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2023 | Por: Maria Baptista da S. dos R.

Gaspar

Trabalho de Higiene e
Segurança nos Laboratórios

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ÍNDICE
ÍNDICE .............................................................................................................................. 1
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES ..................................................................................................... 1
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3
CONTATOS DE EMERGÊNCIA........................................................................................... 4
REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA ................................................................................. 5
REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA ......................................................................................... 5
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA .......................................................................................... 6
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S) ............................................................. 6
CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS ...................................................................................... 6
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) ................................................................. 7
PREPARAÇÃO PRÉVIA DO TRABALHO EXPERIMENTAL .............................................................. 13
CUIDADOS GERAIS AO MANUSEAR PRODUTOS QUÍMICOS ........................................................ 13
CUIDADOS NO MANUSEAMENTO DE EQUIPAMENTOS .............................................................. 14
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ............................................................................................ 14
CONCLUSÃO ................................................................................................................... 19
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 21

Índice de Ilustrações

Ilustração 1: Imagem do número Europeu de emergência .......................................... 4


Ilustração 2: Triangulo do fogo ....................................................................................... 8
Ilustração 3: Classe A ...................................................................................................... 8
Ilustração 4: Classe B...................................................................................................... 9
Ilustração 5: Classe C ...................................................................................................... 9
Ilustração 6: Classe D ..................................................................................................... 9
Ilustração 7: Classe F ...................................................................................................... 9
Ilustração 8: Modo de uso de um extintor de água .................................................... 11

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Ilustração 9: Modo de uso para o extintor de espuma ............................................... 11
Ilustração 10: Modo de utilização de um extintor de gás .......................................... 12
Ilustração 11: Aplicação de extintor de pó .................................................................. 12
Ilustração 12: Hidrante ................................................................................................. 13

Índice de Tabelas

Tabela 1: Números de Emergência ................................................................................ 4


Tabela 2: Formas de extinção e a sua atuação ............................................................ 8
Tabela 3: Classificação do tipo de incêndios ................................................................ 8
Tabela 4: Agente extintor a utilizar consoante a classe de incêndio ......................... 10
Tabela 5: Pictogramas de indicação de perigo de produtos químicos. ..................... 15

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INTRODUÇÃO

A higiene e saúde no laboratório bem como a segurança preocupam-se em


minimizar os fatores que eventualmente possam afetar quer o ambiente bem como
o bem-estar dos colaboradores assim como eliminar as condições passíveis de
provocar acidentes durante uma prática laboratorial.

Embora haja condições comuns a todas as atividades, a prática laboratorial


tem especificidade próprias que irão ser abordadas ao longo deste trabalho.

A prevenção de acidentes e os riscos profissionais estão associados a um


conhecimento e a sua boa prática de um conjunto de normas e diretrizes de higiene
e segurança no laboratório.

Salienta-se a necessidade de reconhecer e avaliar os riscos de utilização de


materiais e equipamentos, o armazenamento e manipulação de produtos químicos
e agentes biológicos em condições de segurança, a prevenção de riscos inerentes
ao trabalho laboratorial, a adoção de medidas de higiene e proteção individual e
coletiva e ainda a eliminação, tratamento e recolha de resíduos para descarte.

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CONTATOS DE EMERGÊNCIA

Segue abaixo uma tabela contendo uma lista com os números mais
importantes para serem contatados em caso de emergência, deve-se ressaltar que
para a generalidade das situações deve contatar o nº 112 (Número Europeu de
Emergência):

T ABELA 1: N ÚMEROS DE E MERGÊNCIA


Escola Secundária do Forte da Casa 219 568 830

Número Europeu de Emergência 112

Centro de Informação Antivenenos 808 250 143

Polícia de Segurança Pública – Póvoa de Santa Iria 219 540 600

Bombeiros - Regimento Sapadores de Bombeiros Lisboa 808 215 215

Bombeiros – Povoa de Santa Iria 219 590 032

Proteção Civil Municipal – Lisboa 218 173 100

Proteção Civil - Centro Distrital de Operações de Socorro de


218 820 960
Lisboa

Linha SNS 24 808 242 424

I LUSTRAÇÃO 1: I MAGEM DO NÚMERO


E UROPEU DE EMERGÊNCIA

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REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA

