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LEGISLAÇÃO ESQUEMATIZADA PARA O IBAMA

Professora Clara Wandenkolck

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LEGISLAÇÃO ESQUEMATIZADA PARA O IBAMA
Professora Clara Wandenkolck

Sumário
Lei n. 6.938/1981 e suas alterações
(Política Nacional do Meio Ambiente)........................................................... 4
Lei n. 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais)........................................... 14
Lei Complementar n. 140/2011 (Competências Ambientais)......................... 35
Lei n. 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos)........................... 45
Lei n. 7.802/1989 (Lei de Agrotóxicos)...................................................... 60

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APRESENTAÇÃO

O meio ambiente é “casa de todos”, um direito difuso, que permeia o Estado e a socie-
dade como um todo e que precisa ser defendido e preservado para as presentes e futuras
gerações, conforme preceitua nossa Constituição Federal.
Assim, com vistas a assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado para todos, o Brasil
dispõe de uma ampla e completa legislação ambiental, reconhecida inclusive internacionalmente.
Portanto, todo esse arcabouço legal que dá base ao Direito Ambiental brasileiro deve ser
compreendido, praticado e observado por todos os moradores desta “casa”, em especial você,
futuro servidor!
Neste resumo esquematizado, apresentaremos algumas das principais leis que abran-
gem a matéria ambiental, com o intuito de facilitar os estudos e a compreensão de nossos
alunos, objetivando sua aprovação como servidores e parte ativa no cumprimento e observân-
cia desse processo de implementação e aplicabilidade das leis ambientais.
Iniciaremos com a “Lei mãe” das normas ambientais brasileiras, a Política Nacional do
Meio Ambiente, a Lei n. 6.938/1981, que irá reger todos os outros institutos legais de caráter
ambiental no Brasil.
Posteriormente, analisaremos os principais aspectos da Lei de Crimes Ambientais, a Lei
n. 9.605/1998, tendo em vista que o não cumprimento de toda a legislação pertinente incorre
na responsabilização civil, penal e administrativa do infrator, com a atuação ativa do poder de
polícia do Estado.
Adentraremos ainda na abrangência das competências dos entes federativos, no que diz
respeito à aplicação das normas ambientais, com o estudo da Lei Complementar n. 140/2011,
a Lei de Competências Ambientais.
Por fim, examinaremos duas importantes leis que estão diretamente relacionadas com o
controle da geração de poluição ambiental: a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n.
12.305/2010) e a Lei de Agrotóxicos (Lei n. 7.805/1989).

Clara Wandenkolck Silva Aragão


Clara Wandenkolck Silva Aragão exerce as funções de Analista Ambiental do Ibama desde 2013, atuando
na área de Qualidade Ambiental. É bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de
Brasília (UnB). É mestra em Biologia Molecular também pela UnB e especialista em Direito Ambiental pela
Universidade Cândido Mendes (Ucam).

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LEI N. 6.938/1981 E SUAS ALTERAÇÕES


(POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE)

INTRODUÇÃO

Apesar de ser uma Lei anterior à Constituição Federal de 1988, a Política Nacional do
Meio Ambiente (PNMA), a Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, foi recepcionada e coaduna
com o previsto no artigo 225 da Carta Magna, conferindo-lhe efetividade: “todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Desse modo, com o advento deste marco legal, considerado a lei “mãe” do Direito Ambien-
tal, toda aplicação das normas ambientais pertencentes ao ordenamento jurídico brasileiro é
norteada e sistematizada, uma vez que objetivos, diretrizes, instrumentos, mecanismos e fins
de aplicabilidade para concretização da proteção ambiental, bem como do Direito Ambiental
difuso do meio ambiente ecologicamente equilibrado no Brasil foram efetivados por este ins-
trumento legal.
Essa lei traz, ainda, conceitos jurídicos e abordagens importantes, como a disposição
sobre o desenvolvimento sustentável e a responsabilização resultante de uma atividade que
gere dano ambiental. Ainda, visando cumprir os princípios da obrigatoriedade e da intervenção
estatal, tal instituto legal integrou a União, os estados e os municípios, com a criação de um
Sistema (SISNAMA) que permite o controle e a harmonização da implementação de políticas
públicas de meio ambiente mais efetivas e eficazes, que contam com a participação social no
processo de tomada de decisão.
Assim, a PNMA permitiu uma grande interface com diversas leis de grande relevância
quanto à matéria ambiental que foram posteriormente instituídas, inclusive com a criação de
uma regulamentação para que a exploração dos recursos do meio ambiente ocorra em condi-
ções propícias à qualidade do meio ambiente.
Assim, analisaremos, em resumo e de forma esquematizada, os principais pontos cobra-
dos em concursos públicos que abrangem essa Lei.

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1. DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (ART. 2° E 3°)

1.1) OBJETIVO GERAL (art. 2°)

A PNMA tem por objetivo geral:


1) a PRESERVAÇÃO;
2) a MELHORIA;
3) a RECUPERAÇÃO (voltar ao status quo ante) da QUALIDADE AMBIENTAL propí-
cia à vida.

Esses três objetivos visam assegurar as condições:


• ao DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO do Brasil;
• aos INTERESSES DA SEGURANÇA NACIONAL (porque, à época, o Brasil vivenciava
um regime militar);
• à PROTEÇÃO DA DIGNIDADE DA VIDA HUMANA (maior fundamento da Constituição
Federal/1988).

1.2) PRINCÍPIOS (art. 2°)

Cabe ressaltar que a enunciação de princípios é normalmente construída em forma de


oração, em que o verbo indica a natureza e o rumo das ações, ao passo que as metas são
substantivas. Vejamos a seguir os princípios norteadores da PNMA:
I - AÇÃO GOVERNAMENTAL na MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO, consi-
derando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e
protegido, tendo em vista o uso coletivo  princípio da obrigatoriedade e intervenção estatal;
II - RACIONALIZAÇÃO DO USO DO SOLO, DO SUBSOLO, DA ÁGUA E DO AR  prin-
cípio do desenvolvimento sustentável;
Ill - PLANEJAMENTO E FISCALIZAÇÃO do uso dos recursos ambientais;
IV - PROTEÇÃO DOS ECOSSISTEMAS, com a preservação de áreas representativas;
V - CONTROLE E ZONEAMENTO DAS ATIVIDADES POTENCIAL OU EFETIVAMENTE
POLUIDORAS;
VI - INCENTIVOS AO ESTUDO E À PESQUISA de TECNOLOGIAS orientadas para o
USO RACIONAL E A PROTEÇÃO DOS RECURSOS AMBIENTAIS  princípio da informação;
VII - ACOMPANHAMENTO DO ESTADO DA QUALIDADE AMBIENTAL;
VIII - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS  princípio do poluidor pagador;
IX - PROTEÇÃO DE ÁREAS AMEAÇADAS DE DEGRADAÇÃO  princípio da proteção;
X - EDUCAÇÃO AMBIENTAL a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comu-
nidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente  princí-
pio da participação popular e da educação ambiental.

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1.3) DEFINIÇÕES/CONCEITOS JURÍDICOS (art. 3°)

• MEIO AMBIENTE: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem


física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
• DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL: a alteração adversa das características do
meio ambiente;
• POLUIÇÃO: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta
ou indiretamente:
– prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
– criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
– afetem desfavoravelmente a biota;
– afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
– lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

• POLUIDOR: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,


direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
• RECURSOS AMBIENTAIS: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas,
os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

1.4) OBJETIVOS ESPECÍFICOS (Art 4º)

A Política Nacional do Meio Ambiente visará:


I – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL  desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - DEFINIÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS DE AÇÃO GOVERNAMENTAL relativa à
QUALIDADE E AO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO, atendendo aos INTERESSES DA UNIÃO,
DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL, DOS TERRITÓRIOS E DOS MUNICÍPIOS;
III - ao ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS E PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL
e de NORMAS RELATIVAS AO USO E MANEJO DE RECURSOS AMBIENTAIS;
IV - ao DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS E DE TECNOLOGIAS nacionais orienta-
das para o USO RACIONAL DE RECURSOS AMBIENTAIS;
V - à difusão de TECNOLOGIAS DE MANEJO DO MEIO AMBIENTE, à DIVULGAÇÃO DE DADOS
E INFORMAÇÕES AMBIENTAIS e à formação de uma CONSCIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A NECES-
SIDADE DE PRESERVAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL E DO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO;
VI - à PRESERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DOS RECURSOS AMBIENTAIS com vistas
à sua UTILIZAÇÃO RACIONAL E DISPONIBILIDADE PERMANENTE, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

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VII - à imposição, ao POLUIDOR E AO PREDADOR, da OBRIGAÇÃO DE RECUPERAR


E/OU INDENIZAR OS DANOS CAUSADOS e, ao USUÁRIO, da CONTRIBUIÇÃO PELA UTI-
LIZAÇÃO DE RECURSOS AMBIENTAIS com fins econômicos.

1.5) DIRETRIZES (art. 5°)

As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formuladas em NORMAS E


PLANOS, destinados a orientar a AÇÃO DOS GOVERNOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO
DISTRITO FEDERAL, DOS TERRITÓRIOS E DOS MUNICÍPIOS no que se relaciona com a
PRESERVAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL E MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ECOLÓ-
GICO, observados os princípios estabelecidos na PNMA.
As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas em consonância com as
diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

1.6) SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – SISNAMA (art. 6°)

Os órgãos e entidades pertencentes aos três níveis da Federação (da União, dos estados,
do Distrito Federal, dos Territórios e dos municípios), bem como as fundações instituídas pelo
poder público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão
de forma articulada o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, com OBJETIVO DE
IMPLEMENTAR A PNMA. O SISNAMA é estruturado da seguinte forma:

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• ÓRGÃO SUPERIOR: O CONSELHO DE GOVERNO  função de assessorar o Presi-


dente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais
para o meio ambiente e os recursos ambientais. Integrado por Ministros de Estado e
pelos titulares dos órgãos da Presidência da República (Casa Civil).
• ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: O CONSELHO NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE (CONAMA)  função de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos
naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatí-
veis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de
vida. Presidido pelo Ministro do Meio Ambiente (MMA) e congrega os órgãos federais,
estaduais e municipais de meio ambiente, setor empresarial e a sociedade civil.
• ÓRGÃO CENTRAL: MMA A SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA  finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão
federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.
• ÓRGÃOS EXECUTORES: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiver-
sidade – Instituto Chico Mendes – ICMBIO  finalidade de executar e fazer executar a
política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as
respectivas competências.
• ÓRGÃOS SECCIONAIS: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execu-
ção de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de pro-
vocar a degradação ambiental.
• ÓRGÃOS LOCAIS: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.

 Obs.: O Poder Executivo é autorizado a criar uma fundação de apoio técnico científico às
atividades do IBAMA.

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1.7) CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA (art. 8°)

Como vimos, o CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA, e a esse Conse-


lho compete:
I - Estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisio-
nado pelo IBAMA;
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das
possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos
federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensá-
veis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de
obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas conside-
radas patrimônio nacional.
V - Determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fis-
cais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão
de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito
VI - Estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veí-
culos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
VII - Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade
do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.

 Obs.: O Ministro do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do


Conama.

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1.8) INSTRUMENTOS (art. 9°)

Os instrumentos aqui elencados são mecanismos utilizados pela Administração Pública


com o intuito de atingir e efetivar os objetivos da PNMA. Eles abrangem mecanismos de
intervenção ambiental, de modo a condicionar condutas e atividades relacionadas ao meio
ambiente; mecanismos de controle ambiental por parte do poder público, com base em normas
e padrões de qualidade ambiental; e mecanismos de controle repressivo, que são as medidas
sancionatórias a atividades que degradam o meio ambiente.

Vejamos esses instrumentos a seguir, e as observações mais pertinentes acerca dos


principais:
I - o estabelecimento de PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL a ser estabelecido
pelo poder público (estabelecidos por resoluções do CONAMA), de modo a controlar a quali-
dade ambiental e permitir o desenvolvimento sustentável, por meio da definição de limites de
poluentes decorrentes das atividades antrópicas.
II - o ZONEAMENTO AMBIENTAL  a ser realizado pelo poder público, por meio do Plano
Diretor ou de Códigos Urbanísticos Municipais, de modo a realizar uma organização territo-
rial de uso e ocupação de áreas públicas e privadas, bem como estabelecer limites de explo-
ração decorrentes da expansão econômica e urbana. Regulamentado pelo Decreto Fede-
ral n. 4.297/2002, que estabelece critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE)
do Brasil.
III - a AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS  análise sistemática dos efeitos e
impactos ambientais decorrentes de atividades potencialmente ou efetivamente poluidora,
realizada pelo poder público com a finalidade de subsidiar as decisões relativas ao licencia-
mento e a concessão de outras permissões (ex.: EIA/RIMA).
IV – o LICENCIAMENTO e a revisão DE ATIVIDADES EFETIVA OU POTENCIALMENTE
POLUIDORAS  concedidos pelo poder público, permitem que empreendimentos efetiva ou
potencialmente poluidores sejam avaliados tecnicamente, de modo a viabilizar suas ativida-
des sem que haja impacto ambiental negativo, de forma sustentável. Regulamentado pela
Resolução CONAMA n. 237/1997.
Cabe associar tal instrumento ao art. 10:

Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e ativida-


des utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores,
bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão
de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do
Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.

