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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA 1

PCA
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA

Serraria Madeira Real Ltda

RAZÃO SOCIAL: Serraria Madeira Real Ltda

NOME FANTASIA Serraria Madeira Real

CNPJ: 19.715.684/0001-36

CNAE: 16.10-2-03 GRAU DE RISCO: 03

Serraria com desdobramento de madeira em bruto.


RAMO DE ATIVIDADE:

Fazenda Coimbra, SN - Zona Rural, Município: Senhora de Oliveira


ENDEREÇO:
UF: MG - CEP: 36.470-000

VIGÊNCIA 27 DE MAIO DE 2023 A 26 DE MAIO DE 2024

EMISSÃO: 27/05/2023

MedCenter Medicina Ocupacional Ltda


R. Vereador Juca Pena, Nº 65 – Loja 01 e Loja 02
Conselheiro Lafaiete – MG – CEP: 36.400-052
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REVISÃO

Número da Data da Responsável Motivo da


Item Revisado
Revisão Revisão pela Revisão Revisão

Pedido da
00 27/05/2023 Elaboração do Documento
Contratante

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SUMARIO

01- IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA


02- INTRODUÇÃO
03 - OBJETIVO
04 - PRINCIPIOS BÁSICOS
05 - DIRETRIZES
06 - ETAPAS DO PCA DE ACORDO COM A ORDEM DE SERVIÇO 806 DO INSS
07- BENEFÍCIOS DO PCA
08 - DEFINIÇÕES
09 - METODOLOGIA
10 - PRINCÍPIOS PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME AUDIOLÓGICO
11- DIAGNÓSTICO DE PAIR
12 - CONDUTAS PREVENTIVAS
13 - MEDIÇÕES
14 - VIABILIZAÇÃO
15 - AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO PROGRAMA
16 - CONCLUSÃO
17- ANEXOS

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1- IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

RAZÃO SOCIAL: Serraria Madeira Real Ltda

NOME FANTASIA: Serraria Madeira Real

CNPJ: 19.715.684/0001-36
INSCRIÇÃO ESTADUAL: --

ENDEREÇO: Fazenda Coimbra, SN -, Município:


UF: MG - CEP:
BAIRRO: Zona Rural

CIDADE: Senhora de Oliveira – MG/


CEP: 36.470-000

TELEFONE: (31) 99693-4734

E-MAIL: efigeniavieira90@hotmail.com

CNAE ATIVIDADES PRINCIPAL: 16.10-2-03 - Atividade principal: Serraria com desdobramento de


madeira em bruto.

45.30-7-03 - COMÉRCIO A VAREJO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS


CNAE SECUNDÁRIO:
NOVOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES
GRAU DE RISCO DA EMPRESA: 03 (TRÊS)
RESPONSÁVEL PELA
Maria do Carmo Reis de Oliveira
EMPRESA:
FUNÇÃO: Socio/Administrador

CONTATO: (31) 99693-4734

HORÁRIO DE TRABALHO: 44 horas semanais

EMPRESA RESPONSÁVEL
MEDCENTER MEDICINA OCUPACIONAL LTDA
PELAELABORAÇÃO DO PGR:

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS 28 FUNCIONÁRIOS


PREVISTOS:

Médico Resonsavel: Telma Rodrigues Vargas CRM/MG: 23.952 RQE: 16.741

Endereço: R. Vereador Juca Pena, Nº 65 – Loja 01 e Loja 02 – Conselheiro Lafaiete – MG – CEP: 36.400-052

Telefone: (31) 972537479 Email: telmarodrigues@yahoo.com

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2- INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde em 1989 passou a tratar o ruído como um


problema de saúde pública, visto que, é definido como ondas sonoras desarmônicas.
O ruído nas empresas é um dos maiores fatores de risco a saúde do trabalhador,
a necessidade da audição para a qualidade de vida do ser humano e de extrema
importância.

A SERRARIA MADEIRA REAL LTDA está presente no mercado, como uma


empresa que se preocupa com a qualidade de seus serviços, bem como, com a saúde
e segurança dos seus funcionários, com isso, seus programas de prevenção a
acidentes de trabalho, são de acordo com as normas adotadas peloMinistério do
Trabalho e pelo INSS, O Programa de Conservação auditiva ( PCA) desta
empresa,vem como participação essencial na qualidade do funcionamento da
empresa, ela adota o uso de protetores auditivos como forma de prevenir e minimizar a
ocorrência de PAIR (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído), e até mesmo a Surdez
Ocupacional, concretizado a lei n° 8213/ 9, que considera o ruído causador de doença
ocupacional.
Com isso, o Programa de Conservação Auditiva visa evitar à exposição dos
funcionários a pressão sonora além dos limites permitidos na NR7.

3- OBJETIVO

Criar parâmetros para avaliar e acompanhar os exames audiológicos dos


trabalhadores, bem como, orientar e vistoriar o uso dos EPAs ( Equipamentos de
proteção Auditiva) nas áreas de exposição à pressão sonora elevada e monitorar os
riscos sonoros no ambiente de trabalho,adequando assim de acordo com as normas
trabalhistas de saúde e segurança do trabalhador deste pais, melhorando a qualidade
de produção e o custo benefício da empresa.
O PCA é um conjunto de ações coordenadas que tem por objetivos:

a. Melhorar a qualidade de vida dos funcionários da empresa, evitando assim os


transtornos causados pela exposição a pressão sonora elevada.

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O PCA tem como objetivo principal melhorar a qualidade de vida do trabalhador, evitando
assim a surdes ocupacional causada pela exposição a Nível de Pressão Sonora Elevada
e agentes de risco a saúde auditiva.

b. Identificar funcionários com alterações auditivas, e fazer encaminhamentos


necessários para solucionar alterações que possam haver tratamento,
Estabelecer diagnóstico diferencial através de exame complementares
como: Logoaudiometria, Imitanciometria, EOA e BERA, quando solicitados.
Os encaminhamentos para o Otorrinolaringologista deverão ocorrer para
diagnóstico diferencial, principalmente nos casos de Perda Auditiva Condutiva.
Os funcionários incluídos no PCA deverão assinar o termo de Reconhecimento de
perda auditiva, conforme Anexo, se comprometendo a participar do Programa de
Conservação Auditiva.

c. Fazer diagnóstico diferencial das Perdas auditivas induzidas por ruído


precocemente, para assim evitar seu agravamento;
d. Desenvolver a adequação da empresa com as normas do Ministério do
Trabalho e do INSS.

Ministério do trabalho:

• Norma Regulamentadora n° 7 ( NR 7 )da portaria n° 3214/078- Programa de


Controle. Médico Ocupacional( PCMSO) e Anexo I ( Portaria 19 de 08/ 04/
1998).
Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Este programa é desenvolvido incluindo as obrigações do empregador, do
Medico responsável pela sua implantação, para com os empregados.

• Norma Regulamentadora n° 1 (NR 1)- - DISPOSIÇÕES


GERAIS e GERENCIAMENTO DE RISCOS
OCUPACIONAIS

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O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os


termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas a
segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de
riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho -
SST.
NR 9- 9.3.6.2. – Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que
apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas
alíneas que seguem:

i. para agentes químicos, a metade dos limites de exposição


ocupacional considerado de acordo com a alínea “c” do subitem
9.3.5.1;

ii. para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme


critério estabelecido na NR-15, Anexo nº 1, item 6.

Ministério da previdência Social (INSS)

• Ordem de serviço 608 de 5 de agosto de 1998, do INSS: 1 – Os documentos


refentes ao PCA recomenda-se ser arquivado no período de 30(trinta) anos.

Aprovar a Norma Técnica sobre Perda Auditiva Neurossensorial por Exposição


Continuada a Níveis Elevados de Pressão Sonora de Origem Ocupacional,
constituída do volume anexo, que possui duas seções:

a) SEÇÃO I - Atualização clínica da Perda Neurossensorial por Exposição


Continuada a Níveis Elevados de Pressão Sonora de Origem Ocupacional (PAIR
OCUPACIONAL)

b) SEÇÃO II - Norma Técnica de Avaliação da Incapacidade Laborativa.

Comitê Nacional de Conservação Auditiva: é um órgão interdisciplinar composto


por membros indicados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho -
ANAMT e pelas Sociedades Brasileiras de Acústica - SOBRAC, de
Fonoaudiologia - SBF e de Otorrinolaringologia - SBORL, definiu e caracterizou a
Perda Auditiva por Ruído – PAIR.

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Relacionada ao Trabalho, com o objetivo de apresentar o posicionamento


oficial da comunidade científica brasileira sobre o assunto.

Conforme anexo II: Programa de Conservação Auditiva relata as etapas do PCA e


informa sobre a viabilização do PCA:

Para a viabilização do PCA, é necessário o envolvimento dos profissionais


multidiciplinares:

Segurança do trabalho – previnir que os colaboradores expostos a niveis de


ruido perigosamente altos desenvolva perda auditiva indizuda pelo ruído
ocupacional (PAIR).
Atuar nas inspeções em área conferindo o uso correto do EPI, além de orientar
sobre sua higienização e periodicidade. Caso tenha gestão de mudança no
ambiente de trabalho com niveis de ruido elevado, comunicar de imediato o setor
de higiene ocupacional.

