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Sismologia
▪ Sismologia: A sismologia estuda a origem e propagação das ondas sísmicas, os seus efeitos e consequências, a
sua previsão e a sua prevenção.
▪ Sismos: São movimentos vibratórios, bruscos e breves, da crusta terrestre, originados por uma
libertação súbita de energia no interior da Terra.
Macrossismos: Libertam grandes quantidades de energia, o que provoca movimentos vibratórios da
superfície terrestre muito percetíveis à população.
Microssismos: Libertam pequena quantidade de energia, provocam pequenos movimentos
vibratórios da superfície terrestre, sendo, por esse motivo, impercetíveis à população.
Sismos tectónicos: São os mais frequentes (95%). Correspondem à libertação súbita de energia
quando as rochas que acumularam tensões atingem o seu limite de elasticidade e sofrem rutura,
ocorrendo o deslocamento dois blocos ao longo de uma falha. - Teoria do ressalto elástico.
A libertação da energia no momento da rutura ou no deslocamento das rochas, efetua-se através da vibração
dos materiais segundo superfícies concêntricas (ondas sísmicas) que se deslocam segundo uma frente de onda.
Ondas transversais/S/secundárias
▪ Ondas superficiais/longas (origem na superfície terrestre por interferência das ondas P e S)
Ondas Love (L)
Resultam da
interferência
entre ondas S
Ondas Rayleigh (R)
Resultam da
interferência
entre ondas
S e P.
▪ Sismograma: registo em papel feito pelos sismógrafos dos movimentos do solo, ou seja, os sismos.
Como as partículas vibram nas três direções do espaço, os sismógrafos precisam de efetuar esse registo triespacial.
São, por isso, necessários três sismógrafos:
um de cilindro vertical (que regista os movimentos verticais)
outros dois de cilindro horizontal, para registo dos movimentos horizontais (um orientado na direção
norte-sul e outro na direção este-oeste).
Intensidade: mede a qualidade dos efeitos de um sismo nas infraestruturas. O mesmo sismo possui várias
intensidades. Depende da energia libertada, do tipo de substrato e de ocupação antrópica. Tende a ser
maior na região epicentral. Pode ser medida na escala de Mercalli modificada (1956) e na escala
Macrossísmica Europeia. A intensidade sísmica é determinada pelo preenchimento de um questionário
padrão distribuído pelas entidades oficiais.
Magnitude: mede a quantidade de energia libertada num sismo. Cada abalo só possui um valor de magnitude.
Pode ser medida na escala de Richter.
Resumindo…
*
▪ Escala Macrossísmica Europeia (1998):
Avalia a intensidade de um sismo.
Escala qualitativa e baseia-se nos estragos provocados
pelos sismos e na vulnerabilidade dos edifícios.
Constituída por doze graus.
▪ Escala de Richter:
Avalia a magnitude, energia libertada por um sismo.
Escala quantitativa.
Escala logarítmica e aberta (sem limite máximo).
Escala de Mercalli Modificada
Considerando os epicentros dos principais sismos registados durante o século XX, podem distinguir-se
vvvvtrês grandes zonas sísmicas a nível mundial:
Zona Mediterrânico-Asiática: zona onde ocorrem
15% dos sismos de forte a média magnitude.
Zonas de dorsais oceânicas: onde, por exemplo,
se localizam os Açores.
Zona Circumpacífica: conhecida por anel de fogo do
Pacífico, é uma zona onde os abalos sísmicos
ocorrem frequentemente e com grande intensidade
(80% dos sismos).
▪ Sismicidade em Portugal
Na Europa, a maioria dos sismos ocorre na região da Turquia, da Grécia e da Itália. Comparativamente a estas
regiões, a atividade sísmica em Portugal continental é menos frequente.
Em Portugal, os sismos interplaca localizam-se ao longo do sistema de falhas associadas à dorsal médio-oceânica,
na região dos Açores, zona onde contactam três placas litosféricas (Euro-Asiática, Norte-Americana e Africana),
designada por ponto triplo; ou ao longo da falha Açores-Gibraltar, um limite transformante que se prolonga até
à região Sul e Sudoeste de Portugal continental. O arquipélago da Madeira, situado na placa Africana, a uma certa
distância da falha Açores -Gibraltar, é afetado moderadamente pelos movimentos deste limite.
No arquipélago da Madeira e em Portugal continental, a atividade sísmica é intraplaca, com atividade moderada
e baixa. Todavia, nestas áreas podem ocorrer, esporadicamente, sismos com magnitudes elevadas. A atividade
intraplaca está associada a falhas que acumulam tensões que poderão estar relacionadas com o movimento das
placas tectónicas.
Ainda não é possível evitar nem prever com exatidão quando e onde irão ocorrer sismos. Como tal, os
seus efeitos destruidores apenas se podem minimizar através de medidas de prevenção.