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V - os INCENTIVOS à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção


de TECNOLOGIA, voltados para a MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL  o Poder Exe-
cutivo incentivará as atividades voltadas ao meio ambiente, visando ao desenvolvimento de
pesquisas e processos tecnológicos destinados a reduzir a degradação da qualidade ambien-
tal; à fabricação de equipamentos antipoluidores; a outras iniciativas que propiciem a raciona-
lização do uso de recursos ambientais. Esse instrumento é voltado, portanto, para empresas,
para que se comprometam com a matéria ambiental, de modo a desenvolver práticas que
respeitem a legislação ambiental em todos os seus processos, como adquirir equipamentos
que melhorem a qualidade ambiental e a obtenção de certificação ambiental para atestar que
seus produtos foram produzidos de forma sustentável.
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal,
estadual e municipal, tais como ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, de relevante interesse
ecológico e reservas extrativistas  visa a proteção e preservação do meio ambiente e é
regulamentado pela Lei n. 9.985/2000 – SNUC.
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente – SINIMA  objetiva
gerenciamento de dados e informações sobre o meio ambiente, sistematiza todas as infor-
mações dos órgãos que fazem parte do SISNAMA, permitindo análise estatística dos dados
ambientais e a elaboração de indicadores ambientais que irão subsidiar o controle ambiental
e a elaboração de políticas públicas ambientais.
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental –
CTF/AINDA  registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consulto-
ria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamen-
tos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras. Sob a administração do IBAMA.
IX - as PENALIDADES DISCIPLINARES ou compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental  a responsabi-
lidade civil, penal e administrativas são instrumentos de repressão de condutas e atividades
tidas como lesivas ao meio ambiente (Lei de Crimes Ambientais – Lei n. 9.605/1998).

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Penalidades expressamente descritas na PNMA


INFRAÇÕES SANÇÕES/PENAS
Multa simples ou diária
PERDA OU RESTRIÇÃO DE INCENTIVOS E BENE-
O não cumprimento das medidas necessárias à FÍCIOS FISCAIS concedidos pelo Poder Público
preservação ou correção dos inconvenientes e
danos causados pela degradação da qualidade PERDA OU SUSPENSÃO DE PARTICIPAÇÃO EM
ambiental (ART. 14). LINHAS DE FINANCIAMENTO em estabelecimen-
tos oficiais de crédito
SUSPENSÃO DE SUA ATIVIDADE
RECLUSÃO DE 1 A 3 ANOS
MULTA

Mais 2x se:
O poluidor que expuser a perigo a incolumidade I – resultar:
humana, animal ou vegetal, ou estiver tornando a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio
mais grave situação de perigo existente (ART. ambiente;
15). b) lesão corporal grave;
II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou
de transporte;
III - o crime é praticado durante a noite, em domingo
ou em feriado.
Descumprimento do sujeito passivo da TCFA
(Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental) em
entregar até o dia 31 de março de cada ano rela-
tório das atividades exercidas no ano anterior, MULTA equivalente a 20% da TCFA
cujo modelo será definido pelo IBAMA, para o fim
de colaborar com os procedimentos de controle e
fiscalização (ART. 17-C, § 2o).
I – juros de mora, na via administrativa ou judicial,
contados do mês seguinte ao do vencimento, à
razão de um por cento;
II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez
A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições por cento se o pagamento for efetuado até o último
estabelecidas no artigo anterior será cobrada dia útil do mês subseqüente ao do vencimento;
com os seguintes acréscimos (ART. 17-H). III – encargo de vinte por cento, substitutivo da con-
denação do devedor em honorários de advogado,
calculado sobre o total do débito inscrito como Dívida
Ativa, reduzido para dez por cento se o pagamento
for efetuado antes do ajuizamento da execução.
As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as
atividades mencionadas nos incisos I e II do art.
MULTA específica para pessoa física, microem-
17 e que não estiverem inscritas nos respecti-
presa, empresa de pequeno porte, empresa de
vos cadastros (CTF) até o último dia útil do ter-
médio porte, empresa de grande porte.
ceiro mês que se seguir ao da publicação desta
Lei (ART. 17-I).

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 Obs.: O poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou


reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua ativida-
de. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.

 Obs.: Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de promover as medidas
tendentes a impedir a prática das condutas acima descritas.

X - a instituição do RELATÓRIO DE QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE, a ser divulgado


anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA  tem por objetivo informar a sociedade sobre a situação da qualidade ambiental dos
diversos ecossistemas brasileiros. Deve ser utilizado como subsídio para a gestão ambiental
e elaboração de políticas públicas, com o dever de ser divulgado anualmente.
XI - a garantia da PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES RELATIVAS AO MEIO AMBIENTE,
obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes  conforme previsto no art. 5º,
inciso XXXIII, da Constituição Federal de 1988, bem como na Lei n. 10.650/2003, que dispõe
sobre o acesso público aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades do SISNAMA.
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras
dos recursos ambientais – CTF/APP  obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedi-
cam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercia-
lização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e
subprodutos da fauna e flora. Visa mapear as atividades que causam degradação ambiental.
Deve ser renovado anualmente, com o recolhimento da TCFA (Taxa de Controle e Fiscaliza-
ção Ambiental), cujo fato gerador é o exercício de polícia ambiental. A PNMA prevê sanções
específicas para o não cumprimento de pagamento da taxa, bem com a não inscrição no CTF,
conforme tabela das penalidades expressamente descritas na PNMA, acima estabelecida.
XIII - INSTRUMENTOS ECONÔMICOS:
• CONCESSÃO FLORESTAL  regulamentado pela Lei de Gestão de Florestas Públi-
cas para produção sustentável – Lei n. 11.284/2006. Permite que os entes federativos
possam gerenciar seu patrimônio florestal de modo a evitar a exploração predatória dos
recursos ambientais e a conversão do uso do solo para outros fins (ex.: desmatamento
e agropecuária), sendo uma forma de promover a economia em bases sustentáveis e
de longo prazo.
• SERVIDÃO AMBIENTAL  regulamentada pelo Código Florestal – Lei n. 12.651/2012.
Visa a proteção integral da área, de modo a restringir a exploração da vegetação, evi-
tando a utilização antrópica dessas áreas, com intuito de preservar, conservar ou recu-
perar os recursos ambientais existentes. Pode gerar fins de créditos de carbono.

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LEI N. 9.605/1998 (LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS)

INTRODUÇÃO

A grande inovação que a Lei dos Crimes Ambientais trouxe ao ordenamento jurídico bra-
sileiro foi a tipificação dos crimes ambientais. Com conhecimento acerca das consequências
negativas que os danos ambientais ocasionam, passou-se a ter expressamente a possibili-
dade de coagir e punir penal e administrativamente o infrator que polui ou degrada o meio
ambiente. Consequentemente, houve uma maior conscientização e maior exercício da cida-
dania para as questões ambientais, tendo em vista o caráter difuso do meio ambiente, que
permeia os interesses de toda a sociedade.
Portanto, o principal objetivo da Lei de Crimes Ambientais é estabelecer expressamente
as infrações para os crimes ambientais, cometidos de forma ativa ou omissiva; e, consequen-
temente, atribuir reparação aos danos ambientais aos seus responsáveis, impondo-lhes as
sanções necessárias, a fim de assegurar um ambiente ecologicamente equilibrado, indispen-
sável a todos os seres vivos.
Portanto, analisaremos, em resumo e de forma esquematizada, os principais aspectos
cobrados em concursos públicos que abrangem essa matéria legal.

1. DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 2°-4°)

1.1) INFRATORES DA LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (ART. 2°)

A responsabilidade pelos crimes ambientais previstos nesta Lei pertence ao SUJEITO


ATIVO que, na MEDIDA DE SUA CULPABILIDADE, concorre para prática dos crimes pre-
vistos nesta Lei, bem como àqueles que deixam de impedir (OMISSÃO) a prática do crime
quando podia agir para evitá-la, podendo ser o:
• Diretor;
• Administrador;
• Membro de conselho e de órgão técnico;
• Auditor;
• Gerente;
• Preposto;
• Mandatário.

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1.2) RESPONSABILIDADES IMPUTADAS AOS INFRATORES DA LEI DE CRIMES


AMBIENTAIS (ART. 3°)

As PESSOAS FÍSICAS (PF) ou JURÍDICAS (PJ) serão responsabilizadas nas esferas:


• ADMINISTRATIVA (responsabilidade objetiva);
• CIVIL (responsabilidade objetiva);
• PENAL (responsabilidade subjetiva) podendo essas sanções ser cumuladas entre si.

Cabe ressaltar que, em se tratando de PJ, não se exclui a responsabilidade da PF como autora,
coautora ou partícipe do mesmo fato. Ainda, pode ser desconsiderada a PJ caso essa personali-
dade seja um obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

2. DA APLICAÇÃO DA PENA (ART. 6°-24)

2.1) IMPOSIÇÃO E GRADAÇÃO DE PENALIDADE (ART. 6°)

A imposição e gradação da penalidade para CRIMES E INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS


observará:
• a GRAVIDADE DO FATO – consequências para saúde e meio ambiente;
• os ANTECEDENTES do infrator quanto à legislação ambiental;
• a SITUAÇÃO ECONÔMICA do infrator – caso de multa.

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2.2) PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (ART. 8°)

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE  junto a parques e jardins públicos e unidades de conser-


vação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível (art. 9°).

PARA PJ  custeio de programas e de projetos ambientais; execução de obras de recuperação de áreas


degradadas; manutenção de espaços públicos; contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas
(art. 23).
MULTA à PJ (art. 21)
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS  proibição de contratar com o Poder Público, de receber incen-
tivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de 5 anos (crimes
dolosos) e de 3 anos (crimes culposos) (art. 10).
SUSPENSÃO PARCIAL OU TOTAL DE ATIVIDADES  quando estas não estiverem obedecendo às pres-
crições legais (art. 11).
RECOLHIMENTO DOMICILIAR  autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, que deverá,
sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias
e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme estabele-
cido na sentença condenatória (art. 13).
RESTRITIVAS DE DIREITOS para PJ (art. 21) 
I - suspensão parcial ou total de atividades (quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais
ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente);
II- interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade (quando o estabelecimento, obra ou ativi-
dade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de
disposição legal ou regulamentar);
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doa-
ções por até dez anos (art. 22).

 Obs.: A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir,


facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação
forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em
favor do Fundo Penitenciário Nacional.

2.3) PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO PODEM SUBSTITUIR AS PRIVATIVAS DE


LIBERDADE (ART. 7°)

• Quando crime CULPOSO OU quando for aplicada pena privativa de liberdade INFE-
RIOR A QUATRO ANOS;
• Quando a CULPABILIDADE, os ANTECEDENTES, a CONDUTA SOCIAL e a PERSO-
NALIDADE do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indica-
rem que a SUBSTITUIÇÃO SEJA SUFICIENTE para efeitos de REPROVAÇÃO e PRE-
VENÇÃO do crime.

 Obs.: PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO terão a MESMA DURAÇÃO da PENA PRIVATIVA


DE LIBERDADE substituída.

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 Obs.: As penas aplicáveis à PJ podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente

2.4) ATENUANTES DE PENAS (ART. 14)

São circunstâncias que atenuam a pena DOS CRIMES AMBIENTAIS:


I - BAIXO GRAU DE INSTRUÇÃO ou escolaridade do agente;
II - ARREPENDIMENTO do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou
limitação significativa da degradação ambiental causada;
III - COMUNICAÇÃO PRÉVIA pelo agente DO PERIGO IMINENTE de degradação
ambiental;
IV - COLABORAÇÃO COM OS AGENTES encarregados da vigilância e do controle ambiental.

2.5) AGRAVANTES DE PENA (ART. 15)

São circunstâncias que agravam a pena DOS CRIMES AMBIENTAIS, quando não consti-
tuem ou qualificam o crime:
I - REINCIDÊNCIA nos crimes de natureza ambiental;
II - o agente ter cometido infração para:
a. obter VANTAGEM PECUNIÁRIA
b. COAGINDO OUTREM
c. EXPONDO A PERIGO a SAÚDE PÚBLICA OU O MEIO AMBIENTE;
d. DANOS À PROPRIEDADE ALHEIA;
e. em ÁREAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO;
f) em ÁREAS URBANAS;
g) em PERÍODO DE DEFESO À FAUNA;
h) em DOMINGOS OU FERIADOS;
i) à NOITE;
j) em épocas de SECA OU INUNDAÇÕES;
k) no interior do ESPAÇO TERRITORIAL ESPECIALMENTE PROTEGIDO;
l) MÉTODOS CRUÉIS PARA ABATE OU CAPTURA DE ANIMAIS;
m) mediante FRAUDE OU ABUSO DE CONFIANÇA;
n) mediante ABUSO DO DIREITO DE LICENÇA, PERMISSÃO OU AUTORIZAÇÃO
AMBIENTAL;
o) no INTERESSE DE PESSOA JURÍDICA mantida, total ou parcialmente, por verbas
públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;
p) ATINGINDO ESPÉCIES AMEAÇADAS, listadas em relatórios oficiais das autoridades
competentes;
q) FACILITADA POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO no exercício de suas funções.

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 Obs.: SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS)  pode ser aplicada nos casos de
condenação a pena privativa de liberdade NÃO SUPERIOR A 3 ANOS  regra para o
Código Penal é de 2 anos (art. 16).

2.6) INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 70-76)

Definição de INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA: toda ação ou omissão que viole as regras


jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
AUTORIDADES COMPETENTES para LAVRAR O AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL E
INSTAURAR PROCESSO ADMINISTRATIVO: funcionários de órgãos ambientais integrantes
do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, designados para as atividades de fiscali-
zação, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

 Obs.: Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às


autoridades competentes, para efeito do exercício do seu poder de polícia.

 Obs.: A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a


promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob
pena de corresponsabilidade.

 Obs.: As INFRAÇÕES AMBIENTAIS são apuradas em PROCESSO ADMINISTRATIVO


PRÓPRIO, ASSEGURADO O DIREITO DE AMPLA DEFESA E O CONTRADITÓRIO,
observadas as disposições desta Lei.

