determinado grau de intensidade, pelo que a intensidade em determinado local depende não só
da energia libertada pelo sismo (magnitude), mas também da distância a que esse sítio se
encontra do local em que foi gerado o sismo, e das características geológicas do local.  Como
as restantes escalas de intensidade, a escala de Mercalli é qualitativa, não fornecendo
informação absoluta sobre o sismo, já que os efeitos observados dependem em absoluto das
características do local onde sejam avaliados: um sismo de magnitude 8 na escala de
Richter num deserto inabitado é classificado como I na escala de Mercalli, enquanto que um
sismo de menor magnitude sísmica, por exemplo 5 na escala de Richter, numa zona onde as
construções são débeis e pouco preparadas para resistir a terramotos, pode causar efeitos
devastadores e ser classificado com intensidade IX na escala Mercalli.

A avaliação está também sujeita a elevada subjectividade, uma vez que se baseia na


observação humana. Para contrariar essa subjectividade, os observadores são treinados e a
escala inclui um conjunto de parâmetros objectivos que devem ser verificados. Nesse contexto
é crítica a classificação das alvenarias e das técnicas construtivas utilizadas, já que diferenças

1
na sua qualidade podem marcar a diferença entre danos marginais e a destruição total de um
edifício.

1.4.2 Antiga versão da Escala Mercalli


A escala Mercalli original foi uma alteração, feita por Giuseppe Mercalli em 1902, à escala
Rossi-Forel, de dez graus. A alteração visou dar maior precisão aos conceitos e criar uma
divisão entre graus que correlacionasse melhor os efeitos observados sobre os edifícios (na
Itália) com as características dos sismos, nomeadamente a aceleração e a amplitude do
movimento. A escala teve grande aceitação, paulatinamente substituindo a escala em que se
baseava.

Ao longo de quase um século de utilização, a escala de Mercalli foi objecto de múltiplas


alterações, algumas de natureza local ou regional, visando a sua adequação às características
construtivas dos edifícios de determinado país ou região. Outras alterações visaram melhorar
a correlação entre as características geofísicas dos sismos e os seus efeitos. Com o tempo e
com a melhoria dos conhecimentos dos efeitos dos sismos sobre os edifícios, a escala Mercalli
original caiu em desuso, substituída na actualidade pela Escala Mercalli Modificada.

1.4.3 Escala Mercalli-Cancani-Sieberg (MCS)


A "Escala Mercalli-Cancani-Sieberg" (MCS) teve a sua origem nas alterações introduzidas
em 1903 pelo geofísico italiano Adolfo Cancani na escala original de Mercalli. As alterações
consistiram numa definição de in0tervalos de aceleração que correspondiam, grosso modo,
aos estragos observados nas condições típicas das habitações italianas da época. A escala não
teve grande sucesso, sendo ao tempo pouco utilizada.

Contudo, a partir do trabalho de Cancani, em 1930 o geogfisico alemão August Heinrich


Sieberg produziu uma nova versão, a qual aumentou e melhorou a descrição dos efeitos dos
sismos, introduzindo para os sismos mais fracos uma avaliação das pessoas que os sentiram e
para os mais fortes, uma descrição dos efeitos sobre as diversas tipologias de edifícios. Nesta
escala, o aumento de um grau na intensidade corresponde idealmente a uma duplicação na
aceleração horizontal causada pelo sismo.

A escala teve largo uso, em especial nos países do sueste europeu, onde se manteve em uso
até finais do século XX, sendo então substituída pela Escala Mercalli Modificada. Uma versão
da escala está disponível na página da Protecção Civil Italiana.

2
1.4.4 Escala Mercalli-Wood-Neumann (MWN)
A "escala Mercalli-Wood-Neumann", por vezes referida apenas por "escala Wood Neuman",
foi apresentada em 1931 pelos sismologistas norte-americanos Harry Wood e Frank
Neumann. A escala foi desenvolvida a partir da escala de Mercalli Sieberg, da qual pouco
difere, nela introduzindo apenas os efeitos dos sismos sobre veículos motorizados e sobre
edifícios altos.

Apesar de aprovada num congresso internacional de sismologia, caiu rapidamente em desuso,


substituída a partir de meados da década de 1960 pela escala de Mercalli Modificada. A
escala, apesar de pouco utilizada, é frequentemente referida em cartas de risco e em textos
técnicos das últimas décadas. Uma versão completa da escala está disponível na página da
United States Geological Survey (USGS).

