Sismologia

Sismo de Lisboa – 1/11/1755

Recriação do terramoto de lisboa:
https://www.youtube.com/watch?v=os8DCj
DJrMM

https://www.youtube.com/watch?v=41VgO
Zb-9aY

Sismo lisboa 1969:

https://www.youtube.com/watch?v=wHpIxP
Z17R0
Documentário sismo lisboa odisseia
https://www.youtube.com/watch?v=gq1aJP
E6k20

Terramoto lisboa RTP

https://www.youtube.com/watch?v=fKigEJj
3iVI
 Aprendizagens essenciais

✓ Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e superficiais)

quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo.
✓ Interpretar dados de propagação de ondas sísmicas prevendo a localização
de descontinuidades (Mohorovicic, Gutenberg e Lehmann).
✓ Relacionar a existência de zonas de sombra com as características da Terra
e das ondas sísmicas.
✓ Determinar graficamente o epicentro de sismos, recorrendo a sismogramas
simplificados.
✓ Usar a teoria da Tectónica de Placas para analisar dados de vulcanismo e
sismicidade em Portugal e no planeta Terra, relacionando-a com a
prevenção de riscos geológicos.
O planeta Terra está coberto por uma camada de terra e rocha a que chama crosta terrestre ou
litosfera.
Esta crosta não é lisa mas sim irregular e composta por placas tectónicas.
Estas placas não são fixas, deslizam muito lentamente sob o magma (a rocha fundida de alta
temperatura que forma o centro da terra).
As placas tectónicas estão em constante movimento, exercendo pressão umas nas outras. Umas
chocam entre si, outras afastam-se e umas até se sobrepõem.
São estes movimentos que provocam uma grande acumulação de energia nas falhas que estão
entre as placas.
Para libertar essa energia acumulado ou surgem vulcões ou terramotos.
A maioria deles acontece no choque entre as placas ou na sua sobreposição (movimento mais
grave e que originou os últimos grandes sismos na indonésia, por exemplo).
Sempre que essas falhas estão sob regiões habitadas, os estragos são mais visíveis.
Muitos vulcões formam-se nestas regiões de convergência entre placas.
A rutura no solo faz com que, muitas vezes, o magma terrestre escape, atingindo a superfície.
Existem 52 placas tectónicas; 14 grandes placas e 38 menores
Quais são os contributos da sismologia para a compreensão da
estrutura da geosfera?
Sismologia

Minimização de riscos sísmicos: Estudo do interior do

prevenção e previsão Globo e da sua dinâmica

Sismos
(conceitos básicos)
Causas dos sismos
Tectónica de placas

Identificação de Prevenção: ordenamento do Educação

áreas de risco território e construção antissísmica das
sísmico populações
SISMOLOGIA

Um sismo é um movimento
vibratório brusco da superfície Sismo 1755

terrestre, provocado pela

libertação de energia num
determinado ponto da crusta
ou manto superior. Esta
energia é irradiada em todas
as direções; a partir da sua
fonte, sob a forma de ondas
sísmicas.
 O que são sismos?

Sismos – Os sismos ou abalos sísmicos são movimentos

vibratórios que ocorrem na superfície da Terra, com origem nas
suas camadas superiores e provocados pela libertação de
energia.
 O que pode causar um sismo?

Sismo artificial
(ensaio nuclear)

Sismo de impacto
(de meteorito)

Sismo de colapso Sismo vulcânico

 Como se forma um sismo?

Ausência de tensão

Tensão acumulada

Rotura

Energia libertada
 O que pode causar um sismo?

Sismos tectónicos (forças compressivas, distensivas ou de cisalhamento)

 Sismo

Movimento vibratório brusco da superfície terrestre, provocado pela

libertação de energia num determinado ponto da crusta ou manto superior.
Esta energia é irradiada em todas as direções, a partir da sua fonte, sob a
forma de ondas sísmicas.
A maioria dos sismos é de origem tectónica.
 O que é o foco e o epicentro de um sismo?

Epicentro
Hipocentro ou foco
 O que é o foco e o epicentro de um sismo?

Hipocentro - O ponto no interior da geosfera onde ocorre a

libertação de energia que origina o sismo é designado foco
sísmico ou hipocentro.
Epicentro - O ponto na superfície terrestre localizado na vertical do
foco designa-se epicentro e corresponde ao local onde o sismo é,
geralmente, sentido com maior intensidade.
Hipocentro
O local no interior da Terra onde o sismo tem origem (também se designa por foco
sísmico).

Epicentro
O ponto à superfície da Terra, situado
na vertical do hipocentro.

Ondas sísmicas
Ondas elásticas que correspondem à
propagação da energia libertada em
todas as direções.

