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Resultados Esperados:
Melhorias perceptivas na gestão de emissões atmosféricas visando a melhora da qualidade do ar e
redução de riscos nas áreas de influência das unidades operacionais da Vale.
1. APLICAÇÃO
Aplica-se à Vale em âmbito global, incluindo suas coligadas. Este procedimento tem caráter
orientativo àquelas unidades que ainda não possuam Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas
implementado. As unidades que já possuem Programa Gestão de Emissões Atmosféricas devem avaliar
a necessidade de complementação, com base nas recomendações apresentadas neste documento.
2. REFERÊNCIAS
• NFN-0009 – Norma de Sustentabilidade
• POL-0009-G – Política de Gestão de Riscos
• NFN-0001 - Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
• PGS-003384 – Gerenciamento de Incidentes de Saúde, Segurança e Meio Ambiente
• CP-N-501 – Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia – SPE
• United States Environmental Protection Agency - US EPA
• European Environmental Agency – EEA
• Environmental Agency – England
• World Health Organization – WHO
• World Meteorological Organization – WMO
• International Finance Corporation – IFC
• Verein Deutscher Ingenieure - VDI
3. ESCOPO
Apresentar as diretrizes às equipes operacionais, ambientais e de projetos para as emissões
atmosféricas, monitoramento da qualidade do ar e controle de gestão.
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Gestão de Emissões Atmosféricas
4. DEFINIÇÕES:
• Agência Ambiental: Instituição federal, estadual ou local responsável pelas questões ambientais do
site, como permissões, inspeção, relatórios etc.
• Área de Influência: Área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelas emissões
atmosféricas do empreendimento.
• Emissão Atmosférica: Lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou
gasosa.
• Emissão Atmosférica Significativa: Emissões atmosféricas que são reguladas por acordos
internacionais ou leis/regulamentos nacionais, estaduais ou municipais. Incluem-se as Emissões
Atmosféricas mencionadas em licenças ambientais ou que apresentam potencial de impacto na
bacia aérea onde sua fonte está inserida considerando a sensibilidade dos receptores a ela
associados.
• Emissão Atmosférica Fugitiva ou Difusa: Lançamento difuso na atmosfera de qualquer forma de
matéria sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte desprovida de dispositivo projetado para
dirigir ou controlar seu fluxo.
• Emissão Atmosférica Pontual: Lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida,
líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte provida de dispositivo para dirigir ou controlar seu fluxo,
como dutos e chaminés.
• Fontes Áreas: São emissões em que um polígono precisa ser declarado para que a fonte seja
adequadamente representada, por exemplo aterros sanitários, áreas de disposição de materiais
excedentes, entre outras.
• Fonte Estacionária ou Fixa: Qualquer instalação, equipamento ou processo, situado em local fixo,
que libere ou emita matéria para a atmosfera, por Emissão Atmosférica Pontual.
• Fonte Móvel: Qualquer fonte de Emissão Atmosférica não estacionária, como veículos e
equipamentos móveis.
• Fonte Volumétrica: São fontes emissoras de pequenas dimensões que são melhor caracterizadas
em três dimensões, por exemplo, transporte de matérias-primas em correias transportadoras,
descarregamento de caminhões, armazenagem de matérias-primas em pilhas, entre outras.
• Inventário de Emissões: É a compilação qualitativa e quantitativa, por fonte, das emissões lançadas
para a atmosfera em uma determinada área em um tempo definido.
• Limite de Emissão: Limites estabelecidos pela legislação, também chamados padrões de emissão,
quantificam o nível máximo de emissão de um determinado poluente na fonte.
• Material Particulado (MP): Mistura complexa de sólidos com diâmetro reduzido, cujos componentes
apresentam características físicas e químicas diversas. Em geral o material particulado é classificado
de acordo com o diâmetro das partículas.
• Melhor Tecnologia Prática Disponível (MTPD): Tratamento, processo ou sistema de controle
definido, que resulte no nível máximo de controle da poluição que possa ser atingido. Essa tecnologia
fornece mais controle do que os padrões ambientais estabelecidos, mas leva em consideração o
custo de implementação em comparação com o controle de poluição fornecido
• Modelagem Atmosférica: Equação matemática capaz de representar valores observados sobre
poluição atmosférica, por meio de equações deduzidas a partir de hipóteses prefixadas no curso de
estudos já realizados. Os mais comuns são os modelos de dispersão que tentam obter valores de
concentração a diferentes distâncias de fontes emissoras, baseados nos dados de emissão e das
condições meteorológicas de dispersão existentes.