1.4.5 Escala Mercalli Modificada (MM)


A "Escala Mercalli Modificada" (versão de 1956),8 em geral designada "Escala MM" ou
"MMS", é a escala de intensidade sísmica mais utilizada no Mundo, tendo versões oficiais em
múltiplas línguas. A versão corrente da escala data de 1956 e resultou dos melhoramentos
introduzidos por Charles Richter, o criador daescala de Richter, na "escala Mercalli-Wood-
Neumann" (MWN) que havia sido publicada em 1931.

Em geral existe uma versão simplificada, utilizada na comunicação social e para comunicação
com o público em geral, e uma versão técnica utilizada pelos técnicos de sismologia e de
engenharia e pelos serviços de protecção civil para avaliação da intensidade sísmica. As
tabelas que se seguem apresentam uma versão em língua portuguesa da Escala MM nas suas
formas simplificada e completa. Na União Europeia pretende-se substituir a Escala Mercalli
pela Escala Macrossísmica Europeia, menos subjectiva, na avaliação e comunicação oficial
dos efeitos dos sismos.

A Escala de Mercalli Modificada descreve os pormenores produzidos pela vibração do solo,


associando-lhe um determinado grau de intensidade, sendo estes representados por algarismos
romanos.

3
Escala de Mercalli Modificada (1956)

Escal Intensidade Efeitos


a

I Imperceptíve Não sentido. Efeitos marginais e de longo período no caso de


l grandes sismos.

II Muito fraco Sentido pelas pessoas em repouso nos andares elevados de


edifícios ou favoravelmente colocadas.

III Fraco Sentido dentro de casa. Os objectos pendentes baloiçam. A


vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos
ligeiros. É possível estimar a duração mas pode não ser
reconhecido como um sismo.

IV Moderado Os objectos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à


provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de
pancada de uma bola pesada nas paredes. Carros estacionados
balançam. Janelas, portas e loiças tremem. Os vidros e as loiças
chocam e tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as
estruturas de madeira rangem.

V Forte Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direcção do movimento;


as pessoas são acordadas; os líquidos oscilam e alguns extravasam;
pequenos objectos em equilíbrio instável deslocam-se ou são
derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores
e os quadros movem-se. Os pêndulos de relógio param ou iniciam
ou alteram o seu estado de oscilação.

VI Bastante Sentido por todos. Muitos assustam-se e correm para a rua. As


forte pessoas sentem falta de segurança. Os pratos, as loiças, os vidros
das janelas, os copos partem-se. Objectos ornamentais e livros

4
caem das prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias
movem-se ou tombam. Os estuques fracos e alvenarias de
qualidade inferior (tipo D) fendem. Pequenos sinos tocam (igrejas
e escolas). As árvores e arbustos são visivelmente agitadas e ouve-
se o respectivo ruído.

VII Muito forte É difícil permanecer em pé. É notado pelos condutores de


automóveis. Objectos pendurados tremem. As mobílias partem.
Verificam-se danos nas alvenarias de qualidade inferior (tipo D),
incluindo fracturas. As chaminés fracas partem ao nível das
coberturas. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, cornijas,
parapeitos soltos e ornamentos arquitectónicos. Algumas fracturas
nas alvenarias de qualidade intermédia (tipo C). Ondas nos
tanques. Água turva com lodo. Pequenos desmoronamentos e
abatimentos ao longo das margens de areia e de cascalho. Os
grandes sinos tocam. Os diques de betão armado para irrigação são
danificados.

VIII Ruinoso Afecta a condução dos automóveis. Danos nas alvenarias de


qualidade intermédia (tipo C) com colapso parcial. Alguns danos
na alvenaria de boa qualidade (tipo B) e nenhuns na alvenaria de
qualidade superior (tipo A). Quedas de estuque e de algumas
paredes de alvenaria. Torção e queda de chaminés, monumentos,
torres e reservatórios elevados. As estruturas movem-se sobre as
fundações, se não estão ligadas inferiormente. Os painéis soltos no
enchimento de paredes são projectados. As estacarias
enfraquecidas partem. Mudanças nos fluxos ou nas temperaturas
das fontes e dos poços. Fracturas no chão húmido e nas vertentes
escarpadas.