Setor de RH - Apoiar nos treinamento direcionados a prevenção da


saúde auditiva e recurso financeiro.

Medicina do trabalho - Identificar perdas auditivas nos exames de


audiometria, encaminhando ao médico especialista para fins de
diagnóstico.Traçar ações com as áreas envolvidas fornecendo dados estatitiscos,
tendo como objetivo evitar nexo causal.

Com isso determinar ações que competem os itens abaixo:

e. Reduzir o número de doenças do trabalho relacionado ao aparelho auditivo.

f. Reduzir o número de ações trabalhistas/nexo causal

g. Aplicar um PDCA quando necessário.

4- PRINCÍPIOS BÁSICOS

O Programa de Conservação Auditiva da empresa visa:


⚫ O conhecimento adequado do programa, para seu funcionamento efetivo;
⚫ Delimitar a cada profissional sua função, não deixando de exercer o
trabalho multidisciplinar;

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⚫ A participação dos integrantes do PCA, na aquisição de equipamentos onde o


nível de pressão sonora possa ser reduzido, bem como garantir estudos e
análises dos materiais e equipamentos usados na empresa;
⚫ Garantir que a empresa auxilie junto aos recursos humanos e materiais para a
implantação do programa.

5- DIRETRIZES

⚫ A integridade da saúde auditiva bem como a preservação do aumento da PAIR


deve ser priorizada e promovida através da diminuição e/ou eliminação da
pressão sonora elevada;
⚫ Os setores de segurança e saúde do trabalhador devem estar agindo de forma articulada;
⚫ A gerência da empresa deve estar envolvido no PCA para implantação e
fiscalização da aplicação do programa;
⚫ Orientar e promover o uso dos Protetores Auditivos ;
⚫ Executar medições dos níveis de pressão sonora entre os ambientes de trabalho, para
prevenção efetiva;

⚫ O controle medico deve realizar avaliações qualitativas e quantitativas periodicamente.

6- ETAPAS DO PCA DE ACORDO COM A ORDEM DE SERVIÇO 806 DO INSS

I ) Monitorização da exposição a nível de pressão sonora elevado:

As medições dos níveis de pressão sonora elevada são de fundamental


importância para que possa elaborar metas referentes a conservação auditiva dos
funcionário da empresa, de forma detalhada .

Este monitoramento visa:


• Avaliar os trabalhadores expostos ao risco;

• Determinar se os níveis de pressão sonora elevada presentes na


empresa que podem interferir com a comunicação entre os
funcionários e a percepção audível de sinais de alerta;

• Dar prioridade ao controle do nível de pressão sonora elevada e


definir e estabelecer práticas de proteção auditiva do trabalhador;

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II ) Controles de engenharia e administrativos:


É através dos controles de engenharia e administrativos que o PCA poderá
se efetivar de maneira adequada, pois somente por meio da redução do nível de
pressão sonora elevada ou da exposição é que se consegue prevenir os danos
ocasionados pelo nível de pressão sonora elevado.

Todas as modificações ou substituições de equipamento que cause


alteração física na origem ou na transmissão do nível de pressão sonora elevado
(com exceção dos EPI's), reduzindo os níveis sonoros que chegam no ouvido ao
trabalhador, são de responsabilidade das medidas de engenharia. Como: a
instalação de silenciadores, enclausuramento de máquinas, redução da vibração
das estruturas, revestimento de paredes com materiais de absorção sonora, etc.

Os setores administrativos são responsáveis pelas medidas que tem por


objetivo alterar a forma de trabalho ou das operações, levando a redução da
exposição, como, por exemplo, rodízio de empregados nas áreas de nível de
pressão sonora elevado, funcionamento de determinadas máquinas em turnos
ou horários com menor número de pessoas presentes, etc.

III ) Monitorização audiométrica:

Os exames audiométricos são a melhor forma de monitorar a audição dos


trabalhadores, eles têm como propósito:

a) estabelecer a audiometria inicial de todos os trabalhadores;

b) identificar a situação auditiva (audiogramas normais e alterados),


fazendo o acompanhamento periódico;

c) identificar os indivíduos que necessitam de encaminhamento ao médico


otorrinolaringologista com objetivo de verificar possíveis alterações de orelha
média;
d) alertar os trabalhadores sobre os efeitos do nível de pressão sonora elevado,
bem como fornecer-lhes os resultados de cada exame;

e) contribuir significativamente para a implantação e efetividade do PCA.

O exame audiométrico admissional, ou seja, o primeiro exame realizado na


empresa deve ser usado como o exame de referência e comparados, em caráter coletivo

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ou individual, com os exames realizados posteriormente, de modo a verificar se as


medidas de controle do nível de pressão sonora elevado estão sendo eficazes.

Ao ser diagnosticado perda de audição não desclassifica o trabalhador do


exercício de suas funções laborais. A monitorização dos exames deve ser utilizada
como prevenção da progressão de perdas auditivas induzidas por ruído e não como
meio de exclusão de trabalhadores de suas atividades, pois a perda auditiva não
impede o profissional a exercer suas atividades laborais, exceto em casos de risco
a sua saúde devido a sinais de alerta.

O controle evolutivo audiológico deverá ser realizado pelo profissional


contratado pela empresa (médico e/ou fonoaudiólogo),para realização do
gerenciamento do programa,mesmo que o serviço seja terceirizado.

Os trabalhadores têm direito de receber o resultado de seus


exames, levando em consideração que os mesmos emprestam sua audição
para realização do monitoramento.

IV ) Indicação de Equipamentos de Proteção Individual – EPI:

A indicação do protetor auricular tem por objetivo diminuir a intensidade da onda


sonora recebida pelo trabalhador, ou seja, realizar a atenuação do ruído
presente no ambiente laboral.

Esta seleção do EPI mais adequado a cada situação é de responsabilidade da


equipe executora do PCA. Para isso, alguns aspectos devem ser considerados
quando da seleção:

• Nível de atenuação que represente efetiva redução da energia


sonora que atinge as estruturas da cóclea;

• Modelo que se adeque à função exercida pelo trabalhador;

• Conforto;

• Aceitação do protetor pelo trabalhador.

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V) Educação e motivação:

O trabalhador para se empenhar no Programa de Conservação auditiva, deve ter


conhecimento e envolvimento na sua implantação e nas medidas adotadas para o
sucesso da prevenção da exposição e seus efeitos.

E através dos treinamentos que os trabalhadores adquirem informações previstas


para a execução do programa, através de cursos, debates, organização de
comissões, participação em eventos e outras formas apropriadas para essa
aquisição.
As atividades processo de informação aos trabalhadores devem garantir, no
mínimo, a compreensão das seguintes questões:
• Os efeitos à saúde ocasionados pela exposição em nível de pressão sonora elevado;
• A interpretação dos resultados dos exames audiométricos;
• Concepção, metodologia, estratégia e interpretação dos resultados das
avaliaçõesambientais;
• Medidas de proteção coletivas e individuais possíveis.

VI ) Conservação de registros:

Os registros de dados referentes a resultados de audiometrias, bem como


avaliações ambientais e medidas adotadas de proteção coletiva por período de 20
anos. Esses dados devem estar disponíveis para os trabalhadores, órgãos de
fiscalização e vigilância, bem como as medições acústicas por períodos de
trabalho.

VIII ) Avaliação da eficácia e eficiência do programa:

O uso de check-list para acompanhar a aplicação do PCA pode ser muito útil na avaliação.

7- BENEFÍCIOS DO PCA

O PCA é um meio de prevenção dos problemas auditivos causados pela


exposição à pressão sonora elevada ao longo da jornada de trabalho das pessoas

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envolvidas em tais situações de risco.


Com isso, são muitos os benefícios que tanto a empresa quantos os seus
funcionários terão com a implantação deste programa.

BENEFÍCIOS DO PCA AO TRABALHADOR EXPOSTO AO RUÍDO

• Prevenção da PAIR ocupacional


• Melhor qualidade de vida, onde a perda auditiva altera na vida profissional e pessoal;
• Redução dos impactos no organismo: menor nervosismo, estresse,
doenças cardiovasculares e outros males ocasionados pela exposição
excessiva ao ruído.
• Prevalência da habilidade em utilizar no telefone, ouvir sinais de alerta no
trabalho, e no trânsito;
• Melhor disponibilidade para o mercado de trabalho;
• Manutenção da saúde auditiva, onde problemas auditivos extra- laborais,
podem ser detectados a partir dos exames audiológicos do programa, como
casos de otosclerose por exemplo.

