Você está na página 1de 7

EIXO TEMÁTICO 4

Doenças relacionadas ao trabalho II


Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO II


DOENÇAS ENDÓCRINAS
CAPÍTULO IV
DOENÇAS ENDÓCRINAS NUTRICIONAIS E METABÓLICAS

Doença Relacionada ao Agentes e/ou Fatores de Risco


CID10
Trabalho
Exposição a chumbo e seus compostos tóxicos; e/ou cloro-
benzeno e seus derivados; e/ou tiouracil: e/ou tiocianatos: e/
E03 Hipotireoidismo, outros
ou tioureia; e/ou agrotóxicos organoclorados (DDT) em ati-
vidades de trabalho.
Bócio não-tóxico, não
E04.9 Exposição a ácidos orgânicos em atividades de trabalho.
especificado
Diabetes mellitus não insu-
E11 Jornada de trabalho (Trabalho em turnos: Trabalho noturno)
linodependente (Tipo II)
E66 besidade Jornada de trabalho (Trabalho em turnos; Trabalho noturno)
Exposição a clorobenzeno e seus derivados em atividades de
E80.2 Porfirias, outras
trabalho.
Distúrbios metabólicos não
E88.8 Jornada de trabalho (Trabalho em turnos; Trabalho noturno)
especificados, outros

Considerando o ciclo circadiano, o ser humano deveria ter o período noturno para
repouso, recuperação cerebral e recuperação endócrina, portanto, essa alteração do
sono, gera alterações metabólicas capazes de causar cânceres, considerados ocupacio-
nais. Além dessa mudança, o abuso de substâncias como a cafeína pode ser um fato
agravante para gerar essa condição, além da falta de atividade física e alimentação, que
pode vir a aumentar nesse período noturno.
Diabetes Mellitus Não Insulinodependente
É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hor-
mônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo.
As células possuem receptores de insulina nas células, a insulina é responsável por
carrear as moléculas de glicose para dentro das células, produzindo energia para o orga-
nismo. A resistência à insulina impede a passagem da glicose para as células, mantendo
o nível alto de glicose na corrente sanguínea.
5m
O açúcar em questão não se limita ao consumo de doces, mas também de carboidra-
tos como farinhas e massas, por exemplo.

www.grancursosonline.com.br 1
EIXO TEMÁTICO 4
Doenças relacionadas ao trabalho II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a com-
plicações no coração (cardiopatias e doenças cardiovasculares), nas artérias (agride as
paredes das artérias e aumenta chances de arteriosclerose), nos olhos (retinopatia –
visão turva e até falta de visão), nos rins (nefropatia diabética que consiste na sobrecarga
dos rins) e nos nervos (neuropatias diabéticas alteração à sensibilidade dos nervos).
Fatores psicossociais relacionados à jornada de trabalho (Trabalho em turnos;
Trabalho noturno).
A causa do diabetes tipo 2 está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedenta-
rismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. 
não é a diabetes autoimune (tipo 1) que se manifesta na primeira infância e não é rela-
cionada à alimentação e sono desregulado.
O tratamento para a diabetes mellitus tipo 2 envolve a mudança nos hábitos e no
estilo de vida do paciente e também pode envolver o uso de medicações.
Para maiores detalhes acerca do protocolo em relação a diabetes, é recomendado
assistir às matrizes específicas de saúde.
10m
Dentro dos ambulatórios de saúde ocupacional e dos centros de referências e saúde
do trabalhador, é necessário fazer o acompanhamento desses trabalhadores em turno,
do ponto de vista do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), reali-
zando e analisando os exames sequenciais desses trabalhadores e dos controles de vida,
além de estimular práticas saudáveis dentro da empresa: atividade física e alimenta-
ção saudável. Também avaliam questões que possam ter impacto psicossocial, como o
estresse do trabalhador e assédio no ambiente de trabalho.

www.grancursosonline.com.br 2
EIXO TEMÁTICO 4
Doenças relacionadas ao trabalho II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