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2.6.1) SANÇÕES DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS (ART. 72)

AS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS SÃO PUNIDAS COM AS SEGUINTES SANÇÕES: (art. 72)


ADVERTÊNCIA  Quando há inobservância das disposições desta Lei e da legislação em vigor,
ou de preceitos regulamentares.
MULTA SIMPLES  Quando o agente, por OBS.: Pode ser convertida em serviços de
negligência ou dolo: preservação, melhoria e recuperação da qua-
I -advertido por irregularidades que tenham sido lidade do meio ambiente.
praticadas, deixar de saná-las, no prazo assina- OBS. 2: Com base na unidade, hectare, metro
lado por órgão competente do SISNAMA ou pela cúbico, quilograma ou outra medida pertinente,
Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; de acordo com o objeto jurídico lesado.
II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos OBS. 3: Fixado no regulamento desta Lei e
do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do corrigido periodicamente, com base nos índi-
Ministério da Marinha. ces estabelecidos na legislação pertinente
OBS. 4: Multa imposta pelos estados, municí-
MULTA DIÁRIA  Quando o cometimento da pios, Distrito Federal ou Territórios substitui a
infração se prolongar no tempo. multa federal na mesma hipótese de incidência.
APREENSÃO DOS ANIMAIS, PRODUTOS E SUBPRODUTOS DA FAUNA E FLORA, INSTRU-
MENTOS, PETRECHOS, EQUIPAMENTOS OU VEÍCULOS DE QUALQUER NATUREZA UTILI-
ZADOS NA INFRAÇÃO
DESTRUIÇÃO/INUTILIZAÇÃO DO PRODUTO
SUSPENSÃO DE VENDA E FABRICAÇÃO DO
PRODUTO  Quando o produto, a obra, a atividade ou
EMBARGO DE OBRA OU ATIVIDADE o estabelecimento NÃO ESTIVEREM OBE-
DECENDO ÀS PRESCRIÇÕES LEGAIS OU
DEMOLIÇÃO DE OBRA REGULAMENTARES.
SUSPENSÃO parcial ou total de ATIVIDADES
RESTRITIVA DE DIREITOS:
I - suspensão de registro, licença ou autorização;
II - cancelamento de registro, licença ou autorização;
III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais
de crédito;
V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até 3 anos.

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2.6.2) PRAZOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES


ADMINISTRATIVAS (ART. 71)

PRAZOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA APURAÇÃO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL


DIAS QUEM AÇÃO A CONTAR
Autoridade competente/ AUTO DE INFRAÇÃO/ciência da
0 –
infrator autuação
Oferecer DEFESA OU
20 Infrator IMPUGNAÇÃO contra auto de Ciência da autuação
infração
Da data da sua lavratura
30 Autoridade competente JULGAMENTO do auto de infração (apresentada ou não a
defesa ou impugnação)
Recorrer à instância superior do Sis-
tema Nacional do Meio Ambiente –
Da decisão condenatória
20 Infrator SISNAMA, ou à Diretoria de Portos
(após julgamento)
e Costas, do Ministério da Marinha,
de acordo com o tipo de autuação
Da data de recebimento
5 Infrator Pagamento de multa da infração (após deci-
são condenatória)

 Obs.: Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão rever-
tidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, ao Fundo Naval, a fundos estaduais ou
municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.

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APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO (ART. 25)

Quando verificada a INFRAÇÃO, serão APREENDIDOS SEUS PRODUTOS E INSTRU-


MENTOS, lavrando-se os respectivos autos.
Os ANIMAIS serão libertados em seu habitat ou entregues a JARDINS ZOOLÓGICOS,
FUNDAÇÕES OU ENTIDADES ASSEMELHADAS, para guarda e cuidados sob a responsa-
bilidade de técnicos habilitados.
Tratando-se de PRODUTOS PERECÍVEIS OU MADEIRAS, serão estes AVALIADOS
E DOADOS A INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS, HOSPITALARES, PENAIS e outras com fins
beneficentes. Os produtos e subprodutos da fauna NÃO PERECÍVEIS serão DESTRUÍDOS
OU DOADOS a instituições científicas, culturais ou educacionais.
Os INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA PRÁTICA DA INFRAÇÃO serão VENDIDOS,
GARANTIDA A SUA DESCARACTERIZAÇÃO POR MEIO DA RECICLAGEM.  

3. AÇÃO E PROCESSO PENAL (ART. 26-28)

Nas infrações penais previstas nesta Lei, a AÇÃO PENAL É PÚBLICA INCONDICIONADA.
Em CRIMES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO:
• a aplicação imediata de PENA RESTRITIVA DE DIREITOS OU MULTA somente poderá
ser formulada com PRÉVIA COMPOSIÇÃO DO DANO AMBIENTAL;
• a declaração de EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE dependerá de LAUDO DE CONSTA-
TAÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO AMBIENTAL;
• na hipótese de o laudo de constatação comprovar NÃO TER SIDO COMPLETA A REPA-
RAÇÃO, o PRAZO DE SUSPENSÃO do processo será PRORROGADO por até 2-4
ANOS, acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;
• ESGOTADO O PRAZO MÁXIMO DE PRORROGAÇÃO, a DECLARAÇÃO DE EXTIN-
ÇÃO DE PUNIBILIDADE dependerá de LAUDO DE CONSTATAÇÃO que COMPROVE
TER O ACUSADO TOMADO AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS À REPARAÇÃO
INTEGRAL DO DANO.

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4. CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE (ART. 29-76)

Os crimes contra o meio ambiente estão subdivididos conforme a seguir:


• CRIMES CONTRA A FAUNA (ART. 29-37);
• CRIMES CONTRA A FLORA (ART. 38-53);
• CRIMES DE POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES AMBIENTAIS (ART. 54-61);
• CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O PATRIMÔNIO CULTURAL
(ART. 62-65);
• CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL (ART. 66-69-A);
• INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS (ART. 70-76).

4.1) CRIMES CONTRA A FAUNA (ART. 29-37)

Observar a seguinte definição para melhor compreensão dos crimes contra a fauna:
FAUNA SILVESTRE: espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou ter-
restres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do territó-
rio brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
PESCA: todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espé-
cimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não
de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes
nas listas oficiais da fauna e da flora.

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CRIME (ART. 29-35) PENA AGRAVANTES


MATAR, PERSEGUIR, CAÇAR, APANHAR,
UTILIZAR espécimes da FAUNA SILVES-
TRE, nativos ou em rota migratória, SEM
A DEVIDA PERMISSÃO, LICENÇA OU
AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE COMPE-
TENTE, ou em desacordo com a obtida. Mais ½
EXCETO PESCA. Contra ESPÉCIE AMEA-
ÇADA DE EXTINÇÃO:
IMPEDIR A PROCRIAÇÃO da fauna, sem • em PERÍODO PROIBIDO
licença, autorização ou em desacordo com À CAÇA;
a obtida. • À NOITE;
EXCETO PESCA. • COM ABUSO DE
MODIFICAR, danificar ou destruir NINHO, DETENÇÃO – 6 MESES LICENÇA;
ABRIGO OU CRIADOURO NATURAL. A UM ANO • em UNIDADE DE
EXCETO PESCA. CONSERVAÇÃO;
MULTA • com emprego de MÉTO-
VENDER, EXPORTAR, ADQUIRIR, GUAR- DOS OU INSTRUMENTOS
DAR UTILIZAR, TRANSPORTAR OVOS, capazes de provocar DES-
LARVAS OU ESPÉCIMES DA FAUNA SIL- TRUIÇÃO EM MASSA.
VESTRE, NATIVA OU EM ROTA MIGRA-
TÓRIA, bem como produtos e objetos dela Mais 3x
oriundos, provenientes de criadouros não Se crime decorre de CAÇA
autorizados ou sem a devida permissão, PROFISSIONAL
licença ou autorização da autoridade com-
petente.
EXCETO PESCA e se a GUARDA for de
espécie não ameaçada em extinção (Juiz
pode deixar de aplicar a pena)
Se CÃO ou GATO –
EXPORTAR para o exterior PELES E
RECLUSÃO – 1 a 3 ANOS RECLUSÃO 2 a 5 ANOS
COUROS DE ANFÍBIOS E RÉPTEIS em
bruto, SEM A AUTORIZAÇÃO DA AUTORI-
MULTA Mais 1/6 A 1/3
DADE AMBIENTAL COMPETENTE.
Se ocorrer morte.

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CRIME (ART. 29-35) PENA AGRAVANTES


INTRODUZIR ESPÉCIME ANIMAL NO
PAÍS, sem parecer técnico oficial favorável e
licença expedida por autoridade competente.
Se CÃO ou GATO –
Praticar ATO DE ABUSO, MAUS-TRATOS,
RECLUSÃO 2 a 5 ANOS
FERIR OU MUTILAR ANIMAIS silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou
Mais 1/6 A 1/3
exóticos.
Se ocorrer morte.
REALIZAR EXPERIÊNCIA DOLOROSA OU
CRUEL EM ANIMAL VIVO, ainda que para Mais 1/6 A 1/3
fins didáticos ou científicos, quando existi- Se ocorrer morte.
rem recursos alternativos.
Provocar, pela EMISSÃO DE EFLUENTES ou DETENÇÃO – 3 MESES a
carreamento de materiais, o PERECIMENTO 1 ANO
DE ESPÉCIMES DA FAUNA AQUÁTICA exis-
tentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías MULTA
ou águas jurisdicionais brasileiras.
Causar DEGRADAÇÃO EM VIVEIROS,
AÇUDES OU ESTAÇÕES DE AQUICUL-
TURA de domínio público.
EXPLORAR campos naturais de INVER-
TEBRADOS AQUÁTICOS E ALGAS, SEM
LICENÇA, permissão ou autorização da
autoridade competente.
Quem fundeia embarcações OU LANÇA
DETRITOS de qualquer natureza sobre
BANCOS DE MOLUSCOS OU CORAIS,
devidamente demarcados em carta náutica.
Pescar em PERÍODO NO QUAL A PESCA
SEJA PROIBIDA ou em lugares interditados
por órgão competente.
PESCAR espécies que devam ser PRESER-
VADAS OU ESPÉCIMES COM TAMANHOS
INFERIORES AOS PERMITIDOS.
PESCAR QUANTIDADES SUPERIORES DETENÇÃO – 1 a 3 ANOS
ÀS PERMITIDAS, ou mediante a UTILIZA- MULTA
ÇÃO DE APARELHOS, PETRECHOS, TÉC-
NICAS E MÉTODOS NÃO PERMITIDOS.
TRANSPORTAR, COMERCIALIZAR, BENE-
FICIAR OU INDUSTRIALIZAR ESPÉCIMES
PROVENIENTES DA COLETA, APANHA E
PESCA PROIBIDAS.

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CRIME (ART. 29-35) PENA AGRAVANTES


PESCAR com EXPLOSIVOS ou substân-
cias que, em contato com a água, produzam
efeito semelhante.
RECLUSÃO – 1 a 5 ANOS
PESCAR com SUBSTÂNCIAS TÓXICAS, ou
outro meio proibido pela autoridade compe-
tente.

4.1.1) NÃO É CONSIDERADO CRIME (ART. 37)

Não é crime o abate de animal, quando realizado:


• EM ESTADO DE NECESSIDADE, para saciar a FOME do agente ou de sua família;
• para PROTEGER LAVOURAS, POMARES E REBANHOS da ação predatória ou des-
truidora de animais, DESDE QUE LEGAL E EXPRESSAMENTE AUTORIZADO PELA
AUTORIDADE COMPETENTE;
• por ser NOCIVO O ANIMAL, desde que assim CARACTERIZADO PELO ÓRGÃO
COMPETENTE.

4.2) CRIMES CONTRA A FLORA (ART. 38-53)

Observar as seguintes definições para melhor compreensão dos crimes contra a flora:
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL: as Estações Ecológicas,
as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de
Vida Silvestre.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO SUSTENTÁVEL: as Áreas de Proteção Ambien-
tal, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrati-
vistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas
Particulares do Patrimônio Natural.

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CRIME (ART. 38-53) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


DESTRUIR OU DANIFICAR
FLORESTA considerada de
PRESERVAÇÃO PERMA-
NENTE, mesmo que em forma-
Mais 1/6 a 1/3:
ção, ou utilizá-la com infringên-
• no período de queda das sementes;
cia das normas de proteção.
• no período de formação de vegetações;
DESTRUIR OU DANIFICAR • contra espécies raras ou ameaçadas
vegetação primária ou secun- de extinção, ainda que a ameaça ocorra
dária, em estágio avançado somente no local da infração;
ou médio de regeneração, do • em época de seca ou inundação;
BIOMA MATA ATLÂNTICA, ou • durante a noite, em domingo ou
utilizá-la com infringência das feriado.
normas de proteção. DETENÇÃO – 1 A 3 ANOS
Menos ½
CORTAR ÁRVORES em flo-
MULTA Se crime CULPOSO.
resta considerada de PRE-
SERVAÇÃO PERMANENTE,
sem permissão da autoridade
competente.
Mais 1/6 a 1/3:
Fabricar, vender, transportar • no período de queda das sementes;
OU SOLTAR BALÕES que • no período de formação de vegetações;
possam PROVOCAR INCÊN- • contra espécies raras ou ameaçadas
DIOS nas florestas e demais de extinção, ainda que a ameaça ocorra
formas de vegetação, em somente no local da infração;
áreas urbanas ou qualquer tipo • em época de seca ou inundação;
de assentamento humano. • durante a noite, em domingo ou
feriado.
Menos ½
Se crime CULPOSO.

