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Gestão de Emissões Atmosféricas

PGS-003278, Rev.: 02-10/07/2020


Diretoria Emitente: Gerência Executiva de Meio Ambiente
Responsável Técnico: Nome: Luiz Borges - Matrícula: 01504874, Rafael Valadares Ferreira - Matrícula: 01199910 e
Guilherme Alves - Matrícula: 01512379.
Público Alvo: Empregados e gestores do Grupo Vale responsáveis pelo tema Emissões Atmosféricas.
Necessidade de Treinamento: ( )SIM ( x )NÃO

Resultados Esperados:
Melhorias perceptivas na gestão de emissões atmosféricas visando a melhora da qualidade do ar e
redução de riscos nas áreas de influência das unidades operacionais da Vale.

1. APLICAÇÃO
Aplica-se à Vale em âmbito global, incluindo suas coligadas. Este procedimento tem caráter
orientativo àquelas unidades que ainda não possuam Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas
implementado. As unidades que já possuem Programa Gestão de Emissões Atmosféricas devem avaliar
a necessidade de complementação, com base nas recomendações apresentadas neste documento.

2. REFERÊNCIAS
• NFN-0009 – Norma de Sustentabilidade
• POL-0009-G – Política de Gestão de Riscos
• NFN-0001 - Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
• PGS-003384 – Gerenciamento de Incidentes de Saúde, Segurança e Meio Ambiente
• CP-N-501 – Critérios de Meio Ambiente para Projetos de Engenharia – SPE
• United States Environmental Protection Agency - US EPA
• European Environmental Agency – EEA
• Environmental Agency – England
• World Health Organization – WHO
• World Meteorological Organization – WMO
• International Finance Corporation – IFC
• Verein Deutscher Ingenieure - VDI

3. ESCOPO
Apresentar as diretrizes às equipes operacionais, ambientais e de projetos para as emissões
atmosféricas, monitoramento da qualidade do ar e controle de gestão.

Os principais tópicos discutidos neste PGS são:


• Inventário de fontes,
• Estudo de dispersão atmosférica,
• Plano de qualidade do ar e emissões atmosféricas.
• Relatórios e responsabilidades corporativas

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4. DEFINIÇÕES:
• Agência Ambiental: Instituição federal, estadual ou local responsável pelas questões ambientais do
site, como permissões, inspeção, relatórios etc.
• Área de Influência: Área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelas emissões
atmosféricas do empreendimento.
• Emissão Atmosférica: Lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou
gasosa.
• Emissão Atmosférica Significativa: Emissões atmosféricas que são reguladas por acordos
internacionais ou leis/regulamentos nacionais, estaduais ou municipais. Incluem-se as Emissões
Atmosféricas mencionadas em licenças ambientais ou que apresentam potencial de impacto na
bacia aérea onde sua fonte está inserida considerando a sensibilidade dos receptores a ela
associados.
• Emissão Atmosférica Fugitiva ou Difusa: Lançamento difuso na atmosfera de qualquer forma de
matéria sólida, líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte desprovida de dispositivo projetado para
dirigir ou controlar seu fluxo.
• Emissão Atmosférica Pontual: Lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida,
líquida ou gasosa, efetuado por uma fonte provida de dispositivo para dirigir ou controlar seu fluxo,
como dutos e chaminés.
• Fontes Áreas: São emissões em que um polígono precisa ser declarado para que a fonte seja
adequadamente representada, por exemplo aterros sanitários, áreas de disposição de materiais
excedentes, entre outras.
• Fonte Estacionária ou Fixa: Qualquer instalação, equipamento ou processo, situado em local fixo,
que libere ou emita matéria para a atmosfera, por Emissão Atmosférica Pontual.
• Fonte Móvel: Qualquer fonte de Emissão Atmosférica não estacionária, como veículos e
equipamentos móveis.
• Fonte Volumétrica: São fontes emissoras de pequenas dimensões que são melhor caracterizadas
em três dimensões, por exemplo, transporte de matérias-primas em correias transportadoras,
descarregamento de caminhões, armazenagem de matérias-primas em pilhas, entre outras.
• Inventário de Emissões: É a compilação qualitativa e quantitativa, por fonte, das emissões lançadas
para a atmosfera em uma determinada área em um tempo definido.
• Limite de Emissão: Limites estabelecidos pela legislação, também chamados padrões de emissão,
quantificam o nível máximo de emissão de um determinado poluente na fonte.
• Material Particulado (MP): Mistura complexa de sólidos com diâmetro reduzido, cujos componentes
apresentam características físicas e químicas diversas. Em geral o material particulado é classificado
de acordo com o diâmetro das partículas.
• Melhor Tecnologia Prática Disponível (MTPD): Tratamento, processo ou sistema de controle
definido, que resulte no nível máximo de controle da poluição que possa ser atingido. Essa tecnologia
fornece mais controle do que os padrões ambientais estabelecidos, mas leva em consideração o
custo de implementação em comparação com o controle de poluição fornecido
• Modelagem Atmosférica: Equação matemática capaz de representar valores observados sobre
poluição atmosférica, por meio de equações deduzidas a partir de hipóteses prefixadas no curso de
estudos já realizados. Os mais comuns são os modelos de dispersão que tentam obter valores de
concentração a diferentes distâncias de fontes emissoras, baseados nos dados de emissão e das
condições meteorológicas de dispersão existentes.

