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Sismologia

Sismo- movimento vibratório brusco da superfície


terrestre/litosfera provocado pela libertação de energia no
hipocentro (ponto da crusta ou manto superior) sob a forma de
calor e ondas sísmicas.
 Microssismo- não é sentido pelas pessoas;
 Macrossismo- é sentido pelas pessoas.

Ondas sísmicas- movimento vibratório das partículas, sob a


forma de onda, que se propaga a partir do local do hipocentro, No material rochoso podem atuar forças:
local onde o sismo tem origem.  Compressivas;
 Distensivas;
Os sismos podem ter origem:  De cisalhamento
 Natural- Sismos tectónicos!!- resultado de movimentos
tectónicos que tem origem numa falha (Libertação de O material pode ter uma natureza:
energia);  Elástico- quando adquire a forma inicial após deixar de
 Natural- Sismos Vulcânicos- abatimento de camaras se estar sujeito a forças, dando origem a
magmáticas, ascensão/deslocação do magma; violenta estiramentos;
ascensão de magma.  Plástico- mantém-se deformado mesmo quando as
 Antrópica- Sismos de Colapso- abatimento de minas forças deixam de atuar, dando origem a dobras;
com fins investigativos ou resultado de enchimento de  Rígido- fratura quando sujeito a forças, dando origem
barragens, explosões de minas e pedreiras, explosões a falhas.
nucleares.

Abalo/ sismos
Sismo Replicas
premonitórios

Abalos/sismos premonitórios e réplicas- abalos sísmicos de menor


intensidade, que ocorrem, respetivamente, antes e após o sismo
principal.
 Abalos/ sismos premonitórios- abalos fracos que antecedem
um sismo forte;
 Réplicas- pequenos abalos originados devido ao
reajustamento dos materiais rochosos na zona da falha, após Sempre que atuam forças sobre os blocos rochosos pode-se
um sismo. alcançar o limite de elasticidade. A rocha fractura e os blocos
deslocam-se segundo o plano de fractura/falha.
Hipocentro/ foco sísmico- local no interior da Terra onde o sismo
tem origem. Falha- alinhamento percetível na superfície terrestre, com
continuidade em profundidade. As falhas ativas caracterizam-
Epicentro- ponto à superfície da Terra, situado na vertical do se por movimentações no plano de fratura podendo ser focos
hipocentro (mais perto do hipocentro). de sismos.

A energia libertada por um sismo propaga-se em todas as A maioria dos sismos é de origem tectónica, uma vez que
direções, sob a forma de ondas sísmicas (ondas elásticas). resultam do deslizamento de um bloco rochoso em relação a
outro, segundo um plano de falha.
Raio sísmico- trajetória perpendicular à superfície da onda sísmica.
A energia liberta-se ao mesmo tempo que os blocos rochosos
Frente da onda- superfície que separa as partículas que se se movimentam.
encontram em vibração daquelas que permanecem estáticas. A libertação e energia emite ondas sonoras no ar.
Ondas de profundidade

Mecanismo fundamental da geração de um sismo: Ondas de profundidade, internas ou de volume-