Mais
Se DANO a ESPÉCIES AMEAÇADAS
de extinção NO INTERIOR DAS UNI-
DADES DE CONSERVAÇÃO DE PRO-
TEÇÃO INTEGRAL
Causar DANO DIRETO OU
RECLUSÃO – 1 a 5 ANOS
INDIRETO ÀS UNIDADES DE
MULTA Mais 1/6 a 1/3:
CONSERVAÇÃO.
• no período de queda das sementes;
• no período de formação de vegetações;
• contra espécies raras ou ameaçadas
de extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
• em época de seca ou inundação;
• durante a noite, em domingo ou
feriado.

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CRIME (ART. 38-53) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


Mais 1/6 a 1/3:
• no período de queda das sementes;
• no período de formação de vegetações;
• contra espécies raras ou ameaçadas
de extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
PROVOCAR INCÊNDIO em RECLUSÃO – 1 a 4 ANOS • em época de seca ou inundação;
mata ou floresta. MULTA durante a noite, em domingo ou feriado.

Menos
Se crime CULPOSO: DETENÇÃO 6
MESES A 1 ANO.

MULTA
Mais 1/6 a 1/3:
• no período de queda das sementes;
EXTRAIR de florestas de domí-
• no período de formação de vegetações;
nio público ou consideradas de
• contra espécies raras ou ameaçadas
preservação permanente, sem DETENÇÃO – 6 MESES a 1
de extinção, ainda que a ameaça ocorra
prévia autorização, PEDRA, ANO
somente no local da infração;
AREIA, CAL OU QUALQUER
• em época de seca ou inundação;
ESPÉCIE DE MINERAIS.
• durante a noite, em domingo ou
feriado.
RECEBER OU ADQUI-
RIR, para fins comerciais ou
Mais 1/6 a 1/3:
industriais, madeira, lenha,
• no período de queda das sementes;
CARVÃO E OUTROS PRODU-
• no período de formação de vegetações;
TOS DE ORIGEM VEGETAL,
• contra espécies raras ou ameaçadas
SEM EXIGIR A EXIBIÇÃO DE
de extinção, ainda que a ameaça ocorra
LICENÇA DO VENDEDOR,
somente no local da infração;
OUTORGADA PELA AUTORI-
• em época de seca ou inundação;
DADE COMPETENTE, e sem
• durante a noite, em domingo ou
munir-se da via que deverá
feriado.
acompanhar o produto até final
beneficiamento.

VENDER, expor à venda, ter Mais 1/6 a 1/3:


em depósito, transportar ou • no período de queda das sementes;
guardar MADEIRA, LENHA, • no período de formação de vegetações;
CARVÃO e outros produtos de • contra espécies raras ou ameaçadas
origem vegetal, SEM LICENÇA de extinção, ainda que a ameaça ocorra
VÁLIDA para todo o tempo da somente no local da infração;
viagem ou do armazenamento, • em época de seca ou inundação;
outorgada pela autoridade • durante a noite, em domingo ou
competente. feriado.

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CRIME (ART. 38-53) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


Mais 1/6 a 1/3:
• no período de queda das sementes;
• no período de formação de vegetações;
• contra espécies raras ou ameaçadas
de extinção, ainda que a ameaça ocorra
IMPEDIR OU DIFICULTAR a somente no local da infração;
REGENERAÇÃO NATURAL DETENÇÃO – 6 MESES a 1 • em época de seca ou inundação;
DE FLORESTAS e demais ANO • durante a noite, em domingo ou
formas de vegetação. feriado.

Menos
• Se crime CULPOSO:
DETENÇÃO - 1 A 6 MESES
MULTA
CORTAR OU TRANSFOR- Mais 1/6 a 1/3:
MAR em CARVÃO MADEIRA • no período de queda das sementes;
DE LEI, assim classificada • no período de formação de vegetações;
por ato do Poder Público, para • contra espécies raras ou ameaçadas
RECLUSÃO – 1 a 2 ANOS
fins industriais, energéticos de extinção, ainda que a ameaça ocorra
MULTA
ou para qualquer outra explo- somente no local da infração;
ração, econômica ou não, em • em época de seca ou inundação;
desacordo com as determina- • durante a noite, em domingo ou
ções legais. feriado.
DESTRUIR, DANIFICAR,
LESAR OU MALTRATAR, por
DETENÇÃO – 3 MESES a 1
qualquer modo ou meio, PLAN-
ANO
TAS DE ORNAMENTAÇÃO de
MULTA
logradouros públicos ou em
propriedade privada alheia.
DESTRUIR OU DANIFICAR
FLORESTAS NATIVAS OU
PLANTADAS OU VEGETA-
ÇÃO fixadora de DUNAS,
PROTETORA DE MANGUES,
objeto de especial preserva-
ção.
COMERCIALIZAR MOTOS-
SERRA ou UTILIZÁ-LA em flo-
restas e nas demais formas de
vegetação, SEM LICENÇA OU
REGISTRO DA AUTORIDADE
COMPETENTE.

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CRIME (ART. 38-53) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


Penetrar em UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO conduzindo
substâncias ou INSTRUMEN-
TOS PRÓPRIOS PARA CAÇA
DETENÇÃO – 3 MESES a 1
OU PARA EXPLORAÇÃO DE
ANO
PRODUTOS OU SUBPRO-
MULTA
DUTOS FLORESTAIS, SEM
LICENÇA DA AUTORIDADE
COMPETENTE

Mais 1 ano
DESMATAR, EXPLORAR
Se área for superior a 1000 há.
ECONOMICAMENTE OU
DEGRADAR FLORESTA, plan-
Mais 1/6 a 1/3:
tada ou nativa, em TERRAS
• no período de queda das sementes;
DE DOMÍNIO PÚBLICO OU
RECLUSÃO – 2 a 4 ANOS • no período de formação de vegetações;
DEVOLUTAS, sem autoriza-
MULTA • contra espécies raras ou ameaçadas
ção do órgão competente.
de extinção, ainda que a ameaça ocorra
somente no local da infração;
EXCETO – quando necessária
• em época de seca ou inundação;
à subsistência imediata pessoal
• durante a noite, em domingo ou
do agente ou de sua família.
feriado.

4.3) CRIMES DE POLUIÇÃO E OUTROS (ART. 54-61)

CRIME (ART. 54-61) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


Menos
Se crime CULPOSO: DETENÇÃO –
6 MESES A 1 ANO.

Mais 1/6 a 1/3:


CAUSAR POLUIÇÃO de qual-
Se crime DOLOSO causar dano irre-
quer natureza em níveis tais
versível à flora ou ao meio ambiente
que resultem ou possam resul-
em geral.
tar em DANOS À SAÚDE RECLUSÃO – 1 A 4 ANOS
HUMANA, OU QUE PROVO- MULTA
Mais 1/3 a 1/2:
QUEM A MORTANDADE DE
Se crime DOLOSO causar lesão
ANIMAIS OU A DESTRUIÇÃO
corporal de natureza grave em
SIGNIFICATIVA DA FLORA.
outrem.

Mais 2x:
Se crime DOLOSO causar morte de
outrem.

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CRIME (ART. 54-61) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


Produzir, processar, emba- Mais 1/6 a 1/3:
lar, importar, exportar, comer- • se o produto ou a substância for
cializar, fornecer, transportar, nuclear ou radioativa;
armazenar, guardar, ter em • se crime DOLOSO causar dano
depósito ou usar PRODUTO irreversível à flora ou ao meio
OU SUBSTÂNCIA TÓXICA, ambiente em geral.
PERIGOSA OU NOCIVA À
SAÚDE HUMANA OU AO Mais 1/3 a 1/2:
MEIO AMBIENTE, em DESA- Se crime DOLOSO causar lesão
CORDO com as exigências corporal de natureza grave em
estabelecidas em LEIS OU outrem.
NOS SEUS REGULAMEN-
TOS. Mais 2x:
Se crime DOLOSO causar morte de
ABANDONAR os PRODUTOS
outrem.
OU SUBSTÂNCIA TÓXICAS,
PERIGOSAS OU NOCIVAS
Menos
À SAÚDE HUMANA OU AO
Se crime CULPOSO: DETENÇÃO –
MEIO AMBIENTE ou os utilizar
6 MESES A 1 ANO
em desacordo com as normas
MULTA
ambientais ou de segurança.
MANIPULAR, ACONDICIO-
NAR, ARMAZENAR, COLE-
TAR, TRANSPORTAR, REU- RECLUSÃO – 1 A 4 ANOS
TILIZAR, RECICLAR ou MULTA
dar DESTINAÇÃO FINAL a
RESÍDUOS PERIGOSOS DE
FORMA DIVERSA DA ESTA-
BELECIDA EM LEI ou regula-
mento.
Mais 1/6 a 1/3:
Se crime DOLOSO causar dano irre-
versível à flora ou ao meio ambiente
em geral.

Mais 1/3 a 1/2:


DISSEMINAR DOENÇA OU Se crime DOLOSO causar lesão
PRAGA OU ESPÉCIES que corporal de natureza grave em
possam causar DANO À AGRI- outrem.
CULTURA, À PECUÁRIA, À
FAUNA, À FLORA OU AOS Mais 2x:
ECOSSISTEMAS. Se crime DOLOSO causar morte de
outrem

Menos
Se crime CULPOSO: DETENÇÃO –
6 MESES A 1 ANO
MULTA

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CRIME (ART. 54-61) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


TORNAR UMA ÁREA,
URBANA OU RURAL, IMPRÓ-
PRIA para a ocupação humana
com INFRINGÊNCIA DAS
NORMAS DE PROTEÇÃO.
Causar POLUIÇÃO ATMOS-
FÉRICA que provoque a RETI-
RADA, AINDA QUE MOMEN-
TÂNEA, DOS HABITANTES Mais 1/6 a 1/3:
DAS ÁREAS AFETADAS, ou Se crime DOLOSO causar dano irre-
que cause danos diretos à versível à flora ou ao meio ambiente
saúde da população. em geral.
Causar POLUIÇÃO HÍDRICA
que torne necessária a INTER- Mais 1/3 a 1/2:
RUPÇÃO DO ABASTECI- Se crime DOLOSO causar lesão
MENTO PÚBLICO DE ÁGUA corporal de natureza grave em
de uma comunidade. RECLUSÃO – 1 A 5 ANOS outrem.
MULTA
DIFICULTAR OU IMPEDIR O Mais 2x:
USO PÚBLICO DAS PRAIAS. Se crime DOLOSO causar morte de
Ocorrer por LANÇAMENTO outrem.
DE RESÍDUOS SÓLIDOS,
LÍQUIDOS OU GASOSOS, ou Menos
detritos, óleos ou substâncias Se crime CULPOSO: DETENÇÃO –
oleosas, em DESACORDO 6 MESES A 1 ANO
COM AS EXIGÊNCIAS esta- MULTA
belecidas em leis ou regula-
mentos.
DEIXAR DE ADOTAR, quando
assim o exigir a autoridade
competente, MEDIDAS DE
PRECAUÇÃO EM CASO DE
RISCO DE DANO ambiental
grave ou irreversível.

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CRIME (ART. 54-61) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


EXECUTAR PESQUISA, Mais 1/6 a 1/3:
LAVRA OU EXTRAÇÃO DE Se crime DOLOSO causar dano irre-
RECURSOS MINERAIS SEM versível à flora ou ao meio ambiente
A COMPETENTE AUTORIZA- em geral.
ÇÃO, permissão, concessão
ou licença, ou em desacordo Mais 1/3 a 1/2:
com a obtida. Se crime DOLOSO causar lesão
corporal de natureza grave em
DETENÇÃO – 6 MESES
outrem.
A 1 ANO
DEIXAR DE RECUPERAR MULTA
Mais 2x:
A ÁREA PESQUISADA OU Se crime DOLOSO causar morte de
EXPLORADA, nos termos outrem.
da autorização, permissão,
licença, concessão ou determi- Menos
nação do órgão competente. Se crime CULPOSO: DETENÇÃO –
6 MESES A 1 ANO
MULTA
CONSTRUIR, REFORMAR,
AMPLIAR, INSTALAR OU
FAZER FUNCIONAR, em qual-
quer parte do território nacio-
nal, estabelecimentos, OBRAS
OU SERVIÇOS POTENCIAL- DETENÇÃO – 1 a 6 MESES
MENTE POLUIDORES, SEM MULTA
LICENÇA OU AUTORIZAÇÃO
DOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS
COMPETENTES, ou con-
trariando as normas legais e
regulamentares pertinentes.