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• Monitoramento da Qualidade do Ar: Medição sistemática de poluentes atmosféricos no ar ambiente


próximo ao nível do solo, geralmente é realizada por estações convencionais com certificações e
métodos reconhecidos internacionalmente e estão localizadas onde se encontram os receptores.
• Monitoramento de Emissões Atmosféricas: Medição sistemática qualitativa e/ou quantitativa de
poluentes atmosféricos emitidos por uma determinada fonte (fixa ou móvel).
• Monitoramento de Emissões Paramétricas: Medição de um parâmetro (ou múltiplos parâmetros) que
é um indicador chave do desempenho do sistema, geralmente é um parâmetro operacional do
processo ou do dispositivo de controle da poluição do ar que é conhecido por afetar os níveis de
emissões do processo ou a eficiência do controle.
• Padrão de Qualidade do Ar: São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes
atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população,
bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral”. Um
padrão de qualidade do ar define legalmente o limite máximo para a concentração de um
componente atmosférico, que garanta a saúde e o bem-estar das pessoas
• Poluente atmosférico: Qualquer forma de matéria em quantidade, concentração, tempo ou outras
características, que tornem ou possam tornar o ar impróprio ou nocivo à saúde, inconveniente ao
bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e flora e prejudicial à segurança, ao uso e gozo da
propriedade ou às atividades normais da comunidade.
• Poluição do ar: Alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas normais da atmosfera que
possa causar danos reais ou potenciais à saúde humana, à flora, à fauna, aos ecossistemas em
geral, aos materiais e à propriedade, ou prejudicar o pleno uso e gozo da propriedade ou afetar as
atividades normais da população ou o seu bem-estar.
• Plano de Controle de Emissões Atmosféricas: Documento contendo abrangência, identificação de
fontes de emissões atmosféricas, diretrizes e ações, com respectivos objetivos, visando ao controle
da poluição do ar.
• Receptores Sensíveis: Meio constituído de pessoas, localizados externamente ao site Vale e que
podem ter sua saúde ou integridade ameaçada em consequência dos efeitos adversos de alterações
da qualidade do ar.

5. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DA VALE


• Adotar uma hierarquia de mitigação para prever e evitar os impactos decorrentes da
degradação da qualidade do ar ou, quando não for possível evitar, minimizar e, nos casos em
que permaneçam impactos residuais, compensar/neutralizar os riscos e impactos para os
trabalhadores, as comunidades afetadas e o meio ambiente.
• Adotar procedimentos de monitoramento e controle compatíveis com as melhores práticas.
• Atender aos requisitos legais e às normas técnicas aplicáveis.
• Estimular e promover o desenvolvimento de novas tecnologias.
• Capacitar a equipe técnica operacional no desenvolvimento contínuo da gestão.
• Garantir que as reclamações das comunidades afetadas por degradação da qualidade do ar
decorrente das atividades da empresa sejam respondidas e gerenciadas de forma apropriada.

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6. RESPONSABILIDADES
6.1. ÁREA CORPORATIVA DE GESTÃO AMBIENTAL

• Estabelecer diretrizes relacionadas a gestão das emissões atmosféricas para todas unidades
da Vale incluindo suas coligadas;
• Fornecer suporte técnico para as equipes de projetos, estudos ambientais, áreas operacionais
e corporativas;
• Definir, consolidar e divulgar os indicadores relacionados à gestão de emissões atmosféricas;
• Desenvolver, fomentar e divulgar intercâmbio das soluções em gestão atmosférica com as
partes interessadas, apresentando os ganhos ambientais, sociais e econômico;
• Coordenar as reuniões/discussões técnicas de emissões e qualidade do ar, incluindo novas
regulamentações;
• Capacitar tecnicamente os pontos focais.

6.2. UNIDADES OPERACIONAIS E PROJETOS

• A liderança deve nomear o ponto focal de Emissões Atmosféricas e os respectivos facilitadores


de emissões da unidade operacional ou projeto (implantação).
• Identificar os aspectos e riscos ambientais relacionados a emissões atmosféricas, inclusive no
tocante aos procedimentos praticados pelos contratados.
• Identificar necessidade de adoção e/ou adequação de sistemas de controle ambiental e
monitoramento.
• Definir e registrar os sistemas e equipamentos críticos de controle ambiental e monitoramento.
• Elaborar e cumprir planos de inspeção e manutenção dos sistemas e equipamentos de controle
e monitoramento ambiental.
• Identificar, registrar e cumprir as obrigações legais relacionadas à gestão de emissões
atmosféricas.
• Identificar, registrar e manter ações que propiciem a otimização da gestão atmosférica e a
consequente redução das emissões, mantendo alinhamento com a Área Corporativa de Gestão
Ambiental.
• Incentivar parcerias com instituições locais no sentido de fomentar a pesquisa e adoção de
soluções tecnológicas.
• Executar ações de melhorias, quando necessárias, incluindo orçamento para estas atividades.
• Registrar qualquer anomalia nos sistemas de controle ambiental ou monitoramento, assim
como as extrapolações dos limites legais conforme PGS 003384.
• Todas as unidades da Vale que utilizem veículos movidos a diesel (próprios ou de empresas
terceirizadas) para transporte de carga ou de passageiro, devem atentar-se à legislação local
quanto ao monitoramento das respectivas emissões atmosféricas.