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Gestão de Emissões Atmosféricas
• Estabelecer diretrizes relacionadas a gestão das emissões atmosféricas para todas unidades
da Vale incluindo suas coligadas;
• Fornecer suporte técnico para as equipes de projetos, estudos ambientais, áreas operacionais
e corporativas;
• Definir, consolidar e divulgar os indicadores relacionados à gestão de emissões atmosféricas;
• Desenvolver, fomentar e divulgar intercâmbio das soluções em gestão atmosférica com as
partes interessadas, apresentando os ganhos ambientais, sociais e econômico;
• Coordenar as reuniões/discussões técnicas de emissões e qualidade do ar, incluindo novas
regulamentações;
• Capacitar tecnicamente os pontos focais.
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O ponto focal de Emissões Atmosféricas pode englobar mais do que uma unidade operacional
e, neste caso, facilitadores podem assumir as seguintes responsabilidades:
• Elaborar diagnóstico que permita a identificação das questões correlacionadas com a gestão
atmosférica para o desenvolvimento do seu Plano de Gestão e Controle.
• Executar a gestão dos incidentes ambientais, as quais devem ser registradas e tratadas
conforme as diretrizes contidas no PGS-003384.
• Identificar, registrar e manter ações que propiciem a otimização da gestão atmosférica e a
consequente redução das emissões.
• Implementar e operar redes de monitoramento para avaliação de eventuais interferências da
unidade operacional, para o reporte ao órgão ambiental, quando solicitado, e que permitam a
tomada de ações preventivas e corretivas. Os resultados do monitoramento devem permitir
abordar o seguinte:
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• O levantamento das fontes de emissões atmosféricas (fixas, móveis, pontuais ou difusas), com
base no fluxograma operacional e layout.
• O levantamento qualitativo dos poluentes gerados pelas fontes de emissões atmosféricas
identificadas, priorizando os poluentes previstos em requisitos legais aplicáveis.
• O levantamento quantitativo (medido ou estimado) dos poluentes emitidos pelas fontes de
emissões atmosféricas identificadas.
Deve ser priorizada a utilização da abordagem que permita a obtenção do dado com a maior
confiabilidade na quantificação das emissões atmosféricas. Por exemplo, devem ser utilizados dados de
monitoramento contínuo (CEMS - Continuous Emission Monitoring System) para a quantificação das
emissões atmosféricas, quando disponíveis, ao invés da aplicação de fatores de emissão para estimativa
da emissão de poluentes.
Na ausência de dados de monitoramento das fontes emissoras, as taxas de emissão devem ser
obtidas a partir do conceito de fator de emissão. O fator de emissão (EF) é um valor representativo que
relaciona a quantidade de poluente emitido com uma taxa de atividade associada, sendo expresso como
a quantidade de poluentes emitida por unidade de massa, volume, distância ou duração da atividade
emissora de poluente (ex.: g/t, g/km, g/h etc.) (USEPA, 2018).
O departamento ambiental corporativo da VALE atualiza anualmente, por meio de consultoria,
os fatores de emissão e o conteúdo de enxofre de combustíveis de equipamentos que não possuem
dados de monitoramento das fontes emissoras.
Figura 1 - Prioridade das abordagens a serem utilizadas na quantificação das emissões atmosféricas
• Balanço de Massa
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• Dados de Projeto
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Os inventários das unidades devem ser atualizados sempre que houver modificações de
processo, variações significativas de produção e substituições de equipamentos associados às
emissões ou ao seu controle.
Os estudos de modelagem da dispersão atmosférica preveem como as emissões se dispersam
na atmosfera e as concentrações ambientais resultantes, levando em consideração dados de emissões,
condições meteorológicas, impactos em estruturas existentes, etc.
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Gestão de Emissões Atmosféricas
Nota 1: De preferência deve-se adotar o modelo matemático AMS/EPA Regulatory Model (AERMOD) para a
dispersão atmosférica, ou avaliar modelo que melhor represente as características ambientais regionais.
Nota 2: É importante também avaliar se o órgão ambiental local apresenta orientações através de Notas Técnicas
– NT específicas para a realização do inventário de fontes e estudo de dispersão atmosférica.
Nota 3: Os padrões legais vigentes para emissão e qualidade do ar, sejam eles locais, regionais ou federais devem
ser considerados para comparação com os resultados obtidos no modelamento de dispersão atmosférica. Caso
exista na legislação, considerar também os padrões finais como um cenário de comparação. Adicionalmente, ou
caso não existam padrões vigentes, deve-se considerar os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela
Organização Mundial da Saúde (WHO Air Quality Guidelines).
7.4.1. Qualidade do Ar
O principal objetivo do monitoramento da qualidade do ar é avaliar a conformidade com os
padrões de qualidade do ar, além de pode ser usado como instrumento auxiliar no Gerenciamento de
Emissões Atmosféricas, para avaliar a influência de fontes específicas de emissão e, avaliar modelos
de dispersão atmosférica.
