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Manuseio, armazenagem e descarte

de substâncias químicas e material


biológico
Me. Brunna Laryelle
Armazenamento de materiais

 Produtos biológicos e os considerados perecíveis deverão ser organizados e


armazenados em locais apropriados (limpo, sem umidade, protegido de
insetos e animais) de modo a não ficar por muito tempo estocado,
facilitando assim o seu envelhecimento e a sua deterioração.

 Os demais produtos, considerados perigosos (gases explosivos e


inflamáveis, substâncias explosivas, comburentes e radioativas), os
produtos químicos e os solventes inflamáveis serão armazenados em local
apropriado, devidamente demarcado, livre de interferência (ambiental e
pessoal) e sinalizado.
Agentes de risco

 Ambiente insalubre por agrupar atividades que requerem o uso de equipamentos,


máquinas, reagentes e materiais diversos, além de viabilizar muitos
procedimentos que oferecem riscos de acidentes e doenças para os usuários em
geral.

 São considerados riscos ambientais aqueles causados por agentes físicos,


químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes que, presentes nos ambientes de
trabalho, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua
natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.
Riscos Biológicos :

• Bactérias,
• Fungos,
São os • Parasitas,
seguintes • Vírus,
agentes: • Clamídias,
• Prions.

Divididos em CLASSES, por ordem crescente de


risco (conforme critérios pré-estabelecidos).
Risco biológico

Profissionais Estar conscientes dos riscos inerentes a essa atividade


que
trabalham em
laboratório
com agentes Conhecer profundamente o agente e os procedimentos para minimizar o
ou materiais risco de contaminação.
biológicos
devem:
As boas condutas de laboratório devem ser estritamente seguidas de modo
a evitar que um procedimento realizado de maneira incorreta ou mesmo
displicentemente coloque em risco a segurança do(s) profissional(is) e do
ambiente
Descarte a agentes biológicos

 Inativação antes do descarte;


 Desinfetar a superfície de trabalho antes e após o procedimento.
 Classe I:
 Dificilmente são patogênicos para o homem, animais ou plantas
 Exemplos:
 Lactobacillus, Bacillus cereus...
 Classe II:
 Moderado risco individual e limitado para a comunidade
 São patogênicos para o homem
 Medidas terapêuticas e profiláticas eficazes
 A maioria dos micro-organismos isolados em laboratórios clínicos de rotina.
 Exemplos:
 E. coli
 Vírus da dengue, adenovirus, coronavirus
 Classe III:
 Muito patogênicos para o homem
 Potencialmente letais

 Disseminação via respiratória ou desconhecida


 Usualmente existe tratamento/prevenção
 Risco para comunidade e meio ambiente
 Exemplos:
 Vírus: Hantavirus (alguns), Flavivírus (febre amarela não vacinal), Influenza Aviária,
 Bactérias: Mycobacterium tuberculosis, Bacillus anthracis, Burkholderia mallei,
Clostridium botulinum.
 Classe IV:
 São extremamente patogênicos para o homem e/ou para animas
 Grande poder de transmissão por via respiratória (ou forma desconhecida);
 Alta capacidade de disseminação na comunidade e meio ambiente
 Não há tratamento/profilaxia conhecida
 Exemplos:
 Vírus:
 Filovirus (Marburg, Ebola)
 Febres hemorrágicas: Congo, Lassa, Sabia
 Vírus da Aftosa
Classe de Risco Especial

 O Ministério da Saúde descreve ainda uma classe de risco adicional chamada de


Classe de Risco Especial.
 Reúne os microrganismos que representam alto risco de causar doença animal grave e
de disseminação no meio ambiente.
 Inclui agentes biológicos de doença animal não existentes no país e que, embora não
sejam obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar graves
perdas econômicas e/ou na produção de alimentos.
Agentes químicos de risco