6.3. PONTO FOCAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

• Estabelecer e coordenar a Comissão de Gestão das Emissões Atmosféricas da unidade


operacional, juntamente com representantes das principais áreas/processos emissores, com o
objetivo de desdobramento do Plano de Monitoramento, Gestão e Controle.

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• Consolidar, disponibilizar e garantir o prazo de entrega das informações relacionadas à Gestão


de Emissões Atmosféricas da respectiva unidade operacional para as partes interessadas.
• Implementar e manter atualizado o Plano de Monitoramento, Gestão e Controle da Unidade
Operacional;
• Realizar verificações periódicas dos controles ambientais, com objetivo de evitar que os
processos operacionais operem com sistemas de controles críticos inoperantes ou ineficientes.
• Incentivar a aplicação de soluções tecnológicas e apresentar, quando aplicável, seus ganhos
ambientais, sociais e econômicos.
• Informar a Área Corporativa de Gestão Ambiental os dispêndios relacionados a Gestão das
Emissões Atmosféricas.
• Manter alinhamento com a Área Corporativa de Gestão Ambiental.
• Gerenciar contratadas prestadoras de serviço ambiental na temática de monitoramento de
emissões e qualidade do ar.

O ponto focal de Emissões Atmosféricas pode englobar mais do que uma unidade operacional
e, neste caso, facilitadores podem assumir as seguintes responsabilidades:

• Elaborar diagnóstico que permita a identificação das questões correlacionadas com a gestão
atmosférica para o desenvolvimento do seu Plano de Gestão e Controle.
• Executar a gestão dos incidentes ambientais, as quais devem ser registradas e tratadas
conforme as diretrizes contidas no PGS-003384.
• Identificar, registrar e manter ações que propiciem a otimização da gestão atmosférica e a
consequente redução das emissões.
• Implementar e operar redes de monitoramento para avaliação de eventuais interferências da
unidade operacional, para o reporte ao órgão ambiental, quando solicitado, e que permitam a
tomada de ações preventivas e corretivas. Os resultados do monitoramento devem permitir
abordar o seguinte:

 Avaliar eficiência dos sistemas de controle ambiental;


 Avaliar o atendimento aos limites legais e padrões internos aplicáveis;
 Orientar as áreas responsáveis sobre providências necessárias nos sistemas ou no
escopo dos planos de monitoramento;
 Divulgar os resultados do monitoramento para as partes interessadas.
 Elaborar e assegurar responsabilidade técnica sobre os relatórios internos e externos
relacionados ao Plano de Gestão e Controle Atmosférico;
 Manter as evidências do alcance das metas propostas e outros indicadores, conforme
metodologia de controle de documentos e registros local.

7. GESTÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS


A gestão de emissões atmosféricas deve ser realizada durante as atividades de estudos
ambientais e desenvolvimento de projetos, bem como pelas unidades em operação.

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7.1. ESTUDOS AMBIENTAIS E PROJETOS
Sugere-se a adoção de conceitos de “Prevenção à Poluição” e “Produção mais Limpa” para que
o projeto seja elaborado e implantado utilizando as melhores práticas e tecnologias disponíveis.
Os estudos ambientais e novos projetos devem adotar a modelagem de dispersão atmosférica
utilizando as premissas dos projetos definidas na fase de engenharia básica – FEL 3 ou em momento
anterior se houver necessidade específica, com a finalidade de avaliar o potencial impacto do
empreendimento.
Durante o desenvolvimento do estudo/projeto, a equipe ambiental será responsável por
determinar a necessidade do monitoramento da qualidade do ar de referência e amostragem de
partículas para análise química e morfológica, antes da implantação do empreendimento. O período de
monitoramento não poderá ser inferior a 90 dias, levando-se em consideração sazonalidade. Em caso
de áreas remotas, projetos em unidades de conservação, deverá abranger no mínimo o período seco.
A amostragem de partículas deve seguir as Diretrizes para Amostragem e Análise de PM-10 Aplicáveis
à Modelagem de Receptor (USEPA, 1994).
A equipe dos projetos deve ser responsável pelos projetos dos sistemas de controles
ambientais, de acordo com os requisitos locais de engenharia. Para projetos relacionados a usinas que
envolvam geração significativa de emissões de poluentes, incluindo os processos de manuseio de
materiais, deve ser considerado a implantação de dutos ou chaminés, o monitoramento das fontes de
emissão e sistemas de controle de poluição, seguindo a Melhor Tecnologia Prática Disponível - MTPD.
Os instrumentos de monitoramento, bem como os sistemas de controle definidos em projeto,
estudos ambientais ou condicionantes de licenças devem ser instalados durante a fase de implantação.
Sempre que o regulador local não estabelecer quais técnicas ou métodos devem ser utilizados,
o site deve usar apresentados nas notas abaixo.
Nota 1: De preferência deve-se adotar o modelo matemático AMS/EPA Regulatory Model (AERMOD) para a
dispersão atmosférica, ou avaliar modelo que melhor represente as características ambientais regionais.
Nota 2: Os padrões legais vigentes para emissão e qualidade do ar, sejam eles locais, regionais ou federais devem
ser considerados para comparação com os resultados obtidos no modelamento de dispersão atmosférica. Caso
exista na legislação, considerar também os padrões finais como um cenário de comparação. Adicionalmente, ou
caso não existam padrões vigentes, deve-se considerar os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela
Organização Mundial da Saúde (WHO Air Quality Guidelines).
Nota 3: Cabe a equipe responsável avaliar a existência de estações de monitoramento da qualidade do ar na área
de influência do estudo, além da representatividade e confiabilidade dos dados.
Nota 4: Para os equipamentos de monitoramento da qualidade do ar, caso não exista a exigência legal de
certificação específica ou método do equipamento, recomenda-se que sejam utilizados equipamentos certificados
por instituições mundialmente reconhecidas, como United States Environmental Protection Agency (USEPA)
European Environmental Agency (EEA,) World Health Organization (WHO), World Meteorological Organization –
(WMO) e International Finance Corporation (IFC).

