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Rinaldo Adriano
Téc. Em Segurança do Trabalho
SRTE/PE – 3791
Alpinista Nível 1 N° ANEAC: 01887
Bombeiro Civil - Nível 2
Resgatista – Nível 1
Socorrista
Instrutor de BC - Credenciado No Estado de PE
Instrutor de APH - Credenciado No
SIBOCIPE N°1127 / 2017
Especializado - Técnicas de Ensino

81-98506-2628

Adriano Tst

adriano.tst
adriano.tst.bombeiro@gmail.com

03/03/2020

X
RINALDO ADRIANO
INSTRUTOR CHEFE

INSTRUTOR NCC
Adriano TST
02/03/2020
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Acreditamos ser de conhecimento de todos que a descoberta do fogo pelo homem foi uma das
condições essenciais para que ele sobrevivesse e evoluísse ao longo dos milênios, entretanto,
numa via de mão dupla, o fogo é um dos nossos principais inimigos em situações adversas.

O nosso planeta já foi uma massa incandescente, que passou por um processo de
resfriamento, até chegar à formação que conhecemos. Dessa forma, o fogo existe desde o início da
formação da Terra, passando a coexistir com o homem depois do seu aparecimento.

Presume-se que os primeiros contatos, que os primitivos habitantes tiveram com o fogo, foram através
de manifestações naturais como os raios que provocam grandes incêndios florestais.

Na sua evolução, o homem primitivo passou a utilizar o fogo como parte integrante da sua vida. O
fogo colhido dos eventos naturais e, mais tarde, obtido intencionalmente através da fricção de
pedras, foi utilizado na iluminação e aquecimento das cavernas e no cozimento da sua
comida.

Desde que o homem descobriu o fogo, a sua aplicação em muitas áreas tem sido relevante. O fogo tem
contribuído para o avanço da humanidade, sendo que o desenvolvimento tecnológico
surgiu com a sua descoberta. No entanto, quando os homens perdem o controle do fogo,
desencadeia-se um incêndio, com todas as perdas e danos que dele podem resultar. Ou seja, um
incêndio é um fogo descontrolado. Para dominar e controlar o fogo, e evitar um incêndio são
necessários conhecer os fundamentos do fogo. Sabemos também que quando se trata de coletividade
(mas não somente nesta condição, é claro!), a segurança contra incêndios é um dos primeiros
pontos a se considerar nos projetos de edificações e florestais. Afinal de contas, o velho ditado
cai muito bem: “antes prevenir do que remediar”!

QUASE 90% DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS NÃO TÊM CORPO DE BOMBEIROS.

Levantamento realizado pela Agência Brasil mostra que dos 5.564 municípios brasileiros, somente
635 (ou 11,41%) dispõem de uma brigada do Corpo de Bombeiros Militar.

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ESTADO MUNICÍPIO CIDADE COM PERCENTUAL


BOMBEIRO (%)

BRASIL 5564 635 11,41

RS 496 91 18,35
SC 293 88 30,03
PR 399 47 11,78
SP 645 143 22,7
RJ 92 43 46,74
MG 853 44 5,16
ES 78 08 10,26

MS 78 18 23,08
GO 246 27 10,97
DF 01 01 100
ESTADO MUNICÍPIO CIDADE COM PERCENTUAL
BOMBEIRO (%)

MT 141 14 9,93
TO 139 05 3,60
MA 217 03 1,38
PI 223 04 1,79
CE 184 13 7,06
RN 167 03 1,80
PB 223 04 1,79
PE 185 15 8,11
AL 102 06 5,88
SE 75 04 5,33
BA 417 13 3,12
AM 62 04 6,45
RO 52 11 21,15
RR 15 02 13,33
PA 143 18 12,59
AP 16 03 18,75

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Imóveis comerciais e residenciais que não possuem Projeto Contra Incêndio se tornam verdadeiras
bombas-relógio, colocando milhares de pessoas em risco! Conheça os maiores incêndios do país!