propagam-se a partir do hipocentro, em todas as
Teoria do Ressalto Elástico- teoria segundo a qual as direções.
forças acumuladas em profundidade exercem pressão
sob os materiais, originando um deslocamento das
camadas rochosas. Á medida que aumenta a Ondas P/ primárias/ longitudinais/ de compressão:
deformação acumula-se energia potencial. Quando os  As partículas vibram paralelamente à direção
materiais ultrapassam o seu limite de resistência, de propagação da onda;
fracturam, ocorrendo ressalto dos blocos rochosos de  A sua passagem através dos materiais provoca
cada um dos lados da fractura. A energia libertada, ao alternadamente compressão e distensão, havendo
propagar-se no interior da Terra, gera um sismo. uma variação do seu volume;
 Maior velocidade;
 A sua velocidade é inversamente proporcional à
Sequencia de um sismo: compressibilidade e densidade dos materiais
atravessados e diretamente proporcional à sua
1. As rochas ficam sujeitas a forças de elevada intensidade e rigidez- isto é, quando mais rizo maior velocidade,
duração, devido ao movimento das placas litosféricas. quanto mais denso mais lenta.
2. Acumula-se uma grande quantidade de energia.  Propagam-se em meios sólidos, líquidos e
3. Quando é ultrapassado o limite de resistência da rocha à gasosos.
rutura, ela parte.
4. Os blocos rochosos deslocam-se um em relação ao outro,
formando-se uma falha e libertando-se, de forma brusca, uma
enorme quantidade de energia, sob a forma de calor
e ondas sísmicas.
5. A energia libertada no hipocentro provoca a vibração das Ondas S/ secundárias/ transversais:
partículas circundantes mais próximas, promovendo-lhes um  As partículas vibram perpendicularmente à
deslocamento (oscilam e voltam à posição inicial). Este direção de propagação da onda;
movimento e energia associada vão sendo transmitidos às  A sua passagem provoca a mudança de forma do
partículas seguintes, propagando-se assim o sismo. material, sem haver alteração do seu volume;
6. Sempre que os blocos rochosos se deslocam ao longo da falha  Propagam-se a uma velocidade inferior às ondas P;
ocorrem novos sismos.  A sua velocidade é inversamente proporcional à
densidade e diretamente proporcional à rigidez;
 Apenas se propagam em meios sólidos.
As ondas sísmicas

A velocidade de propagação das ondas varia com as


propriedades elásticas das rochas que atravessam.

A velocidade das ondas sísmicas diminui com a


densidade e aumenta com a rigidez dos materiais
atravessados.
Ondas de superfície Sismógrafos- aparelhos onde são detetados e registados os
movimentos originados pela propagação das ondas sísmicas.,
As ondas P e S originadas no hipocentro, quando atingem a produzindo sismogramas.
superfície, interagem com esta, originando as ondas de
superfície/ ondas longas que se propagam à superfície ou Sismograma- registo, obtido num sismógrafo, dos
próximo dela: movimentos da superfície terrestre originados pelas ondas
 Ondas L (love); sísmicas.
 Ondas R (Rayleigh)  A sua interpretação fornece informações sobre o epicentro, a
distância ao hipocentro e as propriedades das zonas atravessadas
Ondas L/ Love: pelas ondas sísmicas.
 As partículas deslocam-se horizontalmente numa direção
perpendicular à direção de propagação da onda; Através do estudo de um sismograma é possível observar:
 São lentas e de grande amplitude;  O desfasamento/intervalo de tempo entre o tempo
 A sua velocidade de propagação é constante. de chegada das várias ondas;
 A amplitude das ondas - distancia máxima de
afastamento de uma partícula em relação à sua
situação de repouso,
 Tempo de chegada de cada onda;
 O período- tempo de 1 oscilação completa;
 A frequência- número de oscilações num dado
intervalo de tempo.
Ondas R/ Rayleigh:
 As partículas deslocam-se em movimentos circulares, tal
como as ondas marinhas, num plano perpendicular à
direção de propagação da onda;
 São lentas e de grande amplitude;
 A sua velocidade de propagação é constante,

Os danos que se verificam durante os sismos devem-se


principalmente a este tipo de ondas.

Registos sísmicos
Diferentes ondas sísmicas fazem vibrar de forma diversa os Determinação do epicentro
materiais que atravessam, pelo que é necessário ter
O estudo de vários sismogramas referentes ao mesmo sismo, obtidos
diferentes sismógrafos para conseguir registar movimentos
em locais situados a diferentes distâncias do epicentro, possibilita
verticais e horizontais das partículas. relacionar a variação da velocidade das ondas com a distância
epicentral.

Distancia epicentral- distancia entre a estação sismográfica e


o epicentro do sismo.

Quanto mais longe do epicentro, maior é o desfasamento


entre os tempos de chegada das várias ondas sísmicas, devido
ao facto de estas apresentarem velocidades diferentes- isto é,
uma vez que as ondas P são mais rápidas do que as ondas S,
quanto maior for a distância percorrida pelas ondas, maior será De acordo com o sismograma, as ondas S chegaram com um atraso
o tempo que as separa. de 24 segundos em relação às ondas P.
De acordo com o gráfico, esse tempo corresponde a 250 km.
Permitem saber a distância de um ponto ao epicentro, a partir Traçando no mapa uma circunferência cujo centro seja em
do tempo que separa a chegada das ondas P da chegada das Benavente e o raio corresponda a 250 km (à escala do mapa),
ondas S: teremos todos os pontos a essa distância de Benavente.
Com mais duas determinações deste tipo noutras localidades, para o
mesmo sismo, é possível determinar o epicentro.