7.2. UNIDADES OPERACIONAIS


Todas as unidades operacionais da Vale que apresentem emissão atmosférica como um
aspecto ou risco ambiental deverão fazer a gestão de emissões atmosféricas utilizando: Inventário de
Emissões Atmosféricas, Modelagem de Dispersão Atmosférica, Planos de Monitoramento e Sistemas
de Controle.

7.3. INVENTÁRIO DE EMISSÕES E ESTUDO DE DISPERSÃO ATMOSFÉRICA


O Inventário de Emissões Atmosféricas é a compilação qualitativa e quantitativa das emissões
atmosféricas de uma unidade operacional específica que inclui informações sobre o processo
(fluxograma, mapa, fontes de emissão etc.) e deve conter, no mínimo:
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• O levantamento das fontes de emissões atmosféricas (fixas, móveis, pontuais ou difusas), com
base no fluxograma operacional e layout.
• O levantamento qualitativo dos poluentes gerados pelas fontes de emissões atmosféricas
identificadas, priorizando os poluentes previstos em requisitos legais aplicáveis.
• O levantamento quantitativo (medido ou estimado) dos poluentes emitidos pelas fontes de
emissões atmosféricas identificadas.
Deve ser priorizada a utilização da abordagem que permita a obtenção do dado com a maior
confiabilidade na quantificação das emissões atmosféricas. Por exemplo, devem ser utilizados dados de
monitoramento contínuo (CEMS - Continuous Emission Monitoring System) para a quantificação das
emissões atmosféricas, quando disponíveis, ao invés da aplicação de fatores de emissão para estimativa
da emissão de poluentes.
Na ausência de dados de monitoramento das fontes emissoras, as taxas de emissão devem ser
obtidas a partir do conceito de fator de emissão. O fator de emissão (EF) é um valor representativo que
relaciona a quantidade de poluente emitido com uma taxa de atividade associada, sendo expresso como
a quantidade de poluentes emitida por unidade de massa, volume, distância ou duração da atividade
emissora de poluente (ex.: g/t, g/km, g/h etc.) (USEPA, 2018).
O departamento ambiental corporativo da VALE atualiza anualmente, por meio de consultoria,
os fatores de emissão e o conteúdo de enxofre de combustíveis de equipamentos que não possuem
dados de monitoramento das fontes emissoras.

O local deve priorizar os seguintes métodos de quantificação de emissões atmosféricas, como


visto na Figura 1 abaixo.

Figura 1 - Prioridade das abordagens a serem utilizadas na quantificação das emissões atmosféricas

• Sistema de Monitoramento Contínuo


1

• Monitoramento por amostragem isocinética


2

• Fator de emissão especificado para o processo em questão


3

• Balanço de Massa
4

• Dados de Projeto
5

• Avaliação e Julgamento de Engenharia


6

Os inventários das unidades devem ser atualizados sempre que houver modificações de
processo, variações significativas de produção e substituições de equipamentos associados às
emissões ou ao seu controle.
Os estudos de modelagem da dispersão atmosférica preveem como as emissões se dispersam
na atmosfera e as concentrações ambientais resultantes, levando em consideração dados de emissões,
condições meteorológicas, impactos em estruturas existentes, etc.
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Os resultados do estudo podem ser usados para informar o plano e a rede de monitoramento.

Nota 1: De preferência deve-se adotar o modelo matemático AMS/EPA Regulatory Model (AERMOD) para a
dispersão atmosférica, ou avaliar modelo que melhor represente as características ambientais regionais.
Nota 2: É importante também avaliar se o órgão ambiental local apresenta orientações através de Notas Técnicas
– NT específicas para a realização do inventário de fontes e estudo de dispersão atmosférica.
Nota 3: Os padrões legais vigentes para emissão e qualidade do ar, sejam eles locais, regionais ou federais devem
ser considerados para comparação com os resultados obtidos no modelamento de dispersão atmosférica. Caso
exista na legislação, considerar também os padrões finais como um cenário de comparação. Adicionalmente, ou
caso não existam padrões vigentes, deve-se considerar os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela
Organização Mundial da Saúde (WHO Air Quality Guidelines).

