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SISTEMA NACIONAL DO

MEIO AMBIENTE -
SISNAMA
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981
Origem
• O SISNAMA ou Sistema Nacional do Meio Ambiente foi instituído pela
Lei 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente), e trata-se da estrutura
adotada para a gestão ambiental no Brasil, com o objetivo de melhorar e
recuperar a qualidade ambiental no país.

• A criação do SISNAMA se deu em virtude da necessidade de se estabelecer


uma rede de agências governamentais que assegurassem mecanismos aptos à
consolidarem a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente, em
todo o nível da Federação.
Formação
• É constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo
Poder Público.

• O SISNAMA é formado por uma rede de órgãos e instituições


ambientais, que por sua vez, são compostas pelo Poder Executivo,
Poder Legislativo, Poder Judiciário e Ministério Público.
Poder Executivo
• Na esfera ambiental, compete basicamente o exercício do
controle das atividades potencialmente poluidores, a
exigência do estudo de impacto ambiental, para posterior
licenciamento ambiental, e ainda, a fiscalização das obras,
empreendimentos e atividades que de alguma forma gerem
impactos ambientais.

• Poder Executivo o exercício do controle das atividades potencialmente poluidoras, a exigência do


estudo de impacto ambiental, para posterior licenciamento ambiental, e a fiscalização das obras,
empreendimentos e atividades que de alguma forma gerem impactos ambientais.
Poder Legislativo
• Tem a tarefa de elaborar leis e regulamentos
ambientais, aprovar os orçamentos dos órgãos
ambientais, exercer o controle dos atos administrativos
do Executivo, etc.
Poder Judiciário
• Na esfera ambiental, compete julgar as ações de cunho
ambiental (Ação Civil Pública, Ação Popular, Mandado de
Segurança, Mandado de injunção), exercer o controle de
constitucionalidade das normas e rever os atos
administrativos.

• Ao Ministério Público cabe, consoante a Constituição Federal


, em seu Art. 129, a instauração do inquérito civil, do
inquérito criminal e a promoção da ação civil pública.
Definição
• O SISNAMA é de fato e de direito uma estrutura político-
administrativa governamental aberta à participação de instituições
não governamentais por meio dos canais competentes, constituindo
na verdade o grande arcabouço institucional da gestão ambiental no
Brasil (Edis Milaré).

• O SISNAMA é o conjunto articulado de órgãos, entidades, normas e


práticas da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios,
dos Municípios e de fundações instituídas pelo Poder Público sob a
coordenação do CONAMA (José Afonso da Silva).
Finalidade

• Tem a finalidade de estabelecer uma rede de agências


governamentais, nos três níveis da federação, com o objetivo de
implementar a Política Nacional do Meio Ambiente (Paulo de Bessa
Antunes).
Estrutura
• Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem
como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:

• I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação
da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais;

• Sua finalidade é oferecer assessoramento no tocante às matérias ambientais, ao Presidente da República, para
que o mesmo possa formular a política nacional e as diretrizes governamentais para a correta utilização do meio
ambiente e seus recursos.

• Este conselho reúne a Casa Civil da Presidência da República e todos os ministros.


• A função do Conselho de Governo é formular a Política Nacional do Meio Ambiente e diretrizes para o meio
ambiente e os recursos naturais.
Estrutura
• II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a
finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente
equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;
• Este órgão assessora o Governo e delibera sobre normas e padrões compatíveis com o meio
ambiente, estabelecendo normas e padrões federais que deverão ser observados pelos
Estados e Municípios. Estes, por sua vez, possuem liberdade para estabelecer critérios de
acordo com suas realidades, desde que não sejam mais permissivos.
• Entre as normas e diretrizes estabelecidas pelo CONAMA temos uma muito importante na
gestão de resíduos, que é a Resolução CONAMA 313. Nela é definida a obrigação de se
elaborar o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
• Existem outras resoluções, como a Resolução CONAMA nº 430/11, que dispõe sobre
condições, parâmetros, padrões e diretrizes para lançamento de efluentes em corpos de água.
Estrutura
• III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de
planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente;

• A SEMA tem a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar a política estadual e as


diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, a biodiversidade e os recursos hídricos.

• Este órgão é formado pelo Ministério do Meio Ambiente.


• A responsabilidade deste órgão é planejar, coordenar, controlar e supervisionar as ações relativas à
Política Nacional do Meio Ambiente e as diretrizes estabelecidas para o meio ambiente, executando a
tarefa de congregar os vários órgãos e entidades que compõem o SISNAMA.
Estrutura
• IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto
Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências;
(Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)

• Órgão formado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis-
IBAMA e Instituto de Conservação da Biodiversidade – Instituto Chico Mendes.