Raio sísmico
Perpendicular à superfície da onda
sísmica.
Tsunamis
Ondas gigantes que se podem originar em consequência de
sismos com epicentro na crusta oceânica.
 Ondas sísmicas
profundas

Primárias (P) ou Secundárias (S)

longitudinais ou transversais

Propagam-se no Propagam-se no
interior da Terra interior da Terra
•Vibração paralela das
partículas (compressão ▪Vibração perpendicular à
e distensão). direção de propagação.

•Propagam-se a uma ▪Propagam-se a uma

velocidade superior às velocidade inferior às
restantes ondas. ondas P.

•Propagam-se em meios ▪Apenas se propagam em

sólidos, líquidos e meios sólidos.
gasosos.
 Ondas sísmicas Resultam da interferência das ondas P e S com a
superficiais superfície, originando as ondas longas.

Ondas R (Rayleigh)
Onda R
•As partículas deslocam-se em
movimentos circulares e num
plano perpendicular à direção
Ondas R de propagação da onda.

•São lentas, com grande

amplitude e com velocidade
constante.

Ondas L (Love)
Ondas L
•As partículas deslocam-se
numa direção horizontal
e perpendicularmente à direção
Onda L de propagação da onda.

•São lentas, com grande

amplitude e com velocidade
constante.
 Teoria do Ressalto Elástico
Teoria segundo a qual as forças acumuladas
em profundidade exercem pressão sob os
materiais. Quando estes ultrapassam o seu
limite de resistência, fraturam, ocorrendo
ressalto dos blocos rochosos de cada um
dos lados da fratura.
 Que tipos de ondas sísmicas existem?

Ondas L

Ondas P Ondas S

Tipos de ondas sísmicas - Existem diferentes tipos de ondas

sísmicas mas podem ser agrupados em ondas de volume ou em
ondas de superfície.
 O que são ondas de volume?

Mola Corda

Onda 1 Onda 1

Compressão
Onda 2
Onda 2
Distensão

Onda 3

Sentido da Sentido da
propagação propagação

Ondas P Ondas S
 O que são ondas de volume?

Ondas P

Ondas S

Ondas de volume - Propagam-se no interior do planeta, a partir do

foco sísmico e segundo trajetórias radiais, sofrendo refrações em
função das propriedades dos materiais que atravessam.
Classificam-se em ondas P e ondas S.
 Como se propagam as ondas P?

Ondas P - Também designadas ondas

primárias ou longitudinais.
Sujeitas à ação das ondas P, as partículas
dos materiais atravessados movem-se
para a frente e para trás, em sucessivas
distensões e compressões, na mesma
direção de propagação da onda.
São as ondas mais velozes. Deslocam-se
em meios sólidos, líquidos e gasosos.
 Como se propagam as ondas S?

Ondas S - Também designadas ondas

secundárias ou transversais.
Imprimem às partículas dos materiais que
atravessam um movimento cisalhante,
perpendicular à direção de propagação
da onda.
São mais lentas que as ondas P e só se
deslocam em meios sólidos.
 O que são ondas superficiais?

Ondas
de Rayleigh

Ondas
de Love

Ondas de superfície - A interação das ondas de volume com a

superfície da Terra origina ondas superficiais, denominadas ondas
de Love e ondas de Rayleigh.
Estas ondas, de grande amplitude, também são conhecidas por
ondas L ou longas.
São mais lentas do que as ondas de volume e têm grande poder
destrutivo.
 O que são abalos premonitórios e réplicas?

Abalos premonitórios e réplicas - Um sismo forte pode ser

precedido de abalos premonitórios, mais fracos. Do mesmo
modo, a um sismo podem seguir-se pequenos abalos, as réplicas,
fruto de reajustamentos na zona da falha que lhe deu origem.
A energia dos sismos propaga-se a partir do interior da Terra
O que são tsunamis?
 Maremoto

Um declive menos acentuado na

beira-mar faz as ondas perderem
força, atenuando o tsunami.

Uma maior profundidade na encosta

atira as ondas para cima, amplificando
a sua potência
 O que são tsunamis?

Propagação de um tsunami – Indonésia, 2004

 O que são tsunamis?

Efeitos de um tsunami – Japão, 2011

 Como se forma um tsunami?

Ondas gigantes

Transmissão de energia
à coluna de água
Fundo marinho

Deslocamento
dos blocos da falha
 Como se forma um tsunami?

Tsunami - Os sismos localizados sob os oceanos podem

transmitir parte da sua energia às massas de água e gerar
movimentos ondulatórios em larga escala.
Como consequência podem formar-se ondas gigantes, os
tsunamis.
 Como são classificados os sismos?