BENEFÍCIOS DO PCA AO EMPREGADOR

• Aumento da produtividade do empregado, pela redução do estresse e fadiga,


relacionados à exposição ao ruído.
• Diminuição do índice de acidentes na empresa, onde o funcionário com perda
auditiva pode não ouvir sinais de alerta;
• Ganhos monetários diretos e indiretos devido a ao baixo índice de acidentes;
• Manutenção da imagem da empresa: prática de políticas que dizem respeito
à saúde e segurança dos funcionários;
• Versatilidade dos empregados: aumento das possibilidades de mobilidade de função,
• Reduzindo gastos extras devidos a novas contratações e treinamentos.
• Redução da rotatividade de pessoal: melhoria do relacionamento entre os funcionários.
• Redução de gastos: prevenção de perdas de dinheiro por possíveis
pagamentos de Indenizações.

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8- DEFINIÇÕES

A FUNÇÃO AUDITIVA

O ouvido está em sua maior parte está contido no osso temporal, e tem
como funções principais o equilíbrio que ocorre nos canais semi- circulares e a
audição que tem como órgão principal a cóclea .

O ouvido se divide em três partes:

a) Ouvido externo

É responsável pela recepção e transmissão da onda sonora do meio externo


até a orelha média. É constituído de:

• pavilhão auricular

• Conduto auditivo externo ou meato acústico externo, é o canal por onde


passa a onda sonora em direção a membrana timpânica.

• Membrana timpânica: é uma estrutura semi- transparente e encontra- se na


porção final da orelha externa;

b) Ouvido médio

Transporta a onda sonora até a orelha interna, através de três ossículos, Martelo,
Bigorna e Estribo, que ligados entre si, direcionam a onda sonora do meio aéreo para o
meio líquido. Possui também um canal de ligação entra a orelha média e a nasofaringe,
que tem como principal função manter o equilíbrio da pressão de ar.

c) Ouvido interno

É onde se encontra o principal órgão da audição, a cóclea, e também onde estão


as células ciliadas responsáveis pela transmissão do impulso nervoso para o centro
auditivo no córtex cerebral.

PERDA AUDITIVA

É considerada a hipoacusia, ou seja, baixa ou perda da função auditiva, com


graus e tipos variados.

Tipos de Perda

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Perda Auditiva Condutiva: Ocorre quando há alguma obstrução ou interferência


na passagem da onda sonora entre a orelha externa e média. Podendo ser
devido a :

• Obstrução por cerume

• Otites externa e média

• Perfuração da membrana timpânica

• Desarticulação da cadeia ossicular

• Otosclerose

• Entre outros.

1. Perda Auditiva mista: Ocorre quando à alguma alteração na condução da onda


sonora na orelha externa e média, associada a alteração presente na orelha
interna menor que os limites propostos na condução aérea.

2. Perda Auditiva neurossensorial: Ocorre devido a morte das células ciliadas, onde
o ruído e preponderante para este tipo de perda, não desmerecendo os fatores
genéticos, entre outros.

TRAUMA ACÚSTICO

O trauma acústico ocorre de forma abrupta, sendo devido a exposição a alta intensidade sonora
repentinamente, causando a presença de zumbido. Ex: tiros, foguetes, etc.

PERDA AUDITIVA PELA INDUÇÃO AO RUÍDO

É um tipo de alteração neurossensorial, na maioria das vezes bilateral que


ocorre principalmente nas frequências de 6.0, 4.0 e 3.0Hz, em pessoas com
exposição a pressão sonora elevada por períodos longos e sem uso adequado de
EPIs.

O exame audiológicos ocupacional, avalia a audição do trabalhador no período de


exposição ao ruído. Este exame abrange:

1. Anamnese clínico- ocupacional

2. Relata a vida laboral , outras atividades de exposição acústica, o histórico


auditivo do trabalhador e seus descendentes, a saúde do trabalhador, entre

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outros.

3. Meatoscopia- que avalia o meato acústico externo e a membrana timpânica,


bem como presença de obstrução, e infecções na orelha externa.

4. Exame audiomético realizado de acordo com as especificações deste programa.

5. Outros exames solicitados pelo médico do trabalho.

9- METODOLOGIA

A- Estudos preliminares

Estudos das medições de ruído e agentes causadores da PAIR como ototóxicos e vibrações.

B- Conhecimento do ambiente de trabalho

⚫ Coleta de informações das funções


⚫ Coleta de documentos com dados de riscos
⚫ Identificação de áreas de maior ruído

Este conhecimento será de grande valia para as mudanças administrativas e o uso


de protetores auditivos.

A SERRARIA MADEIRA REAL LTDA, apresenta grau de risco 3 , porém


esta inserida em uma empresa de grau de risco 4, demonstrando assim a
necessidade do Programa de Conservação Auditiva.

C- Estabelecimento de diagnóstico
Os diagnósticos propiciam o acompanhamento de possíveis progressões de
perdas auditivas, e encaminhamentos à médicos para tratamentos de perdas não
ocupacionais, como as perdas condutivas, por obstrução ou mal funcionamento da orelha
externa e média.

D- Monitoramento

⚫ Ambiental: reconhecimento das fontes de ruído, dos períodos de exposição;


⚫ Equipamentos: identificação das fontes de ruídos e montar projetos que
eliminem ou reduzam a intensidade da pressão sonora.

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E- Avaliações audiológicas

⚫ Seleção de trabalhadores expostos aos ruídos para avaliar;


⚫ Avaliação admissional, periódica, trocas de funções, retorno ao trabalho devido a
licença, e demissionais.
⚫ Definição de Perdas Auditivas
⚫ Métodos de prevenção e escolha de EPAs
⚫ Análise e acompanhamento dos resultados audiológicos.

F- Controle de ruído

⚫ Avaliação das fontes de ruído e redução dos ruídos de fonte;


⚫ Definição do nível de ruído prejudicial
⚫ Redução do ruído na Trajetória:
⚫ Redução do Ruído no Indivíduo:
⚫ Uso de equipamento de proteção individual, reduzindo a dose de ruído diária recebida.

Segundo as normas da NR 9 “ 9.3.5.4. Quando comprovado pelo empregador ou


instituição, a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não
forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação ou ainda em
caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas obedecendo-se
à seguinte hierarquia: Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho:
Afastar do ruído: fisicamente; diminuir jornada de trabalho;
Utilização de equipamento de proteção individual - EPI
1) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade
exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto
oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
2) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e
orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
3) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a
higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando a garantir as condições de
proteção originalmente estabelecidas;”

10- PRINCÍPIOS PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME AUDIOLÓGICO

O Exame audiológicos é realizado em todos os funcionários que trabalham


expostos a pressão sonora elevada, de acordo com a nr 15 do Ministério do trabalho
independente do uso de protetores.

O audiômetro deve aferido a cada 12 meses de acordo com as normas


estabelecidas pelo ISO 8253-1.

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O certificado de calibração deve ser emitido por profissional habilitado e


acompanhar o aparelho.

O exame audiológicos será realizado por um profissional devidamente habilitado


( médico ou fonoaudiólogo) com registro no conselho de classe da região.

A- PERIODICIDADE DA AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA

O exame deve ser realizado no momento da admissão, semestralmente e na


demissão do funcionário, nos casos de mudança de função e retorno ao trabalho devido
a algum tipo de licença também pode ser solicitado a realização do exame. No período
entre estes exames pode ser solicitada avaliação audiológica a critério do médico do
trabalho.

O exame demissional será considerado desnecessário de acordo com a 7.4.3.5 da


NR7 do ministério do trabalho, nos casos:

a- 90 (noventa) dias retroativos ao último exame audiométrico realizado a contar


da data de demissão do trabalhador, em empresas com classificação de risco 3 e

b- 135 (cento e trinta e cinco) dias retroativos ao último exame audiométrico realizado a
contar da data de demissão do trabalhador, em empresas de classificação de risco 1 e 2

B- RESULTADO DO EXAME AUDIOLÓGICO

O exame deve conter:

1. Dados do colaborador: Nome completo, número do CPF, data de nascimento e/ ou idade.


2. Dados da empresa: Nome da empresa,CNPJ e função exercida.
3. Dados do aparelho: Marca, modelo e data da última calibração
4. Tempo de repouso acústico mínimo de 14 horas.
5. Anamnese audiológica
6. Dados do examinador: Nome, número de registro no conselho de regional
de classe profissional
7. Traçado audiométrico e símbolos de acordo com anexo 1
8. Laudo do resultado do exame.
9. Assinatura do examinador e do colaborador.

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C- EXAME AUDIOLÓGICO

O exame audiométrico admissional deve ser usado como exame de referência


para comparação com os demais exames realizados pelo trabalhador, exceto nos casos
em que já tenha algum exame de referência ou quando os nos exames posteriores for
observado qualquer alteração significativa em relação ao exame de referência.
A Audiometria deve ser realizada em ambiente de menor ruído e vibrações
possível e o colaborador deve estar dentro de uma cabine acústica, que deve ser aferida
e regularizada de acordo com as normas da ISO 8253.1, a cada 5 anos .com certificado
de aferição que deve acompanhar a cabine.

Esta cabine poder ser dispensada nos casos em que a empresa possua ambiente
acústico tratado de acordo com as normas da ISO 8253.1
Dever ser respeitado o repouso acústico mínimo de 14 horas antes da realização do exame.