Para a qualidade do ar, deve ser considerado o documento oficial local que preconiza as
diretrizes para o monitoramento da qualidade do ar local, caso não exista exigência legal local ou
recomendação de uma certificação específica do equipamento, deve-se adotar equipamentos
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Caso necessário, as coletas devem ser realizadas em conformidade com as normas técnicas
de referência a cada parâmetro monitorado e os laboratórios utilizados para realização dos ensaios
devem ser regulamentados organismos acreditadores. Caso aplicável, a análise físico-química e/ou
morfológico das partículas, se não for especificado de outra forma pela legislação local, deve ser
realizada conforme estabelecido no documento Diretrizes para Amostragem e Análise de PM-10
Aplicáveis à Modelagem de Receptor (USEPA, 1994).
Os relatórios de monitoramento de Qualidade do Ar devem considerar o conteúdo estabelecido
pela legislação local ou, se não for especificado de outra forma pela legislação local, o conteúdo
estabelecido no Anexo 1, mas não se limitando a este.
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Sempre que ocorrer uma não conformidade operacional que resulte em emissões visíveis e/ou
violação do limite de emissão para uma determinada fonte ou sistema de controle, o operador
responsável deve alertar a área ambiental e os gerentes da unidade e manutenção para que, juntos,
realizem uma análise da falha do processo ou equipamento que causou a violação seja realizado.
Os resultados dessa análise de falha devem gerar um plano de ação corretivo para eliminar a
causa raiz da falha e impedir sua recorrência. A qualidade do ar e os dados meteorológicos devem ser
considerados na análise.
O gerenciamento de incidentes ambientais deve seguir as diretrizes contidas na PGS-003384.
É responsabilidade de cada site, em relação as emissões, avaliar se os eventos e situações
especiais, como paradas ou partidas do processo, interrupções de energia, ramificação, teste de novos
combustíveis e matérias-primas ou outros aspectos operacionais estarão em conformidade os requisitos
legais aplicáveis.
a. Resumo Executivo.
b. Objetivo do Monitoramento
c. Descrição das características da região
o Condições Meteorológicas
o Uso e ocupação do solo
o Outras características consideradas relevantes
d. Descrição das fontes de poluição do ar
e. Descrição da rede de monitoramento
o Rede Automática
o Rede Manual
f. Poluentes Atmosféricos monitorados
g. Metodologia de Monitoramento
h. Metodologia de Tratamento dos Dados
i. Representatividade de Dados
o Rede Automática
o Rede Manual
j. Representatividade espacial das estações
k. Apresentação dos resultados quanto aos poluentes
l. Considerações gerais sobre estimativas de emissão de fontes móveis e fontes estacionárias
m. Medidas de gestão implementadas
n. Referências legais e bibliográficas
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Caso não especificado por legislação local, o Plano de Amostragem das Campanhas Manuais
deve considerar conteúdo mínimo especificado abaixo, mas não se limitando a este, não sendo
necessário seguir a ordem conforme disposto:
a. Resumo Executivo.
b. Objetivo da Amostragem;
c. Produção (descrever a capacidade nominal e a previsão, em faixa, durante as coletas);
d. Previsão, em faixa, das condições operacionais dos equipamentos produtivos previstas para o
período das coletas;
e. Tipo e consumo do combustível, bem como características de seus quantificadores de vazão;
f. Tempo para a realização das diversas etapas do processo, se houver;
g. Vazão de gases na chaminé;
h. Métodos de amostragem;
i. Pontos de coleta de amostras;
j. Parâmetros que serão analisados e procedimentos analíticos;
k. Descrição da chaminé e da plataforma para amostragem;
l. Cronograma de realização da amostragem, indicando os parâmetros que deverão ser
avaliados em cada dia da campanha;
m. Relação dos técnicos envolvidos na amostragem, incluindo suas responsabilidades;
n. Método de análise;
o. Normas de referência;
p. Frequência de monitoramento;
q. Localização da fonte, em coordenadas geográficas;
r. Informações sobre a chaminé a ser monitorada: presença/ausência de emissões fugitivas
devido à ineficácia do sistema de exaustão ou vazamentos de gases no sistema de ventilação;
s. Relação dos equipamentos usados nas amostragens indicando marca, modelo e número de
identificação;
t. Identificação do laboratório responsável por realizar os ensaios.
u. Documento de Responsabilidade Técnica ou Equivalente pela realização do monitoramento
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a. Resumo Executivo
b. Objetivo do Monitoramento
c. Métodos de amostragem utilizados
d. Métodos de ensaio utilizados
e. Equipamentos utilizados contendo os certificados de calibração válidos
f. Equipe técnica responsável
g. Resultados
h. Análise Crítica dos Resultados
i. Relatórios de ensaios
j. Planilha de campo e memória de cálculo das medições
k. Certificado de calibração de todos os dos equipamentos utilizados
l. Documento de Responsabilidade Técnica ou Equivalente pela realização do monitoramento
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