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PADRÕES DE

QUALIDADE
AMBIENTAL
Lei nº 6.938/81 (Marco regulatório)
• Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente:
• I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

• Órgão deliberativo: (CONAMA).


• A sua composição é capaz de identificar e definir os padrões
aceitáveis de emissão de poluentes, efluentes e ruídos, bem
como de congregar e resolver eventuais conflitos de interesses
dos diferentes setores representados.
Conceito
• É um limite – definido por leis, normas ou resoluções – para as
perturbações ambientais, em particular, da concentração de
poluentes e resíduos, que determina a degradação máxima
admissível do meio ambiente. (Glossary of Statistical Terms, 2007).

• Conjunto de normas e padrões preestabelecidos com vistas a manter


a qualidade ambiental.
Objetivo
• Controlar as substâncias que prejudicam a saúde dos seres humanos,
como por exemplo, micro-organismos patogênicos, substâncias
tóxicas e radioativas.

• Harmonizar ações humanas com as condições físicas, químicas,


biológicas, culturais, etc.
Procedimento de estabelecimento
• No processo de estabelecimento de padrões de qualidade ambiental,
desenvolve-se a procura de níveis ou graus de qualidade, de
elementos, relações ou conjunto de componentes, níveis esses
geralmente expressos em termos numéricos, que atendam a
determinadas funções, propósitos ou objetivos, e que sejam aceitos
pela sociedade.
No Brasil
• Os padrões de qualidade ambiental são fixados por Resoluções do
CONAMA, que, no exercício de sua função deliberativa (normativa),
é o órgão que detém competência legal e técnica para tanto,
conforme indica o art. 8º, VI e VII da Lei 6.938/81 .

• O próprio conceito de poluição que traz o art. 3º, III, “e”, da PNMA,
no sentido da “degradação da qualidade ambiental resultante de
atividades que direta ou indiretamente lancem matérias ou energia
em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
No Brasil
• O Legislador, admite que até possam ser lançadas matérias
e energias na natureza (trata-se da consequência
inexorável da atividade econômica), desde que observem
os padrões de qualidade.

• Até o momento estão regulamentados os Padrões de


Qualidade das Águas, do Ar e dos Níveis de Ruídos.
Competência
• Art. 8º Compete ao CONAMA:  (Redação dada pela Lei nº 8.028, de
1990)
• VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso
racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.

• A normativa brasileira, sobretudo as Resoluções do Conselho


Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) fornece marcos legais para
subsidiar o controle e monitoramento desses padrões referentes aos
temas: ar, água, solo, biodiversidade entre outros.
Poluente e Poluidor (art. 3º da PNMA)
• III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de
atividades que direta ou indiretamente:
• a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
• b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
• c) afetem desfavoravelmente a biota;
• d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
• e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos;
• IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental;
Programas
• Controle da qualidade do ar. Esse programa tem como objetivo o
levantamento e a dispersão de material particulado, em função, que
na grande maioria ocorre pela movimentação de caminhões na fase
de construção do empreendimento que pode comprometer a
qualidade do ar.
Programas
• Controle de emissão de efluentes. Esse programa gerencia e visa
garantir o controle de efluentes que são lançados no corpo d’água, na
qual monitoram em atendimento aos padrões de qualidade
estabelecidos pela legislação.
Programas
• Controle da qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Esse
programa busca manter a qualidade da água dentro dos padrões de
qualidade que são feitos através de campanhas trimestrais de
amostragem.
Padrões de Qualidade do Ar
• Os padrões de qualidade do ar (PQAr) segundo publicação da
Organização Mundial da Saúde (OMS), variam de acordo com a
abordagem adotada para balancear riscos à saúde, viabilidade
técnica, considerações econômicas e vários outros fatores políticos e
sociais, que por sua vez dependem, entre outras coisas, do nível de
desenvolvimento e da capacidade nacional de gerenciar a qualidade
do ar.
Padrões de Qualidade do Ar
• Em 1989, ao lançar o Programa Nacional de Qualidade do Ar (Pronar),
o Brasil demonstrou pela primeira vez uma preocupação com a
questão, estabelecendo o monitoramento da qualidade do ar como
uma atribuição dos estados. No ano seguinte foi publicado o primeiro
dispositivo legal decorrente do Pronar, a resolução 03/90, que definiu
os padrões nacionais de qualidade do ar, em vigor até hoje.
• A definição dos padrões fica a cargo do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), o órgão consultivo e deliberativo do Sistema
Nacional do Meio Ambiente.
Padrões de Qualidade do Ar
• RESOLUÇÃO/conama/N.º 003 de 28 de junho de 1990

• Padrões primários: concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a


saúde da população. São níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes
atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo.
• Estabelece um limite de segurança de modo a não causar danos à população e
principalmente aos indivíduos mais sensíveis: crianças, idosos e pessoas com problemas
respiratórios.

