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POLÍTICAS AMBIENTAIS: HIERARQUIA E FUNÇÃO DOS ÓRGÃO

AMBIENTAIS BRASILEIROS

AUTORES: 1COUTO, Laura; 2SILVA, Vitória; MELO, David 3

Estudante do curso de Ciências Biológicas; e-mail: 1lauracouto283@gmail.com;


2
vicksilvaa246@gmail.com; 3davidribeiromello@gmail.com

Área de conhecimento: Políticas ambientais

Palavra-chave: Gestão Ambiental, planejamento, manejo

INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento humano e o constante crescimento populacional a


deterioração ambiental teve um grande avanço para que os desejos da sociedade fossem
atendidos, segundo Siqueira (2008), desde a década de 1960 a necessidade de se
resguardar e preservar o meio ambiente já era promovido com o intuito de dar a
possibilidade da humanidade utilizar dos recursos naturais sem que o prejudicasse de
grande forma, mas infelizmente as ações para que isto ocorresse não tiveram um grande
“gás” motivacional (SIQUEIRA, 2008).

No Brasil, com a lei nº 6.938/81 nasce o Sistema Nacional do Meio Ambiente ou


SISNAMA que é a denominação do sistema de órgãos públicos brasileiros de defesa ao
meio ambiente, com o objetivo de integrar as politicas públicas de proteção ambiental em
todo território brasileiro e é um sistema, pois todos os órgãos ali presentes atuam com os
mesmos princípios e diretrizes, onde cada um exerce sua função com o mesmo intuito
que é defender o meio ambiente brasileiro de forma ecologicamente equilibrada. A Lei nº
6.938/81 criou também a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), que trás artigos
com conceitos básicos do meio ambiente e dispõem objetivos e diretrizes que todos os
órgãos ambientais no país responsáveis pela proteção ambiental devem seguir (BRASIL,
lei nº 6.938/81).

OBJETIVO

Este trabalho busca realizar um estudo sobre as políticas ambientais, citando os


principais órgãos responsáveis pela execução das polícias e diretrizes no que diz respeito
a manutenção meio ambiente.

METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica e virtual, desenvolvido a partir


de uma discussão entre especialista para uma mesa redonda, no qual optou-se pela
abordagem qualitativa.
DESENVOLVIMENTO

1. ÓRGÃO GOVERNAMENTAIS

A estrutura e os órgãos do SISNAMA foram divididos em:

Órgão Superior: Conselho de Governo - Seria composto por todos os ministros do Poder
Executivo Federal com a função de assessorar o Presidente da República na formulação
da Política Nacional e outras diretrizes referentes ao meio ambiente.

Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) –


tem a função de propor normas e diretrizes ao Conselho de Governo. Com a ausência
prática do órgão superior, o CONAMA assumiu sua função, publicando diretamente
normas, padrões e regulações gerais sobre o meio ambiente para todo o país.

Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente (MMA) – é responsável por “planejar,


coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as
diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente”.

Órgãos Executores: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) – São os órgãos responsáveis pela execução das normas das políticas
ambientais. As funções do IBAMA são exercer o poder de polícia ambiental e executar
ações das políticas nacionais de meio ambiente; propor e editar normas e padrões de
qualidade ambiental; conceder licenciamentos e outras autorizações em casos previstos
na legislação. O ICMBio tem como função execução a implantação das políticas
nacionais voltado para as Unidades de Conservação estatuídas pela União, como os
Parques Nacionais e as Áreas de Proteção Ambiental, sendo responsável, pela
conservação, exploração turística, policiamento e outras atividades.

Órgãos Seccionais e Locais - Os órgãos seccionais são as entidades estaduais e os


órgãos locais são as entidades municipais. Os estados e municípios brasileiros têm
autonomia para elaborar as próprias normas e programas ambientais, onde eles atuam
de forma complementar, atingindo suas respectivas jurisdições, sem contrariar as normas
federais. Ambos irão ser os responsáveis por executar programas, projetos, controlar e
fiscalizar atividades capazes de provocar a degradação ambiental.