Classificação dos sismos - Os

sismos são classificados em função
da profundidade do foco.
Assim, ocorrem sismos:
➢ superficiais (até 70 km),
➢ intermédios (entre 70 e 350 km)
➢ profundos (entre 350 e 670 km).
100
Os sismos superficiais são os mais
300 frequentes sendo os profundos
500 muito raros.
700 km
 Como são classificados os sismos?

Distribuição da ocorrência de sismos em função da profundidade do foco

 O que são sismógrafos e sismogramas?

Registo de movimentos
horizontais

Massa inerte
Mola
Tambor giratório
Registo de movimentos
Sismograma verticais

Aparo

Sismógrafo
O que são sismógrafos e sismogramas?
 O que são sismógrafos e sismogramas?

Sismógrafo básico Sismógrafo moderno

 O que são sismógrafos e sismogramas?

Sismógrafo Sismograma

P S

1 min

Tempo

Sismógrafo e sismograma - As ondas sísmicas são registadas

em aparelhos de precisão, os sismógrafos.
Designam-se sismogramas os registos obtidos.
 O que regista um sismógrafo?

Chegada
das ondas L
Chegada
das ondas P

Chegada
das ondas S
 O que regista um sismógrafo?

Minutos
Foco

Ondas L

Ondas S
Manto Ondas P Ondas S Ondas L
Ondas P

Núcleo

Sismógrafo Sismograma

Chegada das ondas sísmicas - Se não estiver muito perto do

epicentro, uma estação sismográfica regista, claramente, a
chegada das ondas P, em primeiro lugar, seguidas das ondas S e,
por último, das ondas L.
 Análise de um
sismograma (S–P)
Ondas superficiais

Ondas Profundas
• Desfasamento (S–P)
• Amplitude
• Período
• Frequência
Através do estudo de um sismograma é possível observar:

→o desfasamento entre o tempo de chegada das várias ondas;

→a amplitude (distância máxima de afastamento de uma partícula

em relação à sua situação de repouso, durante uma oscilação);

→período (tempo de uma oscilação completa);

→ a frequência (número de oscilações num dado intervalo de

tempo)
 Como se localiza o epicentro?

Sismógrafo
A Sismógrafo
Sismógrafo
B
C

Epicentro
Foco
 Como se localiza o epicentro?

Sismograma
Sismograma
Sismograma Ondas S
Tempo decorrido (minutos)

Intervalo
de
11 minutos
Intervalo a 8600 km
de Ondas P
8 minutos
a 5600 km

Intervalo
de
3 minutos
a 1500 km

Distância percorrida desde o epicentro até à estação sismográfica

(km)
Como se localiza o epicentro?

Epicentro
 Como se localiza o epicentro?

Distância epicentral - O intervalo de tempo entre a chegada das

ondas P e das ondas S permite calcular a distância da estação
sismográfica ao epicentro do sismo, a chamada distância
epicentral.
A confrontação dos sismogramas de, pelo menos, três estações
diferentes, permite localizar o epicentro do sismo.
A análise de sismogramas permite determinar a localização do epicentro.
 Como se mede a grandeza de um sismo?

A grandeza de um sismo depende da quantidade de energia

libertada, da profundidade do foco, da distância ao epicentro e da
natureza do solo.
Pode ser estabelecida com base na sua intensidade e com base
na sua magnitude.
 Como se avalia a intensidade de um sismo?

I – III
As pessoas dizem
sentir uma vibração
semelhante à da
passagem de um
camião.

IV - VI
Danos ligeiros.
As pessoas correm
para espaços
abertos.

VII- IX HIPOCENTRO
Danos moderados a
graves.
Os edifícios são
sacudidos para fora
dos alicerces ou
destruídos.
X - XII
Enorme destruição.
Grandes fendas na crusta.
Ondulação visível do
terreno.
 Como se avalia a intensidade de um sismo?

Intensidade de um sismo - A determinação da intensidade tem

carácter subjetivo uma vez que se baseia nos efeitos provocados
pelo sismo na topografia ou no património edificado.
Exprime-se numa tabela de doze graus, a Escala de Mercalli
modificada.
Intensidade sísmica
Tem em conta os efeitos produzidos
pelo sismo em pessoas, objetos e
estruturas, permitindo traçar
isossistas.

O local com maior intensidade

sísmica é quase sempre o epicentro,
diminuindo com o afastamento ao
epicentro.

Depende da natureza das rochas.

Embora seja uma escala subjetiva, é

útil para inferir a intensidade após a
análise de dados na imprensa ou na
Internet.

Magnitude sísmica
Traduz o valor de energia libertada
por um sismo no seu hipocentro.

É avaliada na escala logarítmica de

Richter.
 O que são isossistas?

