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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ

COLEGIADO DE ENGENHARIA QUÍMICA


GESTÃO AMBIENTAL PARA A INDÚSTRIA QUÍMICA

GERENTE: JACQUELINE DA SILVA LEITE


EQUIPE: CRISTIANO WARLEY RIBEIRO

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Artigos 6° ao 10°

MACAPÁ-AP
2023
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GERENTE: JACQUELINE DA SILVA LEITE
EQUIPE: CRISTIANO WARLEY RIBEIRO

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Artigos 6° ao 10°

Trabalho apresentado para a matéria de Gestão


Ambiental do curso de Graduação em Engenharia
Química, da Universidade Estadual do Estado do
Amapá sob orientação do Prof. Me. Menyklen
Penaforte.

MACAPÁ-AP
2023

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1. INTRODUÇÃO

A Lei n° 6938/1981, conhecida como a "Lei da Política Nacional do Meio Ambiente", é


um marco jurídico fundamental no Brasil, que estabelece diretrizes e princípios para a proteção,
preservação e melhoria do meio ambiente. Os artigos 6 ao 10 dessa lei abordam aspectos cruciais
para a gestão ambiental no país, abrangendo desde a avaliação de impacto ambiental até a definição
de penalidades para infrações e crimes ambientais.

A compreensão e o conhecimento desta Lei revestem-se de uma importância vital em um


mundo cada vez mais consciente dos desafios ambientais que enfrentamos. Esta lei, que estabelece
os princípios e diretrizes para a proteção e preservação do meio ambiente no Brasil, tornou-se um
alicerce essencial para a construção de uma sociedade sustentável, consciente e comprometida com
a conservação dos recursos naturais e a qualidade de vida das presentes e futuras gerações.

À medida que a humanidade enfrenta mudanças climáticas, perda de biodiversidade,


poluição generalizada e escassez de recursos, a Lei n° 6938/1981 assume um papel crucial na
regulamentação das atividades humanas que afetam o ambiente. Ela oferece diretrizes claras para
orientar o desenvolvimento econômico de maneira harmoniosa com a conservação ambiental,
buscando um equilíbrio que permita o progresso sem comprometer os ecossistemas naturais
essenciais à vida.

Com a crescente conscientização global sobre a necessidade de agir de forma mais


responsável em relação ao meio ambiente, a Lei n° 6938/1981 proporciona um arcabouço legal
robusto para orientar ações individuais, empresariais e governamentais. Seu conhecimento é
indispensável para a sociedade civil, profissionais de diversas áreas, empresas e instituições
públicas, pois possibilita a tomada de decisões informadas, a identificação de riscos e a
implementação de medidas que minimizem os impactos ambientais negativos.

Além disso, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente desempenha um papel


fundamental na promoção da justiça ambiental, assegurando que aqueles que prejudicam o meio
ambiente sejam responsabilizados e que haja uma distribuição equitativa dos benefícios e ônus
associados ao uso dos recursos naturais.

Nesse contexto, conhecer e compreender a Lei n° 6938/1981 é essencial para fortalecer o


compromisso com a sustentabilidade, aprimorar a gestão ambiental, fomentar a participação cidadã
e garantir um legado ambiental positivo para as gerações futuras. Essa lei é uma ferramenta

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poderosa que coloca o Brasil em sintonia com os objetivos globais de conservação e preservação
do meio ambiente, contribuindo para um futuro mais equilibrado e resiliente.

2. DESENVOLVIMENTO

Artigo 6° - Sistema nacional de meio ambiente (SISNAMA)

O Artigo 6° destaca a importância da avaliação de impacto ambiental como parte essencial


do processo de licenciamento de atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio
ambiente. Esse dispositivo reconhece a necessidade de antecipar e avaliar os efeitos adversos que
determinadas atividades possam causar à natureza, à sociedade e à economia. A realização de
estudos de impacto ambiental auxilia as autoridades a tomarem decisões informadas, permitindo a
identificação de medidas mitigatórias e compensatórias para minimizar danos e promover um
desenvolvimento mais sustentável.

Com isso, estruturou-se o sistema nacional de meio ambiente com os seguintes órgãos e
entidades da União:

Órgão superior: Conselho de Governo

Órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

Órgão central: Secretaria do meio ambiente

Órgãos executores: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA

Órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais

Órgãos locais: os órgãos ou entidades municipais

Artigo 7° - Princípios Gerais da Política Ambiental:

O Artigo 7° estabelece os princípios fundamentais que orientam a Política Nacional do


Meio Ambiente. Dentre eles, destaca-se a defesa do meio ambiente como patrimônio público, a
adoção da educação ambiental como um instrumento fundamental para a conscientização da
sociedade, a promoção do desenvolvimento sustentável, a prevenção e controle de atividades
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poluidoras, entre outros. Esses princípios constituem a base ética e legal para a tomada de decisões
que afetam o meio ambiente, equilibrando a busca pelo progresso com a necessidade de
preservação.