• Padrões secundários: concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se


prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o mínimo
dano à fauna e a flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. São níveis desejados
de concentração de poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo.
Padrões de Qualidade do Ar (De acordo com
resolução 03/90)
• Monitoramento é atribuição dos Estados.
Os padrões permanecem iguais apesar da evolução do conhecimento científico
sobre a poluição do ar. Apenas oito estados brasileiros (Rio Grande do Sul,
Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Bahia)
monitoram a qualidade do ar, alguns de forma limitada a alguns poluentes e com
poucas estações.
• São estabelecidos níveis de atenção, alerta e emergência para a Execução do
Plano de Emergência
• Providências tomadas quando dos níveis de atenção e alerta visam evitar que se
chegue ao nível de emergência.
• Em havendo permanência de um dos níveis, os entes poluentes estarão sujeitos a
restrições dos órgãos de controle ambiental.
Resolução 491 do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama) 21 de novembro
de 2018
• Art. 2º Para efeito desta resolução são adotadas as seguintes definições:
• I - poluente atmosférico: qualquer forma de matéria em quantidade, concentração, tempo ou
outras características, que tornem ou possam tornar o ar impróprio ou nocivo à saúde,
inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e flora ou prejudicial à
segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às atividades normais da comunidade;
• II - padrão de qualidade do ar: um dos instrumentos de gestão da qualidade do ar,
determinado como valor de concentração de um poluente específico na atmosfera, associado
a um intervalo de tempo de exposição, para que o meio ambiente e a saúde da população
sejam preservados em relação aos riscos de danos causados pela poluição atmosférica;
• III - padrões de qualidade do ar intermediários - PI: padrões estabelecidos como valores
temporários a serem cumpridos em etapas;
Resolução 491 do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama) 21 de novembro
de 2018
• IV - padrão de qualidade do ar final - PF: valores guia definidos pela Organização
Mundial da Saúde - OMS em 2005;
• V - episódio crítico de poluição do ar: situação caracterizada pela presença de altas
concentrações de poluentes na atmosfera em curto período de tempo, resultante
da ocorrência de condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos
mesmos;
• VI - Plano de Controle de Emissões Atmosféricas: documento contendo
abrangência, identificação de fontes de emissões atmosféricas, diretrizes e ações,
com respectivos objetivos, metas e prazos de implementação, visando ao controle
da poluição do ar no território estadual ou distrital, observando as estratégias
estabelecidas no Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar - PRONAR;
Resolução 491 do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama) 21 de novembro
de 2018
• VII - Material Particulado MP10: partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, na
forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico
equivalente de corte de 10 micrômetros;
• VIII - Material Particulado MP2,5: partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, na
forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico
equivalente de corte de 2,5 micrômetros;
• IX - Partículas Totais em Suspensão - PTS: partículas de material sólido ou líquido suspensas no
ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico
equivalente de corte de 50 micrômetros;
• X - Índice de Qualidade do Ar - IQAR: valor utilizado para fins de comunicação e informação à
população que relaciona as concentrações dos poluentes monitorados aos possíveis efeitos
adversos à saúde.
Parâmetros regulamentados pela
legislação ambiental
• Partículas totais em suspensão (PTS), fumaça, partículas inaláveis
(MP10 e MP2,5), dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono
(CO), ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2) e chumbo (PB).
Padrões de Qualidade do Ar
• PROCONVE – Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos
Automotores:

• Com o objetivo de reduzir e controlar a contaminação atmosférica por


fontes móveis (veículos automotores) o Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA criou os Programas de Controle da Poluição do Ar por
Veículos Automotores: PROCONVE (automóveis) e PROMOT (motocicletas)
fixando prazos, limites máximos de emissão e estabelecendo exigências
tecnológicas para veículos automotores, nacionais e importados.