Para falarmos sobre as regras de segurança de um laboratório temos de ter


em atenção que este não se trata de um local de trabalho comum, mas de um espaço
onde existem substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis ou explosivas.
Além desses fatores, o trabalho num laboratório implica por vezes, trabalhar
sob condições de pressão elevadas ou reduzidas, ao uso de fogo, eletricidade, gás e
ao manuseamento de materiais de vidro.
Diante do exposto, são necessárias diversas medidas de segurança e
precaução excecionais por e esse motivo é importante conhecê-las e saber identificá-
las para que haja o mínimo de acidentes possíveis.
É imprescindível que estas regras estejam disponíveis para estudo a todos os
que têm acesso direto aos laboratórios, que o tipo de linguagem seja de modo
sucinto e explícito e que estejam de acordo com as disposições legais, normas,
dados de material de segurança, etc.

Regras Gerais de Segurança


As principais regras de segurança a observar em qualquer trabalho de
laboratório são as seguintes:

• Cabelo curto ou apanhado;


• Calçado apropriado (fechado e antiderrapante),
• Não consumir alimentos ou bebidas nem fumar,
• Evitar o uso de chamas ou caso seja indispensável tomar as devidas
precauções (limpar o ambiente circundante e observar as cautelas
necessárias inerentes aos solventes voláteis como o éter etílico, etanol,
metanol, acetona, etc), de modo a evitar acidentes;
• Ter todo o cuidado com o manuseamento de produtos químicos evitando o
contacto com a pele, os olhos e a roupa. Manter limpa e seca a área de
manuseamento e fechar imediatamente os frascos que contêm os produtos
prevenindo o seu derrame;

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• Manusear e manter na área de trabalho recipientes que não façam parte da
experiência a decorrer;
• No seguimento de uma finalização de trabalhos, lavar as mãos
abundantemente com água e sabão;

Equipamentos de segurança
Há uma série de equipamentos a serem usados em qualquer prática
laboratorial de modo a prevenir e diminuir riscos de acidentes. Existentes nesta
categoria os Equipamentos de proteção individual (EPI’s), Equipamentos de proteção
coletiva e a Caixa de primeiros socorros.

Equipamentos de proteção Individual (EPI’s)


• Óculos de proteção ainda que não se considere haver risco para os olhos e
retirar lentes de contacto antes do procedimento de modo a facilitar uma
rápida lavagem em caso de salpique de um reagente;
• Uso de bata de algodão para proteção do corpo e roupa;
• Uso permanente de luvas de laboratório descartáveis após cada experimento;
• Higienização das mãos sempre que necessário;
• Não utilizar a roupa de proteção individual de laboratório fora deste;
• Viseira de proteção facial caso seja necessário;
• Aparelhos e mascaras de respiração na ocorrência de situações
imprescindíveis para tal;

Caixa de primeiros socorros


É uma caixa que pertence aos equipamentos de proteção coletiva, deve conter
produtos e peças para serem utilizados em casos de situações de acidente. Segundo a
Direção-geral da Saúde, na ficha técnica 2/2010, os itens a seguir são considerados
primordiais:
• Compressas de diferentes dimensões;
• Pensos rápidos;
• Rolo adesivo;
• Ligadura não elástica;

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• Solução anti-séptica (unidose);
• Álcool etílico 70% (unidose);
• Soro fisiológico; (unidose);
• Tesoura de pontas rombas;
• Pinça;
• Luvas descartáveis em latex.
É pertinente que pelo menos uma vez ao ano, a caixa de primeiros socorros deva
passar por uma vistoria para verificar o prazo de validade, as condições no geral dos
produtos (local de fácil acesso, sinalizado, identificado e num local fresco e seco).

Equipamentos de proteção coletiva (EPC)


Todos os equipamentos que servem para proteger de forma coletiva a saúde
e a integridade física do trabalhadores são designados de equipamentos de proteção
coletiva (EPC), dos quais podemos destacar:
• Sistemas de ventilação e exaustão;
• Proteção de circuitos e equipamentos elétricos;
• Proteção contra ruídos (isolantes acústicos) e vibrações;
• Sensores de presença;
• Barreiras contra luminosidade intensa e descargas atmosféricas;
• Detetores de fumo;
• Sistemas de sinalização;
• Lava-olhos;
• Chuveiros de segurança;
• Extintores, hidrantes e mangueiras de combate a incêndio.
O último item é de extrema importância e antes de adentrar no tipo de
extintores e das diversas formas que podemos combater um incêndio é preciso
analisar o que é o fogo.

