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Gestão de Ruído Ambiental e Vibração

PGS-003279, Rev.: 01-16/03/2017


Diretoria Emitente: Gerência Executiva de Meio Ambiente
Responsável Técnico: Nome: Rafael Campolina, Matrícula: 01506369; Nome: Paulo Bueno, Matrícula: 01147272
Público Alvo: Empregados e gestores do Grupo Vale responsáveis pelo tema Ruído Ambiental e Vibração.
Necessidade de Treinamento: ( )SIM ( X)NÃO

Resultados Esperados:
Estabelecer as diretrizes e orientações para a gestão de ruído ambiental e vibração através de controle
e monitoramento, visando assegurar que as operações diminuam os impactos ao meio ambiente e às
comunidades vizinhas.

1. APLICAÇÃO
Aplica-se à Vale em âmbito global, conforme NFN-0001: Norma de Planejamento, desenvolvimento e
gestão.

2. REFERÊNCIAS

NFN-0009 – Norma de Sustentabilidade

3. DEFINIÇÕES
• Ruído ambiental: ruído presente fora dos limites do empreendimento gerado por fontes internas ao
mesmo;
• Vibração: movimento oscilatório em torno de uma posição de referência;
• Receptores: pessoas ou animais localizados externamente aos limites do empreendimento que
possam estar expostos aos incômodos decorrentes das atividades que nele ocorrem;
• Background: pano de fundo, ou seja, ruído ou vibração (para efeito deste procedimento) que não é
gerado pelo empreendimento, mas que é perceptível e/ou mensurável.

4. ESCOPO
Para efeito deste documento, são considerados ruído ambiental e vibração aqueles capazes de
interferir fora dos limites do empreendimento em questão e originário de fontes internas ao mesmo.
Também devem ser incluídas neste escopo, quando aplicável, as atividades auxiliares (ex: geração de
energia, transporte fora da operação).

5. DIRETRIZES GERAIS
A gestão de ruído ambiental e vibração deve ser conduzida nas áreas de negócio de acordo com as
seguintes premissas:

• Entender o meio em que está inserida e possíveis impactos significativos, através de um


diagnóstico preliminar.
• Avaliar sistematicamente as operações, através de um plano de monitoramento relacionado
aos temas ruído e vibração, buscando a redução/minimização dos impactos ambientais.
• Estabelecer ações de controle e mitigação, considerando necessidades de ajustes
operacionais e de manutenção, busca de novas tecnologias, conscientização, treinamento,

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capacitação e divulgação de informações para colaboradores envolvidos. Assegurar que os
controles de ruído e vibração sejam considerados na etapa de projetos.

6. DIAGNÓSTICO PRELIMINAR
Todos os novos projetos e operações já existentes devem realizar um diagnóstico preliminar para
determinar se o impacto ambiental proveniente do ruído e vibração é significante ou insignificante (em
comparação à requisitos legais ou, na ausência destes, à normas internacionalmente reconhecidas).
Quando o impacto for significante, deve-se elaborar um plano de monitoramento para
acompanhamento do tema. Quando o impacto for insignificante, este diagnóstico deve ser
armazenado, e comunicado, se solicitado, ao órgão ambiental competente.

O diagnóstico preliminar deve ser realizado conforme requisitos legais existentes ou, na ausência
destes, deve ser conduzido por empresa/profissional habilitado considerando pelo menos os pontos a
seguir:

• Manter conhecimento sobre o background da região;


• Mapear as principais fontes geradoras de ruído e vibração do empreendimento;
• Mapear os receptores externos ao empreendimento. Os receptores potencialmente críticos
(áreas de residências e unidades educacionais e de saúde) devem ser identificados no
mapeamento;
• Realizar um diagnóstico preliminar visando mensurar os níveis de ruído e vibração nos
receptores, considerando as influências do empreendimento, e avaliar o potencial incômodo
nestes receptores.

7. PLANO DE MONITORAMENTO

Baseado no diagnóstico preliminar realizado, a área de negócio deve estabelecer um plano de


monitoramento. Sugere-se também, quando necessário, realizar uma modelagem matemática
considerando as particularidades da unidade e da localidade como fonte, receptores, características
geográficas e sociais.
O plano de monitoramento deve estar sempre em conformidade com a legislação local, quando
aplicável. Na ausência de legislação específica que regule sobre o monitoramento de ruído e vibração,
este deve considerar pelo menos os itens a seguir:

• Pontos a serem monitorados;


• Frequência do monitoramento;
• Período da medição (dia e/ou noite);
• Metodologia utilizada;
• Valores de referência, conforme requisitos legais ou normas técnicas aplicáveis;
• Descrição de eventos anômalos (passagem de avião, latidos, trovões, etc.);
• Descrição dos equipamentos utilizados na medição com suas respectivas datas de calibração.

O plano de monitoramento poderá ser dispensado caso o resultado do diagnóstico preliminar indique
níveis de ruído e/ou vibração muito abaixo dos valores de referência. Neste caso, devem ser
realizados diagnósticos preliminares esporádicos sempre que houver uma mudança significativa no
processo que possa impactar em ruído ou vibração.

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8. AÇÕES DE CONTROLE E MITIGAÇÃO
Caso o monitoramento evidencie tendência de descumprimento ou descumprimento dos padrões de
ruído e vibração, devem ser propostas ações de controle e mitigação. Alguns exemplos de medidas de
controle e mitigação são a utilização de abafadores, atenuadores, lubrificação adequada, manutenção,
enclausuramento, barreiras, troca de equipamentos por melhor tecnologia, assessórios para atenuar
vibrações advindas de desmonte, alteração de procedimentos operacionais, etc.

Deve-se adotar sempre que possível uma hierarquia de controle de ruído e vibração, implantando
primeiramente controles de engenharia ou projetos, de manutenção ou de operação (nesta ordem de
prioridade), na fonte de geração, posteriormente ações no caminho de transmissão e, em último caso,
ações no receptor.

Para operações com explosivos, os planos de fogo devem considerar controles para mitigação de
ruído ambiental e vibração.

9. RESPONSABILIDADES

• Área Corporativa de Meio Ambiente:


- Dar suporte às áreas de Meio Ambiente das áreas de negócio na gestão de ruído ambiental e
vibração.

• Área de Meio Ambiente das Áreas de Negócio


- Executar o diagnóstico preliminar;
- Elaborar e executar o plano de monitoramento;
- Avaliar relatórios técnicos ambientais;
- Fazer interface com o órgão ambiental;
- Dar suporte técnico às áreas operacionais.

• Área Operacional
- Implantar, operar e manter os sistemas de controle de ruído ambiental e vibração, quando
aplicável;
- Executar ações de melhorias, quando necessárias, incluindo orçamento para estas atividades.

• Área de Projetos
- Considerar controles para minimização de ruídos ambientais e vibração no desenvolvimento de
novos projetos;
- Definir, em conjunto com a área de meio ambiente, níveis de ruído ambiental e vibração aceitáveis
para o projeto.

10. DISPOSIÇÕES FINAIS


Este documento e seus anexos podem ser modificados a qualquer momento, por demanda justificada,
pelo gerente da Área Corporativa responsável pelo procedimento.

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