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4.4) CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL (ART. 66-69)

CRIME (ART. 66-69) PENA AGRAVANTES/ATENUANTES


Fazer O FUNCIONÁRIO PÚBLICO
AFIRMAÇÃO FALSA OU ENGA-
NOSA, OMITIR A VERDADE, SONE-
RECLUSÃO – 1 A 3 ANOS
GAR INFORMAÇÕES OU DADOS
MULTA
TÉCNICO-CIENTÍFICOS EM PROCE-
DIMENTOS DE AUTORIZAÇÃO OU
DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL.
CONCEDER O FUNCIONÁRIO
PÚBLICO LICENÇA, AUTORIZAÇÃO
OU PERMISSÃO em DESACORDO
COM AS NORMAS AMBIENTAIS, Menos
para as atividades, obras ou serviços Se crime CULPOSO: DETENÇÃO
cuja realização depende de ato auto- – 3 MESES A 1 ANO
rizativo do Poder Público. MULTA
DETENÇÃO – 1 A 3 ANOS
DEIXAR, aquele que tiver o dever MULTA
legal ou contratual de fazê-lo, de
CUMPRIR OBRIGAÇÃO DE RELE-
VANTE INTERESSE AMBIENTAL.
OBSTAR OU DIFICULTAR A AÇÃO
FISCALIZADORA do Poder Público
no trato de questões ambientais.
Menos
ELABORAR OU APRESENTAR, Se crime CULPOSO: DETENÇÃO
NO LICENCIAMENTO, CONCES- – 1 A 3 ANOS
SÃO FLORESTAL OU QUALQUER MULTA
OUTRO PROCEDIMENTO ADMI- RECLUSÃO – 3 A 6 ANOS
NISTRATIVO, ESTUDO, LAUDO OU MULTA Mais 1/3 a 2/3:
RELATÓRIO AMBIENTAL TOTAL OU Se há dano significativo ao meio
PARCIALMENTE FALSO ou enga- ambiente, em decorrência do uso
noso, inclusive por omissão. da informação falsa, incompleta ou
enganosa

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5. DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO


AMBIENTE (ART. 77-78)

O governo brasileiro (Ministério da Justiça) prestará, no que concerne ao meio ambiente,


a necessária cooperação a outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para, com base
em um sistema de comunicações apto a facilitar o intercâmbio rápido e seguro de informações:
I - produção de prova;
II - exame de objetos e lugares;
III - informações sobre pessoas e coisas;
IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a
decisão de uma causa;
V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de
que o Brasil seja parte.

6. DISPOSIÇÕES FINAIS (ART. 79-82)

Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do Código de


Processo Penal.
Os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, responsáveis pela execução de progra-
mas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das atividades suscetíveis
de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar TERMO DE COMPRO-
MISSO com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação
e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, consi-
derados efetiva ou potencialmente poluidores.

O TERMO DE COMPROMISSO deve conter:


• o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos
representantes legais;
• o prazo de vigência do compromisso (de noventa dias a três anos), com possibilidade
de prorrogação por igual período;
• a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o cronograma
físico de execução e de implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimes-
trais a serem atingidas;
• multas (inferiores ao valor do investimento previsto), que podem ser aplicadas em casos
de rescisão e em decorrência do não cumprimento das obrigações nele pactuadas;
• o foro competente para dirimir litígios entre as partes;
• informações necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica;
• publicidade.

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LEI COMPLEMENTAR N. 140/2011 (COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS)

INTRODUÇÃO

A elaboração desta Lei complementar está expressamente prevista na Constituição Fede-


ral de 1988, em seu artigo 23:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvi-
mento e do bem-estar em âmbito nacional.

Portanto, com o advento desta Lei Complementar, esse artigo da Constituição foi final-
mente regulamentado após 23 anos. Possui grande importância por estabelecer, harmonizar,
organizar e definir a que ente da Federação compete exercer o poder de polícia ambiental, no
que diz respeito ao licenciamento e fiscalização ambiental em cada situação determinada, de
modo que se evite sobreposição e conflitos de competência.
Analisaremos, em resumo e de forma esquematizada, os principais aspectos cobrados em
concursos públicos que abrangem essa matéria legal.

1. DEFINIÇÕES (ART. 2°)

• LICENCIAMENTO AMBIENTAL: o procedimento administrativo destinado a licenciar


atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou poten-
cialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental;
• ATUAÇÃO SUPLETIVA: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo
originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar;
• ATUAÇÃO SUBSIDIÁRIA: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempe-
nho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente
federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta Lei Complementar;
• ÓRGÃO AMBIENTAL CAPACITADO (art. 5º, parágrafo único): aquele que possui téc-
nicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com
a demanda das ações administrativas a serem delegadas.

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2. OBJETIVOS (ART. 3°)

I - PROTEGER, DEFENDER E CONSERVAR O MEIO AMBIENTE ecologicamente equili-


brado, promovendo gestão descentralizada, democrática e eficiente;
II - GARANTIR O EQUILÍBRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO com a
proteção do meio ambiente, observando a dignidade da pessoa humana, a erradicação da
pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais;
III - HARMONIZAR AS POLÍTICAS E AÇÕES ADMINISTRATIVAS para evitar a sobreposi-
ção de atuação entre os entes federativos, DE FORMA A EVITAR CONFLITOS DE ATRIBUI-
ÇÕES E GARANTIR UMA ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA EFICIENTE;
IV - GARANTIR A UNIFORMIDADE DA POLÍTICA AMBIENTAL para todo o PAÍS, respei-
tadas as peculiaridades regionais e locais.

3. INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO (ART. 4° E 5°)

Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de coope-
ração institucional não taxativos:
I - CONSÓRCIOS PÚBLICOS, nos termos da legislação em vigor;
II - CONVÊNIOS, ACORDOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA e outros instrumentos simila-
res com órgãos e entidades do Poder Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal
 com prazo determinado.
III - COMISSÃO TRIPARTITE NACIONAL  formada por representantes dos Poderes
Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o objetivo de
fomentar a gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre os entes federativos.
COMISSÕES TRIPARTITES ESTADUAIS  formadas por representantes dos Poderes
Executivos da União, dos estados e dos municípios, com o objetivo de fomentar a gestão
ambiental compartilhada e descentralizada entre os entes federativos.
COMISSÃO BIPARTITE DO DISTRITO FEDERAL  formada, paritariamente, por repre-
sentantes dos Poderes Executivos da União e do Distrito Federal, com o objetivo de fomentar
a gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre esses entes federativos.
IV - FUNDOS PÚBLICOS E PRIVADOS e outros instrumentos econômicos  ex.:
Banco Mundial.
V - DELEGAÇÃO DE ATRIBUIÇÕES de um ente federativo a outro, respeitados os requisi-
tos previstos nesta Lei Complementar  só pode haver este instrumento se o órgão ao qual é
delegado possui CONHECIMENTO TÉCNICO, CAPACIDADE FINANCEIRA E TÉCNOLGICA
E UM CONSELHO DO MEIO AMBIENTE, para fins de participação de todos os interessados
no processo ambiental.

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VI - DELEGAÇÃO DA EXECUÇÃO DE AÇÕES ADMINISTRATIVAS de um ente federativo


a outro, respeitados os requisitos previstos nesta Lei Complementar  desde que o ente des-
tinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações adminis-
trativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.

4. AÇÕES DE COOPERAÇÃO (ART. 6°-17)

As AÇÕES DE COOPERAÇÃO entre A UNIÃO, OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL e


os municípios deverão ser desenvolvidas de modo a ATINGIR OS OBJETIVOS e a GARAN-
TIR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, harmonizando e integrando todas as políticas
governamentais.

4.1) AÇÕES DA UNIÃO, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS

ESTADOS (art. 8°) E DF –


UNIÃO (art. 7°) MUNICÍPIOS (art. 9°) E DF
competência residual
EXECUTAR E FAZER CUM- EXECUTAR E FAZER CUM-
FORMULAR, EXECUTAR E
PRIR, em ÂMBITO ESTADUAL, PRIR, em ÂMBITO MUNICI-
FAZER CUMPRIR, em âmbito
a PNMA e demais políticas PAL, a PNMA e demais políti-
NACIONAL, a Política Nacional do
nacionais relacionadas à prote- cas nacionais relacionadas à
Meio Ambiente - PNMA.
ção ambiental. proteção ambiental.
Exercer a GESTÃO DOS Exercer a GESTÃO DOS
Exercer a GESTÃO DOS RECUR-
RECURSOS AMBIENTAIS no RECURSOS AMBIENTAIS no
SOS AMBIENTAIS no âmbito de
âmbito de suas atribuições; âmbito de suas atribuições;
suas atribuições; NACIONAL.
ESTADUAL. MUNICIPAL.
FORMULAR, EXECUTAR E FORMULAR, EXECUTAR E
Promover AÇÕES RELACIONA-
FAZER CUMPRIR, em âmbito FAZER CUMPRIR a POLÍ-
DAS À PNMA nos âmbitos nacio-
estadual, a POLÍTICA ESTA- TICA MUNICIPAL DE MEIO
nal e internacional.
DUAL DE MEIO AMBIENTE. AMBIENTE.
Promover, no âmbito ESTA-
Promover no MUNICÍPIO a
Promover a INTEGRAÇÃO DUAL, a INTEGRAÇÃO DE
INTEGRAÇÃO DE PROGRA-
NACIONAL DE PROGRAMAS e PROGRAMAS e ações de
MAS e ações de órgãos e
ações de órgãos e entidades da órgãos e entidades da Adminis-
entidades da Administração
Administração Pública da União, tração Pública da União, dos
Pública federal, estadual e
dos estados, do DF e dos municí- estados, do Distrito Federal e
municipal, relacionados à
pios, relacionados à PROTEÇÃO E dos municípios, relacionados
PROTEÇÃO E À GESTÃO
À GESTÃO AMBIENTAL. à PROTEÇÃO E À GESTÃO
AMBIENTAL.
AMBIENTAL.
Articular a COOPERAÇÃO
Articular a COOPERAÇÃO TÉC- TÉCNICA, CIENTÍFICA E
NICA, CIENTÍFICA E FINAN- FINANCEIRA, em apoio às
CEIRA, em apoio à PNMA. PNMA E ESTADUAL DE MEIO
AMBIENTE.
Promover o desenvolvimento de ESTUDOS E PESQUISAS direcionados à proteção e à GESTÃO
AMBIENTAL, divulgando os resultados obtidos.

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ESTADOS (art. 8°) E DF –


UNIÃO (art. 7°) MUNICÍPIOS (art. 9°) E DF
competência residual
Promover a ARTICULAÇÃO DA
PNMA COM AS DE RECURSOS
HÍDRICOS, Desenvolvimento
Regional, Ordenamento Territorial
e outras.
ORGANIZAR E MANTER,
com a colaboração dos órgãos ORGANIZAR E MANTER o
municipais competentes, o SISTEMA MUNICIPAL DE
ORGANIZAR E MANTER, com a SISTEMA ESTADUAL DE INFORMAÇÕES SOBRE
colaboração dos órgãos e entida- INFORMAÇÕES SOBRE MEIO MEIO AMBIENTE.
des da administração pública dos AMBIENTE.
Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, o Sistema Nacional de PRESTAR INFORMAÇÕES
Informação sobre Meio Ambiente aos ESTADOS E À UNIÃO
PRESTAR INFORMAÇÕES À
(SINIMA). para a formação e atualiza-
UNIÃO para a formação e atuali-
ção dos Sistemas Estadual
zação do SINIMA.
e Nacional de Informações
sobre Meio Ambiente.
Elaborar o ZONEAMENTO
Elaborar o ZONEAMENTO AMBIENTAL de âmbito ESTA- Elaborar o Plano Diretor,
AMBIENTAL de âmbito NACIONAL DUAL, em conformidade com os observando os zoneamentos
E REGIONAL. zoneamentos de âmbito nacio- ambientais.
nal e regional.

Definir ESPAÇOS TERRITORIAIS e seus componentes a serem especialmente PROTEGIDOS.

Promover e orientar a EDUCAÇÃO AMBIENTAL em todos os níveis de ensino e a conscientização


pública para a proteção do meio ambiente.

CONTROLAR A PRODUÇÃO, A COMERCIALIZAÇÃO E O EMPREGO de técnicas, MÉTODOS


E SUBSTÂNCIAS QUE COMPORTEM RISCO para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente,
na forma da lei.

Exercer o CONTROLE E
Exercer o CONTROLE E FISCA- Exercer o CONTROLE E
FISCALIZAR as atividades e
LIZAR as atividades e empreendi- FISCALIZAR as atividades e
empreendimentos CUJA ATRI-
mentos CUJA ATRIBUIÇÃO PARA empreendimentos CUJA ATRI-
BUIÇÃO PARA LICENCIAR
LICENCIAR OU AUTORIZAR, BUIÇÃO PARA LICENCIAR OU
OU AUTORIZAR, ambiental-
ambientalmente, for cometida à AUTORIZAR, ambientalmente,
mente, for cometida ao
UNIÃO. for cometida aos ESTADOS.
MUNICÍPIO.

Promover o LICENCIAMENTO AMBIENTAL de empreendimentos e atividades:

localizados ou desenvolvidos localizados ou desenvolvidos


localizados ou desenvolvidos em
EM UNIDADES DE CONSER- EM UNIDADES DE CON-
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
VAÇÃO INSTITUÍDAS PELO SERVAÇÃO INSTITUÍDAS
INSTITUÍDAS PELA UNIÃO,
ESTADO, exceto em Áreas de PELO MUNICÍPIO, exceto em
exceto em Áreas de Proteção
Proteção Ambiental (APAs); Áreas de Proteção Ambiental
Ambiental (APAs);
(APAs).

