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Nilza Da Conceição
Movimentos Sísmicos
Licenciatura em Geologia
Nilza Da Conceição
Docente
Msc. Manharange
Introdução..........................................................................................................................2
1.1 Movimentos Sísmicos.................................................................................................3
2.1 Classificação das ondas sísmicas.................................................................................3
2.2 Tipos de Ondas Sísmicas.............................................................................................4
2.2.2 Ondas Superficiais ou Longas..................................................................................5
2.2.2.1 Ondas L ou de Love..............................................................................................5
2.2.2.2 Ondas Rayleig.......................................................................................................6
1.3 Efeito dos sismos.........................................................................................................6
1.4 Escalas de medição dos sismos...................................................................................8
1.4.1 Escala de Mercalli Modificada.................................................................................1
1.4.2 Antiga versão da Escala Mercalli.............................................................................2
1.4.3 Escala Mercalli-Cancani-Sieberg (MCS).................................................................2
1.4.4 Escala Mercalli-Wood-Neumann (MWN)...............................................................3
1.4.5 Escala Mercalli Modificada (MM)...........................................................................3
1.5 Escala de Richter.........................................................................................................6
1.5.1 Princípio da escala de Ricter....................................................................................7
1.5.2 Graduação da escala de Richter................................................................................8
1.6 Zonas Sísmicas............................................................................................................9
1.6.1 Zonas sísmica em Moçambique.............................................................................11
1.7 Conclusão..................................................................................................................13
1.8 Bibliografia................................................................................................................14
Introdução
Ao abordar o presente tem como tema movimentos sísmicos que são movimentos vibratório
brusco da superfície terrestre, devido a uma libertação de energia em zonas instáveis do
interior da Terra. Ou seja as ondas sísmicas correspondem a manifestações de energia,
resultante da fratura de rochas ou do movimento dos blocos ao longo de uma falha, e que se
propagam em todas as direções, acabando por atingir a superfície terrestre
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1.1 Movimentos Sísmicos
Os sismos podem ser agrupados em 2 grandes grupos - sismos naturais e sismos artificiais.
Os sismos artificiais incluem explosões em minas e pedreiras, explosões nucleares; os
sismos naturais incluem os sismos tectónicos – resultam de movimentos das placas
tectónicas, originando as falhas (inversa, transformante e normal), os sismos de colapso –
resultam do abatimento de grutas, de avalanchas ou deslizamento de terrenos, e os sismos
vulcânicos, que resultam de movimentos magmáticos e das fortes pressões que se fazem
sentir num vulcão antes de entrar em erupção (Figura 1.1)
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A - sismos tectónicos, B – sismos de colapso, C – sismos vulcânicos
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2.2.1.2 Ondas S - Secundárias Ou Transversais
As ondas S são as segundas a serem detetadas, uma vez que são mais lentas do que as ondas
P. Apenas se propagam em meios sólidos, de forma perpendicular à direção de propagação
das ondas. À sua passagem a terra treme.
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2.2.2.2 Ondas Rayleig
Nas ondas de Rayleigh as partículas descrevem movimentos elípticos paralelamente à
direcção de propagação da onda. Propagam-se em meios sólidos e líquidos.
As partículas na frente de ondas das ondas Rayleigh são polarizadas de modo a vibrar no
plano vertical, assim o movimento resultante das partículas podem ser consideradas uma
combinação de ondas P e S V. Tomando o sentido de propagação da onda para a direita no
eixo horizontal, cada partícula atingida pela perturbação descreve um movimento elíptico
retrógrado, sendo que o eixo maior está alinhado com a vertical e o eixo menor com a
direção de propagação, como na figura tal.
A passagem da onda Rayleigh não perturba apenas a superfície livre do meio, abaixo deste
as partículas também são afetadas. A amplitude do movimento decresce com o aumento da
profundidade, para obter a profundidade de penetração é comum usar o conceito de skin
depth, ou seja, a profundidade.
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Cada frente de onda separa uma região que experimenta uma perturbação sísmica partículas
de uma região que ainda não a experimentou. Qualquer trajectória perpendicular á frente da
onda denomina-se por raio sísmico.
Para um sismo o epicentro é a zona da superfície do Globo onde o sismo é sentido em
primeiro lugar, e geralmente com maior intensidade. Assim o epicentro é o local que fica
mais próximo do hipocentro, em virtude de se encontrar na vertical que por ele passa.
Maremotos:
Ocorrem quando o epicentro de um sismo se localiza no oceano, dando origem a uma vaga
enorme que se designa de maremoto ou tsunami. Estas vagas atingem a costa, varrem o
litoral provocando muitas vezes mais destruição e mortes que o próprio sismo.