INEA (Instituto Estadual do Ambiente) - é o órgão ambiental do Estado do Rio de


Janeiro, responsável pela proteção dos recursos naturais do estado; por conceder
licenciamentos de exploração, monitorar o uso e qualidade das águas, executar projetos
de recuperação ambiental no território entre outras atividades.

Secretaria do Meio Ambiente Municipal – é o órgão ambiental municipal, responsável


pela proteção dos recursos naturais; monitorar o uso e qualidade das águas entre outras
atividades.

2. FUNÇÕES

Como citado no tópico acima, os órgãos ambientais têm como função geral formular,
planejar e principalmente supervisionar as principais decisões no que diz respeito ao
meio ambiente. Dentre essas ações podem ser citados: medidas que busquem a
redução do consumo de energia, desenvolvimento de atividades práticas que buscam
evitar o desperdício de água, bem como incentivar o uso racional, planejamento urbano
adequado ( no sentido de preservar áreas verdes), ações que tenham como objetivo a
promoção da educação ambiental, projeto de arborização em áreas degradadas,
licenciamento de empresas, criações de RPPN e reservas legais (CASTRO,
2022)....enfim a atuação desses órgãos vão desde a criação de leis e projetos
sustentáveis até a fiscalização e até mesmo a punição, se assim for necessário em certas
situações que causem lesões ao meio. Tudo isso com o objetivo de amenizar e recuperar
os impactos causados pelas ações humanas na natureza, .

3. Política e Gestão Ambiental

O estudo e a compreensão do meio ambiente em um níveis mais profundo, leva a


crer que política e gestão possuem uma relação intrínseca a qual permite afirmar que
uma não existe sem a outra, visto que, para que as políticas ambientais sejam
implementadas elas precisam de um sistema de gestão, ou seja, é preciso uma
gestão integrada das demandas pertinente ao setor, a qual se materializa por meio
das politicas ambientais que por sua vez geram leis, projetos, programas... (PHILIPPP
JR; BRUNA,2014).

O estado tem o dever de proporcionar um ambiente de qualidade, uma vez que, ele
é o representante das comunidades humanas, porém para executar tal serviço é
necessário o conhecimento técnico que possibilitem o controle da qualidade
ambiental. Por meio dessas políticas é possível elaborar políticas publicas que
possam prever intervenções tanto diretas, quanto indiretas, no ambiente natural, ou
no ambiente construído, modificado pelo homem. (PHILIPPP JR; BRUNA,2014).

CONCLUSÃO:

Conclui-se que as políticas ambientam se fazem necessárias, uma vez que, a relação
do homem com a natureza, quase nunca foi harmoniosa. Dessa forma o poder e
principalmente a responsabilidade que o homem tem sobre o ambiente em vive, levam
aos problemas e questões ambientais atuais e a necessidade e controla-los, recuperar e
reduzir os danos causados, para que assim, não se esgote o meio e nem suprimento dos
recursos naturais para as gerações futuras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Ronaldo Tavares. Planejamento e políticas ambientais. Valinhos,2015

BRASIL, Lei nº Lei Nº 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF.

Castro, P. 2002. Natureza, ciência e retórica na construção social do ambiente.


Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Fundação para a Ciência e a Tecnologia do
Ministério da Ciência e do Ensino Superior

PHILIPPI JR., A; BRUNA, G.C. Política e gestão ambiental. In: PHILIPPI JR., A. Curso
de gestão ambiental. Barueri, SP: Manole. 2014. P. 707-765.

SIQUEIRA, L. C. Política ambiental para quem? Ambiente e Sociedade, v. 11 n.2


Campinas 2008.

SISNAMA: conheça o sistema de órgãos públicos para a defesa do meio ambiente!


POLITIZE, 2021. Disponível em:
<https://www.politize.com.br/sisnama-o-que-e/#:~:text=SISNAMA%20%C3%A9%20a
%20sigla%20para,pela%20prote%C3%A7%C3%A3o%20ambiental%20no%20Brasil.>
Acesso em: 20 de maio de 2021.

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