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TEORIA DESENVOLVIMENTISTA
TEORIA MATURACIONAL
AREAS DO COMPORTAMENTO
Nós todos somos produtos de estruturas genéticas especificas e da soma total das
experiências que temos desde a concepção. Sendo assim, a criança não é uma lousa em
branco, pronta a ser moldado segundo os nossos caprichos ou segundo um padrão
preestabelecido. As pesquisas atuais vêm tornando esse fato perfeitamente claro. Os
bebês são capazes de processar muito mais informações do que podemos suspeitar. Eles
pensam e usam os movimentos de forma objetiva, embora inicialmente imprecisa, a fim
de obter informações sobre seus ambientes. Cada criança é um individuo único, e nunca
dois indivíduos reagirão exatamente da mesma maneira. O ambiente hereditário e
empírico das crianças e as exigências especificas das tarefas motoras tem efeito
profundo no índice de obtenção das habilidades motoras rudimentares da primeira
infância.
Desde o nascimento, o bebê esta em constante luta para dominar o meio ambiente e
poder sobreviver nele. Nos primeiros estágios de desenvolvimento, a interação básica
do bebê com o ambiente ocorre pelos movimentos. O bebê deve começar a dominar três
categorias básicas de movimento para sobreviver e para interagir, de modo efetivo e
eficiente, com o mundo. Primeiramente, deve estabelecer e manter certa relação do
corpo com a força da gravidade, a fim de atingir uma postura sentada ereta e uma
postura em pé ereta (estabilidade). Em segundo lugar, a criança deve desenvolver
habilidades básicas a fim de movimentar-se pelo ambiente (locomoção). Em terceiro
lugar, o bebê deve desenvolver as habilidades rudimentares de alcançar, segurar e soltar
para fazer contatos significativos com os objetos (manipulação).
ESTABILIDADE
O bebê esta em constante luta contra a força da gravidade para atingir e manter uma
postura ereta. Estabelecer controle sobre a musculatura em oposição à gravidade é um
processo que obedece a uma seqüência previsível em todos os bebês. Os eventos que
levam a uma postura em pé ereta começam com a obtenção de controle sobre a cabeça e
o pescoço e continuam para baixo em direção ao tronco e as pernas. A operação do
principio céfalo-caudal de desenvolvimento é geralmente aparente no progresso
seqüencial do bebê, a partir da posição deitada para uma postura sentada e, finalmente,
para uma postura em pé ereta. A seqüência do desenvolvimento motor infantil é
imprevisível, mas o ritmo é variável, fornece um sumário da seqüência de
desenvolvimento e a idade aproximada do aparecimento de habilidades estabilizadoras
rudimentares selecionadas.
Ao nascer, o bebê tem só controle da cabeça e dos músculos do pescoço. Se o bebê for
mantido na posição reta pelo tronco, a cabeça cairá para frente. No final do primeiro
mês, o bebê ganha controle sobre esses músculos e é capaz de manter a cabeça ereta,
quando apoiada na base do pescoço.
CONTROLE DO TRONCO
SENTAR-SE
Sentar-se sozinho é uma realização que requer o controle completo do tronco. O bebê de
4 meses é geralmente capaz de sentar-se com apoio na região lombar. Ele tem controle
sobre a parte superior do tronco, mas não sobre a parte inferior. Os primeiros esforços
de sentar-se sozinho caracterizam-se por certa inclinação exagerada para a frente, a fim
de obter acréscimo de apoio para região lombar. Aos poucos, a habilidade de sentar-se
ereto com limitada quantidade de apoio desenvolve-se. No sétimo mês, o bebê, em
geral, é capaz de sentar-se sozinho, completamente sem apoio.
FICAR EM PÉ
A obtenção da postura ereta, em pé, representa um marco desenvolvimentista na busca
do bebê pela estabilidade. É indicação de que o controle sobre a musculatura já foi
obtido até o ponto em que a força da gravidade não pode mais fixar exigências de
restrições sobre o movimento. O bebê agora esta a ponto de conseguir a locomoção
ereta (caminhar), façanha celebrada pelos pais e pediatras como a tarefa mais
espetacular de desenvolvimento motor do bebê.
As primeiras tentativas voluntárias de ficar em pé ocorrem por volta do quinto mês.
Quando é seguro pelas axilas e colocado em contato com determinada superfície de
apoio, o bebê, voluntariamente, vai estender o quadril, endireitar e enrijecer os músculos
das pernas e manter a posição ereta com apoio externo considerável. Por volta do nono
ou décimo mês, o bebê é capaz de ficar em pé, parado em móveis e de se apoiar nestes
por considerável período de tempo. O bebê, gradualmente, começa a apoiar-se menos
no objeto que lhe fornece suporte e pode, freqüentemente, ser visto testando o
equilíbrio, sem apoio, por breve instante. Entre o 10° e o 12° mês. O bebê já consegue
impulsionar-se para ficar em pé, primeiro de joelhos e, depois, com a impulsão das
pernas, enquanto os braços estendidos para cima puxam para baixo. Ficar em pé sozinho
por períodos extensos de tempo, em geral, ocorre ao mesmo tempo em que andar
sozinho e não aparece separadamente na maioria do bebês. O aparecimento da postura
em pé, ereta, normalmente acontece em algum momento entre 11º e 13° mês. Nesse
ponto, o bebê já obteve considerável controle sobre a musculatura e pode realizar a
difícil tarefa de erguer-se, a partir da posição deitada para a posição ereta,
completamente sem auxilio.