• Estes institutos são encarregados de formular, coordenar, fiscalizar, controlar, fomentar e


executar a Política Nacional do Meio Ambiente e diretrizes governamentais definidas para o meio
ambiente.
IBAMA
• O órgão ambiental mais conhecido da população, em se
tratando do meio ambiente. Sua criação se deu mediante a
extinção do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal - IBDF e da Superintendência da Borracha-
SUDHEVEA, através da Lei 7732/89.
Instituto Chico Mendes
• Trata-se de uma autarquia federal, de regime especial, dotada de personalidade
jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira. Para
modernizar e estabelecer foco às ações executadas pelo poder público federal
para a conservação da biodiversidade brasileira.

• Em 2007 foi criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade –


ICMBio, autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente - MMA.
Este novo modelo institucional de gestão ambiental decorreu da necessidade de
uma atuação ágil, eficiente e eficaz da estrutura governamental, de modo a
permitir o atendimento dos compromissos relativos à gestão de unidades de
conservação federais, bem como os decorrentes da nossa biodiversidade
ameaçada de extinção ou em extinção.
Estrutura
• V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a
degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989).

• São os Órgãos Seccionais responsáveis pela maior parte da atividade de controle ambiental.
Então, cada Estado da Federação tem de organizar sua agência de controle ambiental, conforme
suas necessidades e realidades, na medida de seus interesses peculiares.
• Formado por órgãos ou entidades estaduais responsáveis por programas ambientais ou pela
fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais.
• São os órgãos seccionais responsáveis pela maior parte da atividade de controle ambiental.
Estrutura
• VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas
suas respectivas jurisdições;
• São entidades municipais responsáveis por programas ambientais e pela fiscalização de atividades utilizadoras de
recursos ambientais.
• São órgãos aptos a exercerem a gestão ambiental dentro dos seus limites territoriais e de sua competência.
• Estes órgãos tem o poder de aplicarem sanções cabíveis, interditarem ou fecharem estabelecimentos que não estejam
em conformidade com as determinações legais.

• Os Órgãos Locais são os órgãos municipais de controle ambiental. São legalmente aptos a exercerem a gestão
ambiental dentro dos seus limites territoriais e de sua competência. Os Órgãos Locais possuem poder de polícia
ambiental, o que os legitima, inclusive, a aplicarem sanções cabíveis, interditarem ou fecharem estabelecimentos que
não estejam em conformidade com as determinações legais. Entretanto, apesar da previsão legal, ainda são poucos os
municípios brasileiros que possuem instalados esses órgãos, devido principalmente à falta de recursos financeiros.
Estrutura
• § 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição,
elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o
meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
• § 2º Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais,
também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
• § 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo
deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação,
quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.
• § 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar
uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do  IBAMA. (Redação
dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
Pessoas jurídicas

• Para Vladimir Passos de Freitas, estão fora do Sisnama as


pessoas jurídicas que não fazem parte da administração pública,
a exemplo das associações e das fundações particulares previstas
no art. 20 e 24 do Código Civil.
Participação da sociedade civil
• Contudo, o fato de na composição dos conselhos ambientais ser
obrigatória a participação da sociedade civil, como reza o art. 20 da
Resolução 237/97 do CONAMA, assim como na comissão gestora de
parte dos fundos ambientais, além da menção no art. 225 da
Constituição Federal ao dever da coletividade de manter o meio
ambiente ecologicamente equilibrado, serve para reforçar a
participação da sociedade civil na Política Nacional do Meio Ambiente
e no Sistema Nacional do Meio Ambiente, especialmente por meio de
organizações não governamentais.
Personalidade jurídica
• O Sistema Nacional do Meio Ambiente é uma instituição sem
personalidade jurídica, e não um instituto jurídico ou legal, que
possui atribuições que são executadas por meio de órgãos,
entidades e instituições que o integram. A ideia é que do
Ministério do Meio Ambiente às secretarias estaduais e
municipais de meio ambiente, o trabalho siga os mesmos
princípios, finalidade e procedimentos.
Conclusão
• A criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente se deu devido à
necessidade de se estabelecer uma estrutura governamental capaz
de assegurar mecanismos aptos a consolidar a implementação da
Política Nacional do Meio Ambiente, em todo o nível da Federação.

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