7.4. PLANOS DE MONITORAMENTO


Os planos de Monitoramento de Emissões Atmosféricas e Qualidade do Ar apresentam as
diretrizes para a execução do monitoramento e devem conter:
• O representante do site responsável pela Gestão de Emissões Atmosféricas e Qualidade do
Ar;
• Fontes e parâmetros a serem monitorados;
• Metodologia aplicada nas medições;
• Frequência de realização das campanhas de medição (definida de acordo com a necessidade
de atendimento a requisitos legais aplicáveis, condicionantes de licenças ou motivações
específicas);
• Requisitos legais e/ou internos aplicáveis;
• Documentos normativos relativos ao tema.
Os principais objetivos do Monitoramento de Emissões Atmosféricas e Qualidade do Ar são:
• Verificar o atendimento aos limites estabelecidos pelos requisitos legais aplicáveis;
• Gerar indicadores para embasar a gestão das Emissões Atmosféricas;
• Verificar a eficiência dos sistemas de controle ambiental implantados e auxiliar na tomada de
decisão referente aos mesmos.
• Conhecer a relevância das emissões das fontes em relação à qualidade do ar.

Os métodos e os equipamentos utilizados para o Monitoramento de Emissões Atmosféricas e


Qualidade do Ar devem atender aos requisitos legais e normas técnicas aplicáveis, bem como aceitas
pelos órgãos de controle ambiental.

7.4.1. Qualidade do Ar
O principal objetivo do monitoramento da qualidade do ar é avaliar a conformidade com os
padrões de qualidade do ar, além de pode ser usado como instrumento auxiliar no Gerenciamento de
Emissões Atmosféricas, para avaliar a influência de fontes específicas de emissão e, avaliar modelos
de dispersão atmosférica.
Para a qualidade do ar, deve ser considerado o documento oficial local que preconiza as
diretrizes para o monitoramento da qualidade do ar local, caso não exista exigência legal local ou
recomendação de uma certificação específica do equipamento, deve-se adotar equipamentos
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certificados por instituições mundialmente reconhecidas, como United States Environmental Protection
Agency (USEPA), European Environmental Agency (EEA,) World Health Organization (WHO) e World
Meteorological Organization – (WMO).
O monitoramento da qualidade do ar deve levar em consideração os requisitos legais, a
contribuição das emissões atmosféricas do local na qualidade do ar da região, a sensibilidade do
receptor, presença de fontes externas significativas fora da Vale, qualidade do ar de segundo plano e
demandas específicas das partes interessadas (comunidades, imprensa etc.).

7.4.1.1. Localização das Estações


Caso a haja necessidade de implantação de estações de monitoramento de qualidade do ar,
deve ser considerado o estudo de dispersão atmosférica, se disponível, e o Guide to Meteorological
Instruments and Methods of Observation da World Meteorological Organization (WMO) para definição
da localização e quantidade das estações e, consequentemente a sua representatividade no
monitoramento da qualidade do ar da região.

7.4.1.2. Operação e manutenção das estações


Para garantir a correta operação das estações de monitoramento da qualidade do ar devem ser
estabelecidos planos de operação e manutenção das estações de Monitoramento da Qualidade do Ar e
Meteorologia.
Para estações não automáticas, o registro/coleta de dados não deve ser superior a 6 dias e a
frequência de manutenção não poderá exceder a especificação do fornecedor. É recomendado que o
tratamento e análise dos dados adquiridos não seja superior a 30 dias, objetivando identificar possíveis
alterações na qualidade do ar de maneira preventiva.
Para estações automatizadas, as quais realizam coleta de dados 24 horas por período a ser
determinado pelo site, e a frequência de manutenção não poderá exceder a especificação do fornecedor.
É recomendando que o tratamento e análise dos dados adquiridos não seja superior a 30 dias,
objetivando identificar possíveis alterações na qualidade do ar de maneira preventiva.
Sempre que necessário, a equipe de manutenção deve ser acionada para corrigir desvios ou
anormalidades nos equipamentos ou sistemas.

7.4.1.3. Frequência de calibração e ajuste do analisador de Qualidade do ar


Deve-se proceder a calibração e ajusto dos analisadores de qualidade do ar nas seguintes
situações:

• Após a instalação inicial;


• Relocação física seguintes;
• Depois de qualquer reparação ou serviço que possa afetar sua calibração;
• Na sequência de uma interrupção por período significativo no funcionamento;
• Sobre qualquer indicação de mau funcionamento do analisador ou mudança na calibração e;
• Em algum intervalo de rotina (Plano de Calibração Periódica).

7.4.1.4. Representatividade de dados das estações automáticas de monitoramento


A adoção de critérios de representatividade de dados é de suma importância para validação dos
resultados de monitoramento. Devem ser observados os critérios de representatividade estipulados
pelos órgãos de controle ambiental locais.
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Caso não haja referência local para determinação de critérios de representatividade, devem ser
considerados os critérios de representatividades apresentados abaixo, como referencial.