Sismos e Tectónica de Placas


A distribuição dos sismos no globo terrestre não é uniforme,
havendo determinadas zonas com maior probabilidade de
ocorrência de sismos.

Tal como acontecia com o vulcanismo, a ocorrência de


Os dados de três estações sismológicas são suficientes para determinar sismos está relacionada com zonas instáveis da litosfera,
o epicentro de um sismo: O intervalo de tempo entre a chegada das nomeadamente limites entre placas litosféricas.
ondas P e S fornece a distância
de cada ponto ao epicentro. Sismos Interplaca- sismos localizados nos limites entre placas
O ponto onde as três circunferências se encontram é o epicentro do litosféricas;
sismo. Sismos intraplacas- são menos frequentes e estão geralmente
relacionados a falhas ativas.

Limites de placas e respetivos sismos

Convergentes:
 sismos superficiais-
zonas de subducção
 intermédios e
profundos- zona de
contacto entre placas.
Exercício:
Supondo que o sismograma da figura corresponde ao registo de um
sismo em Benavente, calcule a distância do epicentro a Benavente.  Sismos superficiais e profundos- nos limites
convergentes de litosfera continental, as forças
exercidas sobre as rochas levam à formação de falhas
e à ocorrência destes tipos de sismo.

Divergentes:
 Sismos superficiais- na zona de afastamento entre
placas, ao nível do rifte; constrói-se nova litosfera
Conservativos:
 sismos superficiais- movimentos ao longo das falhas A Escala de Mercalli (modificada) é:
transformantes (o hipocentro localiza-se a pouca  Subjetiva;
profundidade)  dividida em XII (12) graus:

Zonas que registam maior sismicidade:


 Anel de fogo do Pacífico/ Zona Circum-Pacífica- cadeias
montanhosas
 Cristas Oceânicas- regiões de rifte;
 Cintura Mediterrâneo-Asiática.

Intensidade sísmica
Intensidade sísmica- parâmetro de avaliação de um sismo
baseado no grau de destruição e nos inquéritos distribuídos às
populações.
 Medida na escala de Mercalli.

A intensidade sísmica é determinada pela quantidade de


energia libertada no hipocentro.
O local com maior intensidade sísmica é quase sempre o Magnitude sísmica
epicentro, diminuindo a fração de energia com o aumento da Magnitude sísmica- parâmetro de avaliação do sismo
distância ao epicentro. baseado na quantificação da energia libertada no
hipocentro.
A natureza das rochas que compõem o subsolo influencia  Quantificada na Escala de Richter- O seu valor é único e
muito, por exemplo, um edifício construído sobre areia pode reflete a quantidade de energia libertada no foco.
ruir, enquanto que um edifício construído sobre uma rocha
sólida não. Escala de Richter:
 Varia entre 1 e 9;
Isossistas- linha que une pontos de igual  Sismos com magnitudes superiores a 7 são
intensidade sísmica. extremamente sentidos (Lisboa- 9);
 Objetiva;
Carta de isossistas- fornece dados sobre o  O mesmo sismo tem várias intensidades de acordo
grau de intensidade dos estragos e a com a distância epicentral.
estrutura litológica da região.

A análise e interpretação da carta de


isossistas de intensidades máximas
permite inferir uma perspetiva futura de
riscos sísmicos de uma dada região.