Fogo
O fogo é uma reação química exotérmica entre uma substância combustível
e um comburente. Para que o fogo aconteça é necessário a combinação simultânea
de três constituintes: combustível, comburente (oxigénio) e uma energia de ativação,
à junção destes elementos temos a formação do triângulo do fogo.

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I LUSTRAÇÃO 2: T RIANGULO DO FOGO
Para além disso, o triângulo do fogo, também demostra que basta a retirada
de qualquer um desses elementos para a extinção do fogo. A eliminação pode ser
feita da seguinte maneira:
• Supressão do combustível: retirar toda a matéria combustível próxima ou
isolando o objeto em chama;
• Abafamento: impedir o contato de O2 com a matéria em chama;
• Arrefecimento: abaixando a temperatura do combustível;
• Inibição: apenas pode ser usada caso já tenha iniciado a combustão, intervém
através da inibição, através do uso de pós químicos.
T ABELA 2: F ORMAS DE EXTINÇÃO E A SUA ATUAÇÃO
EXTINÇÃO FORMA DE ATUAÇÃO
Água Arrefecimento
Co2
Espuma
Abafamento
Manta apaga-fogos
Areia
Pó químico Inibição
Carência (limitação de combustível) Carência de combustível

Os fogos podem ser classificados em:


T ABELA 3: C LASSIFICAÇÃO DO TIPO DE INCÊNDIOS
• Classe A: tipos de incêndios com combustíveis sólidos tais
como a madeira, papelão, plástico, etc.

I LUSTRAÇÃO 3:
C LASSE A

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• Classe B: Tipo de fogo em que o combustível é líquido, por
exemplo, óleo, gasolina ou tinta.

I LUSTRAÇÃO 4:
C LASSE B
• Classe C: Incêndios onde o combustível são gases como
butano, propano ou gás urbano.

I LUSTRAÇÃO 5:
C LASSE C
• Classe D: São os mais raros, o combustível é um metal, os
metais que queimam são pó de magnésio, sódio ou
alumínio.
I LUSTRAÇÃO 6:
C LASSE D
• Classe F: Tipos de incêndios derivados de óleos e
gorduras (vegetais ou animais) nas cozinhas e
armazenamento de óleos.
I LUSTRAÇÃO 7:
C LASSE F

Extintores
Os extintores portáveis são aparelhos obrigatórios nos laboratórios e são
apenas eficazes quando utilizados corretamente e se forem observadas as
condições que fazem parte do triângulo do fogo.
Um extintor de incêndio é um aparelho que contém um agente extintor que
pode ser projetado e dirigido sobre um fogo pela ação de uma pressão interna. Esta
pressão pode ser fornecida por uma compressão prévia permanente ou ser obtida
por uma reação química ou pela libertação de um gás auxiliar no momento da
utilização do extintor.
É obrigatório que estes estejam localizados em pontos de fácil acesso,
sinalizados, visíveis. Normalmente são montados em suportes de parede a uma
altura que seja de fácil acesso a qualquer pessoa.
Assim como a caixa de primeiros socorros, de forma mais séria e relevante,
os extintores também necessitam de vistoria e de uma manutenção.
Deve possuir uma etiqueta que indique o mês e o ano em que foi feita a
manutenção e o técnico ou empresa responsável por tal. E sempre que forem
utilizados é imprescindível a sua recarga.

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Os extintores são divididos em alguns tipos:
• Extintores de espuma: Ideal para incêndios do tipo A e B;
• Extintores de Pó ABC: É o tipo mais comum de extintor de incêndio usado em
qualquer edifício. É indicado para incêndios do tipo A, B e C e, cheio de pó,
evita o risco elétrico;
• Extintores de CO2: Este tipo de extintor é adequado para incêndios do tipo A,
B e C. Eles geralmente são usados onde existem elementos onde o extintor
pode causar mais danos que o incêndio. Ou seja, nos laboratórios não é um
extintor adequado já que o valor dos equipamentos é alto e com este extintor
podem ser danificados;
• Extintores de incêndio H2O: Ideais para extinção de incêndios do tipo A.
Atualmente os extintores de água possuem aditivos incorporados que
fornecem eficiência do tipo F para que eles também possam ser usados nesse
tipo de incêndio. Eles nunca devem ser usados na presença de corrente
elétrica.
Nota: A pressão do extintor deve estar sempre no nível recomendado. Isto é, a
agulha indicativa da pressão do extintor deve estar na zona verde. E o extintor não
deve apresentar sinais de desgaste como a cavilha danificada, fugas, ferrugem ou
outros.
T ABELA 4: A GENTE EXTINTOR A UTILIZAR CONSOANTE A CLASSE DE INCÊNDIO
CLASSE DE INCÊNDIO
AGENTE EXTINTOR
A B C D
Água em jato

