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DIREITO
AMBIENTAL
Professor Rubens Vaz Junior
EVOLUÇÃO HISTORICA DAS NORMAS AMBIENTAIS
NO BRASIL
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▪ 1964 – É promulgada a Lei 4.504, que trata do Estatuto da Terra. A lei surge
como resposta a reivindicações de movimentos sociais, que exigiam
mudanças estruturais na propriedade e no uso da terra no Brasil.
▪ 1985 – É editada a Lei 7.347, que disciplina a ação civil pública como
instrumento processual específico para a defesa do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos.
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▪ 1988 – É promulgada a Constituição de 1988, a primeira a dedicar capítulo
específico ao meio ambiente. Avançada, impõe ao Poder Público e à
coletividade, em seu art. 225, o dever de defender e preservar o meio
ambiente para as gerações presentes e futuras.
▪ 1991 – O Brasil passa a dispor da Lei de Política Agrícola (Lei 8.171). Com
um capítulo especialmente dedicado à proteção ambiental, o texto obriga o
proprietário rural a recompor sua propriedade com reserva florestal
obrigatória.
▪ 1998 – É publicada a Lei 9.605, que dispõe sobre crimes ambientais. A lei
prevê sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente.
▪ 2001 – É sancionado o Estatuto das Cidades (Lei 10.257), que dota o ente
municipal de mecanismos visando permitir que seu desenvolvimento não
ocorra em detrimento do meio ambiente.
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CONCEITO, NATUREZA JURÍDICA, SUJEITOS E
FINALIDADE.
Considerado como ramo do direito que visa a proteção não somente dos bens
vistos de uma forma unitária, como se fosse microbens isolados, tais como rios,
ar, fauna, flora (ambiente natural), paisagem, etc, mas como um macrobem,
incorpóreo, que englobaria todos os microbens em conjunto bem como as suas
relações e interações.
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FONTES DO DIREITO AMBIENTAL
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PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL
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minimizar os danos causados ao meio ambiente. Os riscos são conhecidos e
previsíveis.
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REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS
AMBIENTAIS
Competência legislativa
O artigo 22 da Constituição Federal previu a competência legislativa privativa da
União Federal em relação a águas e energia; a diretrizes da política nacional de
transportes; ao regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e
aeroespacial; ao trânsito e transporte; a jazidas, minas, outros recursos minerais
e metalurgia; e atividades nucleares de qualquer natureza.
Não existindo norma federal, aos Estados e o Distrito Federal poderão exercer a
competência legislativa plena. Todavia, a superveniência de lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Competência Material
O artigo 21, em seus incisos IX, XVIII, XIX, XX e XXIII determinou exclusivamente
à União elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social; planejar e promover a defesa
permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as
inundações; instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e
definir critérios de outorga de direitos de seu uso; instituir diretrizes para o
desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes
urbanos; e explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e
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exercer o monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
derivados. São matérias eminentemente de caráter federal.
Por outro lado, o artigo 23 da Constituição Federal, estabeleceu competência
material comum aos entes federados para proteger os documentos, as obras e
outros bens de valor histórico, artístico e cultural, etc.
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SISTEMAS DE MEIO AMBIENTE
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LICENCIAMENTO AMBIENTAL: CONCEITO, CARÁTER
PREVENTIVO, NATUREZA JURÍDICA E FINALIDADE
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as condições, restrições e medidas de controle que deverão ser obedecidas pelo
realizador da atividade (Art. 225 da CF).
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Caráter Preventivo do Licenciamento Ambiental – O licenciamento
ambiental é um instrumento preventivo da Política Nacional do Meio Ambiente
que deve ser observado quando alguma obra puder causar poluição ou
degradação ambiental. Nossa lei qualifica o Meio Ambiente como patrimônio
público que deve ser assegurado e protegido para uso da coletividade.
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ICMBio - Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade
DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
MS – Ministério da Saúde
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RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL PELOS DANOS
AMBIENTAIS CAUSADOS.
Sabe-se que grande parte dos danos ambientais causados não é passível de
recuperação, tendo em vista a improbabilidade de se restabelecer, na natureza,
o status quo ante. Contudo, os danos, sejam diretos ou indiretos, são passíveis
de mitigação e de compensação, in natura ou em pecúnia.
