Você está na página 1de 10

Energia: MANTO INFERIOR

Prevenção de riscos vulcânicos:


 O registo de ondas sísmicas, de modo a conhecer os movimentos do magma;
 Deteção de deformações na encosta do vulcão;
 Medição da temperatura das águas em fontes termais
 Medição dos níveis de emissão de gases

Fenómenos vulcânicos com elevados riscos:


→ Nuvens ardentes;
→ Queda de cinzas;
→ Lahars - movimentos de lama composta por materiais piroclásticos e água;
→ Tsunamis - limites convergentes - choque de placas e magma mais explosivo.

Impacte socioeconómico
Vulcões - solos férteis, turismo, energia geotérmica e mineralização (minerais valiosos)

Vulcanismo intraplaca
Os hotspots relacionam-se com as plumas térmicas - longas colunas de matéria
quente e pouco densa que sobem através do manto até à litosfera.
A placa tectónica desloca-se sobre o ponto quente, afastando-se da fonte de
magma. O vulcão extingue e forma-se outro novo.
Sismos: movimentos vibratórios com origem nas camadas superiores da Terra,
provocados pela libertação de energia.

Tipos de sismos:
Naturais - tectónicos (devido ao movimentos das placas), vulcânicos (movimentos
de magma), desprendimento de terras e abatimento de grutas
Artificiais - carácter científico e explosões

Teoria do Ressalto Elástico


De acordo com esta teoria, as rochas estão sujeitas à ação de forças resultantes do
movimento das placas tectónicas, que as deformam.
Após atingir o seu limite de elasticidade, o material rochoso entra em rutura,
libertando subitamente a energia elástica acumulada.

Abalos premonitórios - antes do sismo principal


Réplicas - depois do sismo principal - abalos cada vez mais fracos e menos frequentes

Hipocentro ou foco - ponto do interior da Terra onde o sismo tem origem;


Epicentro - ponto da superfície terrestre vertical em relação ao hipocentro, onde o
sismo é sentido com maior intensidade.

Ondas sísmicas - a energia proveniente do hipocentro propaga-se em todas as


direções sob a forma de ondas; obrigando as partículas dos materiais rochosos a vibrarem

Ondas irregulares, pois os materiais rochosos são diferentes (constituição, densidade, etc.)
Ondas de volume - P e S
Ondas superficiais - L e R

Ondas P - possuem maior velocidade de propagação; comprimem e distendem a matéria;


As partículas vibram na mesma direção da propagação da onda - ondas
longitudinais.
Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.

Ondas S - deslocam-se com menor velocidade relativamente às ondas P; deformam o


material, sem alterar o volume;
As partículas vibram perpendicularmente à direção da propagação da onda - ondas
transversais.
Propagam-se apenas em meios sólidos.

Ondas Love - propagam-se apenas em meios sólidos; as partículas vibram


horizontalmente, segundo movimentos de torsão, e perpendicularmente à direção de
propagação das ondas.

Ondas de Rayleigh - propagam-se em meios sólidos e líquidos; as partículas


vibram segundo uma trajetória elíptica, semelhante às ondas do mar, num plano
perpendicular à direção de propagação.
Quanto maior for a diferença (S-P), maior será a distância ao epicentro

Analisa-se a amplitude das ondas, o intervalo entre S e P, etc.

3 sismógrafos: 1 vertical e 2 horizontais (norte-sul e este-oeste)

Magnitude - quantidade de energia libertada no hipocentro.


Intensidade - depende da vibração das partículas, da população que sentiu o
sismo e do grau de destruição.

Depende da profundidade do hipocentro e da distância ao epicentro, da


natureza do subsolo e da quantidade de energia libertada no hipocentro.

A distância epicentral é a distância entre uma estação sísmica e o epicentro do sismo.

Beira-mar menos acentuada - tsunami perde força


Beira-mar mais acentuada - tsunami ganha força
Escala de Mercalli - intensidade sísmica - 1 a 12
Isossistas - linhas que determinam áreas com a mesma intensidade sísmica.

