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CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO MOTOR
CONVERSA INICIAL
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Os estudos realizados pelas áreas que compõem a área de comportamento
motor são feitos em diferentes níveis, ou seja, englobam desde a microscopia,
com estudos bioquímicos, até pesquisas psicossociais (Tani et al., 2010). É
possível realizar pesquisas básicas, em que se estudam os mecanismos de ação
do organismo, e também pesquisas aplicadas, que buscam analisar e explicar os
parâmetros globais do comportamento motor dos indivíduos.
Dessa maneira, a área de comportamento motor busca produzir
conhecimento que contribui para as intervenções na área da saúde (atividade
física, fisioterapia, terapia ocupacional), educação física escolar e esporte de lazer
e de rendimento), influenciando métodos de aquisição, reabilitação e treinamento
das habilidades motoras (Tani et al., 2010).
Na área dos esportes, especificamente, os estudos sobre comportamento
motor influenciam no processo de ensino, aprendizagem e treinamento,
fornecendo conhecimento sobre as características biomecânicos dos esportes
(melhor desempenho motor e menor despendimento energético), aspectos
maturacionais de crianças e adolescentes (treinamento adequado para diferentes
faixas etárias) e processo de prática (condições de prática mais adequada para
cada nível de experiência motora).
Com isso, iniciantes e atletas experientes podem ter melhor desempenho
nos treinos e nas competições.
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Segundo Gallahue e Ozmun (2005), Papila (1999), Thelen e Smith (1994),
cada ser é único, porém existem padrões em comum das características humanas
em cada período do ciclo vital, alternando entre fases de mudanças e de
estabilidade.
Gallahue e Ozmun (2005) propõem um modelo de desenvolvimento motor,
durante o ciclo vital, denominado a ampulheta, no qual ele elenca a sequência das
fases do desenvolvimento e explica a influência da hereditariedade (fatores
individuais) e do ambiente (fatores ambientais).
As fases do desenvolvimento propostas por Gallahue e Ozmun (2005) são:
fases motoras reflexa, rudimentar, fundamental e especializada.
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As habilidades motoras rudimentares são divididas em estabilizadoras
(controle da cabeça, do tronco, de sentar e de ficar em pé), locomotoras
(movimentos horizontais e postura ereta) e de controle de objetos (alcançar,
agarrar e soltar) (Gallahue; Ozmun, 2005).
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Durante os primeiros anos de vida, o corpo da criança sofre grandes
alterações e ela passa por um período de relativa estabilização do seu
crescimento corporal durante a terceira infância, fase que antecede o crescimento
pubertário (Silva, 2010).
Durante a terceira infância, o menino tende a estar na frente da menina, em
relação a peso e estatura corporal (Malina; Bouchard; Bar-Or, 2009). Com a
chegada da puberdade, a menina, pela maturação biológica mais rápida, passa a
ter uma leve vantagem sobre os meninos, também em peso e estatura (Gallahue;
Ozmun, 2005). No final da puberdade, volta a haver a inversão dos valores de
peso e estatura corporal, sendo que o menino volta a ser mais alto e pesado que
a menina (Silva, 2010).
Entre outras alterações biológicas que possuem diferença entre os gêneros
e se modificam durante as fases de crescimento e desenvolvimento estão as
valências físicas, como resistência aeróbia, resistência muscular localizada, força,
potência e flexibilidade.
Dessa forma, pode-se afirmar que, assim como o desenvolvimento motor,
o crescimento físico é um processo dinâmico, iniciado na concepção, com
alterações durante o ciclo vital que é findado na morte
As pesquisas na área do crescimento físico podem auxiliar professores e
treinadores na escolha da carga de treinamento correta para os alunos/atletas de
diferentes faixas etárias, melhorando o desempenho de cada indivíduo, sem afetar
negativamente a sua estrutura física.
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Estágio cognitivo: é a primeira fase da aprendizagem e é de natureza
cognitiva;
Estágio associativo: nessa fase a pessoa aprende a associar algumas
pistas ambientais com o movimento executado;
Estágio autônomo: é o estágio final da aprendizagem. Nesse estágio, há a
automatização da habilidade.
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Prática em blocos: é aquela na qual todas as tentativas de uma
determinada tarefa são completadas antes de se passar para a próxima
tarefa.
Após uma habilidade motora ter sido aprendida, ela pode auxiliar ou
prejudicar a aprendizagem de uma nova habilidade motora ou da mesma
habilidade motora em um novo contexto. Assim sendo, a experiência prévia tem
influência na transferência de aprendizagem e deve ser cuidadosamente avaliada
pelo professor/treinador durante o ensino de uma nova habilidade motora.
TEMA 5 – MATURAÇÃO
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pela quantidade, em anos, de vida que a pessoa tem e a idade biológica está
relacionada com o estágio em que os indicadores biológicos se encontram.
Cameron (1998, citado por Guedes, 2011) cita alguns indicadores da
maturação biológica:
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REFERÊNCIAS
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TANI, G. Aprendizagem motora: tendências, perspectivas e problemas de
investigação. In: TANI, G. (Ed.). Comportamento motor: aprendizagem e
desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 17-33.
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