MÉDIA PERCENTUAL MÍNIMO VÁLIDO

MÉDIA 75% das medidas válidas em 1


HORÁRIA hora

75% das médias horárias válidas


MÉDIA DIÁRIA
em 24 horas

75% das médias diárias/horárias


MÉDIA ANUAL
válidas em 365 dias

Os dados validos de todos os parâmetros monitorados devem ser armazenados em banco


de dados. Para se obter o percentual de monitoramento, aplica-se os critérios e fórmulas abaixo:

DESCRIÇÃO COMENTÁRIOS
HORAS
TDP = Total de dados Total de dados possíveis de serem gerados no período
24
possíveis - horas dia (número de horas do mês).
Falta de dados causado por:
- Falta de energia elétrica;
IFM = Indisponibilidade por
1 - Sinistros, Roubos, Vandalismos, Catástrofes naturais e
motivo de força maior
outras ocorrências externas, alheias ao controle da
empresa.
IM = Indisponibilidade por Falta de dados causados por Falha / defeito do
0
Manutenção Analisador, Parada para Manutenção Corretiva.
TDV =Total de dados
24 TDV =TDP – IM
válidos no período
% DV= % Disponibilidade
100% % DV = (TDV /TDP) x 100
(% Dados válidos)
Justificativa para desvio, Registrar o motivo da indisponibilidade do analisador, caso seja <
se < xxx % xxx% em 24h. (caso seja requerido na Licença)
Obs.: A Indisponibilidade por “motivo de força maior” normalmente não entra no cálculo do % de dados válidos
/disponibilidade – Este Caso, deve ser acordado com o Órgão ambiental fiscalizador,

É fundamental que o processo de tratamento e interpretação de dados considere as informações


meteorológicas confiáveis da região.

Caso necessário, as coletas devem ser realizadas em conformidade com as normas técnicas
de referência a cada parâmetro monitorado e os laboratórios utilizados para realização dos ensaios
devem ser regulamentados organismos acreditadores. Caso aplicável, a análise físico-química e/ou
morfológico das partículas, se não for especificado de outra forma pela legislação local, deve ser
realizada conforme estabelecido no documento Diretrizes para Amostragem e Análise de PM-10
Aplicáveis à Modelagem de Receptor (USEPA, 1994).
Os relatórios de monitoramento de Qualidade do Ar devem considerar o conteúdo estabelecido
pela legislação local ou, se não for especificado de outra forma pela legislação local, o conteúdo
estabelecido no Anexo 1, mas não se limitando a este.

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7.4.2. Monitoramento Contínuo de Fontes Fixas
Para o monitoramento de fontes fixas recomenda-se que sejam utilizados Sistemas de
Monitoramento Contínuo de Emissões – (Continuous Emissions Monitoring System – CEMS), a menos
que haja outro requisito legal específico ou que isso não seja técnica ou economicamente viável.
Estes sistemas devem ser interligados a sala de controle da unidade. Os monitores de
Particulados e Analisadores de Gases devem passar por calibração/parametrização em intervalos
regulares definidos pelo fabricante ou pela legislação ambiental.

7.4.2.1. Manutenção e Calibração dos monitores contínuos


Para garantir a correta manutenção e calibração dos equipamentos de monitoramento contínuo
de emissões devem ser estabelecidos, no procedimento operacional, os critérios técnicos conforme as
recomendações do fabricante ou legislação local.
Quando não existentes, adotar as especificações de performance da Agência de Proteção
Ambiental Norte Americana (Title 40 CFR- Appendix B to Part 60 - Performance Specifications) ou da
Agência Ambiental do Reino Unido (UK-MCERTS - Performance Standards and Test Procedures for
Continuous Emission Monitoring Systems).

7.4.3. Monitoramento Manual de Fontes Fixas


As unidades que não possuírem sistemas de monitoramento contínuo de emissões (CEMS)
deverão realizar o monitoramento de todas as fontes de emissões fixas significativas através campanhas
de amostragens manuais (isocinéticas).
A periodicidade das campanhas, caso não estipulado pelo órgão de controle ambiental ou em
norma específica, não deve ser superior a 90 dias.
Caso as campanhas de monitoramento manual sejam superiores a 90 dias, deve-se apresentar
justificativas para não realização das amostragens no período recomendado.
Toda vez que ocorrer mudanças no processo produtivo, matéria prima, fonte de combustão ou
equipamento de controle ambiental, deve ser realizado o monitoramento manual, objetivando aferir as
novas concentrações de poluentes, independente do período passado desde a última campanha de
monitoramento.
O planejamento das amostragens deve ser realizado em conjunto com as áreas operacionais,
objetivando priorizar a realização do monitoramento conforme estipulado pelos órgãos de controle
ambiental ou, caso não especificado, quando a operação estiver igual ou superior a 90% da capacidade
nominal do equipamento monitorado ou, ainda, em condições típicas de operação.
As coletas devem ser realizadas em conformidade com as normas técnicas de referência a cada
parâmetro monitorado e os laboratórios utilizados para realização dos ensaios devem ser acreditados,
conforme normas vigentes. Os Planos de Amostragem das campanhas manuais devem considerar o
conteúdo estabelecido pela legislação local ou, se não for especificado de outra forma pela legislação
local, o conteúdo apresentado pelo Anexo 2, mas não se limitando a este.
Após concluídas as etapas de amostragem e ensaio, os relatórios de monitoramento emitidos
deverão contemplar o conteúdo estabelecido pela legislação local ou, se não for especificado de outra
forma pela legislação local, o conteúdo apresentado pelo Anexo 3, mas não se limitando e este.