IX Desastroso Pânico geral. Alvenaria de qualidade inferior (tipo D) destruída;


alvenaria de qualidade intermédia (tipo C) grandemente danificada,
às vezes com completo colapso; as alvenarias de boa qualidade

5
(tipo B) seriamente danificadas. Danos gerais nas fundações. As
estruturas, quando não ligadas, deslocam-se das fundações. As
estruturas são fortemente abanadas. Fracturas importantes no solo.
Nos terrenos de aluvião dão-se ejecções de areia e lama; formam-
se nascentes e crateras arenosas.

X Destruidor A maioria das alvenarias e das estruturas são destruídas com as


suas fundações. Algumas estruturas de madeira bem construídas e
pontes são destruídas. Danos sérios em barragens, diques e aterros.
Grandes desmoronamentos de terrenos. As águas são arremessadas
contra as muralhas que marginam os canais, rios e lagos; lodos são
dispostos horizontalmente ao longo de praias e margens pouco
inclinadas. Vias-férreas levemente deformadas.

XI Catastrófico Vias-férreas grandemente deformadas. Canalizações subterrâneas


completamente avariadas.

XII Cataclismo Grandes massas rochosas deslocadas. Conformação topográfica


distorcida. Objectos atirados ao ar. Jamais registado no período
histórico.

1.5 Escala de Richter


A escala de Richter serve para avaliar a magnitude de um sismo. Foi estabelecida pelo
sismólogo norte-americano Charles Francis Richter (1900-1985) em 1935. A escala de
Richter está compreendida entre 1 e 9 graus e é uma forma precisa para medir a intensidade
de um terramoto, calculada a partir da amplitude das ondas sísmicas observadas a uma
distância conhecida a partir do epicentro. Esta escala indica-nos o máximo de energia
libertada por um terramoto.

A escala Richter, também conhecida como escala de magnitude local, ( M L ) Atribui um


número único para quantificar o nível de energia liberada por um sismo. É uma escala
logarítmica, de base 10, obtida calculando o logarítmo da amplitude  horizontal combinada

6
(amplitude sísmica) do maior deslocamento a partir do zero em um tipo particular
de sismógrafo.

É de salientar que a magnitude de um sismo está relacionada com a energia que é libertada no
hipocentro e representa-se por algarismos árabes.

Pelo fato de ser uma escala logarítmica, um terremoto que mede 5,0 na escala Richter tem
uma amplitude sísmica 10 vezes maior do que uma que mede 4,0. O limite efetivo da medição
da magnitude local  é em média 6,8. Em termos de energia, um terremoto de grau 7,0 libera
cerca de 30 vezes a energia de um sismo de grau 6,0.

Magnitudes ainda são largamente estabelecidas na escala Richter na mídia popular, embora
usualmente magnitudes momentâneas - numericamente quase o mesmo - são atualmente
dadas; a escala Richter foi substituída pela escala de magnitude de momento, que é calibrada
para dar valores geralmente similares para terremotos de intensidade média (magnitudes entre
3 e 7). Diferentemente da escala Richter, a escala de magnitude de momento é construída
sobre os princípios sismológicos do som, e não é saturada no intervalo de alta magnitude.

1.5.1 Princípio da escala de Ricter


É uma escala logarítmica: a magnitude de Richter corresponde ao logaritmo da medida da
amplitude das ondas sísmicas de tipo P e S a 100 km do epicentro.

A fórmula utilizada é ML = logA - logA0,

Onde:

A = amplitude máxima medida no sismógrafo

A0 = uma amplitude de referência.

Assim, por exemplo, um sismo com magnitude 6 tem uma amplitude 10 vezes maior que um
sismo de magnitude 5. Como visto acima, o sismo de magnitude 6 liberta cerca de 31 vezes
mais energia que o de magnitude 5.

Um terremoto com magnitude inferior a 3,5 é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre
3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem
construídos, mas pode causar maiores danos em outros.

7
Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km.
Um entre 7 e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície. Os terremotos acima de 8
podem provocar grandes danos em regiões localizadas a várias centenas de quilómetros.