No oceano não há destruição, logo não


existem isossistas.
Sismicidade em Portugal Minimização dos riscos sísmicos
Continente Quando os sismos libertam grandes quantidades de
energia podem ser catastróficos, provocando grandes
Portugal continental situa-se na
danos.
placa Euroasiática, limitada a sul
 Montanhas- pode provocar avalanches e
pela falha Açores-Gibraltar.
deslizamentos;
A atividade sísmica do território  Mar- quando o epicentro do sismo se localiza na
português resulta de fenómenos crusta oceânica poderá ocorrer a formação de ondas
localizados na fronteira entre as gigantes (maremotos, rás de maré ou tsunamis)
placas Euroasiática e Africana capazes de percorrer todo o oceano e rebentar na
(sismicidade Interplaca) e de costa
fenómenos localizados no interior
da placa Euroasiática (sismicidade Previsão sísmica:
intraplaca).  A água dos poços fica turva e com cheiro
desagradável;
Portugal apresenta um significativo Mapa das zonas sísmicas de  Estudo do comportamento de alguns animais, que se
risco sismico, devido à existência de Portugal continental, desde a encontram agitados momentos antes de um sismo.
sistemas de falhas ativas. perigosidade mais elevada
(A) até à menor (D). Prevenção dos riscos sismicos:
 Intervenção dos geólogos nos estudos e implementação de
O mapa mostra maior perigosidade sísmica a sul e sudoeste do grandes construções- a construção de edifícios deve ter em
território, em grande parte porque a falha Açores-Gibraltar (um conta as características litológicas dos terrenos,
limite conservativo entre placas) se situa a sudoeste do Cabo de São nomeadamente, a sua litologia, consolidação e a existência
Vicente. Não se conhece risco de erupção vulcânica em Portugal de falhas ativas ou inativas.
continental.  Construção antissísmicas;
 Conhecimento, por parte da população, dos
comportamentos a ter antes, durante e após um sismo;
Os Açores  Elaboração de um plano de emergência

O arquipélago dos Açores situa-se num ponto triplo, isto é, no Atividades promotoras do conhecimento do risco sísmico e da sua
local de confluência de 3 placas tectónicas (Euroasiática, minimização:
Africana e Norte-americana), motivo pelo qual apresenta uma  Informação e sensibilização da população e instituições;
elevada sismicidade.  Realização de exercícios de evacuação;
 Estudo de riscos sísmicos.
Os Açores constituem um verdadeiro “laboratório” de ciência da Terra,
sendo frequente a ocorrência de fenómenos sísmicos. Comportamentos a adotar:
 Antes de um sismo:
 Identificar os sítios mais seguros, salientando-se
as ombreiras das portas e as proximidades das
colunas;
 Manter na dispensa o equipamento de
primeiros socorros;
 Fixar bem molduras e botijas de gás;
 Aprender a cortar o abastecimento de energia
elétrica, gás e água.
 Durante um sismo:
 Manter a calma;
 Situar-se em locais seguros, longe de janelas;
 Se sair dos edifícios, deve procurar espaços
abertos, longe de construções e de cabos
Madeira – As suas ilhas incluem-se na zona D, uma vez que elétricos;
o arquipélago se situa no interior da placa Africana.  Não usar elevadores;
 Se estive no carro, não saia, apenas vá par um local longe de edifícios.
 Após um sismo:
 Manter a calma;
 Proteger a cabeça;
 Não acender fósforos;
 Cortar imediatamente a água, o gás e a eletricidade;
 Ligar o radio e cumprir as informações transmitidas;
 Socorrer vítimas.
Algumas ondas propagam-se diretamente na crusta, sendo
detetadas pelos sismógrafos.
Caracterizar as ondas sísmicas (longitudinais, transversais e O percurso percorrido no manto é mais longo do que o percorrido
superficiais) quanto à origem, forma de propagação, efeitos e registo. na crusta. Contudo, no manto as ondas propagam-se a uma
- Usar a teoria da Tectónica de Placas para analisar dados de velocidade superior.
vulcanismo e sismicidade em Portugal e no planeta Terra,
relacionando-a com a prevenção de riscos geológicos. Em distâncias curtas, as ondas que viajam na crusta são
detetadas 1º do que as que percorrem o manto.
Em distâncias superiores a 200km, as ondas que se
Descontinuidades propagam pelo manto (mais denso) alcançam os sismógrafos
em 1º lugar, uma vez que atingem velocidades de
A velocidade de propagação das ondas sísmicas P e S não é a propagação maiores.
mesma, devendo-se essa diferença sobretudo às propriedades
do meio que atravessam.
Os tempos de chegada das ondas P e S, a diferentes sismógrafos indicam Mohorovicic/Moho- descontinuidade entre a crosta e o
que os trajetos efetuados por essas ondas não são os mesmos. manto

