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SUSTENTABILIDADE
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
O direito ambiental pátrio está calcado na Constituição Federal de 1988, mesmo que
decorrente de Tratados Internacionais.
A partir da carta maior se estabeleceu um arcabouço jurídico dividido nas mais
diversas competências de cada ente da federação, os quais possuem autogoverno e
autolegislação, gerando um emaranhado de leis, decretos, regulamentos e portarias
organizando toda a estrutura e execução da Política Nacional do Meio Ambiente em
todo o país.
Antes porém, verifiquemos a questão ambiental nas constituições brasileiras
anteriores.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
SUSTENTABILIDADE
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I — preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II — preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III — definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV — exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade;
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
V — controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI — promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII — proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização
definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se
consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam
manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal,
registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-
estar dos animais envolvidos.”
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
Como já vimos, no caput do art. 225, o legislador cuidou de fixar uma série de
aspectos fundamentais para a tutela do meio ambiente e até mesmo para o direito
ambiental como ciência.
A começar pela definição do objeto de tutela deste ramo do direito, que, como já
estudamos, é o equilíbrio ecológico. Estabeleceu, ainda, a titularidade deste
direto (o povo; todos das presentes e futuras gerações) e seu regime jurídico
(bem público de uso comum, essencial à qualidade de vida).
Por fim, se por um lado assegurou um Direito ao equilíbrio ecológico, por outro
previu que o Dever de defender e preservar o meio ambiente impõe-se não só ao
Poder Público, mas a toda a coletividade, num caráter eminentemente solidário e
participativo. Há, portanto, um direito e um correlato dever jurídico.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
Incumbências do Poder Público (§ 1º do art. 225)
O manejo ecológico deve ser empregado tanto sob uma perspectiva individual
(envolvendo uma espécie), como sob uma perspectiva global (envolvendo todo
um ecossistema).
UNIÃO:
Competência legislativa exclusiva, art. 22, IV, XII e XXVI:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
UNIÃO:
Competência administrativa exclusiva, art. 21, XVIII, XIX, XX, XXIII, d.
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as
secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga
de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
transportes urbanos;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL AMBIENTAL
Estados e Distrito Federal
Competência legislativa: art. 25, §3º.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum.
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 19. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2017.
MAZZILLI, Hugo Nigri. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor,
patrimônio cultura, patrimônio público e outros interesses. 24.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. 7.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
MUKAI, Toshio, Direito ambiental sistematizado. 10a ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense,
2016.
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Direito ambiental esquematizado. 4. ed. – São Paulo : Saraiva,
2017.
SILVA, José Afonso da. Direito ambiental constitucional. 9.ed. São Paulo: Malheiros, 2011.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. 16. ed. – São Paulo : Saraiva Educação,
2018.