Na origem, a escala Richter estava graduada de 0 a 9, já que terremotos mais fortes pareciam
impossíveis na Califórnia. Mas teoricamente não existe limite superior ou inferior para a
escala, se consideradas outras regiões do mundo. Por isso fala-se atualmente em "escala
aberta" de Richter. De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos,
aconteceram três terremotos com magnitude maior do que 9 na escala Richter, desde que a
medição começou a ser feita

1.5.2 Graduação da escala de Richter


Na realidade, os sismos de magnitude 9 são excepcionais e os efeitos das magnitudes
superiores não são aqui descritos. O sismo mais intenso já registrado atingiu o valor de 9,5, e
ocorreu a 22 de maio de 1960 no Chile.

A magnitude é única para cada sismo, enquanto a intensidade das ondas sísmicas diminui
conforme a distância das rochas atravessadas pelas ondas e as linhas de falha. Assim, embora
cada terremoto tenha uma única magnitude, seus efeitos podem variar segundo a distância, as
condições dos terrenos e das edificações, entre outros fatores 

Descrição Magnitude Efeitos Frequência


Micro < 2,0 Micro tremor de terra, não se sente . ~8000 Por dia
Muito 2,0-2,9 Geralmente não se sente mas é ~1000 Por dia
pequeno detectado/registrado.
Pequeno 3,0-3,9 Frequentemente sentido, mas raramente ~49000 Por ano
causa danos.
Ligeiro 4,0-4,9 Tremor notório de objetos no interior de ~6200 Por ano
habitações, ruídos de choque entre objetos.
Danos importantes pouco comuns.
Moderado 5,0-5,9 Pode causar danos maiores em edifícios 800 Por ano
mal concebidos em zonas restritas. Provoca
danos ligeiros nos edifícios bem
construídos.
Forte 6,0-6,9 Pode ser destruidor em zonas num raio de 120 Por ano
até 180 quilômetros em áreas habitadas.
8
Grande 7,0-7,9 Pode provocar danos graves em zonas mais 18 Por ano
vastas.
Importante 8,0-8,9 Pode causar danos sérios em zonas num 1 Por ano
raio de centenas de quilômetros.
Excepcional 9,0-9,9 Devasta zonas num raio de milhares de 1 a cada 20 anos
quilômetros.
Extremo >10,0 Desconhecido Extremamente raro
(desconhecido)

1.6 Zonas Sísmicas


Anualmente são divulgados pelo International Seismological Centre os epicentros de cerca de
30000 sismos. A distribuição geográfica da sismicidade global indica quais as áreas da Terra
que são tectonicamente ativas. O mapa de sismicidade é uma importante evidência da teoria
de tectônica de placa.

As principais zonas sísmicas a nível mundial coincidem com os limites das placas tectónicas
(Figura 1.8):
 zona circumpacífica;
 zona dorsal médio-oceânica;
 limite entre o continente Euro-Asiático e o continente africano.
Os epicentros não são regularmente distribuídos, porém ocorrem predominantemente ao longo
de zonas estreitas interplacas. O chamado arco circum- Pacífico, responsável pela liberação de
75-80% da energia sísmica anual, forma um cinturão que envolve as cadeias de montanhas da
costa oeste americana e os arcos de ilha ao longo das costas da Ásia e Austrália. A zona
mediterrânea-transasiática contribui com 15-20% da energia sísmica liberada a cada ano,
inicia-se na junção tripla dos Açores, no oceano Atlântico, estendendo-se pela zona de fratura
Açores-Gibraltar, em seguida passa ao norte da África, se encurvado através da península
Itálica, passando pelos Alpes, Grécia, Turquia, Iran, Himalaias e arcos de ilha ao sudeste da
Ásia, onde termina na zona circum-Pacífica. As cadeias oceânicas constituem a terceira maior
zona de sismicidade com 3-7% da energia sísmica anual. Além da sismicidade, estas zonas
também são caracterizadas pelo vulcanismo ativo. O restante do planeta é considerado
asísmico, porém nenhuma região pode considerar-se completamente livre da ocorrência de
sismos. Aproximadamente 1% da sismicidade global acontece em regiões intraplacas, longe
das mais importantes zonas ativas.