 Podem exercer impacto negativo sobre a saúde dos homens e dos animais e afetar
sobremaneira o meio ambiente quando as medidas preventivas não são adotadas.
 Podem afetar os trabalhadores de formas variadas, desde leves processos alérgicos até o
câncer
 Informações sobre a segurança para o produto químico adquirido:
 Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico (FISPQ): contêm informações
diversas sobre um determinado produto químico (substâncias ou misturas) quanto à proteção, à
segurança, à saúde e ao meio ambiente e ações em situação de emergência. Em alguns países,
essa ficha é chamada de Material Safety Data Sheet (MSDS).
Riscos geralmente desconhecidos pelo
trabalhador:
• Grau de toxicidade,
• Grau de inflamabilidade,
• Grau de corrosividade,
• Grau de explosividade
• demais riscos de periculosidade
Carcinogênicos

Corrosivos
Quanto às
características dos
Irritantes
produtos, esses
podem ser:
Tóxicos (causam envenenamento e/ou morte);

Teratogênicos (causam deformações);

Mutagênicos

Alergênicos

Ionizantes (causam câncer e outras doenças);

Explosivos e Espontaneamente combustíveis (incêndios e explosões).


Outros fatores que afetam o trabalhador

As condições elétricas, eletrônicas


Os hábitos do operador no que
e mecânicas dos equipamentos
concerne à desatenção e à O excesso de material sobre a
(ausência de manutenção A não observância de normas;
negligência frente às atividades bancada de trabalho;
preventiva e manutenção corretiva
potencialmente de risco;
deficiente);

A ausência de cuidados no que


A ausência de cabines de A desordem nos laboratórios A ausência de políticas de concerne à prevenção de incêndios
segurança química; (ausência de organização); administração de resíduos; poderá gerar situações
extremamente graves.
Vias de contaminação
Aérea
Está relacionada com a produção de aerossóis.
Os aerossóis se formam dependendo da atividade realizada, como maceração de
tecidos, centrifugação, pipetagem, sonicação, agita ação de suspensões celulares,
abertura de ampolas, flambagem de alça de platina etc.

Uma vez formados, os aerossóis podem ficar em suspensão e propagar-se à


distância contaminando vários profissionais pela inalação dos mesmos.

•Oral A ingestão de microrganismos com maior frequência ocorre através de pipetagem


com a boca, porém, outras formas de contaminação também são descritas, como
levar à boca itens do laboratório (por exemplo, canetas e lápis) e consumir
alimentos e bebidas no local de trabalho, fumar e falta de procedimentos
higiênicos (lavagem de mãos).
Cutânea Uma das principais causas de contaminação do profissional de
laboratório.

O microrganismo pode penetrar através da pele após ferimento com


agulhas, lâminas de bisturi ou vidraria quebrada contaminadas.

Outra forma de contaminação por essa via é a mordida ou o arranhão


de animais e ainda picada de insetos.

•Ocular A contaminação da conjuntiva pode ocorrer por deposição de


gotículas de suspensões celulares ou mesmo por aerossóis de material
infectante nos olhos.
Segurança

 Norma Regulamentadora 26 do Ministério do Trabalho e Emprego


 Objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para a prevenção
de acidentes
 Identificar os equipamentos de segurança,
 Delimitar áreas,
 Identificar as canalizações empregadas nas indústrias para condução de líquidos e
gases
 Advertindo contra riscos.
 Todo laboratório deve ser sinalizado de forma a facilitar a orientação dos usuários
e advertir quanto aos potenciais riscos presentes no local.
Regra básica para o trabalho em
laboratório segundo o manual de
Biossegurança da Fiocruz (2005):

Considerar todo material biológico como


infeccioso;

Trabalhar com atenção e sem tensão;

Sinalizar o risco do agente na entrada do


laboratório;

Notificar os acidentes e imediato cuidado


médico.
Ser protegido por
Evitar trabalhar sozinho
Além disso: imunização quando
com material infeccioso;
disponível;

Usar roupas protetoras,


tais como uniformes, Manter o laboratório
Não aplicar cosméticos;
aventais, jalecos e limpo e arrumado;
máscaras; usar luvas;

Lavar as mãos após a


Evitar uso de lentes de Nunca pipetar com a
manipulação de materiais
contato; boca;
contaminados;

Descontaminar a
Não comer e não beber
superfície de trabalho, Não fumar,
no laboratório;
etc.
Mapa de Risco:

 “ É a expressão gráfica de distribuição dos riscos envolvidos em um processo


de trabalho realizado em um ponto específico.”


 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de
acidentes. O uso das cores deve ser feito de modo criterioso, a fim de não
ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

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