As ondas sísmicas sofrem desvios na sua trajetória (refrações e As ondas registadas nas estações próximas do epicentro
reflexões) quando encontram superfícies de descontinuidade propagam-se diretamente através da crusta.
entre materiais diferentes. E observou que nas estações sismográficas mais afastadas
 Refração- provoca uma curvatura na trajetória da onda, do epicentro eram registadas ondas P diretas e refratadas,
apresentando as ondas sísmicas trajetórias curvilíneas. sendo que as refratadas percorriam uma distância maior,
mas chegavam primeiro.
Se a Terra fosse uniforme e não ocorressem variações no seu
interior, a velocidade de propagação das ondas sísmicas
aumentaria com a profundidade. Isto porque o aumento de As ondas refratadas deverão encontrar um meio diferente
pressão conduz a um aumento da densidade e rigidez de um que lhes permite adquirir uma velocidade superior.
corpo sólido, sendo precisamente estas 2 propriedades que
controlam a velocidade das ondas.
As ondas P e S teriam uma propagação uniforme e não sofriam
alterações na trajetória e na velocidade.

A crusta oceânica é mais rígida e mais densa que a crusta


continental, logo a velocidade de propagação das ondas é
superior.
Descontinuidades- superfície que separa 2 meios com A maior velocidade de propagação das ondas sísmicas nas
propriedades físicas diferentes. placas oceânicas é explicada pelo facto de serrem formadas
 Mohorovicic- descontinuidade entre a crusta e o manto; por rochas basálticas mais rígidas do que as rochas graníticas
 Gutenberg- descontinuidade entre o manto e o núcleo; que compõem os continentes.
 Lehmann- descontinuidade entre o núcleo externo e o
núcleo interno.
plástica, na qual as ondas se propagam com maior
dificuldade.
 Foi muito importante a descoberta de uma zona de baixas
velocidades para a Teoria da Tectónica de Placas pois
constitui a prova da existência da astenosfera, uma zona
plástica do manto onde as placas litosféricas flutuam.

Relacionar os dados do gráfico com a tectónica de placas:


Segundo essa teoria, as placas litosféricas movem-se
A velocidade das ondas sísmicas aumenta no limite que separa
devido às correntes de convecção térmica.
a crusta do manto. No entanto, aproximadamente aos 100km
A descoberta de uma zona de baixa velocidade das ondas
de profundidade (astenosfera), a velocidade das ondas diminui,
sísmicas, sob a litosfera, constituiu um argumento a favor a
devido à subida da T que torna as rochas mais plásticas a esta
teoria da tectónica de placas.
profundidade.
A 350km de profundidade, a velocidade de propagação das ondas
A descontinuidade de Mohorovicic, que separa a crosta do aumenta significativamente, o que se deve ao facto de a subida da
manto, não se encontra sempre à mesma profundidade. pressão compensar a subida de temperatura, tornando-se o manto
Esta descontinuidade encontra-se em profundidades de 5 km a 10 km mais plástico e mais rígido.
na crosta oceânica, e em profundidades de 35 km a 70 km na crosta
continental.