7.4.4. Testes de Desempenho de Fontes Fixas


De modo a avaliar a eficiência dos sistemas de controle ambiental instalados, é recomendado
que sejam realizados testes de desempenho com periodicidade definida pelo site. Os testes devem
considerar as especificações do projeto para o limite de emissão do equipamento e devem ser realizados
pelo menos uma vez dentro de um período de 365 dias.
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7.4.5. Monitoramento de Fontes Difusas ou Fugitivas
Para as unidades com aspectos e riscos ambientais significativos relacionados a emissões
difusas ou fugitivas, recomenda-se a adoção de monitoramento de emissões através de implantação de
rede de monitoramento ao redor das fontes, possibilitando gestão interna e elaboração de estudos de
correlação com os resultados de monitoramentos de qualidade do ar.

Emissões difusas ou fugitivas ocorrem geralmente em pontos de transferência, correias


transportadoras, locais de manuseio e estocagem de matérias primas e produtos.

A rede de monitoramento de emissões difusas ou fugitivas deve considerar a incidência


predominante do vento sobre a área a ser monitorada, devendo ser constituída de estações a jusante e
à montante.
Caso não seja possível a implantação de rede de monitoramento próximo a fonte, recomenda-
se a adoção do Method 9 - Visual Determination of The Opacity of Emissions From Stationary Sources
da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (United States Environmental Protection
Agency), que determina o nível (opacidade) e frequência de emissões visíveis por observadores
treinados.
Alternativamente, pode ser utilizado a norma alemã VDI 2119-2 Measuring of Particulate
Precipitations - Determination of The Dust Precipitation with Collecting Pots Made of Glass (Bergerhoff
Method) or Plastic da Associação de Engenheiros da Alemanha (VDI - Vereins Deutscher Ingenieure).

7.5. PLANO DE CONTROLE


Todas as unidades da Vale que tiverem emissões significativas deverão adotar sistemas de
controle específicos para cada parâmetro e dimensionados para cada fonte de forma a garantir o
atendimento aos limites legais ou requisitos internos de emissões atmosféricas.
Todos os sistemas ou equipamentos de controle e monitoramento deverão possuir planos de
inspeção preventiva e manutenção sistematizados, de forma a garantir um máximo desempenho e
disponibilidade dos equipamentos.
Os equipamentos críticos de controle ambiental e monitoramento devem ser mapeados junto à
área de manutenção. O ponto focal indicado pela liderança da unidade operacional deve:

• Definir e registrar os sistemas e equipamentos críticos de controle ambiental e monitoramento.


• Elaborar e cumprir planos de inspeção preventiva e manutenção dos sistemas e equipamentos de
controle e monitoramento ambiental.
• Registrar e reportar desvios ao cumprimento do plano de inspeção preventiva e manutenção dos
sistemas e equipamentos de controle e monitoramento ambiental.
• Acionar os serviços de manutenção sempre que os equipamentos de controle apresentem qualquer
defeito, vazamento, quebra ou anormalidade que cause baixo desempenho no controle das
emissões;
• Assegurar que todos os equipamentos de controle estejam operando em bom estado de
conservação de forma a garantir que não ocorra vazamentos de emissões fugitivas e que as
emissões atmosféricas estejam sempre abaixo do limite de especificação para cada processo.

7.6. INDICADORES DE DESEMPENHO E META


As unidades operacionais, bem como projetos e estudos, deverão apresentar metas e
indicadores de modo a orientar seu acompanhamento e avaliação, além das medidas corretivas, quando
necessário.

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As unidades operacionais devem estabelecer uma linha de base para determinar possíveis
indicadores e metas de redução de emissões futuras, quando justificado, com base no inventário mais
representativo de emissões da unidade, calculado a partir da seguinte fórmula:

Emissão de MP e Gases nos Processos/Atividades


Emissões por Ton. produzida =
Produção
𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
A linha de base é definida como um cenário hipotético que estabelece uma “linha de corte”
referente as emissões totais inventariadas, a qual, a partir do volume defino como linha de base, permite
mensurar se as ações desenvolvidas ou a serem desenvolvidas, promovem um abatimento ou
incremento do total de emissões geradas pela unidade inventariada.
Os indicadores e cumprimento das metas deverão ser orientados objetivando manter-se dentro
dos padrões e limites legais para todos os poluentes monitorados.

7.7. INCIDENTES AMBIENTAIS, NÃO CONFORMIDADE E DESVIO

Sempre que ocorrer uma não conformidade operacional que resulte em emissões visíveis e/ou
violação do limite de emissão para uma determinada fonte ou sistema de controle, o operador
responsável deve alertar a área ambiental e os gerentes da unidade e manutenção para que, juntos,
realizem uma análise da falha do processo ou equipamento que causou a violação seja realizado.
Os resultados dessa análise de falha devem gerar um plano de ação corretivo para eliminar a
causa raiz da falha e impedir sua recorrência. A qualidade do ar e os dados meteorológicos devem ser
considerados na análise.
O gerenciamento de incidentes ambientais deve seguir as diretrizes contidas na PGS-003384.
É responsabilidade de cada site, em relação as emissões, avaliar se os eventos e situações
especiais, como paradas ou partidas do processo, interrupções de energia, ramificação, teste de novos
combustíveis e matérias-primas ou outros aspectos operacionais estarão em conformidade os requisitos
legais aplicáveis.