TRAGÉDIA DO GRAN CIRCUS NORTE-AMERICANO (RJ)

Em 1961, um ex-funcionário do Circo quis se vingar do chefe após ter sido demitido. Adilson
Alves tinha antecedentes criminais e problemas psicológicos. Junto com dois comparsas, usou
gasolina para colocar fogo na lona que, feita de uma composição com parafina, se incendiou com
rapidez e caiu em cima das quase três mil pessoas que assistiam ao espetáculo. No local, 503
pessoas morreram 70% das vítimas eram crianças. Mais de mil pessoas ficaram feridas.

EDIFÍCIO ANDRAUS (SP)

Dois anos antes da tragédia no edifício Joelma, um prédio também paulistano já tinha passado por
situação similar. Em 1972, um fogo de causa ainda desconhecida - imagina-se que tenha ocorrido uma
sobrecarga no sistema elétrico - se espalhou pelo prédio no centro de São Paulo e chegou a causar
explosões que fizeram o edifício tremer. O evento foi televisionado ao vivo e a população se chocou com
as cenas de pessoas se atirando do prédio. A maioria dos sobreviventes conseguiu chegar ao
último andar do edifício e aguardou resgate de lá.

EDIFÍCIO JOELMA (SP)

Em 1974, um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado no 12º andar do prédio paulistano


deu início a um incêndio que se espalhou rapidamente pelos móveis de madeira, pisos acarpetados e
forros internos de fibra sintética. Em pouco tempo, as escadas foram tomadas pelo fogo e pela
fumaça, impedindo as pessoas de evacuarem o prédio. Mais de 180 pessoas morreram no incêndio
que reacendeu as discussões sobre segurança e preparo para prevenção e combate a incêndios.

LOJAS RENNER (RS)

Em 1976, um edifício onde funcionava as Lojas Renner em Porto Alegre sofreu um incêndio que
matou 41 pessoas e deixou outras 60 feridas. Muitas vítimas se jogaram do prédio de sete
andares, que não tinha um terraço apropriado para resgate por helicópteros.

EDIFÍCIO GRANDE AVENIDA (SP)

Localizado na Avenida Paulista, em São Paulo, o prédio pegou fogo em 14 de fevereiro de 1981,
um sábado de carnaval (o que evitou que houvesse mais vítimas). Todos os andares do edifício
foram destruídos. Dezessete pessoas morreram e 53 ficaram feridas, incitando novas leis de
segurança contra incêndios, especialmente na região da Avenida Paulista.

VAZAMENTO EM CUBATÃO (SP)

Em 1984, centenas de litros de gasolina foram espalhados no mangue próximo a uma favela
em Cubatão por conta de um vazamento. Pouco tempo depois, uma ignição causou o incêndio do
material e matou vários moradores. Segundo os número oficiais, foram 93 mortes.

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EDIFÍCIO ANDORINHA (RJ)

No Rio de Janeiro, um prédio no centro da cidade sofreu um curto-circuito no sistema elétrico que,
em 1986, gerou um incêndio que matou 21 pessoas e feriu mais de 50.

CRECHE URUGUAIANA (RS)

Em 2000, um curto-circuito em um aquecedor incendiou uma creche em Uruguaiana, no Rio Grande


do Sul. Doze crianças entre 2 e 4 anos morreram e duas funcionárias da escola (inclusive a
diretora) foram presas. A 13ª criança, Matheus Bittencourt Rodrigues, só escapou porque estava
sem sono e foi levada para a cozinha da creche para não acordar as outras.

CRECHE URUGUAIANA (RS)

Em 2000, um curto-circuito em um aquecedor incendiou uma creche em Uruguaiana, no Rio Grande


do Sul. Doze crianças entre 2 e 4 anos morreram e duas funcionárias da escola (inclusive a
diretora) foram presas. A 13ª criança, Matheus Bittencourt Rodrigues, só escapou porque estava
sem sono e foi levada para a cozinha da creche para não acordar as outras.

SHOW CANECÃO MINEIRO (MG)

Em 2001, um acidente com a queima de fogos no palco gerou um incêndio que matou sete
pessoas e deixou mais de 300 feridos em Belo Horizonte. A casa de show não tinha alvará para
funcionamento e o proprietário, um produtor e dois músicos foram condenados.