Artigo 8° - Cadastro Técnico Federal:

O Artigo 8° institui o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras


e Utilizadoras de Recursos Ambientais. Esse cadastro é uma ferramenta valiosa para o
monitoramento e controle das atividades que possam causar impactos ambientais. Ele reforça a
transparência e a disponibilidade de informações relevantes para os órgãos de fiscalização,
permitindo uma abordagem proativa na identificação e correção de problemas ambientais. O
cadastro contribui para um planejamento mais eficiente e uma melhor alocação de recursos na
gestão ambiental.

Artigo 9° - Penalidades Administrativas, Civis e Penais:

O Artigo 9° estabelece as penalidades aplicáveis às infrações ambientais. Esse dispositivo


reflete a importância de responsabilizar aqueles que não cumprem as normas de proteção
ambiental. As sanções administrativas, como advertências e multas, visam dissuadir práticas
danosas e promover a conformidade. As sanções civis, que podem incluir a reparação do dano
causado, têm o objetivo de restabelecer o equilíbrio ambiental e social. As sanções penais, como
a prisão ou multas mais severas, têm um caráter punitivo e buscam desencorajar ações prejudiciais
ao meio ambiente.

Artigo 10° - Crimes Ambientais:

O Artigo 10° elenca condutas consideradas crimes contra o meio ambiente. Essas condutas,
que variam desde a poluição que resulta em danos à saúde humana até a degradação de áreas
protegidas, são tratadas com seriedade no ordenamento jurídico brasileiro. O artigo define as penas
aplicáveis a esses crimes, reforçando a importância da aplicação justa e proporcional de
consequências legais diante de ações que causem danos irreparáveis ao ecossistema e à sociedade.

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3. CONCLUSÃO

Os artigos 6 ao 10 da Lei n° 6938/1981 são elementos centrais da Política Nacional do


Meio Ambiente do Brasil. Eles estabelecem os alicerces para a gestão ambiental responsável,
promovendo o equilíbrio entre o desenvolvimento socioeconômico e a preservação dos recursos
naturais. A avaliação de impacto ambiental, os princípios norteadores, o cadastro de atividades
poluidoras, as penalidades administrativas, civis e penais, bem como a definição de crimes
ambientais, formam um conjunto coeso de ferramentas legais que visam garantir um ambiente
saudável e sustentável para as gerações presentes e futuras. A aplicação efetiva desses dispositivos
é essencial para a construção de uma sociedade mais consciente e comprometida com a proteção
do meio ambiente.

Em conclusão, a Lei n° 6938/1981 desempenha um papel de destaque na promoção da gestão da


qualidade na indústria química, ao estabelecer os fundamentos legais para uma abordagem mais
responsável e sustentável das atividades industriais. A indústria química, devido à sua
complexidade e ao potencial de impactos ambientais e de saúde, encontra-se sob escrutínio
crescente, o que torna a compreensão e aplicação da legislação ambiental essencial para a sua
operação.

Os artigos 6 ao 10 dessa lei, após atualizações e adaptações, reforçam a importância de avaliar os


impactos ambientais das atividades industriais químicas, introduzindo uma visão mais holística e
proativa na identificação e mitigação de riscos. A ênfase na avaliação de impacto ambiental,
princípios gerais da política ambiental e cadastro técnico proporciona à indústria química
ferramentas para alinhar suas práticas com os padrões de qualidade ambiental e social, além de
permitir uma melhor integração com a legislação vigente.

A imposição de penalidades administrativas, civis e penais, conforme previsto nos artigos 9 e 10,
atua como um incentivo adicional para as empresas da indústria química adotarem práticas que
respeitem as diretrizes ambientais e de qualidade. Isso estimula a adoção de tecnologias mais
limpas, o investimento em processos mais eficientes e a busca por inovações que reduzam o
impacto negativo da produção química.

Considerando o cenário global de aumento da demanda por produtos químicos e as pressões por
redução dos impactos ambientais, a Lei n° 6938/1981 serve como um guia para a indústria química
buscar a excelência na gestão da qualidade e na sustentabilidade. Ela oferece um quadro legal

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robusto que direciona as empresas para a adoção de boas práticas, processos mais limpos e o
cumprimento rigoroso das normas ambientais.

Nesse contexto, é fundamental que as empresas da indústria química estejam plenamente


conscientes da legislação e das implicações de não conformidade. Investir em treinamento,
tecnologias mais eficientes e sistemas de gestão ambiental alinhados à Lei da Política Nacional do
Meio Ambiente não apenas minimiza riscos legais, mas também fortalece a imagem da empresa,
promovendo a responsabilidade corporativa e contribuindo para a construção de um setor químico
mais sustentável e alinhado com as necessidades atuais e futuras da sociedade e do meio ambiente.

REFERÊNCIAS

Brasil. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 set. 1981. Disponível em:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm

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