O limite superior da astenosfera coincide com o limite inferior Descontinuidade de Gutenberg- entre o manto e o núcleo
da litosfera e este limite superior é maior ao nível dos externo
continentes.
Gutenberg: para cada sismo existe um setor da superfície
terrestre onde não é possível registar ondas sísmicas
Na descontinuidade de Moho, a diretas, isto é, sem sofrerem desvios na sua trajetória.
variação de velocidade das
ondas sísmicas deve-se à
Até um distancia angular epicentral de 103º detetam-
transição dos materiais da
se ondas P e S diretas;
crosta para os do manto, que
Entre os 103º e os 143º não se detetam onda P
têm composição diferente.
diretas;
Entre os 100 km e os 350 km
A partir dos 103º não há registo de ondas S.
situa-se a astenosfera, uma
camada do manto com menor
Zona de sombra- zona no interior da Geosfera situada
rigidez, e, portanto, mais
entre os ângulos epicentrais de 103º e 142º, onde não há
plástica, na qual as ondas se
registo de ondas
propagam com maior
 Resulta de uma descontinuidade de Gutenberg
dificuldade.
correspondente ao limite que separa o manto do
núcleo externo.
Zona de baixa velocidade- zona do manto, compreendida entre
os 100km e os 200km de profundidade, em que a velocidade
das ondas sísmicas diminui;
 localiza-se na astenosfera;
 a fusão é parcial em torno dos minerais, ou seja, é reduzida,
pelo facto de haver registo de ondas S (estas ondas não se
propagam em meios líquidos) - as rochas da astenosfera
estão no estado solido, embora alguns minerais de ponto de
fusão mais baixo possam fundir.
 Entre os 100 km e os 350 km situa-se a astenosfera, uma
camada do manto com menor rigidez, e, portanto, mais
Descontinuidade de Lehman- entre o núcleo externo e o Modelo geoquímico
núcleo interno

Quando as ondas P passam do manto para o núcleo, sofrem


refração ou reflexão- prova a ocorrência de uma
descontinuidade no interior do núcleo. Dá-se um aumento da
sua velocidade de propagação, logo é provável que se trate de
um meio sólido.
O facto de não haver registo de ondas S a partir dos 103º prova
a existência de uma zona liquida (ondas S não se propagam em
meios líquidos).

O núcleo é dividido em:


 Núcleo interno (sólido);
 Núcleo externo (líquido).

No interior do núcleo também ocorrem fenómenos de refração


das ondas P, o que denuncia a existência de uma
descontinuidade- Descontinuidade de Lehman/Wiechert.

Admite-se que a composição do núcleo interno e externo seja


basicamente a mesma. A diferença o estado físico explica-se pelos
valores de P. Assim, apesar de haver um aumento da T, há também um Crosta Oceânica- caracterizada pela presença de rochas
aumento de P que se sobrepõe ao da T, o que terá efeito sobre o ponto
mais densas (basaltos e gabros); mais espessa;
de fusão dos materiais que constituem o núcleo interno,
nomeadamente o ferro, ficando no estado sólido.
Crusta Continental- maior espessura, principalmente nas
zonas de montanha; a velocidade de propagação das
- Interpretar dados de propagação de ondas sísmicas prevendo a
localização de descontinuidades (Mohorovicic, Gutenberg e ondas sísmicas é inferior à que se regista na crusta
Lehmann). oceânica
- Relacionar a existência de zonas de sombra com as características
da Terra e das ondas sísmicas. Manto superior- essencialmente constituído por uma
rocha ígnea ultrabásica, o peridotito, composto por
minerais ferromagnesianos, como as olivinas, piroxenas e
Estrutura interna da Terra anfíbolas.

Não se verificam importantes modificações na composição


O estudo das ondas sísmicas permitiu:
química do manto superior para o inferior.
 perceber que existem camadas com diferentes
características no interior da Terra; Os meteoritos férreos são amostras de matéria que
 localizar as descontinuidades que marcam a transição possivelmente pertenceram ao núcleo de um planeta de
entre diferentes camadas; pequenas dimensões que se terá desintegrado.
 caracterizar as diferentes camadas. Todos os meteoritos férreos contêm pequenas quantidades de
níquel, que existe no núcleo da Terra

A dinâmica do núcleo externo e interno associada à


própria rotação da Terra gera um efeito dinâmico,
responsável pela formação de correntes elétricas
que constituem o campo magnético.
Modelo geofísico
Endosfera

Litosfera- constituída por placas litosféricas que se constroem


ao nível dos riftes e se destroem nas zonas de subducção.

Astenosfera- não há mudanças na composição química da


litosfera e da astenosfera, apenas físicas, ume vez que a
litosfera se comporta como uma camada rígida e frágil,
enquanto que a astenosfera flui como um sólido dúctil. A
astenosfera caracteriza-se como uma zona de baixas
velocidades
 A astenosfera encontra-se no manto.

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