A inspeção do meato acústico externo deve ser realizada, a anotados as observações, e


caso necessário o funcionário deve ser encaminhado ao médico responsável.

D - VIAS, FREGUÊNCIAIS E OUTROS TESTES NECESSÁRIOS

• Vias

O exame audiomético deve ser realizado em via aérea e em caso de alteração na


via óssea ou quando o examinador haja necessário.

• Freqüências

São testadas na via aérea as freqüências 500, 1000, 2000, 3000, 4000, 6000 e
8000 Hz . E caso necessário o teste na via óssea serão testadas as freqüências de 500,
1000, 2000, 3000 e 4000Hz.

O teste dos limiares de reconhecimento de fala ( LRF), também pode ser testado.
Uma vez que disponibiliza maiores recursos para o resultado, isto ocorrerá onde o
colaborador considerar necessário.

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a) Os símbolos referentes à via de condução aérea devem ser ligados por meio de
linhascontínuas para a orelha direita e linhas interrompidas para a orelha esquerda.

b) Os símbolos de condução óssea não devem ser interligados.

c) No caso do uso de cores: a cor vermelha deve ser usada para os símbolos
referentes à orelha direita; a cor azul deve ser usada para os símbolos referentes à
orelha esquerda.

E- INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

O resultado do exame audiomético deve seguir os seguintes parâmetros:

• São considerados limiares auditivos normais, aqueles que nas freqüência


testadas se encontrem iguais ou inferiores a 25 dB( NA)

• São consideradas perdas auditivas, limiares onde a média tritonal entre as


freqüências de 500, 1000 e 2000 Hz é superior a 26 dB ( NA).

• São consideradas perdas auditivas induzida por ruído ( PAIR) os limiares


onde as freqüências 3000, 4000 e 6000 Hz, se encontram abaixo de
25dB.

• São considerados sugestivo de desencadeamento de perda auditiva induzida


por pressão sonora elevada ,os limiares de audição que no exame de
referência encontravam -se inferiores a 25 dB e que no exame seqüencial
encontra- se:

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1. Queda nas freqüências 3000, 4000 e 6000 Hz superiores a 15 dB ( NA)

2. A media tritonal entre as freqüências de 3000, 4000 e 6000 Hz encontra-se


superior a 10 dB (NA).
• São considerados agravamento de perda auditiva induzida por pressão sonora
elevada ,os limiares de audição que no exame de referência encontravam -se
sugestivos de PAIR e que no exame seguencial encontra- se:

1. Queda nas frenguências 3000, 4000 e 6000 Hz superiores a 15 dB ( NA)

2. A media tritonal entre as frenguências de 3000, 4000 e 6000 Hz encontra-se


superior a 10 dB (NA)
3. Na presença de uma queda superior a 15 dB em uma freguência isolada.
O exame de referência deve ser modificado nos casos citados acima, onde o
exame alterado deve servir com referência a partir deste, considerando os exames
anteriores como histórico do trabalhador, podendo ser modificado novamente a cada
alteração ocorrida das citadas acima.
O colaborador deve ser informado do resultado do exame audiomético.

11- DIAGNÓSTICO DE PAIR

È o médico coordenador do PCMSO, ou o médico responsável pela empresa ou


aquele que assiste ao trabalhador, a quem compete a definição da aptidão do trabalhador
portador de Perda Auditiva Induzida pelo ruído para exercer determinada função na
empresa.

A existência desta perda auditiva não torna inapto ao trabalho, deve-se


considerar alguns fatores como:

a. História clinica e ocupacional;

b. Resultado da meatoscopia e outros testes audiológicos;


c. Tempo de exposição ao ruído;

d. Idade do funcionário;

e. Demanda de exposição;

f. Exposição ocupacional a agentes de risco, como ototoxicos e vibração;

g. Exposição não ocupacional a ruídos e agentes de risco;

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h. Níveis de pressão sonora que está ou já esteve exposto;

i. Capacidade para exercer a função;

j. Acesso aos programas de conservação auditiva

12- CONDUTAS PREVENTIVAS

Nos exames audiológicos que não apresentarem alteração ou evolução da perda


auditiva induzida por pressão sonora elevada, cabe ao médico coordenador do PCMSO
ou o médico responsável pelo exame definir:

a. A capacidade do trabalhador em exercer a função;

b. Incluí-lo nos relatórios analíticos do PCMSO;

c. Disponibilizar os exames audiométricos ao trabalhador;


d. Orientar aos gestores das empresas quanto ao uso dos protetores
auditivos, e suas vantagens e os malefícios da falta de seu uso.

Nos exames audiólogicos cujos resultados estiverem alterados, o médico


responsável pelo PCMSO ou e profissional responsável(fonoaudiólogo) pelo exame
deverá definir:

• Orientar o trabalhador na realização de exames específicos

• Verificar a presença de outros fatores de risco presentes no ambiente de trabalho

• Definir aptidão para o trabalhador exercer a função

• Participar da implantação e o aprimoramento do programa de conservação


auditiva considerando o item 9.3.6 da NR 9.

• Incluí- lo no relatório analítico do PCMSO.

13- MEDIÇÕES DE RUIDO

As medições devem representar as condições de trabalho real em cada


grupo de funcionários.
Elas não devem interferir nas condições de trabalho e devem ser realizadas
medições isoladas de exposições não rotineiras, além de serem coletadas

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informações administrativas e de campo, essenciais para interpretação dos resultados


e tomada de decisões.
Devem ser realizadas periodicamente, anualmente ou quando se fizerem
necessárias, devem ser planejadas para que ocorram de forma efetiva, os funcionários
devem ser orientados a agir da maneira natural, para que os resultados sejam eficazes e
precisos, podendo auxiliar na qualidade da monitoração.

Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente

No Brasil, a Portaria 3214 do Ministério do Trabalho, NR15, no seu Anexo 1,


estabelece tais limites, partindo de 85 dB(A) para uma exposição de 8 horas e um fator
de 5 dB(A) para a redução à metade da exposição, conforme tabela que se segue.
Os dosímetros comparam os tempos efetivos de exposição a diferentes níveis
com os tempos de exposição permitidos por lei, depois somam todas as contribuições,
conforme expressão abaixo:

D = C1 + C2 + C3 + ...+
Cn T1 T2 T3 Tn

Se D > 1 ou 100%, a exposição está acima do L.T. onde:

C - Tempo real de exposição ao ruído sob um determinado nível


T - Tempo máximo permitido a este nível de ruído, segundo o critério de
avaliação adotado (norma).
A dose de ruído é calculada de acordo com essa permissão. Conforme tabela abaixo:

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Tabela 4 – Portaria 3214 – NR15 – Anexo 1


Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente

Nível de Ruído (dBA) Máxima Exposição Diária


85 8h
86 7h
87 6h
88 5h
89 4.5h
90 4h
91 3.5h
92 3h
93 2h 40min
94 2h 15min
95 2h
96 1h 45min
97 1h 15min
98 1h
100 45min
102 35min
104 30min
106 25min
108 20min
110 15min
112 10min
114 8min
115 7min

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Referência Normativa – NHO-01–1997/1998:


A tabela de doses aceitáveis pela legislação brasileira e suas doses diárias a seguir mostra:

DOSE DIÁRIA NEN CONSIDERAÇÃO ATUAÇÃO


(%) dB(A) TÉCNICA RECOMENDADA

0 a 50 até 82 Aceitável No mínimo manutenção

50 a 80 82 a 84 Acima do nível de Adoção de medidas


da condição existente ação preventivas

Adoção de medidas
preventivas e
80 a 100 84 a 85 Região de incerteza corretivas
visando a redução
da dose diária

acima de 100 > 85 Acima do limite de Adoção imediata de


Exposição medidas corretivas

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Aspectos legais sobre a exposição a ruídos contínuos e intermitentes


Para ruído intermitente ou contínuo e para ruído de impacto, o conceito de LT-MP é
dado para 8 horas de exposição e o conceito de LT-Teto, é quando há risco grave e
iminente para exposições,mesmo instantâneas, sem proteção.
Tipos de Ruído LT-MP LT-Teto
85 dB(A) 115 dB(A)
Ruído Contínuo
ou Intermitente circuito de ponderação - "A" circuito de ponderação - "A"
circuito de resposta – circuito de resposta –
lenta (slow ) lenta (slow )

130 dB (linear) 140 dB (linear)


circuito linear circuito linear
circuito de resposta- nível de circuito de resposta- nível de
Ruído de Impacto pico pico
ou ou
120 dB (C) 130 dB (C)
circuito de ponderação - “C” circuito de ponderação - “C”
circuito de resposta – circuito de resposta –
rápida (fast) rápida (fast)

Segundo as normas da NR-15, Limite de Tolerância é a concentração ou


intensidademáxima ou mínima, relacionadas com a natureza e o tempo de
exposição do agente, que nãocausará dano à saúde do trabalhador, durante a
sua vida laboral.
Através das medições de monitoramento de riscos ambientais classificaram a
empresa contratante, com risco de grau 4 que possui fatores do ambiente ou
elementos materiais que constituem um risco para a saúde e integridade física do
trabalhador, com uma probabilidade de acidente ou doença elevada. Possui presença
de ruído acima de 85 dB, ou seja, acima do limite detolerância.
Demonstra também a grande variação de vibrações, ototóxicos dentro da
empresa.O que leva a necessidade da implantação deste programa.