Água pulverizada

Dióxido de Carbono

Pó Químico ABC

Pó Químico BC

Pó Químico Especial D

Espuma

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Símbolos

Não
Significado Muito Bom Bom Satisfaz
adequado

Extintores – H 2 O
Como usar:

• Retirar o pino de segurança;


• Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do
fogo;

I LUSTRAÇÃO 8: M ODO DE USO DE UM EXTINTOR DE ÁGUA

Extintores – Espuma
Modo de uso:
• Inverter o aparelho o jato disparará automaticamente, e só cessará quando a
carga estiver esgotada.

I LUSTRAÇÃO 9: M ODO DE USO PARA O EXTINTOR DE


ESPUMA

Extintor – Gás CO 2
Como utilizar:
• Remover o pino de segurança quebrando o lacre;

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• Segurar o difusor com a mão direita e comprimir o gatilho da válvula com a
mão esquerda;
• Acionar a válvula dirigindo o jato para a base do fogo.

I LUSTRAÇÃO 10: M ODO DE UTILIZAÇÃO DE UM


EXTINTOR DE GÁS
Extintores – Pó
Modo de aplicação:

• Retirar o pino de segurança;


• Empunhar a pistola difusora;
• Atacar o fogo acionando o gatilho.

I LUSTRAÇÃO 11: A PLICAÇÃO DE EXTINTOR DE PÓ


Boca de Incêndio ou Hidrante
São equipamentos de combate a incêndio de instalação fixa ao contrário dos
extintores portáteis. Utilizam como fonte de extinção a água. Modo de aplicação:

• Abrir a caixa que contém o hidrante;


• Segurar o "bico" (esguicho) da mangueira retirando-o;
• Abrir o registo;
• Esticar bem a mangueira e dirigir o jato de água para a base do fogo.

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I LUSTRAÇÃO 12: H IDRANTE

Preparação prévia do trabalho experimental


• Ler atentamente o protocolo sobre o trabalho a realizar;
• Selecionar e separar os compostos a utilizar observando as suas
características de toxicidade, inflamáveis, etc.;
• Analisar a área de trabalho e espaço adequado;
• Avaliar os riscos inerentes ao procedimento;

Cuidados gerais ao manusear produtos


químicos
• Nunca ingerir, inalar ou tocar com as mãos num produto químico;
• Afastar os frascos contendo solventes voláteis e inflamáveis próximos de
chamas;
• Não expor frascos contendo solventes voláteis e inflamáveis ao sol;
• Não utilizar uma embalagem/recipiente sobre a qual tenha dúvidas sobre o
seu conteúdo;
• Assegurar-se que os reagentes armazenados estejam à temperatura
ambiente antes de serem abertos;
• Verificar se os cilindros que contenham gases sob pressão estão
devidamente presos com correntes ou cintas;
• Adicionar lentamente os reagentes e nunca de uma vez apenas;

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• Verter o ácido concentrado sobre a água, nunca o contrário; adicionar sempre
lentamente soluções concentradas sobre soluções mais diluídas para evitar
reações violentas;
• Se puder ocorrer libertação de gases e/ou vapores tóxicos a experiência deve
ser obrigatoriamente efetuada numa câmara de exaustão (Hotte);
• Não aquecer líquidos inflamáveis com chama direta;

Cuidados no manuseamento de
equipamentos
O Responsável do Laboratório deve procurar garantir que todos os
utilizadores têm acesso a informação necessária para utilização dos equipamentos
e garantir a observação dos seguintes itens:

• Ler o manual de instruções;


• Elaborar as especificações de segurança para o equipamento em questão e
anexar ao manual de segurança do laboratório;
• Garantir as boas condições de funcionamento e de segurança do
equipamento;
• Assegurar a manutenção preventiva aconselhada pelo fabricante;
• Utilizar EPI’s recomendados;
• Manter as proteções de segurança do próprio fabricante para evitar acidentes
graves.