AÇÃO CIVIL
• A responsabilidade civil por lesões ambientais é objetiva, dispensando a
demonstração de dolo ou culpa, conforme restou consagrado no art. 14 da
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81). O que importa,
para fins de responsabilização civil, é a demonstração da autoria, do dano e
do nexo de causalidade. Assim, resulta cristalino que o IBAMA e o Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, como entidades ambientais
da administração pública federal indireta, possuem legitimação ativa para
ingressar com ação civil pública com vistas a exigir do poluidor a reparação
do dano ou o pagamento de indenização. O ajuizamento da ação civil pública
figura como poder-dever da Administração que deverá manejar a ação caso
presentes os seus pressupostos.
AÇÃO PENAL
• O art. 26 da Lei n. 9.605/98 preceitua que nos crimes ambientais, a ação
penal é pública incondicionada. Desta feita, cabe aos órgãos e entidades
administrativos que detém o exercício do poder de polícia ambiental, proceder
à notificação de crime ambiental quando este seja constatado em
concomitância com infração administrativa ambiental. Importa esclarecer que
os tipos penais encontram correspondente nas infrações administrativas, ao
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menos no âmbito federal. No entanto, em vista do princípio da intervenção
mínima, nem sempre os tipos infracionais administrativos encontram similar
tipificação penal.
CONCLUSÃO
• A relevância da temática ambiental leva a que ao sistema de responsabilização
por danos ao meio ambiente seja conferido tratamento constitucional, com
repercussão nas esferas penal e civil, ora abordados, e também
administrativa. A pormenorização do tema foi relegada à legislação
infraconstitucional e também ao amadurecimento jurisprudencial.
• À Administração Pública e demais atores envolvidos compete a adoção de
medidas visando à identificação do responsável pelo dano ambiental e ao
manejo das ações pertinentes a materializar a reparação, seja in natura ou
em pecúnia. A dificuldade de restituição ao status quo ante aponta para a
necessidade de fortalecer os mecanismos de prevenção do dano, através de
ações educativas e de conscientização, de fiscalização e do amadurecimento
dos procedimentos de autorizações ambientais.
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DIREITO INTERNACIONAL AMBIENTAL
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• Constatamos que no Brasil é utilizada a teoria dualista moderada,
superando as teorias dualista e monista radicais, segundo entendimento
doutrinário e jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal.
QUESTÕES:
1) Em decorrência de grave dano ambiental em uma Unidade de Conservação,
devido ao rompimento de barragem de contenção de sedimentos minerais, a
Defensoria Pública estadual ingressa com Ação Civil Pública em face do causador
do dano. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
A) A Ação Civil Pública não deve prosseguir, uma vez que a Defensoria
Pública não é legitimada a propor a referida ação judicial.
B) A Defensoria Pública pode pedir a recomposição do meio ambiente
cumulativamente ao pedido de indenizar, sem que isso configure bis in
idem.
C) Tendo em vista que a conduta configura crime ambiental, a ação penal
deve anteceder a Ação Civil Pública, vinculando o resultado desta.
D) A Ação Civil Pública não deve prosseguir, uma vez que apenas o IBAMA
possui competência para propor Ação Civil Pública quando o dano
ambiental é causado em Unidade de Conservação.
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4) Tendo em vista a elevação da temperatura do meio ambiente urbano, bem
como a elevação do nível dos oceanos, a União deverá implementar e estruturar
um mercado de carbono, em que serão negociados títulos mobiliários
representativos de emissões de gases de efeito estufa evitadas. Sobre o caso,
assinale a afirmativa correta
A) É possível a criação de mercado de carbono, tendo como atores,
exclusivamente, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal.
B) Não é constitucional a criação de mercado de carbono no Brasil, tendo
em vista a natureza indisponível e inalienável de bens ambientais.
C) A criação de mercado de carbono é válida, inclusive sendo
operacionalizado em bolsa de valores aberta a atores privados.
D) A implementação de mercado de carbono pela União é cogente, tendo
o Brasil a obrigação de reduzir a emissão de gases de efeito estufa,
estabelecida em compromissos internacionais.
GABARITO
1. B 2. C 3. A 4. C 5. D
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PARABÉNS PELO EMPENHO!
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