Isossistas - As isossistas são linhas que unem os pontos do

terreno onde o sismo ocorreu com a mesma intensidade.
O seu mapeamento resulta numa carta de isossistas.
 O que é e como se determina a magnitude de um sismo?

1.o
Determinar o intervalo
de tempo S-P
(segundos) e assinalar o
valor obtido na escala A.
Obtém-se a distância
epicentral.

2.o
Determinar a amplitude
máxima (mm) e
assinalar o valor obtido
na escala B.
Distância epicentral

3.o

Amplitude (mm)
S-P (segundos)

Unir ambos os valores

(distância epicentral e
Magnitude

amplitude máxima) e
(km)

verificar a interseção da
reta com a escala
central.
Escala Escala O valor obtido
A B corresponde à
magnitude do sismo.
 O que é e como se determina a magnitude de um sismo?

Magnitude de um sismo - A magnitude relaciona-se com a

quantidade de energia libertada no foco de um sismo.
É determinada com base na amplitude máxima das ondas sísmicas
registadas num sismograma e na distância epicentral, utilizando-se
a Escala de Richter.
Embora esta escala seja aberta, isto é, sem limite máximo, são
muito raros os sismos de magnitude superior a 7.
Os sismos de elevada magnitude provocam
frequentemente grande destruição e um
elevado número de vítimas.

Explique porque razão entidades como os

Serviços de Proteção Civil utilizam
preferencialmente a Escala de Mercalli
Modificada, apesar de esta ser menos objetiva
do que a determinação de magnitudes.
1.Magnitude 5
2.Distância epicentral–220 Km
 Escala de Mercalli
modificada
•Giusepp Mercalli
(1850-1914) propôs em
1902 uma escala de
intensidades com 10
graus.

•A extensão a 12 graus
foi proposta mais tarde
por Cancani.

•Em 1912, Sieberg,

caracterizou de forma
mais exaustiva, cada um
dos graus da escala.
(MCS)

* Na Europa de leste…
Medvedev, Karnik e
Sponheuer em 1964 e
1981 (MSK)
1.Localize o possível epicentro do sismo.
2.Indique duas localidades com a mesma intensidade sísmica.
3.Explique o motivo pelo qual as isossistas não são linhas concêntricas dispostas à
volta do epicentro.
4.Por que razão algumas das isossistas estão parcialmente a tracejado?
5.Comente a afirmação: "Um só sismo, várias intensidades várias magnitudes."
 Limites divergentes

Localizam-se em zonas
de rifte e cristas. Os
sismos são geralmente
superficiais.

Os sismos
Limites podem ser
convergentes superficiais,
intermédios
e profundos.
Distribuição geográfica dos sismos
 Sismicidade em Portugal

Sismo de 1 de Novembro de 1755 – atribuído inicialmente a FBG.

Atualmente pensa-se que terá resultado da FMP em conjugação com a FF e FCSV.
1755- Magnitude entre 8.5 e 9.
 Risco sísmico

O risco sísmico do continente é significativo, devido à existência de

sistemas de falhas ativas, principalmente no litoral sul.
Principais falhas ativas em Portugal continental

1 – Chaves – Régua - Penacova

2 – Vilariça -(ou Bragança - Manteigas)
3 – Seia - Lousa
4 – Porto -Tomar
5 - Pônsul
6 – Nazaré - Pombal
7 – Vale Inferior do Tejo
8 – Setúbal – Pinhal Novo
9 - Grândola
10 - Messejana
11-Vidigueira - Moura
12 Loulé
Risco sísmico

O arquipélago dos Açores situa-se num ponto triplo,

motivo pelo qual apresenta uma elevada sismicidade.
 Minimização do risco sísmico

•Cumprimento de normas legais de

construção antissísmica.

•Elaboração de planos de emergência e

sensibilização e preparação das
populações.

•Identificação das regiões com maior risco

sísmico (participação dos Geólogos).
1- Estudo geológico do substrato rochoso.
2- Desenho sismo-resistente das construções
Sismos em Portugal:
http://www.meteo.pt/pt/enciclopedia/sismologia/caso.sismo/prevencao/index.html

Animações sobre sismos:

http://www.pbs.org/wnet/savageearth/animations/earthquakes/index.html

Simulando sismos:
http://dsc.discovery.com/guides/planetearth/earthquake/interactive/interactive.html

Cálculo de epicentro e magnitude:

http://www.sciencecourseware.org/VirtualEarthquake/

Escala de Mercalli
http://elearning.niu.edu/simulations/images/S_portfolio/Mercalli/Mercalli_Scale.swf

Movimento de ondas P e S:
http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visualizations/es100
2/es1002page01.cfm?chapter_no=visualization
http://www.videos.engenhariacivil.com/imagens-impressionantes-
de-sismo-9-0-no-japao