BOATE KISS (RS)

O incêndio na boate Kiss foi um acidente que matou 242 pessoas e feriu 116 outras em uma
discoteca da cidade de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado pelo acendimento de
um sinalizador por um integrante de uma banda que se apresentava na casa noturna.

BRASIL É O 3º PAÍS COM O MAIOR NÚMERO DE MORTES POR INCÊNDIO

O Brasil está em 3º Lugar no Ranking Mundial de mortes por incêndio. A constatação se baseia no
cruzamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) com uma pesquisa realizada pela Geneva
Association.

Em 2011, o Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS registrou 1.051 mortes por incêndio
ou por exposição a fumaça, enquanto que os Estados Unidos tiveram 3.192 óbitos e o Japão teve
1.750 mortes pelo mesmo motivo, de acordo com a pesquisa World Fire Statistics da entidade
internacional.

A dificuldade de encontrar dados confiáveis sobre incêndios no País levou o Instituto Sprinkler Brasil a
buscar fontes alternativas e internacionais para entender o tamanho do problema. Embora o estudo da
Geneva Association reúna informações de apenas 27 países, se incluirmos o dado nacional, o Brasil
seria o terceiro país com o maior número de mortes por incêndio.

De acordo com outro dado, este da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do
Ministério da Justiça, o Brasil tem uma média de 267 mil incêndios anualmente (incluindo
ocorrências florestais e residenciais).

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É Contar com a sorte, ignorar a legislação vigente e a não obrigatoriedade de equipamentos de


segurança contra incêndio em muitas edificações são exemplos da displicência com que o tema é
tratado no Brasil.

Em São Paulo, por exemplo, apenas em prédios com altura superior a 23 metros (ou 30 metros, no
caso de hospitais) há a obrigação da instalação de sprinklers. Nota-se que indústrias e depósitos
não se encaixam em tal medida, uma vez que as leis os liberam da necessidade de instalação de
chuveiros automáticos.

Obs: Trata-se de um dado alarmante que está relacionado com a fragilidade dos sistemas de
proteção contra incêndio no País e com a falta de políticas públicas para a prevenção, além de
falhas na regulamentação e na manutenção de equipamentos destinados ao combate ao fogo.

Estar em terceiro lugar no ranking mundial de mortes por incêndios é motivo para reflexão e
ação. Está evidente que o País precisa de melhores leis que estejam comprometidas em aprimorar o
nível de segurança contra incêndio para todos os seus cidadãos.

DEFINIÇÃO SOBRE FOGO

Fenômeno de uma reação química que consiste no desprendimento de Calor e Luz produzidos pela
combustão de um corpo.

DEFINIÇÃO SOBRE INCÊNDIO

É a propagação rápida e violenta do fogo provocando danos materiais ou perdas de vidas humanas e
meio ambiente e ele fugiu do controle do homem.

MAS COMO COMBATER O FOGO?

O efetivo controle e extinção de um incêndio requerem um entendimento da natureza química e física


do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição, características dos combustíveis e as
condições necessárias para a combustão.

Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que agem por si só,
completamente independentes da vontade humana.

ARTIFICIAIS: ACIDENTAIS E PROPOSITAIS:

Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia ser por ele evitado tomando-se as
devidas medidas de precaução.

ACIDENTAL:

Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito embora ele não tenha intenção de
provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos incêndios.

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PROPOSITAL:

Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção de alguém em provocar o incêndio.
Exemplos de origens:

 Fogos de Artifícios
 Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis.
 Aparelhos eletrodomésticos / Instalações Elétricas Inadequadas
 Pontas de Cigarros
 Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

CONCEITOS BÁSICOS

 Energias de Reação:

Para que um fogo se inicie, é necessário que os reagentes (comburente e combustível) se encontrem
em condições favoráveis para que possa ocorrer a reação.

A energia necessária para que a reação se inicie denomina-se Energia de Ativação, e é fornecida pelas
fontes de ignição. O calor de reação é a energia que se ganha ou se perde quando ocorre uma reação.

 Energia de Ativação:

É a energia necessária para que ocorra uma reação química. Na reação de combustão é conhecida
como:

 Fonte de ignição: faísca. Fósforo, raio, etc..

O ar seco é composto por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 0,97 de gases e 0,03 de gás
carbônico.