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14- VIABILIZAÇÃO

Para viabilização do programa, deve haver concordância e cooperação da


parte administradora da empresa, dos funcionários responsáveis por essa
implantação, bem como, colaboração dos usuários de Protetores Auditivos quanto as
medidas preventivas propostas por esteprograma.

Este programa deve ser reavaliado e revisto a cada 12 meses, contado a data de sua emissão.

15- AVALIACÃO DA EFICACIA DO PROGRAMA ( ANÁLISE CRITICA)

O PCA para alcançar seus objetivos é necessário que sua eficácia


seja avaliadasistemática e periodicamente.

A avaliação deve consistir:

• Avaliação da perfeição e qualidade dos componentes do Programa;

• Avaliação dos dados do exame audiológico;

• Avaliação coletiva do programa na empresa.

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16- CONCLUSÃO

O programa de Conservação Auditiva da empresa deverá ser implantado e


aprimorado quando necessário, com a colaboração e o empenho de todos os funcionários
envolvidos, para suamelhor eficácia na forma de evitar ou expandir as Perdas auditivas
laborais dentro desta empresa.

Conselheiro Lafaiete, 27 de maio de 2023.

________________________________________
Médico Coordenador:
Dra. Telma Rodrigues Vargas
CRM/ MG: 23.952
Médico do Trabalho

RESPONSÁVEL PELA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA:

SERRARIA MADEIRA REAL LTDA


RESPONSÁVEL LEGAL DA EMPRESA

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17 – ANEXOS

ANEXO - 1

TERMO DE RECONHECIMENTO

(CASO DE ALTERAÇÃO)

Eu, XXXXXXXXX , abaixo assinado; candidato/ funcionário na função XXXXXX , na


empresa XXXXX fui submetido a avaliação audiológica ocupacional em exame ADMISSIONAL.
Tenho ciência de ter sido constatado alteração auditiva
OD:
OE:
(NR 7 - Portaria no. 19, Anexo I).
Diante do parecer audiológico:
( ) Foi orientado a fazer uso de proteção auricular;
( ) Encaminhado para avaliação de médico otorrinolaringologista;
( ) Deve ser monitorado através do Programa de Preservação Auditiva – PPA da
empresacontratante;
( ) Outros.
Senhora de Oliveira , de de .

Fonoaudiólogo/Examinador Assinatura do funcionário

Medico do Trabalho

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ANEXO -2

TREINAMENTO

Os treinamentos devem ocorrer no mínimo a cada 12 meses, devem ser


ministrados por profissional habilitado, sendo no mínimo um Técnico de Segurança do
Trabalho. Com o intuito de conscientizar os trabalhadores em relação à conservação
auditiva, utilização adequada e conservação dos protetores auditivos.

A exigência dos treinamentos deve seguir conforme a NR 6, e os treinadores devem


emitir comprovantes de treinamento conforme Instrução Normativa n° 84 do INSS.

Participam do treinamento os funcionários pertencentes ao Programa de


Conservação Auditiva, e aqueles expostos ao ruído.

O treinamento para o Programa de Conservação auditiva deve abranger:

a. Sucinta explicação sobre a PAIR

b. Cuidados com o órgão auditivo

c. Necessidade de uso dos Protetores auditivos

d. Uso adequado dos protetores auditivos

e. Manutenção, higienização, e limpeza dos protetores auditivos.


f. Conhecendo o risco
g. Efeitos do ruído- como proteger sua audição dentro e fora do trabalho

O treinamento deve ser elaborado sobre as normas, na empresa deve conter


também campanhas de Conservação Auditiva, com a utilização de faixas, cartazes,
cartilhas, palestras, stands, etc.
A linguagem deve ser simples e compatível com o bom entendimento do empregado.

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ANEXO - 3

PROTETORES AUDITIVOS

“Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protetores, que podem ser
utilizados em diversos ambientes de trabalho é desejável que se escolha o protetor
auditivo mais adequado para cada caso”. (Livro: Protetores Auditivos – Samir Gerges)
Os protetores auditivos devem ser selecionados de acordo com a exposição
ao ruído, as necessidades e particularidade de cada caso, e tipo de agentes de risco
presentes, bem como a necessidade compartilhada com uso de outros EPIs.

I. Tipos de protetores

A. Protetores Auditivos de Inserção Pré – Moldados

O seu formato pode ser definido de acordo com o tipo do meato acústico
externo, possui três flanges ou protetores não roletáveis.

Materiais: borracha, silicone,


PVC. Vantagens de uso:
1- variedade de modelos;
2- Podem ser usados junto com outros
EPIs 3- Reutilizáveis ou descartáveis;
4- Pequenos e fáceis de transportar;
5- Relativamente confortáveis em vários ambientes inclusive os mais quentes;
6- O cabelo, barba ou qualquer problema físico na região da cabeça, não
impede seu uso Desvantagens de uso:
1-Movimentos mandibulares e da cabeça e podem deslocar o protetor, impedindo
sua eficácia; 2- Necessitam de treinamento para orientação de uso e limpeza;
3- Pessoas co otites ou qualquer patologia no meato acústico externo, não podem
utiliza- lo 4- Devido ao seu tamanho e facilidade de transporte podem perder
facilmente
5- Menor durabilidade

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B- Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis

São feitos de material de espuma que se molda no conduto auditivo externo, evitando
assim irritações no ouvido

Vantagens:

1- Não machucam o ouvido externo, devido a maceis do material;


2- O cabelo, barba ou qualquer problema físico na região da cabeça, não
impede seu uso. 3- Se ajustam bem ao tamanho do canal auditivo.
Podem ser usados junto com outros EPIs

4- Reutilizáveis ou descartáveis e de baixo


custo; 5- Pequenos e fáceis de transportar;
6- Relativamente confortáveis em vários ambientes inclusive os mais
quentes; 7- se adaptam a qualquer conduto auditivo externo.

Desvantagens:

1-Movimentos mandibulares e da cabeça e podem deslocar o protetor, impedindo


sua eficácia; 2- Necessitam de treinamento para orientação de uso e limpeza;
3- Pessoas com otites ou qualquer patologia no meato acústico externo, não podem
utiliza- lo 4- Devido ao seu tamanho e facilidade de transporte podem perder
facilmente
5- Pessoas com as mãos sujas, não pode manusear

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C- Protetores Auditivos Tipo Concha (FORNECIDO PELA EMPRESA)


Protetor Auditivo Abafador Muffler 3m Acoplável ao Capacete H700 CA
33835
É um protetor que constitui um arco e uma concha feitos de material plástico, onde a parte
interna da concha e revestida por espuma, formando almofadas para se adaptar
de maneira confortável ao rosto do trabalhador. Podem ser acopláveis a
capacetes.

Vantagens

1-Único tamanho - serve para todos os tamanhos de


cabeça; 2- Utilização simples / Colocação rápida;
3- Pode ser utilizado mesmo por pessoas com infecções mínimas no canal
auditivo; 4- Atenuação uniforme nas duas conchas;
5- Partes substituíveis: possuem várias peças de reposição;
6- Higiênicos – podem ser utilizados em canais auditivos doentes, desde que
permitido pelo médico responsável.
Desvantagens

1- Desconforto em áreas quentes;


2- Dificuldade em carregar e guardar devido ao seu tamanho;
3- Pode interferir com outros equipamentos de proteção como óculos,
capacetes, etc; 4- Pode restringir movimentos da cabeça;
5- A concha faz pressão na cabeça, e pode incomodar ao longo da jornada de trabalho;
6-Cabelos longos, barba, uso de óculos, cavidades profundas na região entre o maxilar e
o pescoço em muito prejudicarão a atenuação.

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D- Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal

È uma haste de plástico de alta resistência à deformação e rompimento utilizados


abaixo do queixo ou atrás da cabeça, com plugues de espuma substituíveis em
suas extremidades.
Não entra em contato com o canal auditivo do usuário.

Vantagens

Utilizadas abaixo do queixo ou atrás da cabeça, com plugues de espuma


substituíveis 1-Boa durabilidade dos plugues;
2- Plugues descartáveis
3- Podem ser utilizados com a haste atrás da cabeça ou debaixo
do queixo. 4- Podem ser usados com outros EPIs
5- A haste pode ser regulada de acordo com o usuário, impedindo o
desconforto 6- Excelente opção para usos intermitentes

Desvantagens

1- Os plugues não podem ser manuseados com as mãos sujas.