• Res. 008/90 – estabelece limites máximos de emissão de poluentes no ar em


fontes fixas de poluição;
Padrões de Qualidade do Ar
• Lei nº 8723/93 – destinadas aos fabricante de motores,
combustíveis e de veículos automotores;

• Lei nº 9.294/96 - Art. 2o  É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas,


charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno,
derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, privado
ou público.      (Redação dada pela Lei nº 12.546, de 2011)
Efeitos da Poluição Atmosférica
• Efeito estufa;
• Efeito smog (fumaça + nevoeiro)
• Inversão térmica: calor se sobrepõe ao frio;
• Chuvas ácidas;
• Poluição da camada de ozônio; Resol. 13/95 e 229/97 do CONAMA;
• Poluição por queimadas;
• Poluição radioativa;
• Poluição por ondas eletromagnéticas ou de antena.
Impacto da poluição do ar na saúde
Importância
• Em geral, são partes de um regulamento que estabelece a gestão de
qualidade do ar, determinando o valor de concentração de
determinado poluente na atmosfera. Esses padrões são
fundamentais para a preservação da saúde da população e do meio
ambiente, uma vez que a poluição em massa pode gerar grandes
riscos ao planeta.
Padrões de Qualidade da Água
• As características físicas e químicas da água devem ser mantidas
dentro de certos limites, os quais são representados por padrões,
valores orientadores da qualidade de água, dos sedimentos e da biota.
• Resoluções Conama nº 357/2005, Conama nº 274, Conama nº
344/2004, e Portaria N° 518, do Ministério da Saúde.