LOCOMOÇÃO
ARRASTAR-SE
ENGATINHAR
POSTURA ERETA
MANIPULAÇÃO
ALCAÇAR
Nos primeiros quatro meses, o bebê não faz movimentos direcionados para alcançar
objetos, embora possa observá-los atentamente e fazer movimentos de envolvimento
globular na direção geral do objeto. Por volta do quarto mês, ele começa a fazer
movimentos manuais e visuais refinados necessários para o contato com o objeto.
Freqüentemente, o bebê pode ser observado olhando alternadamente um objeto e sua
mão. Os movimentos são lentos e desajeitados, envolvendo basicamente o ombro e o
cotovelo. Depois o pulso e ao tornam-se mais diretamente envolvidos. No final do
quinto mês, a pontaria da criança está quase perfeita e, agora, ela é capaz de alcançar e
fazer contato tátil com objetos do ambiente. Essa realização é necessária antes que a
criança possa realmente pegar o objeto e segurá-lo na mão.
SEGURAR
O recém-nascido vai segurar um objeto quando este for colocado na palma de sua mão.
Essa ação, entretanto, é totalmente reflexa até o quarto mês. O ato de segurar
voluntariamente, porém, não será assimilado enquanto o mecanismo sensório-motor não
se desenvolver até o ponto em que o alcance eficiente e o contato significativo possam
ocorrer. Halverson (1937) identificou vários estágios no desenvolvimento da preensão.
No primeiro estágio, um bebê de 4 meses não realiza nenhum esforço real voluntário
para contato tátil com um objeto. No segundo estágio, o bebê e 5 meses é capaz alcançar
e fazer contato com o objeto. Ele segura o objeto com a mão inteira, mas não
firmemente. No terceiro estágio, os movimentos da criança são gradualmente refinados
de modo que, por volta do sétimo mês, a palma e os dedos estejam coordenados. A
criança ainda é incapaz de usar efetivamente os dedos e o polegar. No quarto estágio,por
volta dos 9 meses de idade, a criança inicia o uso do dedo indicador no ato de segura.
Aos 10 meses de idade, o ato de alcançar e o ato de segurar estão coordenados em um
movimento contínuo. No quinto estágio, o uso eficiente do polegar e do dedo indicador
entra em cena por volta do 12 meses. No sexto estágio, quando a criança tem 14 meses
de idade, as habilidades de preensão são muito similares às dos adultos. Fatores
ambientais que parecem influenciar a qualidade de movimento de segurar incluem o
tamanho, peso, a textura e forma do objeto que está sendo segurado.
SOLTAR
OS NIVEIS DE HABILIDADES
RUDIMENTAR OU FUNDAMENTAL, ESPECIALIZADO
MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS
ESQUELETO
Quando vemos um adulto arremessar um frisbee, digitar uma carta, recuperar uma bola
em um jogo de basquete, caminhar com o auxilio de um andador ou sair para correr no
parque, estamos observando um desempenho motor. As tarefas motoras de adultos
variam de atividades diárias a habilidades especializadas. Algumas tarefas exigem ao
nível de precisão; outras, alto grau de velocidade e de precisão.
A proporção que avançamos em idade, observamos inúmeras alterações no desempenho
de varias tarefas motoras. A maior parte dessas alterações envolve declínio na
realização bem-sucedida da tarefa. Essas alterações prejudiciais ao desempenho motor
podem resultar da degeneração do sistema fisiológico relacionada à idade, de fatores
psicológicos associados à idade, do ambiente mutável, de exigências da tarefa ou de
algum tipo de combinação dessas quatro variáveis.
O processo de envelhecimento resulta e muitas alterações fisiológicas. Algumas dessas
alterações podem ter pouco ou nenhum impacto sobre o comportamento real de um
adulto em fase de envelhecimento. Certas exigências de tarefa podem não sobrecarregar
demasiadamente os sistemas fisiológicos que tenham se deteriorado, ou exigências
feitas a um sistema em declínio podem ser acomodadas por um ou mais dos sistemas
fisiológicos saudáveis.
O ambiente no qual a tarefa motora é desempenhada pode influenciar o êxito do
desempenho. A quantidade de luz que ilumina um aposento, a estabilidade de piso e a
temperatura do ar no ambiente representam exemplos de condições ambientais que
poderiam afetar o desempenho. Certas circunstancias ambientais podem ser prejudiciais
à execução de um movimento particular, seja o individuo criança, adulto jovem ou
idoso. Outras condições ambientais podem inibir o desempenho somente quando elas
interagem com um sistema ou sistemas fisiológicos em declínio. Um adulto mais velho,
por exemplo, em um aposento “mal iluminado”, pode não ser capaz de apanhar uma
bola arremessada. Embora sua inabilidade em apanhar a bola possa representar declínio
associado à idade na habilidade de apanhar, também pode ser o resultado de um baixo
nível de iluminação interagindo com alterações associadas à idade na estrutura e na
função dos olhos. O aumento do nível de iluminação no aposento poderia tornar
possível ao individuo apanhar uma bola arremessada com pouca ou nenhuma
dificuldade.
As exigências que definem como a tarefa deve ser desempenhada podem interagir com
certas características relacionadas à idade para reduzir o nível de eficiência ou de
sucesso do desempenho. Um adulto mais velho pode ter problemas ao desempenhar
uma tarefa que requeira tanto velocidade como precisão, porém ele pode não ter
nenhuma dificuldade caso a mesma tarefa exija apenas precisão. Alterações no sistema
músculo-esquelético e no sistema nervoso central podem afetar a velocidade com que se
realiza certa tarefa, mas não necessariamente sua conclusão precisa.
Embora os motivos de alterações no desempenho motores relacionados à idade sejam
variados, algumas alterações comportamentais são consistentemente observadas. Essas
alterações incluem tempos de reação decrescentes, manutenção de equilíbrio e controle
postural diminuída e alterações nos padrões de caminhada.