2- Podem se tornar desconfortável ao longo da jornada de
trabalho 3- A atenuação depende da colocação adequada
dos plugues

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2- Seleção dos protetores auditivos

“A seleção do protetor auditivo deve ser feita envolvendo o usuário. Uma forma
prática é selecionar vários tipos de protetores auditivos e fornecer ao usuário para
que experimentem e escolham o tipo em que melhor se adaptam”. (Livro: Protetores
Auditivos – Samir Gerges)
Os protetores auditivos devem ser selecionados com os profissionais das áreas
de Segurança e Saúde/ Médica, sua escolha dependera dos expositores bem como da
adaptação adequada do usuário. Ela dependera da analise de redução de ruído
propiciada de cada protetor, sendo esta seleção através de trabalho individual, lembrando
que o aspecto conforto e extremamente importante, pois o protetor não pode causar
incomodo ao trabalhador, devem-se considerar as características pessoais de cada
funcionário
Para seleção dos protetores são sugeridos os critérios da ANSI S12.6/1997 –
método B, cujo resultado é denominado NRRsf (nível de redução de ruído – “subject fit”),
cujo resultado está explícito no certificado de aprovação (CA.), emitido pelo Ministério do
Trabalho.

Fatores importantes na escolha do Protetor Auricular

1- Colocação e uso corretos


2- Qualidade da vedação no canal auditivo
3- Porcentagem do tempo de uso
4- Atenuação oferecida

“O melhor desempenho dos protetores auditivos somente será alcançado com


esforços direcionados para a correta seleção, colocação, vedação, entrega do EPI e
substituição por novos. Pessoas capacitadas e interessadas devem ser selecionadas
para conduzir esta fase do PCA, proporcionando-as conhecimentos suficientes para
realizarem um bom trabalho.
Realizar seleção, juntamente com os trabalhadores, do protetor mais adequado e
treiná- los no uso correto e cuidados com os protetores é muito mais complicado que
distribuir óculos de segurança.

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Para isto, os responsáveis pelos protetores auditivos necessitam de


treinamentos detalhados vindos do administrador do PCA, de materiais e Workshops
realizados, à vezes, pelos fabricantes de EPI’s ou pelas associações preocupadas em
Conservação Auditiva.
Os protetores auditivos somente protegerão os trabalhadores se for
absolutamente reforçada a necessidade do uso apropriado como uma condição
mandatória. Para o PCA ser efetivo, é preciso dar a mesma prioridade no uso dos
protetores auditivos como no uso de qualquer outro equipamento de segurança”.
(Livro: Hearing Conservation Program – Practical Guideline for
Success – Royster&Royster)

3- colocação e Inserção dos protetores auditivos

A colocação dos protetores auditivos determina um pré treinamento com seus


usuários, isto em razão de vários critérios de adaptação e inserção adequada, conforme
as normas da NR 6. Cada protetor deve ser colocado respeitando suas particularidades e
normas para um funcionamento efetivo, onde se os protetores forem colocados de
maneira errada ou ao longo da jornada não estiver exercendo a função a eles imposta,
seu uso não será eficiente, portanto o aparelho deve retirado e recolocada todas as
vezes que apresentar qualquer alteração na atenuação sonora, ou mesmo algum
desconforto.

Esta recolocação exige na maioria do protetores, com exceção o de concha que o


trabalhador lave bem as mãos, para evitar contaminação do protetor com poeira e
ototóxicos.

Cada protetor auditivo deve ser colocado de acordo com o seu encaixe no ouvido, sendo:

A- Protetor Tipo Inserção Moldável

1- Com as mãos limpas, enrole o protetor deslizando-o entre o seu polegar e os dois
primeiros dedos, até que o protetor seja reduzido ao menor diâmetro possível e
mantenha-o neste formato. 2 – Passe a outra mão ao redor da cabeça e puxe a
orelha para cima para abrir o canal auditivo.

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3– Mantendo o canal auditivo aberto, encaixe o protetor dentro do conduto
auditivo externo
4- Mantenha a ponta do seu dedo pressionando a extremidade do protetor para
dentro

B- Protetor Tipo Inserção Pré-Moldado

1- Segure a haste do protetor


2- Puxe a orelha para cima, para abrir o canal auditivo.
3-Insira completamente o protetor no canal auditivo, deixando a haste de fora, para
permitir suaremoção.

C- Protetor Tipo Concha

1-Ajuste a pressão do arco para, maior


conforto 2-Retire o excesso de cabelo da
região da orelha
3- Com a haste do protetor sobre a cabeça, posicione as conchas de maneira a cobrir
completamente as orelhas

4- As conchas podem ser deslizadas na haste, para cima ou para baixo, mantendo a
haste sobre a cabeça, para que se obtenha um ajuste firme e confortável.

D- Tipo Concha Acoplado ao Capacete

1-Acerte a concha na extremidade do


capacete 2-Alinhe a haste no capacete
4- Introduza a parte que se encaixa ao capacete na fenda lateral do mesmo
5- Encaixe a concha de maneira confortável na orelha ate que a cubra completamente.
5-Para colocar as conchas em posição de descanso coloque o dedo indicador sobre a
lâmina metálica e pressione-a para dentro e, ao mesmo tempo, levante a concha

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E- Protetor Tipo Capa de Canal

1- Segure a haste do protetor próximo ao plugue e puxe-a para fora


2- Direcione os plugues para a entrada do canal auditivo, movendo-os lentamente para
cima e para baixo, até conseguir uma boa vedação.
3- Após encontrar a posição correta pressione-os contra a orelha, para
uma boa vedação.
4- Os plugues não devem ser inseridos no canal auditivo
5- As hastes podem ser utilizadas ou abaixo do queixo ou atrás da cabeça, na nuca.

4- Higienização limpeza e manutenção dos protetores auditivos

A higiene, limpeza e manutenção do protetor, e característica específica de cada


protetor, pois como exemplo nos protetores do tipo concha tem maneiras de limpeza mais
delicadas e variam de acordo com o fabricante.

Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis

• Trocar sempre que estiver sujo ou em poucas condições de higiene,


• Não podem ser lavados nem limpos com solventes.

Protetores Auditivos de Inserção Pré-Moldados

• Podem ser limpos com pano úmido e lavados com água e sabão neutro.
• Em caso de aparência de sujos ou danificados devem ser substituídos.

Protetores Auditivos Tipo Concha

• Devem ser limpos todos os dias ao final de cada turno, deve- se limpar a
concha e as almofadas com pano úmido e água com sabão neutro.
• As conchas devem ser inspecionadas periodicamente quanto ao seu estado de
conservação e condições de higiene
• Em caso de rachaduras nas conchas o protetor deve ser substituído
• A haste também deve ser inspecionada quanto a sua pressão e sustentação da concha
• Quando não for possível substituir peças danificas no protetor, ele deve ser substituído.

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Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal

• A haste de plástico deve ser lavada com água e sabão neutro.


• Não utilize nenhum solvente
• Os plugues devem ser substituídos sempre que estiverem sujos ou danificados

5 – Qualidades de vedação no canal auditivo

Cada canal auditivo se adapta de forma diferente com cada protetor, não existe
conduto auditivo igual, Nem todos os protetores são adaptáveis a diferentes formatos de
cabeça e condutos Auditivos
Protetores Tipo Concha, são muitas vezes considerados de melhor adaptação,
pela facilidade de sua colocação, eles se amoldam melhor e a vedação entre a concha e
cabeça seja melhor, porém, verdade, em trabalhadores com óculos, cabelo volumoso na
região próxima às orelhas ou em pessoas cuja cavidade entre o pescoço e o maxilar é
mais profunda, pode haver uma perda considerável da vedação e conseqüentemente, da
efetiva atenuação do abafador. A pressão da concha também é um fator importante na
vedação do protetor. Outro fator que contribui para a má vedação dos abafadores é a má
colocação e o uso de almofadas enrijecidas e ressecadas.
Não existem protetores universais a todos os funcionários, devem obter
informações periodicamente junto aos operários para que sejam reavaliadas as escolhas
dos protetores, assegurando que estejam sempre sendo utilizados e de forma correta.

Como saber se o protetor esta vedando o ruído:

1- Sempre ajuste os protetores com o intuito de vedar o canal auditivo.


2- Quando os protetores estão corretamente inseridos, sua própria voz deve parecer oca
e os sons ao seu redor não devem parecer tão altos quanto anteriormente
3- Tente puxar levemente o protetor auditivo; ele não deve se mover facilmente. Se o
protetor se mover facilmente, remova-o e insira-o, com cuidado, mais profundamente
possível no canal auditivo, seguindo as instruções de colocação.

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4- Verifique freqüentemente a vedação durante o tempo em que está


usando o protetor. Se os protetores se deslocarem, a proteção ao
ruído pode ser perdida.
Nesta empresa vamos realizar a medição do meato acústico externo, para melhor
adaptação dos protetores tipo plugue.

6- Tempo de uso dos protetores

O protetor auditivo deve ser utilizado durante todo o tempo em que se estiver
exposto aoruído. Quando o protetor é retirado em área ruidosa, mesmo que por alguns
minutos durante a jornada de trabalho, a proteção efetiva será reduzida.
É importante ressaltar que a perda da audição está diretamente
relacionada ao nível equivalente Leq dBA ou nível médio Lavg dBA de ruído
recebido.