Sinalização de segurança
A sinalização de segurança tem por objetivo informar e chamar a atenção, de
uma forma eficiente e inequívoca, para objetos e situações suscetíveis de
provocarem perigo. O objetivo é chamar a atenção de forma rápida e inteligível das
suas propriedades.
É indispensável tomar em atenção algumas precauções a ter em conta num
trabalho de laboratório, nomeadamente no que se refere à utilização de substâncias
tóxicas, corrosivas, inflamáveis ou explosivas que podem ocorrer sob determinadas

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condições como o uso do fogo, gás, de variações de pressão e até mesmo do próprio
material de vidro.
Foi estabelecida uma lista de simbologia apropriada que identifica as
substâncias em diferentes classes e graus.
Destacam-se os compostos tóxicos (manter em ambientes ventilados e uso
de equipamento de proteção adequado), compostos nocivos ou irritantes (eventual
reação inflamatória), compostos inflamáveis (requerem ambientes ventilados, e
algumas condições de temperatura), compostos explosivos (passíveis de libertar
gases ou deflagrarem sob efeito de calor ou confinamento), compostos comburentes
(isolamento em relação a outras substâncias inflamáveis), compostos perigosos para
o meio ambiente (descarte consciente encaminhando para tratamento de resíduos),
compostos corrosivos (a sua ação destrutiva em contacto com tecidos vivos requer
o uso de equipamento de proteção adequado) e compostos radioativos.
T ABELA 5: P ICTOGRAMAS DE INDICAÇÃO DE PERIGO DE PRODUTOS QUÍMICOS .
Símbolo Significado Precauções

-Substâncias auto-
-Evitar os
reativas;
choques, as
-Peróxidos orgânicos
Explosivo fricções, as
que podem provocar
faíscas e o
explosões sob a
calor.
ação do calor

Perigos
Físicos

-Substâncias
comburentes, que -Manter
podem provocar ou afastado das
Oxidante
intensificar substâncias
incêndios ou combustíveis.
explosões

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-Substâncias e
misturas suscetíveis
de auto-
aquecimento;
- Líquidos e sólidos
pirofóricos, que
-Evitar qualquer
podem incendiar-se
contato fontes
em contato com o
de ignição
ar;
(chama, calor,
- Substâncias ou
Inflamável faíscas, …);
misturas que, em
-Evitar a
contato com água,
formação de
emitem gases
misturas ar-gás
inflamáveis
perigosas.
-Substâncias auto-
reativas ou
peróxidos orgânicos
que podem provocar
incêndios sob a
ação do calor

-Gás sob pressão,


risco de explosão -Não expor ao
sob a ação do calor; calor fontes de
Gás sob -Gás refrigerado, ignição;
pressão pode provar Manusear com
queimaduras ou cuidado e usar
lesões criogénicas; EPI’s
-Gases dissolvidos

-Substâncias
altamente tóxicas -Evitar qualquer
Perigos em contato com a contato com o
Toxicidade
para a pele, e que poderão corpo e
aguda
saúde ser fatais se inalação de
inaladas ou vapores.
ingeridas.

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-Extremamente
tóxico (nocivo);
-Provoca a
sensibilidade -Evitar qualquer
Perigo cutânea e irritação contato com o
para a cutânea e ocular; corpo e
saúde -Irritante para as inalação de
vias respiratórias; vapores.
-Narcóticos, provoca
sonolência ou
tonturas.

-Sustâncias que é
corrosiva e que -Não respirar os
pode provocar vapores e evitar
queimaduras graves qualquer
Corrosivo
na pele e danos nos contato com a
olhos. Também é pele e
corrosiva para vestuário.
metais.

-Substância
cancerígena;
-Afeta a fertilidade e
o nascituro;
-Provoca mutações;
-Sensibilidade
respiratória,
podedendo provocar - Evitar
Perigo alergias, asma ou qualquer
grave dificuldades contato com o
para a respiratórias corpo e
saúde quando inalado; inalação de
-Tóxica para órgãos vapores.
específicos;
Perigos de
aspiração, pode ser
fatal ou nociva por
ingestão ou
penetração nas vias
respiratórias.

17
-Estas
substâncias
não devem ser
libertadas para
-Substâncias
Perigo Perigos o meio
perigosas para o
para o para o ambiente;
ambiente e que
meio meio -Devem ser
provocam toxicidade
ambiente ambiente devidamente
aquática.
acondicionadas
e sujeitas a
tratamento
adequado

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CONCLUSÃO

A higiene e segurança em laboratórios têm como função principal evitar ou


minimizar riscos e acidentes, prejuízos de materiais como a quebra ou outros danos
nos instrumentos laboratoriais ou a perda e inutilidade de reagentes ou outros
produtos.