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ESTADOS (art. 8°) E DF –


UNIÃO (art. 7°) MUNICÍPIOS (art. 9°) E DF
competência residual
localizados ou desenvolvidos con- que causem ou possam
juntamente no BRASIL E EM PAÍS causar IMPACTO AMBIEN-
LIMITROFE; TAL DE ÂMBITO LOCAL,
conforme tipologia definida
localizados ou desenvolvidos no
pelos respectivos Conselhos
MAR TERRITORIAL, na PLATA-
Estaduais de Meio Ambiente,
FORMA CONTINENTAL ou na
considerados os critérios de
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA;
porte, potencial poluidor e
localizados ou desenvolvidos em natureza da atividade.
TERRAS INDÍGENAS;
localizados ou desenvolvidos EM 2
(DOIS) OU MAIS ESTADOS;
de CARÁTER MILITAR, excetu-
ando-se do licenciamento ambien-
tal, nos termos de ato do Poder
Executivo, aqueles previstos no
preparo e emprego das
Forças Armadas;

destinados a PESQUISAR,
LAVRAR, PRODUZIR, BENEFI-
CIAR, TRANSPORTAR, ARMA-
ZENAR E DISPOR MATERIAL
RADIOATIVO, em qualquer está-
gio, ou que utilizem energia nuclear
em qualquer de suas formas e
aplicações, mediante PARECER
DA COMISSÃO NACIONAL DE
ENERGIA NUCLEAR (CNEN);

que atendam TIPOLOGIA ESTA-


BELECIDA POR ATO DO PODER
EXECUTIVO, a partir de proposi-
ção da COMISSÃO TRIPARTITE
NACIONAL, assegurada a parti-
cipação de um membro do Con-
selho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), e considerados os crité-
rios de porte, potencial poluidor e
natureza da atividade ou
empreendimento;

Aprovar o MANEJO E A SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO, DE FLORESTAS E FORMAÇÕES


SUCESSORAS em:
FLORESTAS PÚBLICAS FEDE- FLORESTAS PÚBLICAS
FLORESTAS PÚBLICAS
RAIS, TERRAS DEVOLUTAS MUNICIPAIS E UNIDADES
ESTADUAIS ou UNIDADES DE
FEDERAIS OU UNIDADES DE DE CONSERVAÇÃO INSTI-
CONSERVAÇÃO DO ESTADO,
CONSERVAÇÃO instituídas pela TUÍDAS PELO MUNICÍPIO,
exceto em APAs;
União, exceto em APAs; exceto em APAs.

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ESTADOS (art. 8°) E DF –


UNIÃO (art. 7°) MUNICÍPIOS (art. 9°) E DF
competência residual

atividades ou empreendimentos atividades ou empreendimentos empreendimentos LICENCIA-


LICENCIADOS OU AUTORI- LICENCIADOS OU AUTORI- DOS OU AUTORIZADOS,
ZADOS, ambientalmente, pela ZADOS, ambientalmente, pelo ambientalmente, pelo
UNIÃO; ESTADO; MUNICÍPIO.

IMÓVEIS RURAIS, salvo


os localizados ou desenvolvidos
em 2 (dois) ou mais Estados;

ELABORAR a relação de ESPÉ-


CIES DA FAUNA E DA FLORA
AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO E
DE ESPÉCIES sobre-explotadas
no território nacional, mediante
laudos e estudos técnico-científi-
cos, FOMENTANDO AS ATIVIDA-
DES QUE CONSERVEM ESSAS
ESPÉCIES IN SITU;

CONTROLAR A INTRODUÇÃO
NO PAÍS DE ESPÉCIES EXÓTI-
CAS potencialmente invasoras que
POSSAM AMEAÇAR OS ECOS-
SISTEMAS, HABITATS E ESPÉ-
CIES NATIVAS;

APROVAR A LIBERAÇÃO DE
EXEMPLARES DE ESPÉCIE EXÓ-
TICA DA FAUNA E DA FLORA EM
ECOSSISTEMAS NATURAIS
FRÁGEIS OU PROTEGIDOS.

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ESTADOS (art. 8°) E DF –


UNIÃO (art. 7°) MUNICÍPIOS (art. 9°) E DF
competência residual
CONTROLAR A APANHA DE
ESPÉCIMES DA FAUNA SIL-
VESTRE, OVOS E LARVAS
DESTINADAS À IMPLANTA-
CONTROLAR A APANHA DE
ÇÃO DE CRIADOUROS E À
ESPÉCIMES DA FAUNA SILVES-
PESQUISA CIENTÍFICA;
TRE, OVOS E LARVAS;
APROVAR o funcionamento de
CRIADOUROS DA FAUNA SIL-
VESTRE;

PROTEGER A FAUNA MIGRATÓ-


RIA e as ESPÉCIES DA FAUNA
E DA FLORA AMEAÇADAS DE
EXTINÇÃO;

exercer o CONTROLE AMBIENTAL exercer o CONTROLE


DA PESCA em âmbito NACIONAL AMBIENTAL da PESCA em
OU REGIONAL; âmbito ESTADUAL;

GERIR O PATRIMÔNIO GENÉ-


TICO e o acesso ao CONHECI-
MENTO TRADICIONAL associado,
respeitadas as atribuições
setoriais;

exercer o CONTROLE AMBIENTAL


sobre o TRANSPORTE MARÍTIMO
de PRODUTOS PERIGOSOS; e

exercer o CONTROLE AMBIENTAL exercer o CONTROLE


sobre o TRANSPORTE INTERES- AMBIENTAL do TRANSPORTE ,
TADUAL, FLUVIAL OU TERRES- FLUVIAL OU TERRESTRE,
TRE, de PRODUTOS de PRODUTOS PERIGOSOS
PERIGOSOS. NO ESTADO.

 Obs.: Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente,


POR UM ÚNICO ENTE FEDERATIVO, em conformidade com as atribuições estabe-
lecidas para cada ente.

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4.2) FISCALIZAÇÃO (art. 17)

Em atos de fiscalização em matéria ambiental, compete ao ÓRGÃO RESPONSÁVEL


PELO LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO de um empreendimento ou atividade LAVRAR
AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL E INSTAURAR PROCESSO ADMINISTRATIVO para a
apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade
licenciada ou autorizada.
Também segue esta mesma lógica quando DO EXERCÍCIO COMUM DE FISCALIZAÇÃO
pelos entes federativos, devendo, do mesmo modo, LAVRAR AUTO DE INFRAÇÃO AMBIEN-
TAL aquele ente RESPONSÁVEL PELO LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO do empreen-
dimento ou atividade efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais.
Caso a constatação da infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade
utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores for constatada por
QUALQUER PESSOA LEGALMENTE IDENTIFICADA, esta deve representar junto ao órgão
ambiental responsável pela fiscalização, para efeito do exercício de seu poder de polícia.
Caso haja IMINÊNCIA OU OCORRÊNCIA DE DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE AMBIEN-
TAL, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la,
fazer cessá-la ou mitigá-la, COMUNICANDO IMEDIATAMENTE AO ÓRGÃO COMPETENTE
PARA AS PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS.
Cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos:
• adotar procedimentos para REAPROVEITAR OS RESÍDUOS SÓLIDOS REUTILIZÁ-
VEIS E RECICLÁVEIS ORIUNDOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA urbana
e de manejo de resíduos sólidos;
• estabelecer SISTEMA DE COLETA SELETIVA;
• articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o RETORNO AO
CICLO PRODUTIVO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS reutilizáveis e recicláveis oriundos
dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
• realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso, mediante
a devida remuneração pelo setor empresarial;
• implantar SISTEMA DE COMPOSTAGEM PARA RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS
e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto
produzido;
• dar DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA aos resíduos e rejeitos
oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

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4.3) GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS (ART. 37-41)

OBRIGAÇÕES das PESSOAS JURÍDICAS que operam com resíduos perigosos:


• CADASTRO NACIONAL DE OPERADORES DE RESÍDUOS PERIGOSOS, parte inte-
grante do CTF/AAP E DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES (SINIR, SINISA E SINIMA).
• elaborar PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS e submetê-lo ao
órgão competente do Sisnama.
• MANTER REGISTRO ATUALIZADO e facilmente acessível de todos os procedimentos
relacionados à implementação e à operacionalização do plano;
• INFORMAR ANUALMENTE AO ÓRGÃO COMPETENTE DO SISNAMA: a QUANTI-
DADE, a NATUREZA e a DESTINAÇÃO temporária ou final dos RESÍDUOS sob sua
RESPONSABILIDADE;
• adotar medidas destinadas a REDUZIR O VOLUME E A PERICULOSIDADE DOS RESÍ-
DUOS SOB SUA RESPONSABILIDADE, bem como a aperfeiçoar seu gerenciamento;
• INFORMAR IMEDIATAMENTE AOS ÓRGÃOS COMPETENTES SOBRE A OCORRÊN-
CIA DE ACIDENTES ou outros sinistros relacionados aos resíduos perigosos.

 Obs.: O órgão licenciador do Sisnama pode exigir a CONTRATAÇÃO DE SEGURO DE


RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE OU À
SAÚDE PÚBLICA.

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4.4) INSTRUMENTOS ECONÔMICOS (ART. 42-46)

O PODER PÚBLICO poderá instituir medidas indutoras e LINHAS DE FINANCIAMENTO


para atender, prioritariamente, às iniciativas de:
I - PREVENÇÃO E REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS no processo
produtivo;
II - DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS COM MENORES IMPACTOS À SAÚDE
HUMANA E À QUALIDADE AMBIENTAL EM SEU CICLO DE VIDA;
III - IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA FÍSICA E AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
PARA COOPERATIVAS ou outras formas de associação de CATADORES de materiais reutili-
záveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;
IV - desenvolvimento de PROJETOS DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS de caráter
INTERMUNICIPAL ;
V - estruturação de sistemas de COLETA SELETIVA e de LOGÍSTICA REVERSA;
VI - DESCONTAMINAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS, incluindo as áreas órfãs;
VII - desenvolvimento de PESQUISAS VOLTADAS PARA TECNOLOGIAS LIMPAS APLI-
CÁVEIS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS;
VIII - desenvolvimento de SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E EMPRESARIAL volta-
dos para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos.

4.5) PROIBIÇÕES (ART. 47-49)

SÃO PROIBIDAS as seguintes formas de DESTINAÇÃO OU DISPOSIÇÃO FINAL DE


RESÍDUOS SÓLIDOS OU REJEITOS:
• lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
• lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
• queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados
para essa finalidade  lixões;
• utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;
• catação nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos;
• criação de animais domésticos nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos;
• fixação de habitações temporárias ou permanentes nas áreas de disposição final de
resíduos ou rejeitos.

É proibida a IMPORTAÇÃO de RESÍDUOS SÓLIDOS PERIGOSOS, REJEITOS e RESÍ-


DUOS SÓLIDOS CUJAS CARACTERÍSTICAS CAUSEM DANO AO MEIO AMBIENTE, À
SAÚDE PÚBLICA E ANIMAL E À SANIDADE VEGETAL.

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LEI N. 12.305/2010 (POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS)

INTRODUÇÃO

Tendo em vista os diversos problemas ambientais e sociais causados pelos resíduos sóli-
dos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída com o principal propósito
de amenizar esses problemas, por meio da implementação de instrumentos que orientam a
gestão dos resíduos sólidos.
A referida Lei estabelece um marco regulatório no gerenciamento dos diversos tipos de
resíduos sólidos ao criar um arcabouço legal que define objetivos, princípios, diretrizes, metas,
ações e responsabilidades, bem como estabelece instrumentos de fomento, de controle e de
avanços sociais.
Como um dos principais instrumentos, os Planos de Gestão de Resíduos Sólidos dos
entes federativos devem contemplar todas as fases do “ciclo de vida” dos resíduos sólidos,
com rastreabilidade, caracterização e formas de destinação e disposição final. O devido cum-
primento do estabelecido na PNRS prevê ainda retorno econômico, por meio de incentivos
fiscais aos responsáveis pela geração de resíduos sólidos.
Analisaremos, em resumo e de forma esquematizada, os principais aspectos cobrados em
concursos públicos que abrangem esta matéria legal.

1. OBJETO (ART. 2°)

A PNRS dispõe sobre:


• princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes acerca do gerenciamento de resíduos
sólidos e perigosos;
• responsabilidades dos geradores e do poder público;
• instrumentos econômicos aplicáveis.

Destinatário desta Lei:


As PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS, de direito público ou privado, RESPONSÁVEIS,
DIRETA OU INDIRETAMENTE, PELA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS e as que desen-
volvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.

 Obs.: Esta Lei NÃO se aplica aos rejeitos radioativos  LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

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2. DEFINIÇÕES (ART. 3°)

• ACORDO SETORIAL: ato de natureza contratual firmado entre o poder público


e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a
implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.
• ÁREA CONTAMINADA: local onde há contaminação causada pela disposição, regular
ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos.
• ÁREA ÓRFÃ CONTAMINADA: área contaminada cujos responsáveis pela disposição
não sejam identificáveis ou individualizáveis.
• CICLO DE VIDA DO PRODUTO: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do
produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e
a disposição final.
• COLETA SELETIVA: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua
constituição ou composição.
• CONTROLE SOCIAL: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à socie-
dade informações e participação nos processos de formulação, implementação e ava-
liação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos.
• DESTINAÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA: destinação de resíduos que
inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento
energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do
SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais espe-
cíficas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar
os impactos ambientais adversos.
• DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA: distribuição ordenada de rejei-
tos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
• GERADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído
o consumo.
• GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação
final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos
sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;
• GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS: conjunto de ações voltadas para a
busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões polí-
tica, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável;

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• LOGÍSTICA REVERSA: instrumento de desenvolvimento econômico e social


caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destina-
ção final ambientalmente adequada.
• PADRÕES SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO E CONSUMO: produção e consumo de
bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir
melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento
das necessidades das gerações futuras.
• RECICLAGEM: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a altera-
ção de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transfor-
mação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões esta-
belecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
• REJEITOS: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades
de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economi-
camente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final
ambientalmente adequada  NÃO possui valor econômico e necessita ser disposto
de forma adequada.
• RESÍDUOS SÓLIDOS: material, substância, objeto ou bem descartado resultante
de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se
propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissó-
lido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água,
ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível  possui valor econômico e pode ser revalorizado.
• RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA PELO CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS:
conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, dis-
tribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de lim-
peza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sóli-
dos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e
à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei.
• REUTILIZAÇÃO: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transfor-
mação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões esta-
belecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
• SERVIÇO PÚBLICO DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS:
conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei n. 11.445, de 2007.