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Figura 1.7 (maremoto)
1. A ruptura causada pelo sismo no mar empurra a água para cima, dando início à onda
2. A onda gigante move-se nas profundezas do oceano a grande velocidade
3. Ao aproximar-se da terra, a onda perde velocidade, mas fica mais alta
4. Ela então avança por terra, destruindo tudo ao longo do seu caminh
Da profundidade do foco;
Da distância do epicentro;
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1.4.1 Escala de Mercalli Modificada
A escala de Mercalli, na actualidade em rigor a Escala de Mercalli Modificada, é
uma escala qualitativa usada para determinar a intensidade de um sismo a partir dos seus
efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e naturais. Foi elaborada
pelo vulcanólogo e sismólogo italiano Giuseppe Mercalli, em1902, daí o nome que ostenta.
Os efeitos de um sismo são classificados em graus, denotados pelos numerais romanos de I a
XII, com o grau I a corresponder a um tremor não sentido pelas pessoas, e o grau XII à
alteração calamitosa do relevo da região afectada.
Assim, numa escala de intensidade, como é o caso, a cada conjunto de efeitos corresponde um
determinado grau de intensidade, pelo que a intensidade em determinado local depende não só
da energia libertada pelo sismo (magnitude), mas também da distância a que esse sítio se
encontra do local em que foi gerado o sismo, e das características geológicas do local. Como
as restantes escalas de intensidade, a escala de Mercalli é qualitativa, não fornecendo
informação absoluta sobre o sismo, já que os efeitos observados dependem em absoluto das
características do local onde sejam avaliados: um sismo de magnitude 8 na escala de
Richter num deserto inabitado é classificado como I na escala de Mercalli, enquanto que um
sismo de menor magnitude sísmica, por exemplo 5 na escala de Richter, numa zona onde as
construções são débeis e pouco preparadas para resistir a terramotos, pode causar efeitos
devastadores e ser classificado com intensidade IX na escala Mercalli.
1
na sua qualidade podem marcar a diferença entre danos marginais e a destruição total de um
edifício.
A escala teve largo uso, em especial nos países do sueste europeu, onde se manteve em uso
até finais do século XX, sendo então substituída pela Escala Mercalli Modificada. Uma versão
da escala está disponível na página da Protecção Civil Italiana.
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1.4.4 Escala Mercalli-Wood-Neumann (MWN)
A "escala Mercalli-Wood-Neumann", por vezes referida apenas por "escala Wood Neuman",
foi apresentada em 1931 pelos sismologistas norte-americanos Harry Wood e Frank
Neumann. A escala foi desenvolvida a partir da escala de Mercalli Sieberg, da qual pouco
difere, nela introduzindo apenas os efeitos dos sismos sobre veículos motorizados e sobre
edifícios altos.
Em geral existe uma versão simplificada, utilizada na comunicação social e para comunicação
com o público em geral, e uma versão técnica utilizada pelos técnicos de sismologia e de
engenharia e pelos serviços de protecção civil para avaliação da intensidade sísmica. As
tabelas que se seguem apresentam uma versão em língua portuguesa da Escala MM nas suas
formas simplificada e completa. Na União Europeia pretende-se substituir a Escala Mercalli
pela Escala Macrossísmica Europeia, menos subjectiva, na avaliação e comunicação oficial
dos efeitos dos sismos.
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Escala de Mercalli Modificada (1956)
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caem das prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias
movem-se ou tombam. Os estuques fracos e alvenarias de
qualidade inferior (tipo D) fendem. Pequenos sinos tocam (igrejas
e escolas). As árvores e arbustos são visivelmente agitadas e ouve-
se o respectivo ruído.
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(tipo B) seriamente danificadas. Danos gerais nas fundações. As
estruturas, quando não ligadas, deslocam-se das fundações. As
estruturas são fortemente abanadas. Fracturas importantes no solo.
Nos terrenos de aluvião dão-se ejecções de areia e lama; formam-
se nascentes e crateras arenosas.
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(amplitude sísmica) do maior deslocamento a partir do zero em um tipo particular
de sismógrafo.
É de salientar que a magnitude de um sismo está relacionada com a energia que é libertada no
hipocentro e representa-se por algarismos árabes.
Pelo fato de ser uma escala logarítmica, um terremoto que mede 5,0 na escala Richter tem
uma amplitude sísmica 10 vezes maior do que uma que mede 4,0. O limite efetivo da medição
da magnitude local é em média 6,8. Em termos de energia, um terremoto de grau 7,0 libera
cerca de 30 vezes a energia de um sismo de grau 6,0.
Magnitudes ainda são largamente estabelecidas na escala Richter na mídia popular, embora
usualmente magnitudes momentâneas - numericamente quase o mesmo - são atualmente
dadas; a escala Richter foi substituída pela escala de magnitude de momento, que é calibrada
para dar valores geralmente similares para terremotos de intensidade média (magnitudes entre
3 e 7). Diferentemente da escala Richter, a escala de magnitude de momento é construída
sobre os princípios sismológicos do som, e não é saturada no intervalo de alta magnitude.