Estudos realizados mostram que um protetor com atenuação 20 dB, quando


utilizado por apenas 50% do tempo em uma jornada de 8 horas, apresentará uma
atenuação real de apenas 3 dB. (Livro: Protetores Auditivos – Samir Gerges)

7 - Atenuação dos protetores

A atenuação do protetor é um fator fundamental na seleção de um protetor


auditivo. É preciso avaliar a grande variação de atenuações entre os diferentes tipos e
modelos de protetores existentes. Protetores auditivos, aparentemente semelhantes,
podem ter eficiências de atenuação diferentes.
Ensaiar o protetor para saber o grau de sua atenuação não aprovar ou mostra a
qualidade do E.P.I.. O ensaio apenas fornece os resultados de atenuação medidos em
laboratórios, independentemente de o protetor ser de boa qualidade ou ruim.
Os níveis de redução de ruído são baseados em testes realizados em
laboratório. Não é possível utilizar esses valores de nível de redução para prever com
confiança o nível de proteção que será obtido num específico ambiente. Quando os
protetores auditivos são usados para exposição ocupacional ao ruído, o usuário deve

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participar de um programa de conservação auditiva. Quando os protetores auditivos
são usados para proteção contra ruídos fora do ambiente de trabalho, o usuário deve
ter avaliação audiométrica realizada por um profissional habilitado, regularmente

8- Uso de Proteção dupla

Não se correlatos nacionais sobre esta proteção, porem na legislação


Européia quanto à exposição a ruído abrange este uso de protetores, constando no
item o item 5.3.5 da norma Européia EN 458:

“Trabalhar em condições de ruído muito alto pode requerer proteção maior do


que o uso individual de protetores tipo concha ou protetores auditivos de inserção
usados sozinhos. A atenuação da combinação não é a soma das atenuações individuais
dos protetores. Algumas combinações podem até reduzir a proteção. Recomendações
qualificadas deverão ser procuradas considerando-se a habilidade de uma proteção
combinada fornecer maior atenuação. Se dados de atenuação da combinação estiverem
disponíveis, estes produtos deverão ser preferidos”.

A proteção dupla pode aumentar entre 5 a 10 dB na atenuação do protetor


de melhor desempenho.

Será anexado opcionais de protetores auditivos aos funcionários de


acordo com as medições de ruído da empresa.

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ANEXO - 4

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS EM CASO DE PAIR OCUPACIONAL

O Termo de Reconhecimento de perda auditiva deve ser emitido nos casos em


que houver detecção de PAIR ocupacional, constando assinatura do médico
coordenador do PCMSO ou do médico do trabalho responsável, e emitido em 2 vias ,
sendo uma via para o colaborador e uma via para o prontuário.

Toda comprovação no exame audiométrico da Perda Auditiva Induzida pelo


Ruído( PAIR), evoca a necessidade da emissão do Comunicado de Acidente de Trabalho
segundo as normas do Ministério do trabalho. Este documento deve ser emitido com o
preenchimento do laudo de exame medico pelo médico do trabalho da empresa ou pelo
médico do trabalho da empresa ou pelo médico assistente, com a sugestão de
afastamento ou não do trabalho.

Na falta da emissão do CAT pela empresa, pode o funcionário, seus


descendentes, o médico que o assistiu no acidente, os órgãos sindicais ou qualquer
autoridade pública formaliza- lo.

O CAT deve ser encaminhado para o INSS:

a) Até o 1° dia útil após a data do início da incapacidade

b) até o 1° dia útil após o diagnóstico

No INSS irá encaminhá-lo para o setor de perícia médica caso o afastamento seja
superior a 15 dias.

Na emissão do CAT e aconselhável o registro na Carteira de trabalho do funcionário.

O INSS emitirá o nexo técnico com as


notificações:

E- 90: CAT sem afastamento de trabalho


E- 99: CAT com afastamento de trabalho inferior a 16 dias.
E- 91: Benefício em auxílio doença acidentário
E-94: Benefício em auxílio acidente

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ANEXO – 5

INDICAÇÃO DE PROTETORES AUDITIVOS

O protetor auditivo poderá ser usado de acordo com o desconforto do funcionários


perante ao local exposto, mesmo que esta exposição não exceda 85 dB, ou seja , não
seja insalubre, é considerado desconfortável ao nosso órgão auditivo locais cuja
intensidade possam ser superior a 60 dB.

Tipo de protetor indicado:

• Pré moldável com atenuação superior a 14 dB

• Concha com atenuação superior a 14 dB

• Moldável para funcionários cuja função não permita o uso da concha devido a
outros EPIs e tenha alguma restrição ao pré moldável.

OBSERVAÇÃO: Lembrando que o uso do protetor auditivo deve ser adaptado da


melhor maneira ao seu usuário, levando em consideração o conforto do
funcionário, para não causar danos na sua produção, portanto ele pode optar no
momento de escolha do protetor, caso se sinta desconfortado com o mesmo.

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ANEXO - 6

RESULTADO DAS AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS

FUNÇÃO
LAVG dB (A)
SETOR QUANTIDADE
CARGO
POR GHE

Analista administrativo 73,30 dB (A)


Administrativo 03

GHE - 01 Auxiliar Administrativo

Encarregado de produção

Ajudante de serraria

Mecânico de manutenção
Serraria

GHE-02 Classificador(a) de madeira

89,38 dB (A)
09
Operador de empilhadeira

Operador de Maquinas

Ajudante de marcenaria
Marcenaria 99,20 dB (A)
GHE-03 Marceneiro 05

Estufa Secador(a) de madeira


04 93,72 dB (A)
GHE-04

Motorista de caminhão

Colheita
Operador de motosserra 0 85,33 dB (A)
GHE-05

✓ Os valores das medições de ruído foram extraídas do LTCAT, realizado


dezembro de 2022
✓ Não houve alteração nos exames audiometricos dos colaboradores

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ANEXO - 7
CRONOGRAMA DO PCA

2023 2024
DESCRIÇÃO DA
AÇÃO
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI

P R P R P R P R P R P R P R P R P R P R P R P R P R

Divulgação do PCA X

Treinamentos X X
sobre Saúde
Auditiva e
proteção auditiva
Audiometrias X X X X X X X X X X X X X
realizadas de acordo
com PCMSO
Relatórios de X
Análise Crítica
do PCA

* P- previsto R- realizado

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ANEXO - 8

ANEXO II – NR07

CONTROLE MÉDICO OCUPACIONAL DA EXPOSIÇÃO A NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA


ELEVADOS

1. Este Anexo estabelece diretrizes para avaliação e controle médico ocupacional da


audição de empregados expostos a níveis de pressão sonora elevados.

2. Devem ser submetidos a exames audiométricos de referência e seqüenciais todos os


empregados que exerçam ou exercerão suas atividades em ambientes cujos níveis de pressão
sonora estejam acima dos níveis de ação, conforme informado no PGR da organização,
independentemente do uso de protetor auditivo.

2.1 Compõem os exames audiológicos de referência e seqüenciais:

a) anamnese clínico-ocupacional;

b) exame otológico;

c) exame audiométrico realizado segundo os termos previstos neste Anexo;

d) outros exames audiológicos complementares solicitados a critério médico.

3. Exame audiométrico

3.1 O exame audiométrico será realizado em cabina audiométrica, cujos níveis de


pressão sonora não ultrapassem os níveis máximos permitidos, de acordo com a norma
técnica ISO 8253-1.

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3.1.1 Nas empresas em que existir ambiente acusticamente tratado, que atenda à
norma técnica ISO 8253-1, a cabina audiométrica poderá ser dispensada.

3.2 O audiômetro deve ser submetido a procedimentos de verificação e controle

periódico do seu funcionamento, incluindo:

I - aferição
acústica anual;

II - calibração acústica:

a) sempre que a aferição acústica indicar alteração;

b) quando houver recomendação de prazo pelo fabricante;

c) a cada 5 (cinco) anos, se não houver indicação do fabricante.

III - aferição biológica precedendo a realização dos exames audiométricos.

3.2.1 Os procedimentos constantes das alíneas “a” e “b” acima devem seguir o
preconizado na norma técnica ISO 8253-1, e os resultados devem ser incluídos em
certificado de aferição e/ou calibração que acompanhará o equipamento.

3.2.1.1 Na impossibilidade da realização do exame audiométrico nas condições


previstas37no item 3.1, o responsável pela execução do exame avaliará a viabilidade de
sua realização em ambiente silencioso, por meio do exame audiométrico em 2 (dois)
indivíduos, cujos limiares auditivos sejam conhecidos, detectados em exames
audiométricos de referência atuais, e que não haja diferença de limiar auditivo, em
qualquer freqüência e em qualquer um dos 2 (dois) indivíduos examinados, acima de 5
(cinco) dB (NA) (nível de audição em decibéis).

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3.3 O exame audiométrico deve ser executado por médico ou fonoaudiólogo, conforme
resoluçõesdos respectivos conselhos federais profissionais.