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3. PRINCÍPIOS (ART. 6°)

São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:


I - a PREVENÇÃO (certeza do dano) E A PRECAUÇÃO (incerteza do dano);
II - O POLUIDOR-PAGADOR e o PROTETOR-RECEBEDOR;
III - a VISÃO SISTÊMICA, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis
AMBIENTAL, SOCIAL, CULTURAL, ECONÔMICA, TECNOLÓGICA E DE SAÚDE PÚBLICA;
IV - o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL;
V - A ECOEFICIÊNCIA, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços com-
petitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam
qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um
nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta;
VI - A COOPERAÇÃO entre as DIFERENTES ESFERAS do PODER PÚBLICO, o SETOR
EMPRESARIAL e demais segmentos da SOCIEDADE;
VII - a RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA pelo CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS;
VIII - o RECONHECIMENTO DO RESÍDUO SÓLIDO REUTILIZÁVEL E RECICLÁVEL
como um BEM ECONÔMICO e de VALOR SOCIAL, GERADOR DE TRABALHO E RENDA e
promotor de cidadania;
IX - o RESPEITO às DIVERSIDADES LOCAIS E REGIONAIS;
X - o DIREITO DA SOCIEDADE À INFORMAÇÃO e ao CONTROLE SOCIAL;
XI - a RAZOABILIDADE E A PROPORCIONALIDADE.

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4. OBJETIVOS (ART. 7°)

São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:


I - PROTEÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA e da QUALIDADE AMBIENTAL;
II - NÃO GERAÇÃO, REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO, RECICLAGEM E TRATAMENTO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS, bem como DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA
DOS REJEITOS;
III - estímulo à adoção de PADRÕES SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO E CONSUMO DE
BENS E SERVIÇOS;
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de TECNOLOGIAS LIMPAS como forma
de minimizar impactos ambientais;
V - REDUÇÃO DO VOLUME E DA PERICULOSIDADE DOS RESÍDUOS PERIGOSOS;
VI - incentivo à INDÚSTRIA DA RECICLAGEM, tendo em vista fomentar o uso de maté-
rias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII - GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS;
VIII - ARTICULAÇÃO ENTRE AS DIFERENTES ESFERAS DO PODER PÚBLICO, e
destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão
integrada de resíduos sólidos;
IX - CAPACITAÇÃO TÉCNICA continuada na área de resíduos sólidos;
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos servi-
ços públicos de LIMPEZA URBANA e DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, com adoção de
mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços
prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada
a Lei n. 11.445, de 2007;
XI - PRIORIDADE, nas AQUISIÇÕES E CONTRATAÇÕES GOVERNAMENTAIS, para:
a) PRODUTOS RECICLADOS E RECICLÁVEIS;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo
social e ambientalmente sustentáveis;
XII - INTEGRAÇÃO DOS CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS
nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
XIII - estímulo à implementação da AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO 
para que o resíduo retorne para a cadeira produtiva
XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial volta-
dos para a MELHORIA DOS PROCESSOS PRODUTIVOS e ao REAPROVEITAMENTO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
XV - estímulo à ROTULAGEM AMBIENTAL E AO CONSUMO SUSTENTÁVEL  preo-
cupação em mostrar ao consumidor as certificações ambientais e selos verdes.

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5. INSTRUMENTOS (ART. 8°)

São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros:


I - os PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS  nacional, estadual, municipal, empresarial
II - os INVENTÁRIOS E O SISTEMA DECLARATÓRIO ANUAL de resíduos sólidos 
levantamento de quanto se produz de resíduo
III - a COLETA SELETIVA, os SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA e outras ferramentas
relacionadas à implementação da RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA PELO CICLO
DE VIDA DOS PRODUTOS;
IV - o incentivo à CRIAÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO DE COOPERATIVAS ou de outras
formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;
V - o MONITORAMENTO EAFISCALIZAÇÃOAMBIENTAL, SANITÁRIAEAGROPECUÁRIA;
VI - a COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA entre OS SETORES PÚBLICO E PRI-
VADO para o DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS DE NOVOS PRODUTOS, MÉTODOS,
PROCESSOS E TECNOLOGIAS DE GESTÃO, RECICLAGEM, REUTILIZAÇÃO, TRATA-
MENTO DE RESÍDUOS E DISPOSIÇÃO FINAL ambientalmente adequada de rejeitos;
VII - a PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA;
VIII - a EDUCAÇÃO AMBIENTAL;
IX - os INCENTIVOS FISCAIS, FINANCEIROS E CREDITÍCIOS;
X - o FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE E O FUNDO NACIONAL DE DESENVOL-
VIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO;
XI - o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR)
 mantido de forma articulada entre todos os entes federativos e articulado com o
SINISA e SINIMA;
XII - o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA);
XIII - os CONSELHOS DE MEIO AMBIENTE e, no que couber, os de saúde;
XIV - os ÓRGÃOS COLEGIADOS MUNICIPAIS destinados ao CONTROLE SOCIAL DOS
SERVIÇOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS;
XV - o CADASTRO NACIONAL DE OPERADORES DE RESÍDUOS PERIGOSOS;
XVI - os ACORDOS SETORIAIS  firmados pelas empresas, para acompanhar e moni-
torar o ciclo de vida do resíduo;
XVII - no que couber, os instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA,
entre eles:
• os PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL;
• Cadastro Técnico Federal (CTF/APP e CTF/AIDA);
• a AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS;
• Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA);
• o LICENCIAMENTO e a REVISÃO DE ATIVIDADES EFETIVA OU POTENCIALMENTE
POLUIDORAS;

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XVIII - os TERMOS DE COMPROMISSO e os TERMOS DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA;


XIX - o INCENTIVO À ADOÇÃO DE CONSÓRCIOS ou de outras formas de cooperação
ENTRE OS ENTES FEDERADOS, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à
redução dos custos envolvidos.

6. HIERARQUIA DE GESTÃO (ART. 9°)

Ordem de prioridade de geração de resíduos:

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7. RESPONSABILIDADE DO PODER PÚBLICO (ART. 10-12)

UNIÃO ESTADOS DF MUNICÍPIOS


Promover a integração da
organização, do planeja-
mento e da execução das
Gestão integrada dos
funções públicas de inte-
resíduos sólidos gerados
resse comum relacionadas
nos respectivos territó-
à gestão dos resíduos sóli-
rios.
dos nas regiões metropoli-
tanas, aglomerações urba-
nas e microrregiões.
Controlar e fiscalizar as
atividades dos geradores Responsabilidade do
sujeitas a licenciamento gerador pelo gerencia-
ambiental pelo órgão esta- mento de resíduos.
dual do Sisnama.
Fornecer ao órgão federal responsável pela coordenação do SINIR todas as informações necessárias
sobre os resíduos sob sua esfera de competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em regula-
mento.
Manter CONJUNTAMENTE o SINIR, articulado com o SINISA e o SINIMA.

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8. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS (ART. 13)

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9. PLANOS DE RESÍDUOS (NACIONAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS)


(ART. 14-19)

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Os Planos de Resíduos são elaborados com participação e controle social (audiências e


consultas públicas);
Os planos de Resíduos devem conter, no mínimo:
• DIAGNÓSTICO;
• Proposição de CENÁRIOS;
• METAS DE REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO, RECICLAGEM  reduzir a quantidade de
resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada;
• METAS PARA O APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DOS GASES GERADOS nas uni-
dades de disposição final de resíduos sólidos;
• METAS PARA A ELIMINAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LIXÕES, associadas à INCLU-
SÃO SOCIAL E À EMANCIPAÇÃO ECONÔMICA DE CATADORES de materiais reuti-
lizáveis e recicláveis;
• PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES para o atendimento das metas previstas;
• NORMAS E CONDICIONANTES TÉCNICAS PARA O ACESSO A RECURSOS
FINANCEIROS;
• MEDIDAS PARA INCENTIVAR E VIABILIZAR A GESTÃO (REGIONALIZADA, CON-
SORCIADA OU COMPARTILHADA) DOS RESÍDUOS SÓLIDOS;
• DIRETRIZES para o planejamento e DEMAIS ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍ-
DUOS SÓLIDOS;
• NORMAS E DIRETRIZES para a DISPOSIÇÃO FINAL DE REJEITOS e de RESÍDUOS;
• Meios a serem utilizados para o CONTROLE E A FISCALIZAÇÃO, assegurado o con-
trole social.
• (Estadual) PREVISÃO NO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO E O ZONEA-
MENTO COSTEIRO de:
– ZONAS FAVORÁVEIS PARA A LOCALIZAÇÃO DE UNIDADES DE TRATAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS OU DE DISPOSIÇÃO FINAL DE REJEITOS;
– ÁREAS DEGRADADAS EM RAZÃO DE DISPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍ-
DUOS SÓLIDOS ou rejeitos a serem objeto de recuperação ambiental;

Serão priorizados no acesso aos recursos da União os Municípios que:


• optarem por SOLUÇÕES CONSORCIADAS INTERMUNICIPAIS para a gestão dos resí-
duos sólidos, incluída a elaboração e implementação de PLANO INTERMUNICIPAL, ou
que se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos;
• implantarem a COLETA SELETIVA com a PARTICIPAÇÃO DE COOPERATIVAS ou
outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis forma-
das por pessoas físicas de baixa renda.

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10. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS (GERADORES) (ART. 20-24)

Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:


• os geradores de resíduos;
• os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigo-
sos; gerem resíduos que não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder
público municipal;
• as empresas de construção civil;
• os responsáveis pelos terminais e outras instalações de serviços de transportes;
• os responsáveis por atividades agrossilvopastoris.

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos deve ter o seguinte conteúdo mínimo:


• Descrição da atividade/empreendimento;
• Diagnóstico, incluindo passivos ambientais;
• Indicação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;
• Definição dos procedimentos operacionais;
• Indicação das soluções adotadas;
• Ações preventivas e corretivas em caso de acidente;
• Metas, incluindo redução, reúso e reciclagem;
• Ações de responsabilidade compartilhada e logística reversa;
• Medidas saneadoras dos passivos ambientais;
• Periodicidade de sua revisão.

11. RESPONSABILIDADES (ART. 25-32)

São responsáveis pela EFETIVIDADE das ações de PNRS:


• PODER PÚBLICO;
• SETOR EMPRESARIAL;
• COLETIVIDADE;

É RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA pelo ciclo de vida dos produtos:


• FABRICANTES;
• IMPORTADORES;
• DISTRIBUIDORES;
• COMERCIANTES;
• CONSUMIDORES;
• TITULARES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS.

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OBJETIVOS DA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA:


• compatibilizar interesses entre os AGENTES ECONÔMICOS E SOCIAIS e os proces-
sos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvol-
vendo ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS;
• promover o APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, direcionando-os para a
sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas;
• REDUZIR A GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, o desperdício de materiais, a polui-
ção e os danos ambientais;
• incentivar a UTILIZAÇÃO DE INSUMOS de menor agressividade ao meio ambiente e
de MAIOR SUSTENTABILIDADE;
• estimular o desenvolvimento de mercado, a PRODUÇÃO E O CONSUMO DE PRODU-
TOS DERIVADOS DE MATERIAIS RECICLADOS E RECICLÁVEIS;
• propiciar que as ATIVIDADES PRODUTIVAS ALCANCEM EFICIÊNCIA e SUSTEN-
TABILIDADE;
• incentivar as boas práticas de RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL.

12. LOGÍSTICA REVERSA (ART. 33-36)

São OBRIGADOS a estruturar e implementar SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA,


mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço
público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:
• agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;
• pilhas e baterias;
• pneus;
• óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
• lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
• produtos eletroeletrônicos e seus componentes

Obrigações dos consumidores do SISTEMA DE COLETA SELETIVA e de LOGÍS-


TICA REVERSA:
• ACONDICIONAR ADEQUADAMENTE e de forma diferenciada os resíduos sóli-
dos gerados;
• DISPONIBILIZAR ADEQUADAMENTE OS RESÍDUOS SÓLIDOS REUTILIZÁVEIS E
RECICLÁVEIS PARA COLETA OU DEVOLUÇÃO.

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Cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos:
• adotar procedimentos para REAPROVEITAR OS RESÍDUOS SÓLIDOS REUTILIZÁ-
VEIS E RECICLÁVEIS ORIUNDOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA urbana
e de manejo de resíduos sólidos;
• estabelecer SISTEMA DE COLETA SELETIVA;
• articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o RETORNO AO
CICLO PRODUTIVO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS reutilizáveis e recicláveis oriundos
dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
• realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso, mediante
a devida remuneração pelo setor empresarial;
• implantar SISTEMA DE COMPOSTAGEM PARA RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS
e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto
produzido;
• dar DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA aos resíduos e rejeitos
oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

13. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS (ART. 37-41)

OBRIGAÇÕES das PESSOAS JURÍDICAS que operam com resíduos perigosos:


• CADASTRO NACIONAL DE OPERADORES DE RESÍDUOS PERIGOSOS, parte inte-
grante do CTF/AAP E DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES (SINIR, SINISA E SINIMA).
• elaborar PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS e submetê-lo ao
órgão competente do Sisnama.
• MANTER REGISTRO ATUALIZADO e facilmente acessível de todos os procedimentos
relacionados à implementação e à operacionalização do plano;
• INFORMAR ANUALMENTE AO ÓRGÃO COMPETENTE DO SISNAMA: a QUANTI-
DADE, a NATUREZA e a DESTINAÇÃO temporária ou final dos RESÍDUOS sob sua
RESPONSABILIDADE;
• adotar medidas destinadas a REDUZIR O VOLUME E A PERICULOSIDADE DOS RESÍ-
DUOS SOB SUA RESPONSABILIDADE, bem como a aperfeiçoar seu gerenciamento;
• INFORMAR IMEDIATAMENTE AOS ÓRGÃOS COMPETENTES SOBRE A OCORRÊN-
CIA DE ACIDENTES ou outros sinistros relacionados aos resíduos perigosos.

