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Por Luiza Almeida, Maria Isabel Bender, Thaina Camilo e Verônica Mafioletti*
Verdade seja dita, um desastre nessa proporção pode ser considerado como
acidente ambiental?
Existem estudos e especulações sobre a fonte que gerou o desastre ambiental, seja
a primeira acusação ao navio Bouboulina, da grega Delta Tankers, seja a acusação
do ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, à Venezuela, pelo derramamento
de óleo. Ou a hipótese de que os culpados sejam os repetidos vazamentos de óleo
na costa ocidental da África trazidos ao Brasil pela corrente oceânica Benguela ou
pela influência do Golfo da Guiné.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de
animais ou a destruição significativa da flora:
§ 1º Se o crime é culposo:
Crime doloso
O Código Civil Brasileiro determina, em seu capítulo que dispõe sobre a obrigação
de indenizar, que “haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem.” (BRASIL, 2002).
Segundo Alencar et al. (2016, p.10), o Estado também deve ser responsabilizado
uma vez que:
Esse triste episódio na costa brasileira se soma aos constantes ataques, por parte
do governo federal, aos esforços de lidar de forma responsável com as riquezas
naturais do Brasil.
Talvez os responsáveis nunca sejam culpabilizados para que arquem com o crime
ambiental causado e todas as suas consequências. Isso mostra a enorme
fragilidade do sistema de responsabilização brasileiro na área ambiental, como se
vê em outros episódios, como os desastres ambientais de Brumadinho/MG e
Mariana/MG.
Após dez meses, investigações ainda não apontaram responsável por vazamento
de óleo. In: Brasil de Fato. 03 jul. 2020.
Qual é a diferença entre crime ambiental e desastre natural? In: USCS. 09 set.
2019.