3.4 O empregado deve permanecer em repouso auditivo por um período mínimo de 14 horas
até o exame audiométrico.

3.5 O resultado do exame audiométrico deve ser registrado e conter, no mínimo:

a) nome, idade, CPF e função do empregado;

b) razão social da organização e CNPJ ou CPF;

c) tempo de repouso auditivo cumprido para a realização do exame audiométrico;

d) nome do fabricante, modelo e data da última aferição acústica do audiômetro;

e) traçado audiométrico e símbolos, conforme indicados neste Anexo;

f) nome, número de registro no conselho regional e assinatura do profissional


responsável pelo exame audiométrico.

3.6 O exame audiométrico deve ser realizado, sempre, pela via aérea nas freqüências de
500, 1.000, 2.000. 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000 Hz.

3.6.1 No caso de alteração detectada no teste pela via aérea, a audiometria deve ser feita,
também, por via óssea, nas freqüências de 500, 1.000, 2.000, 3.000 e 4.000 Hz, ou ainda
segundo aavaliação do profissional responsável pela execução do exame.

3.6.2 Segundo a avaliação do profissional responsável, no momento da execução do


exame, podem ser determinados os Limiares de Reconhecimento de Fala - LRF.

4. Periodicidade dos exames audiométricos

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4.1 O exame audiométrico deve ser realizado, no mínimo:

a) na admissão;

b) anualmente, tendo como referência o exame da alínea “a” acima;

c) na demissão.

4.1.1 Na demissão pode ser aceito exame audiométrico realizado até 120 (cento e vinte)
dias antesda data de finalização do contrato de trabalho.

4.2 O intervalo entre os exames audiométricos pode ser reduzido a critério do médico
responsável pelo PCMSO.

4.3 O empregado deve ser submetido a exame audiométrico de referência e a exames


audiométricos sequenciais na forma descrita nos subitens seguintes.

4.3.1 Exame audiométrico de referência é aquele com o qual os exames


sequenciais serão comparados e que deve ser realizado:

a) quando não houver um exame audiométrico de referência prévio;

b) quando algum exame audiométrico sequencial apresentar alteração significativa em


relação ao
exame de referência.

4.3.2 Exame audiométrico sequencial é aquele que será comparado com o exame de
referência e se aplica a todo empregado que já possua um exame audiométrico de
referência prévio.

5. Interpretação dos resultados dos exames audiométricos

5.1 São considerados dentro dos limites aceitáveis, para efeito deste Anexo, os casos

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cujos audiogramas mostram limiares auditivos menores ou iguais a 25 (vinte e cinco) dB


(NA) em todas as frequências examinadas.

5.2 São considerados sugestivos de Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora
Elevados (PAINPSE) os casos cujos audiogramas, nas frequências de 3.000 e/ou 4.000
e/ou 6.000 Hz, apresentem limiares auditivos acima de 25 (vinte e cinco) dB (NA) e mais

elevados do que nas outras frequências testadas, estando estas comprometidas ou não,
tanto no teste da via aérea quanto da via óssea, em um ou em ambos os lados.

5.2.1 Não são consideradas alterações sugestivas de PAINPSE aquelas que não se
enquadrem nos critérios definidos no item 5.2 acima.

5.3 São considerados sugestivos de desencadeamento de PAINPSE os casos em que os


limiares auditivos em todas as frequências testadas no exame audiométrico de referência
e no sequencial permaneçam menores ou iguais a 25 (vinte e cinco) dB (NA), mas a
comparação do audiograma sequencial com o de referência mostra evolução que
preencha um dos critérios abaixo:

a) a diferença entre as médias aritméticas dos limiares auditivos no grupo de frequências de


3.000, 4.000 e 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 10 (dez) dB (NA);

b) a piora em pelo menos uma das frequências de 3.000, 4.000 ou 6.000 Hz iguala ou
ultrapassa 15 (quinze) dB (NA).

5.3.1 São considerados também sugestivos de desencadeamento de PAINPSE os casos


em que apenas o exame audiométrico de referência apresente limiares auditivos em todas
as frequências testadas menores ou iguais a 25 (vinte e cinco) dB (NA), e a comparação
do audiograma seqüencial com o de referência preencha um dos critérios abaixo:

a) a diferença entre as médias aritméticas dos limiares auditivos no grupo de freqüências de


3.000, 4.000 e 6.000 Hz iguala ou ultrapassa 10 (dez) dB (NA);

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b) a piora em pelo menos uma das freqüências de 3.000, 4.000 ou 6.000 Hz iguala ou
ultrapassa 15 dB (NA).

5.4 São considerados sugestivos de agravamento da PAINPSE os casos já confirmados


em exame audiométrico de referência e nos quais a comparação de exame audiométrico
seqüencial com o de referência mostra evolução que preenche um dos critérios abaixo:

a) a diferença entre as médias aritméticas dos limiares auditivos no grupo de frequências de


500,1.000 e 2.000 Hz, ou no grupo de frequências de 3.000, 4.000 e 6.000 Hz iguala ou ultrapassa
10(dez) dB (NA);

b) a piora em uma freqüência isolada iguala ou ultrapassa 15 (quinze) dB (NA).

5.5 Para fins deste Anexo, o exame audiométrico de referência deve permanecer como
tal até que algum dos exames audiométricos sequenciais demonstre desencadeamento
ou agravamento de PAINPSE.

5.5.1 O exame audiométrico sequencial que venha a demonstrar desencadeamento ou


agravamento de PAINPSE passará a ser, a partir de então, o novo exame audiométrico
de referência.

6. O diagnóstico conclusivo, o diagnóstico diferencial e a definição da aptidão para a


função ou atividade, na suspeita de PAINPSE, são atribuições do médico do trabalho
responsável pelo PCMSO.

7. Devem ser motivo de especial atenção empregados expostos a substâncias


ototóxicas e/ou vibração, de forma isolada ou simultanea à exposição a ruído
potencialmente nocivo à audição.

8. A PAINPSE, por si só, não é indicativa de inaptidão para o trabalho, devendo-se levar
em consideração na análise de cada caso, além do traçado audiométrico ou da evolução
seqüencial de exames audiométricos, os seguintes fatores:

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a) a história clínica e ocupacional do empregado;

b) o resultado da otoscopia e de outros testes audiológicos complementares;

c) a idade do empregado;

d) os tempos de exposição pregressa e atual a níveis de pressão sonora elevados;

e) os níveis de pressão sonora a que o empregado estará, está ou esteve exposto no


exercício do trabalho;

f) a demanda auditiva do trabalho ou da função;

g) a exposição não ocupacional a níveis de pressão sonora elevados;

h) a exposição ocupacional a outro(s) agente(s) de risco ao sistema auditivo;

i) a exposição não ocupacional a outro(s) agentes de risco ao sistema auditivo;

j) a capacitação profissional do empregado examinado;

k) os programas de conservação auditiva aos quais tem ou terá acesso o empregado.

9. Nos casos de desencadeamento ou agravamento de PAINPSE, conforme os


critérios deste Anexo, o médico do trabalho responsável pelo PCMSO deve:

a) definir a aptidão do empregado para a função;

b) incluir o caso no Relatório Analítico do PCMSO;

c) participar da implantação, aprimoramento e controle de programas que visem à


conservação auditiva e prevenção da progressão da perda auditiva do empregado
acometido e de outros expostos a riscos ocupacionais à audição, levando-se em
consideração, inclusive, a exposição à vibração e a agentes ototóxicos ocupacionais;

d) disponibilizar cópias dos exames audiométricos aos empregados.

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10. Nos casos em que o exame audiométrico de referência demonstre alterações cuja
evolução esteja em desacordo com os moldes definidos neste Anexo para PAINPSE, o
médico do trabalho responsável pelo PCMSO deve:

a) verificar a possibilidade da presença concomitante de mais de um tipo de agressão


ao sistema auditivo;

b) orientar e encaminhar o empregado para avaliação especializada;

c) definir sobre a aptidão do empregado para função;

d) participar da implantação e aprimoramento de programas que visem à conservação


auditiva e prevenção da progressão da perda auditiva do empregado acometido e de
outros expostos a riscos ocupacionais à audição, levando-se em consideração, inclusive,
a exposição à vibração e a agentes ototóxicos ocupacionais;

e) disponibilizar cópias dos exames audiométricos aos empregados.

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MODELO DE FORMULÁRIO PARA REGISTRO DE TRAÇADO AUDIOMÉTRICO

ORELHA DIREITA
Frequência em kHz

ORELHA ESQUERDA
Frequência em kHz

Observação: A distância entre cada oitava de freqüência deve corresponder a uma


variaçãode 20 dB no eixo do nível de audição (D).

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SÍMBOLOS PARA REGISTROS DE AUDIOMETRIAS

Observações:

d) Os símbolos referentes à via de condução aérea devem ser ligados por meio
de linhas contínuas para a orelha direita e linhas interrompidas para a orelha
esquerda.

e) Os símbolos de condução óssea não devem ser interligados.

f) No caso do uso de cores: a cor vermelha deve ser usada para os símbolos
referentes à orelha direita; a cor azul deve ser usada para os símbolos referentes à
orelha esquerda.

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ANEXO - 9 57

DOCUMENTORESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PCA

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