Onde:
Assim, por exemplo, um sismo com magnitude 6 tem uma amplitude 10 vezes maior que um
sismo de magnitude 5. Como visto acima, o sismo de magnitude 6 liberta cerca de 31 vezes
mais energia que o de magnitude 5.
Um terremoto com magnitude inferior a 3,5 é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre
3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem
construídos, mas pode causar maiores danos em outros.
7
Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km.
Um entre 7 e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície. Os terremotos acima de 8
podem provocar grandes danos em regiões localizadas a várias centenas de quilómetros.
Na origem, a escala Richter estava graduada de 0 a 9, já que terremotos mais fortes pareciam
impossíveis na Califórnia. Mas teoricamente não existe limite superior ou inferior para a
escala, se consideradas outras regiões do mundo. Por isso fala-se atualmente em "escala
aberta" de Richter. De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos,
aconteceram três terremotos com magnitude maior do que 9 na escala Richter, desde que a
medição começou a ser feita
A magnitude é única para cada sismo, enquanto a intensidade das ondas sísmicas diminui
conforme a distância das rochas atravessadas pelas ondas e as linhas de falha. Assim, embora
cada terremoto tenha uma única magnitude, seus efeitos podem variar segundo a distância, as
condições dos terrenos e das edificações, entre outros fatores
As principais zonas sísmicas a nível mundial coincidem com os limites das placas tectónicas
(Figura 1.8):
zona circumpacífica;
zona dorsal médio-oceânica;
limite entre o continente Euro-Asiático e o continente africano.
Os epicentros não são regularmente distribuídos, porém ocorrem predominantemente ao longo
de zonas estreitas interplacas. O chamado arco circum- Pacífico, responsável pela liberação de
75-80% da energia sísmica anual, forma um cinturão que envolve as cadeias de montanhas da
costa oeste americana e os arcos de ilha ao longo das costas da Ásia e Austrália. A zona
mediterrânea-transasiática contribui com 15-20% da energia sísmica liberada a cada ano,
inicia-se na junção tripla dos Açores, no oceano Atlântico, estendendo-se pela zona de fratura
Açores-Gibraltar, em seguida passa ao norte da África, se encurvado através da península
Itálica, passando pelos Alpes, Grécia, Turquia, Iran, Himalaias e arcos de ilha ao sudeste da
Ásia, onde termina na zona circum-Pacífica. As cadeias oceânicas constituem a terceira maior
zona de sismicidade com 3-7% da energia sísmica anual. Além da sismicidade, estas zonas
também são caracterizadas pelo vulcanismo ativo. O restante do planeta é considerado
asísmico, porém nenhuma região pode considerar-se completamente livre da ocorrência de
sismos. Aproximadamente 1% da sismicidade global acontece em regiões intraplacas, longe
das mais importantes zonas ativas.
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As regiões mais sujeitas a terremotos são regiões próximas às placas tectônicas como o oeste
da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas
regiões em que se forma novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de
Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a
milhões de quilômetros como, por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados
Unidos. Só nos Estados Unidos acontecem cerca de 13 mil terremotos por ano que variam de
aproximadamente 18 grandes terremotos e um terremoto gigante sendo que os demais são
leves ou até mesmo despercebidos
O sistema das cristas oceânicas - forma a terceira zona de maior sismicidade, com 3 a 7 %
da energia sísmica anualmente libertada.
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Figura 1.8 (principais zonas sísmicas no Globo)
A ocorrência destes sismos teve consequências humanas e materiais, com a perda de vidas
humanas e destruição de um considerável número de edifícios, e serviu também como uma
chamada de atenção para os responsáveis do sector da construção em Moçambique. A
gravidade da situação pode ser entendida tendo em conta que muitas estruturas projetadas
antes, e durante, a década de 1970 (período colonial) foram construídas sem as actuais
disposições regulamentares (em vigor por exemplo em Portugal) no que refere aos requisitos
para o bom desempenho sísmico. E que, ainda hoje, o dimensionamento estrutural em
Moçambique é feito sem a consideração da acção sísmica".
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Principais sismos ocorridos nos últimos anos
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1.7 Conclusão
Sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da terra causados por
choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300 m abaixo do solo também
por deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas.
Dessa forma concluímos que existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os
induzidos. A maioria dos sismos é de origem natural da terra, chamados de sismos tectônicos;
a força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo afastar-se, colidir ou
deslizar-se uma pela outra. Com essas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de
elasticidade, após isso as rochas começam a se romper e libera uma energia acumulada
durante o processo de elasticidade. A energia é liberada através de ondas sísmicas pela
superfície e interior da terra. Existem também sismos induzidos, que são compatíveis à ação
antrópica. Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo
por queda de edifícios; mas apresentam magnitudes bastante inferiores dos terremotos
tectônicos.
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1.8 Bibliografia
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