DOENÇAS OCULARES
CAPITULO VIL
DOENÇAS DO OLHO E ANEXOS

Doença Relacionada ao
CID10 Agentes e/ou Fatores de Risco
Trabalho
Exposição a arsênio e seus compostos; e/ou poeira de cimento
Blefarite (inflamação da
H010 em atividades de trabalho.
pálpebra)
Exposição a radiações ionizantes em atividades de trabalho.
Dermatoses não infec- Exposição a poeiras, gases e vapores de diferentes origens em
HO11
ciosas da pálpebra atividades de trabalho.
Exposição a arsênio e seus compostos, e/ou berílio e seus com-
postos tóxicos; e/ou flúor ou seus compostos tóxicos: e/ou lodo; e/
ou cloreto de etila: e/ou tetracloreto de carbono; e/ou solventes
halogenados: e/ou ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio); e/ou
H10 Conjuntivite acrilatos, e/ou poeira de cimento; e/ou enzimas de origem animal,
vegetal ou bacteriana: e/ou furfural e álcool furfurílico: e/ou isocia-
natos orgânicos, e/ou selênio e seus compostos em atividades de
trabalho. Exposição a radiações ionizantes, e/ou radiações não
ionizantes (ultravioleta) em atividades de trabalho.
Exposição a radiação não ionizante (ultravioleta e/ou infraverme-
H11.0 Pterígio
lha) em atividades de trabalho.
Degenerações e depósi-
H111 Exposição a sais de prata em atividades de trabalho.
tos de conjuntiva
Exposição a arsênio e seus compostos, e/ou ácido sulfídrico (sul-
feto de hidrogênio) em atividades de trabalho. Exposição a radia-
H16 Ceratite
ções ionizantes, e/ou radiações não ionizantes (ultravioleta e/ou
infravermelha) em atividades de trabalho.
Exposição a radiação não ionizante (ultravioleta e/ou infraverme-
H16.2 Ceratoconjuntivite
lha) em atividades de trabalho.
Exposição a radiação não ionizante (ultravioleta e/ou infraverme-
H26 Cataratas, outras
lha e/ou micro-ondas) em atividades de trabalho.
Catarata e outros

CONJUNTIVITE

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que se manifesta por hiperemia e granu-


lações na conjuntiva, exsudação e lacrimejamento.
15m
De modo esquemático, as conjuntivites podem ser classificadas, segundo o meca-
nismo de produção da lesão, em:
MICROBIANAS: virótica, por clamídia, bacteriana, fúngica e parasitária;  especial
destaque para profissionais de saúde.

www.grancursosonline.com.br 3
EIXO TEMÁTICO 4
Doenças relacionadas ao trabalho II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

IRRITATIVAS: decorrem da presença direta do agente causal, determinando infla-


mação local e uma impregnação do tecido conjuntival;
ALÉRGICAS: de tipo celular retardado (tipo IV de Gell & Coombs), muito semelhante
àqueles observados nas dermatoses alérgicas;  pode ocorrer pela exposição ao látex,
pois o pó que carreia o látex está relacionado ao quadro de conjuntivite.
TÓXICAS: devidas à toxicidade do agente, dentre elas, algumas neurotoxinas oftal-
mológica específicas;
TRAUMÁTICAS.  por alguma pancada no olho.

DOENÇAS DO OUVIDO

As doenças vistas até esse ponto podem ou não ser relacionadas à atividade ocupa-
cional, podendo ocorrer na comunidade por outros fatores.
Além das doenças do ouvido, também é muito comum a perda auditiva induzida por
ruído, uma doença ocupacional reconhecida.  cai frequentemente nas provas de con-
curso (PAIR).
Outras doenças que mais caem em provas: doenças osteomusculares relacionadas
ao trabalho (lesões de esforço repetitivo); dermatoses ocupacionais; transtornos men-
tais (síndrome de burnout); doenças respiratórias e pulmonares (pneumoconioses).
20m

CAPITULO VIII
DOENÇAS DO OUVIDO E DA APÓFISE MASTOIDE

Doença Relacionada ao Tra-


CID10 Agentes e/ou Fatores de Risco
balho
Otite média não- supurativa,
H65.9 Variação de pressão ambiental no trabalho.
não especificada
Perfuração da membrana do
H72 Variação de pressão ambiental no trabalho.
tímpano
Exposição a brometo de metila em atividades de trabalho.
H83.0 Labirintite
Variação de pressão ambiental no trabalho.
Efeitos do ruído sobre o Exposição a níveis de pressão sonora elevados no tra-
H83.3
ouvido interno balho.  PAIR.
Exposição a xileno: e/ou tolueno e outros solventes aromá-
ticos neurotóxicos; e/ou solventes orgânicos; e/ou monó-
xido de carbono: e/ou arsènio e seus compostos, e/ou
H910 Perda de audição ototóxica
chumbo e seus compostos tóxicos; e/ou mercúrio e seus
compostos tóxicos; e/ou dissulfeto de carbono: e/ou triclo-
roetileno, e/ou agrotóxicos, em atividades do trabalho.
Transtornos especificados do Exposição a brometo de metila, em atividades de trabalho.
H93.8
ouvido, outros Variação de pressão ambiental no trabalho.