9
As regiões mais sujeitas a terremotos são regiões próximas às placas tectônicas como o oeste
da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas
regiões em que se forma novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de
Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a
milhões de quilômetros como, por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados
Unidos.  Só nos Estados Unidos acontecem cerca de 13 mil terremotos por ano que variam de
aproximadamente 18 grandes terremotos e um terremoto gigante sendo que os demais são
leves ou até mesmo despercebidos

O arco circum-Pacífico - responsável pela libertação de cerca de 75 - 80% da energia


sísmica anualmente libertada; forma uma cintura que abarca as cadeias de montanhas da costa
Oeste das Américas e os arcos insulares que se dispõem ao longo das costas da Ásia e da
Austrália.

A zona mediterrânica - transasiática é responsável pela libertação de cerca de 15 a 20 % da


energia sísmica anual; Esta zona começa na junção tripla dos Açores, continua pela zona de
fractura Açores - Gibraltar, pelo norte de África, encurva através da península itálica, passa
pelos Alpes, Grécia, Turquia, Irão, Himalaias e termina finalmente nos arcos insulares do
sudoeste da Ásia.

O sistema das cristas oceânicas - forma a terceira zona de maior sismicidade, com 3 a 7 %
da energia sísmica anualmente libertada.

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Figura 1.8 (principais zonas sísmicas no Globo)

1.6.1 Zonas sísmica em Moçambique


Porém, como foi demonstrado ao longo dos anos passados, a possibilidade de ocorrência de
sismos em Moçambique é real. Desde Fevereiro de 2006 verificaram-se cerca de 80 abalos
sísmicos concentrados todos na província de Manica numa zona a, sensivelmente, 200 km do
Chimoio e da Beira, e a 500 km de Maputo. O pico desta actividade sísmica deu-se com o
sismo de magnitude da escala de 7.0, no dia 23 de Fevereiro de 2006.

A ocorrência destes sismos teve consequências humanas e materiais, com a perda de vidas
humanas e destruição de um considerável número de edifícios, e serviu também como uma
chamada de atenção para os responsáveis do sector da construção em Moçambique. A
gravidade da situação pode ser entendida tendo em conta que muitas estruturas projetadas
antes, e durante, a década de 1970 (período colonial) foram construídas sem as actuais
disposições regulamentares (em vigor por exemplo em Portugal) no que refere aos requisitos
para o bom desempenho sísmico. E que, ainda hoje, o dimensionamento estrutural em
Moçambique é feito sem a consideração da acção sísmica".

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Principais sismos ocorridos nos últimos anos

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1.7 Conclusão
Sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da terra causados por
choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300 m abaixo do solo também
por deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas.

Dessa forma concluímos que existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os
induzidos. A maioria dos sismos é de origem natural da terra, chamados de sismos tectônicos;
a força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo afastar-se, colidir ou
deslizar-se uma pela outra. Com essas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de
elasticidade, após isso as rochas começam a se romper e libera uma energia acumulada
durante o processo de elasticidade. A energia é liberada através de ondas sísmicas pela
superfície e interior da terra. Existem também sismos induzidos, que são compatíveis à ação
antrópica. Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo
por queda de edifícios; mas apresentam magnitudes bastante inferiores dos terremotos
tectônicos. 

As consequências de um terremoto são: Vibração do solo, Abertura de falhas,  Deslizamento


de terra, Tsunamis, Mudanças na rotação da terra.  Além de efeitos prejudiciais ao homem
como ferimentos, morte, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções. As
regiões mais sujeitas a terremotos são regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da
América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões
em que se forma novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo.
O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a milhões
de quilômetros como, por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos.  Só
nos Estados Unidos acontecem cerca de 13 mil terremotos por ano que variam de
aproximadamente 18 grandes terremotos e um terremoto gigante sendo que os demais são
leves ou até mesmo despercebidos. A escala mais usada para medir a grandeza dos terremotos
é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia
liberada pelos tremores. Outra escala muito usada é a Mercalli-Sieberg, que mede os
terremotos pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua
intensidade

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1.8 Bibliografia

ASSUMPÇÃO, Marcelo, NETOS, Coriolano M. Dias. Decifrando a terra, Decifrando a


Terra.  São Paulo: Oficina de Textos, 2000.

http://www.infopedia.pt/escala-de-richter [03.04.2015, 08h]

http://www.brasilescola.com/geografia/escala-richter.htm [03.04.2015, 08h]

http://www.slideshare.net/locabandoca/sismologia-258274 [28.03.2015, 13h]


www.ensinobasico.com/attachments/article/138/Sismologia.pdf [25.03.2015, 13h]

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