 Obs.: O órgão licenciador do Sisnama pode exigir a CONTRATAÇÃO DE SEGURO DE


RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE OU À
SAÚDE PÚBLICA.

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14. INSTRUMENTOS ECONÔMICOS (ART. 42-46)

O PODER PÚBLICO poderá instituir medidas indutoras e LINHAS DE FINANCIAMENTO


para atender, prioritariamente, às iniciativas de:
I - PREVENÇÃO E REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS no processo
produtivo;
II - DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS COM MENORES IMPACTOS À SAÚDE
HUMANA E À QUALIDADE AMBIENTAL EM SEU CICLO DE VIDA;
III - IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURA FÍSICA E AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS
PARA COOPERATIVAS ou outras formas de associação de CATADORES de materiais reutili-
záveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;
IV - desenvolvimento de PROJETOS DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS de caráter
INTERMUNICIPAL ;
V - estruturação de sistemas de COLETA SELETIVA e de LOGÍSTICA REVERSA;
VI - DESCONTAMINAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS, incluindo as áreas órfãs;
VII - desenvolvimento de PESQUISAS VOLTADAS PARA TECNOLOGIAS LIMPAS APLI-
CÁVEIS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS;
VIII - desenvolvimento de SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E EMPRESARIAL volta-
dos para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos.

15. PROIBIÇÕES (ART. 47-49)

SÃO PROIBIDAS as seguintes formas de DESTINAÇÃO OU DISPOSIÇÃO FINAL DE


RESÍDUOS SÓLIDOS OU REJEITOS:
• lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
• lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
• queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados
para essa finalidade  lixões;
• utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;
• catação nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos;
• criação de animais domésticos nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos;
• fixação de habitações temporárias ou permanentes nas áreas de disposição final de
resíduos ou rejeitos.

 Obs.: É proibida a IMPORTAÇÃO de RESÍDUOS SÓLIDOS PERIGOSOS, REJEITOS e


RESÍDUOS SÓLIDOS CUJAS CARACTERÍSTICAS CAUSEM DANO AO MEIO
AMBIENTE, À SAÚDE PÚBLICA E ANIMAL E À SANIDADE VEGETAL.

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LEI N. 7.802/1989 (LEI DE AGROTÓXICOS)

INTRODUÇÃO

Com a ampliação da população mundial nas últimas décadas, e consequentemente, com


o avanço da agricultura para atender a essas demandas, houve também um aumento do uso
de agrotóxicos, inclusive no Brasil.
Contudo, tendo em vista que são insumos agrícolas, mas que também são produtos peri-
gosos, devem ser regulados pelo Estado. Desse modo, com o advento da Lei n. 7.082/1989
(a Lei de Agrotóxicos), a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem,
o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classifica-
ção, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins passou
a ser prevista no ordenamento jurídico Brasileiro e regulada.
Portanto, no contexto dessa Lei, compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento, ao Ministério da Saúde (delegado à ANVISA) e ao Ministério do Meio Ambiente (dele-
gado ao IBAMA) atuarem no controle relativo ao uso dessas substâncias tóxicas, cada qual
conforme sua competência respectiva: agronômica, à saúde humana e ao meio ambiente.
Analisaremos, em resumo e de forma esquematizada, os principais aspectos cobrados em
concursos públicos que abrangem essa matéria legal.

1. DEFINIÇÕES (ART. 2°)

• AGROTÓXICOS E AFINS: os produtos e os agentes de processos físicos, quími-


cos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento
e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas,
nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urba-
nos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou
da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados noci-
vos; bem como substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecan-
tes, estimuladores e inibidores de crescimento;
• COMPONENTES: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-pri-
mas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins.

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2. DO REGISTRO DE AGROTÓXICOS

Os produtos agrotóxicos somente poderão ser produzidos, exportados, importados, comer-


cializados e utilizados se previamente REGISTRADOS em órgão federal, de acordo com as
diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da AGRICULTURA
(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA), MEIO AMBIENTE (Ministé-
rio do Meio Ambiente – delegado ao IBAMA) e SAÚDE (Ministério da Saúde – delegado à
ANVISA) (art. 3°).

2.1) REGISTRO ESPECIAL TEMPORÁRIO (RET)

Fica criado o RET para agrotóxicos, seus componentes e afins, quando se destinarem à
PESQUISA E À EXPERIMENTAÇÃO (art. 3º, § 1º).

2.2) REAVALIAÇÃO

Quando ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS responsáveis pela saúde, alimentação ou


meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convê-
nios, ALERTAREM PARA RISCOS OU DESACONSELHAREM O USO DE AGROTÓXICOS,
seus componentes e afins, caberá à AUTORIDADE COMPETENTE TOMAR IMEDIATAS
PROVIDÊNCIAS, sob pena de responsabilidade. (art. 3°, § 4º).

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2.3) PROIBIÇÕES DE REGISTRO

• Caso o produto em preito de registro possua AÇÃO TÓXICA SOBRE O SER HUMANO
E O MEIO AMBIENTE comprovadamente IGUAL OU MAIOR do que a daqueles já
REGISTRADOS, PARA O MESMO FIM, segundo os parâmetros fixados na regulamen-
tação desta Lei Instrução Normativa Ibama n. 27/2018 (art. 3º, § 5º).
• Para os quais o Brasil NÃO DISPONHA DE MÉTODOS PARA DESATIVAÇÃO DE SEUS
COMPONENTES, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem
riscos ao meio ambiente e à saúde pública (art. 3º, § 6º).
• Para os quais NÃO HAJA ANTÍDOTO OU TRATAMENTO EFICAZ NO BRASIL; (art.
3º, § 6º).
• Que revelem CARACTERÍSTICAS TERATOGÊNICAS, CARCINOGÊNICAS OU MUTA-
GÊNICAS, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade
científica (art. 3º, § 6º).
• Que provoquem DISTÚRBIOS HORMONAIS, DANOS AO APARELHO REPRODU-
TOR, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade cientí-
fica (art. 3º, § 6º).
• Que se revelem MAIS PERIGOSOS PARA O HOMEM DO QUE OS TESTES DE LABO-
RATÓRIO, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e cien-
tíficos atualizados (art. 3º, § 6º).
• Cujas características CAUSEM DANOS AO MEIO AMBIENTE (art. 3º, § 6º).

3. REGISTRO ESTADUAL/MUNICIPAL (ART. 4°)

AS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS QUE SEJAM PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA


APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS, seus componentes e afins, ou que os produzam, importem,
exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus REGISTROS NOS ÓRGÃOS
COMPETENTES, DO ESTADO OU DO MUNICÍPIO, atendidas as diretrizes e exigências dos
órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da agricultura.

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4. EMBALAGENS (ART. 6°)

Os requisitos para as embalagens de agrotóxicos, seus componentes e afins são os


seguintes:
• devem ser projetadas e fabricadas de forma a IMPEDIR QUALQUER VAZAMENTO,
EVAPORAÇÃO, PERDA OU ALTERAÇÃO DE SEU CONTEÚDO e de modo a facilitar
as operações de lavagem, classificação, reutilização e reciclagem;
• os MATERIAIS de que forem feitas devem ser INSUSCETÍVEIS DE SER ATACADOS PELO
CONTEÚDO OU DE FORMAR COM ELE COMBINAÇÕES NOCIVAS OU PERIGOSAS;
• devem ser suficientemente RESISTENTES EM TODAS AS SUAS PARTES, de forma a
não sofrer enfraquecimento e a responder adequadamente às exigências de sua normal
conservação;
• devem ser PROVIDAS DE UM LACRE que seja irremediavelmente destruído ao ser
aberto pela primeira vez.

O FRACIONAMENTO E A REEMBALAGEM de agrotóxicos e afins com o objetivo de


comercialização SOMENTE poderão ser realizados pela EMPRESA PRODUTORA, OU
POR ESTABELECIMENTO DEVIDAMENTE CREDENCIADO, SOB RESPONSABILIDADE
DAQUELA, em locais e condições previamente autorizados pelos órgãos competentes
Os USUÁRIOS devem DEVOLVER as embalagens vazias aos ESTABELECIMENTOS
COMERCIAIS (até 1 ano) ou de forma imediata a POSTOS OU CENTROS DE RECOLHI-
MENTO, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas.
As EMPRESAS PRODUTORAS e COMERCIALIZADORAS de AGROTÓXICOS, seus
componentes e afins são RESPONSÁVEIS PELA DESTINAÇÃO DAS EMBALAGENS
VAZIAS DOS PRODUTOS POR ELAS FABRICADOS E COMERCIALIZADOS, após a devo-
lução pelos usuários, e pela dos produtos APREENDIDOS PELA AÇÃO FISCALIZATÓRIA e
dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inu-
tilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais
competentes.
AS EMBALAGENS RÍGIDAS que contiverem FORMULAÇÕES MISCÍVEIS OU DISPER-
SÍVEIS EM ÁGUA deverão ser submetidas pelo usuário à operação de TRÍPLICE LAVAGEM,
ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas oriundas dos órgãos competentes e
orientação CONSTANTE DE SEUS RÓTULOS E BULAS.

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5. COMPETÊNCIAS DOS ENTES FEDERATIVOS

UNIÃO (art. 9º) ESTADOS E DF (art. 10) MUNICÍPIOS (art. 11)


LEGISLAR sobre a produção,
LEGISLAR sobre o uso, pro- LEGISLAR SUPLETIVAMENTE
registro, comércio interestadual,
dução, consumo, comércio e sobre o uso e o armazena-
exportação, importação, trans-
armazenamento dos agrotóxi- mento dos agrotóxicos, seus
porte, classificação e controle tec-
cos, seus componentes e afins. componentes e afins.
nológico e toxicológico.
CONTROLAR E FISCALIZAR os FISCALIZAR uso, consumo,
estabelecimentos de produção, comércio, armazenamento e
importação e exportação. transporte interno.
ANALISAR os produtos agrotóxicos,
seus componentes e afins, nacio-
nais e importados.
CONTROLAR E FISCALIZAR
a produção, a exportação e
a importação.

6. FISCALIZAÇÃO (ART. 12)

Compete ao poder público a fiscalização:


I – da DEVOLUÇÃO E DESTINAÇÃO ADEQUADA DE EMBALAGENS VAZIAS de agrotó-
xicos, seus componentes e afins, de produtos apreendidos pela ação fiscalizadora e daqueles
impróprios para utilização ou em desuso;
II – do ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE, RECICLAGEM, REUTILIZAÇÃO E INUTILI-
ZAÇÃO de embalagens vazias e produtos referidos no inciso I.

7. VENDA (ART. 13)

A VENDA DE AGROTÓXICOS E AFINS aos usuários será feita através de RECEITUÁRIO


PRÓPRIO, prescrito por PROFISSIONAIS LEGALMENTE HABILITADOS, salvo casos excep-
cionais que forem previstos na regulamentação desta Lei.

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8. RESPONSABILIDADES POR DANOS (ART. 14)

As RESPONSABILIDADES ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL pelos DANOS CAUSA-


DOS À SAÚDE DAS PESSOAS E AO MEIO AMBIENTE, quando a produção, comerciali-
zação, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus
componentes e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente, cabem:
a) ao PROFISSIONAL, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida;
b) ao USUÁRIO OU AO PRESTADOR DE SERVIÇOS, quando proceder em desacordo
com o receituário ou as recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-
-ambientais;
c) ao COMERCIANTE, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo
com a receita ou recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais;
d) ao REGISTRANTE que, por dolo ou por culpa, omitir informações ou fornecer informa-
ções incorretas;
e) ao PRODUTOR, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificações
constantes do registro do produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou não der
destinação às embalagens vazias em conformidade com a legislação pertinente;
f) ao EMPREGADOR, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos
adequados à proteção da saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distri-
buição e aplicação dos produtos.

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9. SANÇÕES (ART. 15-17)

CRIME/INFRAÇÃO PENA/SANÇÃO
Aquele que PRODUZIR, COMERCIALIZAR, TRANS-
PORTAR, APLICAR, PRESTAR SERVIÇO, DER
DESTINAÇÃO A RESÍDUOS E EMBALAGENS
RECLUSÃO – 2 A 4 ANOS
VAZIAS DE AGROTÓXICOS, seus componentes e
afins, em descumprimento às exigências estabele-
cidas na legislação pertinente (art. 15).
RECLUSÃO – 2 A 4 ANOS
O EMPREGADOR, PROFISSIONAL RESPONSÁ-
MULTA
VEL OU O PRESTADOR DE SERVIÇO, que deixar
Se crime CULPOSO:
de promover as medidas necessárias de proteção
RECLUSÃO – 1 A 3 ANOS
à saúde e ao meio ambiente (art. 16).
MULTA
ADVERTÊNCIA
MULTA  de até 1.000 (mil) vezes o Maior
Valor de Referência – MVR, aplicável em
dobro em caso de reincidência
CONDENAÇÃO DE PRODUTO
INUTILIZAÇÃO DE PRODUTO
Infração de disposições desta Lei, SEM SUSPENSÃO DE AUTORIZAÇÃO, REGIS-
PREJUÍZO DAS RESPONSABILIDADES TRO OU LICENÇA
CIVIL E PENAL E INDEPENDENTEMENTE CANCELAMENTO DE AUTORIZAÇÃO,
DE MEDIDAS CAUTELARES (art. 17) REGISTRO OU LICENÇA
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA OU DEFINI-
TIVA DE ESTABELECIMENTO
DESTRUIÇÃO DE VEGETAIS, PARTES DE
VEGETAIS E ALIMENTOS, nos quais tenha
havido APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS DE
USO NÃO AUTORIZADO, a critério do órgão
competente.

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