www.grancursosonline.com.br 4
EIXO TEMÁTICO 4
Doenças relacionadas ao trabalho II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

170.0 Otite Barotraumática Variação de pressão ambiental no trabalho.


Sinusite
170.1 Variação de pressão ambiental no trabalho.
Barotraumática
Mal dos caixões
170.3 Variação de pressão ambiental no trabalho.
(doença de descompressão)

Efeitos do ruído sobre o ouvido interno – Exposição a níveis de pressão sonora eleva-
dos no trabalho.

PAIR

Perda auditiva induzida por ruído (Pair) caracteriza-se pela perda da audição por
exposição prolongada a ruídos, que pode estar associada ou não a substâncias químicas,
no ambiente de trabalho, sendo do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irrever-
sível e progressiva conforme o tempo de exposição.
O risco aumenta consideravelmente quando a média da exposição ao ruído está
acima de 85 dB (A) por oito horas diárias.

ANEXO – NR-15

As principais características diagnósticas da Pair, de acordo com o guia de orienta-


ções do American College of Occupational and Environmental Medicine (ACOEM) (MIRZA
et al., 2018), são:
• Perda auditiva sensório-neural com comprometimento das células ciliadas da
orelha interna, quase sempre bilateral.
• Rebaixamento no limiar audiométrico de 3 kHz, 4 kHz ou 6 kHz, como primeiro
sinal. No início da perda, a média dos limiares de 500 kHz, 1 kHz e 2 kHz é melhor do
que a média de 3 kHz, 4 kHz e 6 kHz. O limiar de 8 kHz tem de ser melhor que o pior
limiar. PCMSO recomenda o exame de audiometria de maneira sequencial.
• Apenas a exposição ao ruído não produz perdas maiores que 75 dB em frequências
altas, e que 40 dB nas baixas.
• A progressão da perda auditiva decorrente da exposição crônica é maior nos pri-
meiros 10 a 15 anos, e tende a diminuir com a piora dos limiares.
25m

Manifestações clínicas – zumbido, intolerância a sons intensos e dificuldades de


comunicação, cefaleia, tontura, irritabilidade, problemas digestivos, dificuldade de
atenção e concentração, alteração do sono, ansiedade e isolamento social.
O diagnóstico clínico da Pair é realizado a partir de anamnese ocupacional, histó-
rico de exposição ocupacional aos fatores de risco, exame físico e exames comple-
mentares, tais como: audiometria tonal por via aérea;

www.grancursosonline.com.br 5
EIXO TEMÁTICO 4
Doenças relacionadas ao trabalho II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

A reabilitação auditiva com o uso de aparelhos de amplificação sonora e a adoção de


estratégias para melhoria da comunicação, realizadas por fonoaudiólogos, podem auxi-
liar na melhoria da qualidade de vida do trabalhador.

GUIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE

A prevenção é a única estratégia a ser adotada para evitar a Pair. As principais medi-
das de prevenção e controle da Pair são:
• Implementação de estratégias para eliminação dos ruídos, tais como: substituição
das tecnologias de trabalho por outras mais seguras, isolamento das máquinas por
meio de enclausuramento dos processos, que reduzam a exposição ao ruído.
• Monitoramento ambiental.
• Realização de vigilância e monitoramento do ambiente e do processo de trabalho.
• Adoção de medidas de redução e de controle dos níveis de ruídos no ambiente
de trabalho.
• Orientação quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

C-EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA – NR 06 (EPI)

C.1 Protetor auditivo:


a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n. 1 e 2;
30m
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n. 1 e 2; e
c) protetor auditivo semiauricular para proteção do sistema auditivo contra níveis
de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n. 1 e 2.

NR 15-ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

ANEXO n. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Contínuo: não tem interrupção.
Intermitente: sons de batidas.

www.grancursosonline.com.br 6
EIXO TEMÁTICO 4
Doenças relacionadas ao trabalho II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL


85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos.
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

É proibido por lei que trabalhadores sejam expostos a ruídos acima de 115 dB sob
qualquer circunstância.

��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Paula Prudente.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

www.grancursosonline.com.br 7

Você também pode gostar