Para tal, a segurança no laboratório rege-se por uma série de medidas


preventivas contra todo o tipo de imprevistos promovendo as melhores condições de
trabalho, bem como um ambiente organizado e seguro.

A par da segurança foram desenvolvidas uma série de condutas técnicas,


médicas e educacionais com o propósito de prevenir acidentes, eliminando
condições inseguras e instruindo os utilizadores a adotar práticas preventivas.

Quer a segurança, quer a higiene nos laboratórios são essenciais ao êxito de


um trabalho de qualidade e à saúde dos intervenientes.

Assim, foram abordados neste trabalho os principais pontos que integram o


conhecimento em que assenta uma cultura de segurança. A preparação antecipada
e cuidada visando um trabalho laboratorial pressupõe o domínio de conhecimentos
em matéria de riscos associados à saúde dos utilizadores e a garantia de um
trabalho de qualidade.

Em suma é de extrema importância, antes de entrar em um laboratório saber:

• Os equipamentos de EPI’s necessários para a prática laboratorial;


• Ter boas práticas, cuidados adequados e conhecimento no manuseamento
dos equipamentos e materiais de vidro;
• Dominar os fundamentos principais dos reagentes, sólidos, líquidos e gases
que irão ser utilizados na prática, assim como a identificação e classificação
dos produtos químicos e agentes biológicos;
• Absorver as normas de segurança de um laboratório;
• Saber distinguir a forma de descarte dos diversos materiais e resíduos e
rejeitos;
• Reconhecer e identificar os vários símbolos de produtos;

19
• Detetar a localização dos extintores e saber como utilização em cada tipo de
situação;
• Em caso de acidentes, ter o domínio dos principais números de telefone aos
quais devem telefonar assim como na utilização e localização da caixa de
primeiros socorros.

Para concluir, destaca-se a importância de, periodicamente, em laboratórios


existir a formação dos itens acima destacados assim como a simulação, como
prática, em caso de incêndios, sismos, etc.

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BIBLIOGRAFIA

Material de apo io fornecido:


Antunes, Rui e et al. Laboratório I. (Suporte teórico). IPS, Barreiro;

Carvalho, Adriana e Silva, Gabriela (2022-2023). Praticas. Laboratoriais PL1 e PL2.


IPS, Barreiro.

Trabalho de Higiene e Segurança do trabalho. Riscos de Incêndio. IPS, Barreiro.

Guião para trabalho de Higiene e Segurança nos laboratórios (2021-2022). CTeSP


TLQB.

Fichas Técnicas:
Informação Técnica 2/2010. Direcção Geral de Saúde. Programa Nacional de Saúde
Ocupacional. Emergência e Primeiros Socorros em Saúde Ocupacional. Acesso em
01 de fevereiro 2023, em: << http://nocs.pt/wp-
content/uploads/2017/10/emergencia-e-primeiros-socorros-em-saude-
ocupacional.pdf>>;

Eletrónicas:
Clamote, Tiago (2015).Safemed. Extintores – O que são? Quais existem? Para que
servem? Acesso em 02 de Fevereiro 2023, em:
<<https://blog.safemed.pt/extintores-o-que-sao-quais-existem-para-que-
servem/>>;

Fio Cruz. Fogo. Acesso em 03 de Fevereiro 2023, em_


<<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/fogo.html>>;

Instalfogo. Bocas de incêndio/Hidratante. Acesso em 2 de Fevereiro 2023, em:


<<https://www.instalfogo.pt/index.php/produtos/bocas-de-incendio-hidrantes>>

Grupo Profuego. Tipos, definição e classificação de extintores de incêndio. Acesso


em: 2 de Fevereiro 2023, em: << https://profuego.pt/definicao-classificacao-e-tipos-
de-extintores/>>;

21
Técnico de Lisboa (2016). Manual de Segurança para laboratórios. Acesso em 01 de
fevereiro 2023, em: <<https://nshs.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/10/manual-de-
seguranca-para-laboratorios.pdf>>;

Universidade do Minho. Equipamentos de proteção. Acesso em 02 de fevereiro


2023, em: <<https://www.icampi.uminho.pt/pt/seguranca-no-
trabalho/Paginas/EPCs_e_EPIs.aspx>>;

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