Sismos:
Superficiais - hipocentro a menos de 70 km de profundidade - mais perigoso, pois
as ondas demoram menos tempo a chegar às construções e populações e têm menos tempo
para perder energia
Intermédios - hipocentro entre os 70 e os 300 km de profundidade.
Profundos - hipocentro a mais de 300 km de profundidade.

Zonas de subducção (limites convergentes) - sismos superficiais, intermédios e profundos


Llimites divergentes - sismos superficiais

Magnitude
Para saber a magnitude, é necessário conhecer o intervalo de tempo entre as
ondas S-P (em segundos) e a amplitude máxima das ondas (em milímetros).

Portugal Continental - maior sismicidade a sul/sudoeste


Arquipélado dos Açores - elevada sismicidade
Arquipélado da Madeira - baixa sismicidade

Macrossismos - sismos que são sentidos pela população e que podem causar danos
importantes .
Microssismos - sismos de pequena intensidade, geralmente imperceptíveis, mas que
são registados pelos sismógrafos.
Por que ocorrem sismos nas zonas de rifte?
Os sismos nas zonas de rifte ocorrem devido às forças divergentes a que a crosta
oceânica formada é sujeita. Estas forças esticam as rochas, provocando a sua fractura.
Ocorrem sismos com hipocentros superficiais ou pouco profundos.

Por que ocorrem sismos nas zonas de subducção?


Ambas as placas são sujeitas a forças convergentes que comprimem as rochas,
provocando a sua fractura.
Ocorrem sismos com hipocentro ao longo da zona de subducção (ao longo da
crosta subductada).
Ocorrem sismos com hipocentros superficiais, médios e profundos.

Por que ocorrem sismos nos limites transformantes?


Há acumulação de forças, pressões e energia que é libertada nos sismos.

Propagação das ondas


A velocidade das ondas P e S aumenta com a distância ao epicentro e a velocidade
da onda L mantêm-se constante.

Descontinuidades
Uma descontinuidade sísmica é uma separação entre dois meios com
características físicas ou químicas diferentes (materiais litológicos, densidade, rigidez), o que
provoca a refração das ondas sísmicas.
A velocidade de propagação das ondas varia de acordo com o meio que
atravessa, pelo que através do registo das ondas é possível conhecer o interior da
Terra.
Ao propagarem-se em profundidade, as ondas podem ser refletidas ou
refratadas, quando atingem camadas terrestres com diferentes características
(materiais geológicos, densidade, rigidez, etc.). As superfícies que provocam a
refração das ondas chamam-se descontinuidades sísmicas.

Maior rigidez - maior velocidade


Maior densidade - menor velocidade

Previsão sísmica
- Monitorização de sinais da atividade sísmica e do comportamento de falhas
ativas;
- Estudo do registo histórico dos simos, que permite elaborar cartas de isossistas.

Prevenção sísmica
- Elaboração de planos de evacuação e de intervenção;
- Construção de edifícios que obedecam a regras de construção muito específicas;
- Educação da população (dar a conhecer os programas de emergência);
- Transmissão rápida da informação às autoridades e às populações.

Manto é viscoso; astenosfera é fluída


Descontinuidade de Mohorovicic (Moho) - 40 km
Moho, ao estudar sismogramas de um sismo com hipocentro a 40 km de
profundidade, verificou que sismógrafos de estações a mais de 150 km do epicentro
registavam as ondas sísmicas P e S refratadas primeiro que as ondas P e S diretas.
As ondas refratadas, ao atravessarem camadas mais profundas, aumentavam de
velocidade, ou seja, essas camadas apresentavam uma maior rigidez. Foi estabelecido,
assim, o limite entre a crusta e o manto, desginado por descontinuidade de Moho.

Para distâncias epicentrais inferiores a 60 km, não há propagação de ondas P e S


refratadas, apenas P e S diretas.
Para distâncias epicentrais entre 60 km e 150 km, as ondas P e S diretas chegam
primeiro que as ondas P e S refratadas.
Para distâncias epicentrais superiores a 150 km, as ondas P e S refratadas chegam
primeiro que as ondas P e S diretas.