Composição Aproximada do ar:

78% Nitrogênio
21% Oxigênio
0,97% Outros gases
0,03% Gás Carbônico

TRIÂNGULO DO FOGO
Na busca do entendimento dos fatores
necessários para que houvesse a combustão,
durante muito tempo acreditou-se que apenas
três elementos seriam necessários: combustível,
comburente e energia de ativação. Para tanto
se buscou uma forma didática para disseminar
este conceito, daí foi criado o triângulo do fogo,
aproveitando a forma geométrica para a
associação dos três elementos básicos para a
combustão.

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TETRAEDRO DO FOGO
Os processos de combustão, embora muito cada um dos outros três. Ao retirar um ou mais
complexos, eram representados por um dos quatro elementos do tetraedro do fogo, este
triângulo, em que cada um dos seus lados ficará incompleto e, por conseqüência o
representava um dos três fatores essências resultado será a extinção.
para a deflagração de um fogo: combustível,
comburente e calor.

Esta representação foi aceita durante muito


tempo, não obstante fenômenos anômalos não
podiam ser completamente explicados com base
neste triângulo.

Para poder explicar tais fenômenos, foi


necessário incluir um quarto fator: a existência
de reações em cadeia. Por essa razão, foi
proposta uma nova representação em forma de
tetraedro que compreende as condições
necessárias para que se dê origem ao fogo. A
razão para empregar um tetraedro e não um
quadrado é que cada um dos quatro elementos
está diretamente adjacente e em conexão com

Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através de
processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da matéria em movimento, isto é,
movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. As moléculas estão constantemente
em movimento. Quando um corpo é aquecido, a velocidade das moléculas aumenta e o calor
(demonstrado pela variação da temperatura) também aumenta.

Além disso, é a energia que dá início à combustão (ignição), eleva a temperatura das substâncias e é
responsável por vaporizar os materiais até o estado gasoso.

 FONTES DE CALOR:
 Química Reação exotérmica.
 Mecânica Fricção (atrito) de dois materiais.
 Elétrica Estática, arco elétrico, curto-circuito, raio.
 Nuclear Reação nuclear, radiação solar.

EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR

O calor é a causa direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos causados pelo calor
incluem desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além de
queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar até a morte.

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 PONTOS DE TEMPERATURA

PONTO DE FULGOR

É a temperatura mínima a que uma substância combustível, em presença de ar, emite uma
quantidade de vapores suficiente para que a mistura se inflame quando sujeita a uma fonte de ignição.
Esta variável pode ser encontrada na bibliografia como ponto de inflamação ou flash point.

COMBUSTÍVEL PONTO DE FULGOR AUTO-IGINIÇÃO

ETANOL 70% (ÁLCOOL) 16.6 °C (61.88 °F)[2] [2]


363 °C (685.40 °F)
GASOLINA -42,8 °C (-45 °F) 246 °C (495 °F)

QUEROSENE DE AVIAÇÃO >60 °C (140 °F) 210 °C (410 °F)

QUEROSENE (ÓLEO >38°–72 °C (100°–162 °F) 220 °C (428 °F)


PARAFINA)
DIESEL >38 °C (101 °F) 210 °C (410 °F)

BIODIESEL >130 °C (266 °F)

ACETONA -95 °C [2] 56 °C [2]

ÓLEO VEGETAL (CANOLA) 327 °C (620 °F)

PONTO DE COMBUSTÃO

É a temperatura mínima na qual um combustível emite vapores com rapidez suficiente para
proporcionar a continuidade da combustão. Ou seja, mesmo eliminando a fonte de ignição inicial a
combustão continua. Esta temperatura é denominada de ponto de combustão ou temperatura de
combustão.

TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO

É a temperatura mínima a que um combustível deve ser aquecido na presença de ar, para provocar
sua combustão espontânea, sem a presença de uma fonte de ignição. A temperatura de auto-ignição de
um combustível sólido é influenciada pela circulação de ar de aquecimento ou ventilação, e pela forma
e dimensão do sólido.

 PROPAGAÇÃO DO CALOR
O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e
irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com
temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.