7.8. REPORTES CORPORATIVOS


A área Corporativa de Gestão Ambiental ficará responsável por registrar, analisar e validar os
dados compartilhados pelas unidades operacionais e projetos, de forma a elaborar e divulgar relatórios
para as partes interessadas, conforme demanda.
Uma das principais demandas é o relatório anual de sustentabilidade que segue as regras
determinadas pelo Global Reporting Iniciative (GRI), organização internacional que ajuda empresas,
governos e outras instituições a compreender e comunicar o impacto dos negócios em questões críticas
de sustentabilidade.

7.9. DISPOSIÇÕES FINAIS


As diretrizes contidas neste documento devem ser adotadas pelas unidades operacionais e
pelas áreas de projetos, incluindo estudos ambientais.
Nota: em caso de não aplicabilidade de algum requisito contido neste documento, a unidade
operacional ou projeto deve possuir justificativa devidamente embasada e documentada para possíveis
questionamentos/auditorias;
Este documento e seus anexos podem ser modificados a qualquer momento, pela área
responsável.
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Anexo 1 – Conteúdo Mínimo do Relatório de Monitoramento de Qualidade


do Ar

Caso não especificado por legislação local, o Relatório de Monitoramento de Qualidade do Ar


deve considerar conteúdo mínimo especificado abaixo, mas não se limitando a este, não sendo
necessário seguir a ordem conforme disposto:

a. Resumo Executivo.
b. Objetivo do Monitoramento
c. Descrição das características da região
o Condições Meteorológicas
o Uso e ocupação do solo
o Outras características consideradas relevantes
d. Descrição das fontes de poluição do ar
e. Descrição da rede de monitoramento
o Rede Automática
o Rede Manual
f. Poluentes Atmosféricos monitorados
g. Metodologia de Monitoramento
h. Metodologia de Tratamento dos Dados
i. Representatividade de Dados
o Rede Automática
o Rede Manual
j. Representatividade espacial das estações
k. Apresentação dos resultados quanto aos poluentes
l. Considerações gerais sobre estimativas de emissão de fontes móveis e fontes estacionárias
m. Medidas de gestão implementadas
n. Referências legais e bibliográficas

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Anexo 2 – Conteúdo Mínimo do Plano de Amostragem das Campanhas de


Amostragem

Caso não especificado por legislação local, o Plano de Amostragem das Campanhas Manuais
deve considerar conteúdo mínimo especificado abaixo, mas não se limitando a este, não sendo
necessário seguir a ordem conforme disposto:

a. Resumo Executivo.
b. Objetivo da Amostragem;
c. Produção (descrever a capacidade nominal e a previsão, em faixa, durante as coletas);
d. Previsão, em faixa, das condições operacionais dos equipamentos produtivos previstas para o
período das coletas;
e. Tipo e consumo do combustível, bem como características de seus quantificadores de vazão;
f. Tempo para a realização das diversas etapas do processo, se houver;
g. Vazão de gases na chaminé;
h. Métodos de amostragem;
i. Pontos de coleta de amostras;
j. Parâmetros que serão analisados e procedimentos analíticos;
k. Descrição da chaminé e da plataforma para amostragem;
l. Cronograma de realização da amostragem, indicando os parâmetros que deverão ser
avaliados em cada dia da campanha;
m. Relação dos técnicos envolvidos na amostragem, incluindo suas responsabilidades;
n. Método de análise;
o. Normas de referência;
p. Frequência de monitoramento;
q. Localização da fonte, em coordenadas geográficas;
r. Informações sobre a chaminé a ser monitorada: presença/ausência de emissões fugitivas
devido à ineficácia do sistema de exaustão ou vazamentos de gases no sistema de ventilação;
s. Relação dos equipamentos usados nas amostragens indicando marca, modelo e número de
identificação;
t. Identificação do laboratório responsável por realizar os ensaios.
u. Documento de Responsabilidade Técnica ou Equivalente pela realização do monitoramento

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Anexo 3 – Conteúdo Mínimo do Relatório de Monitoramento de Emissões


Atmosféricas (Continuo e/ou Manual)

Caso não especificado por legislação local, o Relatório de Monitoramento de Emissões


Atmosféricas deve considerar conteúdo mínimo especificado abaixo, mas não se limitando a este, não
sendo necessário seguir a ordem conforme disposto:

a. Resumo Executivo
b. Objetivo do Monitoramento
c. Métodos de amostragem utilizados
d. Métodos de ensaio utilizados
e. Equipamentos utilizados contendo os certificados de calibração válidos
f. Equipe técnica responsável
g. Resultados
h. Análise Crítica dos Resultados
i. Relatórios de ensaios
j. Planilha de campo e memória de cálculo das medições
k. Certificado de calibração de todos os dos equipamentos utilizados
l. Documento de Responsabilidade Técnica ou Equivalente pela realização do monitoramento

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