• Resolução Comana 020/86. Art. 1º - São classificadas, segundo seus


usos preponderantes, em nove classes, as águas doces, salobras e
salinas do Território Nacional :
Padrões de qualidade da água
• Segundo a ABNT (NBR 9896/87), são constituídos por um conjunto de
parâmetros e respectivos limites, como por exemplo, concentrações
de poluentes, em relação aos quais os resultados dos exames de uma
amostra de água são comparados, aquilatando-se a qualidade da
água para um determinado fim.
Parâmetros de qualidade da água
• Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros,
os quais representam as suas características físicas, químicas e
biológicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da água e
constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos
estabelecidos para determinado uso. Os principais indicadores de
qualidade da água são discutidos a seguir, separados sob os aspectos
físicos, químicos e biológicos.
Parâmetros Físicos
• a) Temperatura: medida da intensidade de calor; é um parâmetro importante, pois, influi em algumas
propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com reflexos sobre a vida aquática. A
temperatura pode variar em função de fontes naturais (energia solar) e fontes antropogênicas (despejos
industriais e águas de resfriamento de máquinas).
• b) Sabor e odor: resultam de causas naturais (algas; vegetação em decomposição; bactérias; fungos;
compostos orgânicos, tais como gás sulfídrico, sulfatos) e artificiais (esgotos domésticos e industriais). O
padrão de potabilidade: água completamente inodora.
• c) Cor: resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou manganês,
pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas algas ou pela introdução
de esgotos industriais e domésticos. Padrão de potabilidade: intensidade de cor inferior a 5 unidades.
• d) Turbidez: presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas finamente
divididas, organismos microscópicos e outras partículas. O padrão de potabilidade: turbidez inferior a 1
unidade.
Parâmetros Físicos
• e) Sólidos:
• Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num filtro de asbesto após filtragem da amostra.
Podem ser divididos em:
• · Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um período t de repouso da amostra
• · Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de coagulação, floculação e
decantação.
• Sólidos dissolvidos: material que passa através do filtro. Representam a matéria em solução ou em
estado coloidal presente na amostra de efluente.
• f) Condutividade Elétrica: capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica. Este parâmetro
está relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são partículas carregadas
eletricamente Quanto maior for a quantidade de íons dissolvidos, maior será a condutividade elétrica
na água.
Parâmetros Químicos
• a) pH (potencial hidrogeniônico): representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH; varia de 7 a 14; indica se uma água é ácida (pH
inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou alcalina (pH maior do que 7); o pH da água depende de sua origem e características naturais,
mas pode ser alterado pela introdução de resíduos; pH baixo torna a água corrosiva; águas com pH elevado tendem a formar
incrustações nas tubulações; a vida aquática depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9.
• b) Alcalinidade: causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e cálcio; mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos;
em teores elevados, pode proporcionar sabor desagradável à água, tem influência nos processos de tratamento da água.
• c) Dureza: resulta da presença, principalmente, de sais alcalinos terrosos (cálcio e magnésio), ou de outros metais bivalentes, em
menor intensidade, em teores elevados; causa sabor desagradável e efeitos laxativos; reduz a formação da espuma do sabão,
aumentando o seu consumo; provoca incrustações nas tubulações e caldeiras. Classificação das águas, em termos de dureza (em
CaC03 ):
• Menor que 50 mg/1 CaC03 – água mole
• Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 – água com dureza moderada
• Entre 150 e 300 mg/1 CaC03 – água dura
• Maior que 300 mg/1 CaC03 – água muito dura
Parâmetros Químicos
• d) Cloretos: Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais
ou da intrusão de águas do mar; podem, também, advir dos esgotos
domésticos ou industriais; em altas concentrações, conferem sabor
salgado à água ou propriedades laxativas.
• e) Ferro e manganês: podem originar-se da dissolução de compostos
do solo ou de despejos industriais; causam coloração avermelhada à
água, no caso do ferro, ou marrom, no caso do manganês, manchando
roupas e outros produtos industrializados; conferem sabor metálico à
água; as águas ferruginosas favorecem o desenvolvimento das
ferrobactérias, que causam maus odores e coloração à água e
obstruem as canalizações.
Parâmetros Químicos
• f) Nitrogênio: o nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas:
molecular, amônia, nitrito, nitrato; é um elemento indispensável ao crescimento de
algas, mas, em excesso, pode ocasionar um exagerado desenvolvimento desses
organismos, fenômeno chamado de eutrofização; o nitrato, na água, pode causar a
metemoglobinemia; a amônia é tóxica aos peixes; são causas do aumento do
nitrogênio na água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de
animais.
• g) Fósforo: encontra-se na água nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo
orgânico; é essencial para o crescimento de algas, mas, em excesso, causa a
eutrofização; suas principais fontes são: dissolução de compostos do solo;
decomposição da matéria orgânica, esgotos domésticos e industriais; fertilizantes;
detergentes; excrementos de animais.
Parâmetros Químicos
• h) Fluoretos: os fluoretos têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; em concentrações mais
elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a fluorose dentária (manchas escuras nos
dentes).
• i) Oxigênio Dissolvido (OD): é indispensável aos organismos aeróbios; a água, em condições normais,
contém oxigênio dissolvido, cujo teor de saturação depende da altitude e da temperatura; águas com
baixos teores de oxigênio dissolvido indicam que receberam matéria orgânica; a decomposição da matéria
orgânica por bactérias aeróbias é, geralmente, acompanhada pelo consumo e redução do oxigênio
dissolvido da água; dependendo da capacidade de autodepuração do manancial, o teor de oxigênio
dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero, extinguindo-se os organismos aquáticos aeróbios.
• j) Matéria Orgânica: a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua nutrição, e
aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes quantidades, no entanto,
podem causar alguns problemas, como: cor, odor, turbidez, consumo do oxigênio dissolvido, pelos
organismos decompositores.
Parâmetros Químicos
• l) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio
necessária à oxidação da matéria orgânica por ação de bactérias aeróbias.
Representa, portanto, a quantidade de oxigênio que seria necessário
fornecer às bactérias aeróbias, para consumirem a matéria orgânica
presente em um líquido (água ou esgoto). A DBO é determinada em
laboratório, observando-se o oxigênio consumido em amostras do líquido,
durante 5 dias, à temperatura de 20 °C.
• m) Demanda Química de Oxigênio (DQO): é a quantidade de oxigênio
necessária à oxidação da matéria orgânica, através de um agente químico. A
DQO também é determinada em laboratório, em prazo muito menor do que
o teste da DBO. Para o mesmo líquido, a DQO é sempre maior que a DBO.
Parâmetros Químicos
• n) Componentes Inorgânicos: alguns componentes inorgânicos da
água, entre eles os metais pesados, são tóxicos ao homem: arsênio,
cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco; além dos
metais, pode-se citar os cianetos; esses componentes, geralmente,
são incorporados à água através de despejos industriais ou a partir
das atividades agrícolas, de garimpo e de mineração.
• o) Componentes orgânicos: alguns componentes orgânicos da água
são resistentes á degradação biológica, acumulando-se na cadeia
alimentar; entre esses, citam-se os agrotóxicos, alguns tipos de
detergentes e outros produtos químicos, os quais são tóxicos.
Parâmetros Biológicos
• a) Coliformes: são indicadores de presença de microrganismos patogênicos na
água; os coliformes fecais existem em grande quantidade nas fezes humanas e,
quando encontrados na água, significa que a mesma recebeu esgotos
domésticos, podendo conter microrganismos causadores de doenças.
• b) Algas: as algas desempenham um importante papel no ambiente aquático,
sendo responsáveis pela produção de grande pane do oxigênio dissolvido do
meio; em grandes quantidades, como resultado do excesso de nutrientes
(eutrofização), trazem alguns inconvenientes: sabor e odor; toxidez, turbidez e
cor; formação de massas de matéria orgânica que, ao serem decompostas,
provocam a redução do oxigênio dissolvido; corrosão; interferência nos
processos de tratamento da água: aspecto estético desagradável.
Padrões de Qualidade da Água
• IQA – índice de qualidade da água, é um índice consolidado para
medir a qualidade da água utilizado nacional e internacionalmente.
• O Índice de Qualidade de Água para fins de Abastecimento Público
(IAP) avalia a qualidade das águas destinadas ao consumo humano.
• O Índice de Qualidade de Água para proteção da Vida Aquática (IVA)
tem o objetivo de avaliar a qualidade das águas para fins de proteção
da fauna, diferindo dos índices que avaliam a qualidade da água para
o consumo humano e recreação de contato primário. O IVA leva em
consideração a concentração de contaminantes e seus efeitos sobre
algumas variáveis essenciais para a vida dos organismos aquáticos.
Padrões de Qualidade da Água (varia com o
uso)
• Abastecimento humano
• Balneabilidade (água para fins de recreação de contato primário). Ex. praia
• Irrigação
• Industrial