Descontinuidade de Gutenberg - 2900 km


Gutenberg descobriu que existem zonas terrestres onde é impossível registar
ondas S e P diretas. A essas zonas chamam-se zonas de sombra.
Sismógrafos localizados entre os 102º e os 143º de distância epicentral não
registam ondas P diretas.
Sismógrafos localizados entre os 102º e os 180º de distância epicentral não
registam ondas S diretas.
As ondas superficiais só se propagam junto da superfície, não sendo afetadas pelas
variações das camadas mais profundas. Desta forma, não possuem uma zona de sombra
sísmica.
Gutenberg relacionou as zonas de sombras com o comportamento das ondas e
estabeleceu o limite entre o manto e o núcleo externo - descontinuidade de Gutenberg.

Descontinuidade de Lehmann - 5100 km


Lehmann verificou que, no interior do núcleo, parte das ondas P são refletidas e
podem ser detetadas em sismógrafos localizados na zona de sombra sísmica das ondas P.
Verificou também que parte das ondas P são refratadas, passando a propagar-se, na
região central do núcleo, a uma velocidade superior.
Assim, foi possível estabelecer o limite entre o núcleo externo e o núcleo interno -
descontinuidade de Lehmann.

A astenosfera é conhecida por ser a zona de baixa velocidade (ZBV). Nesta zona, a
velocidade das ondas é mais baixa, visto que a astenosfera é viscosa, apresentando uma
menor rigidez.
Notas:
Foco mais perto da superfície - sismo mais grave

Água pesada - com isótopo radioativo - oxigénio-18

Mais energia - menor comprimento de onda

Falha - resulta da fractura das rochas

Quanto maior for a diferença (S-P), maior será a distância ao epicentro

Montanhas - magma andesítico - pH intermédio

À medida que a distância ao epicentro aumenta, verifica-se uma diminuição de


amplitude das ondas e um aumento do atraso S-P, verificando-se o inverso para distâncias
mais próximas do epicentro. Pode-se concluir que a variação num dos fatores compensa as
alterações no outro fator, levando a que a reta traçada coincida no mesmo valor de
magnitude.

Os trabalhos de campo são essenciais para determinar as falhas ativas,


verificar o historial de sismos e caracterizar a atividade sísmica do passado. Deste
modo, procura-se localizar e prever a magnitude de futuros sismos.

A intensidade de um sismo e o quanto ele afeta depende de fatores sociais, económicos,


tecnológicos, etc.

Cuidado com construções sobre falhas ativas

Menor coerência, maior intensidade sísmica

Moho - descontinuidade entre a crusta e o manto

A rigidez aumenta com a profundidade, logo a velocidade aumenta também.

Astenosfera - zona de baixa velocidade (ZBV)

A intensidade sísmica é relativa, pois depende das populações, das construções, dos
materiais litológicos, etc.

Se a variação de velocidade dependesse apenas da densidade, a velocidade das ondas


diminuiria com a profundidade.

Plumas térmicas - criadas pelo calor do núcleo externo


Primeiramente, converte-se o intervalo de tempo entre a chegada das ondas S e P
em quilómetros; Depois, de acordo com uma escala, passamos esses quilómetros para
centímetros; Por fim, traçamos circunferências com um raio em centímetros e, ao
intersectar as circunferências, obtemos o epicentro do sismo. O ponto de interseção de 3 ou
mais circunferências seria o local do epicentro.

Em cada estação sísmica, calcularia o desfasamento de chegada S-P (geralmente, em


segundos) e determinaria a distância ao epicentro em quilómetros. Converteria essa
distância à escala de um mapa e desenharia uma circunferência cujo raio corresponderia a
essa valor em centímetros.

Magnitude - energia libertada no hipocentro

Crusta oceânica - 8 a 10 km
Crusta continental - 25 a 70 km

Você também pode gostar