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: seu monitoramento permite identificar as concentrações de substâncias


acima do padrão de potabilidade, cuja origem pode ser natural, devido às características das
rochas constituintes do aquífero, ou antrópica, devido à contaminação por fontes de poluição
como sistemas de coleta e tratamento de esgotos domésticos, atividades industriais,
disposição de resíduos no solo, uso de fertilizantes e aplicação de resíduos industriais na
agricultura.
Classificação dos cursos d’água
• Resolução n° 20 de 18 de junho de 1986, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente.

• Estabeleceu 9 classes, sendo:


• 5 de águas doces (com salinidade igual ou inferior a 0,5 %)
• 2 águas salobras (salinidade entre 0,5 e 30%)
• 2 de águas salinas (salinidade igual ou superior a 30 %.).

• As classes Especiais e de 1 a 4 referem-se às águas doces; as classes 5 e 6, às


águas salinas; e as classes 7 e 8, às águas salobras.
Padrões dos Níveis de Ruídos
• Indevidamente, confunde-se barulho com alegria. Essas situações podem
coexistir. Contudo, o silêncio pode propiciar alegria. Ausência de barulho
não é ausência de comunicação. Muitas vezes a comunicação ruidosa nada
mais é do que falta de diálogo, em que só uma das partes transmite a
mensagem, reduzindo-se os ouvintes à passividade (Paulo Affonso Leme
Machado).

• Efeitos do Ruído (OMS):


Perda da audição; interferência com a comunicação; dor; interferência no
sono; efeitos clínicos sobre a saúde; efeitos sobre a execução de tarefas;
incômodo.
Padrões dos Níveis de Ruídos
• Poluição sonora é aquela causada pelo excesso de emissão de som, ao ponto de causar mal-estar e
desconforto.

• Fundamentação legal:

• Resolução 001/90 Dispõe sobre critérios de padrões de emissão de ruídos decorrentes de quaisquer
atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política.
• Resolução 17/95 (Dispõe sobre os limites máximos de ruído para veículos de passageiros ou modificados.)
• Resolução 20/94 (Dispõe sobre a instituição do Selo Ruído de uso obrigatório para aparelhos
eletrodomésticos que geram ruído no seu
funcionamento)
Padrões dos Níveis de Ruídos (Resolução
1/1990 – CONAMA)
• Item I: “a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá no interesse na saúde,
do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Resolução.”

• Quais ruídos são considerados prejudiciais à saúde?


• Aqueles superiores aos considerados aceitáveis pela Norma NBR 10.152/1987
• Observa- se que 50 dB seria o nível de ruído tolerável para que o ambiente seja considerado
silencioso.
• Por exemplo:
• Salas de aula - 35 a 45 dB
• Igrejas e templos – 40 a 50 dB
Padrões dos Níveis de Ruídos
Classificação dos ruídos quanto ao aspecto temporal:

•Contínuo: pouca oscilação da frequência, e a acústica se mantêm constante.

•Flutuante: exemplo via pública.

•Transitório: se inicia e termina em período determinado;

•De impacto: aumentos elevados de pressão acústica.

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