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CONDUÇÃO:
Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Colocando-se,
por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro próxima a uma fonte de calor, as moléculas desta
extremidade absorverão calor; elas vibrarão mais vigorosamente e se chocarão com as moléculas
vizinhas, transferindo-lhes calor.

CONVECÇÃO:
É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou de líquidos dentro de si
próprios. Quando a água é aquecida num recipiente de vidro, pode-se observar um movimento, dentro
do próprio líquido, de baixo para cima. À medida que a água é aquecida, ela se expande e fica menos
densa (mais leve), provocando um movimento para cima. Da mesma forma, o ar aquecido se expande e
tende a subir para as partes mais altas do ambiente, enquanto o ar frio toma lugar nos níveis mais
baixos. Em incêndio de edifícios, essa é a principal forma de propagação de calor para andares
superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho através de escadas, poços de elevadores,
etc.

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IRRADIAÇÃO:
É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam através do
espaço. As ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a intensidade com que os corpos são
atingidos aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da fonte de calor.

É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É o elemento que serve de


campo de propagação ao fogo. Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e a grande
maioria precisa passar pelo estado gasoso para, então, combinar com o oxigênio. A velocidade da
queima de um combustível depende de sua capacidade de combinar com oxigênio sob a ação do calor e
da sua fragmentação (área de contato com o oxigênio).

Em princípio, todas as substâncias são combustíveis, para efeito de combate ao fogo, são
incombustíveis os materiais que queimam somente acima de 1500ºC. A maioria dos combustíveis
entram em combustão em fase gasosa. Quando o combustível é sólido ou líquido, é necessário um
fornecimento prévio de energia térmica para o levar ao estado gasoso.

EXEMPLOS DE COMBUSTÍVEIS:

 Carvão
 Monóxido de carbono
 Hidrocarbonetos (gasolina, GLP, benzeno, etc.).
 Elementos não metálicos facilmente oxidáveis (enxofre, fósforo, etc.).
 Materiais que contenham celulose (madeira, têxteis, etc).
 Metais (alumínio, magnésio, titânio, zircônio, etc.).
 Metais não alcalinos (sódio, potássio, etc.).

COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS:

A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem como oxigênio. Outros
sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro transformam-se em líquidos, e posteriormente em
gases, para então se queimarem.

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Quanto maior a superfície exposta, mais rápido será o aquecimento do material e, conseqüentemente,
o processo de combustão. Como exemplo: uma barra de aço exigirá muito calor para queimar, mas, se
transformada em palha de aço, queimará com facilidade. Assim sendo, quanto maior a fragmentação
do material, maior será a velocidade da combustão. Dependem da área superficial, sólidos particulados
tem uma grande área superficial e queimam muito rápido. Exemplos: madeira, papel, tecido, etc.

COMBUSTÍVEL LÍQUIDO:

Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor,
aumentando o perigo para os bombeiros. Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contem. Se
derramados, os líquidos tomam a forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.
Tomando como base o peso da água, cujo litro pesa 1 quilograma, classificamos os demais líquidos
como mais leves ou mais pesados. É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis são mais
leves que água e, portanto, flutuam sobre esta.

Outra propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de


misturar-se à água. Os líquidos derivados do petróleo (conhecidos como hidrocarbonetos)
têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool, acetona (conhecidos como
solventes polares) têm grande solubilidade,isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a
mistura (solvente polar + água) não seja inflamável.

A volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também é de grande
importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo,
ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam vapores a temperaturas
menores que 20ºC. É necessário que ocorra a vaporização do líquido para que haja a combustão.
Exemplos: gasolina, álcool, éter, tinta, solventes e etc.

COMBUSTÍVEL GASOSO:

Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipiente em
que estão contidos. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás tende a subir e dissipar-se. Mas, se o
peso do gás é maior que o do ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento,
obedecendo os contornos do terreno.

Para o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar atmosférico, e,
portanto, se estiver numa concentração fora de determinados limites, não queimará. Cada gás, ou
vapor, tem seus limites próprios. Por exemplo, se num ambiente há menos de 1,4% ou mais de 7,6% de
vapor de gasolina, não haverá combustão, pois a concentração de vapor de gasolina nesse local está
fora do que se chama de mistura ideal, ou limites de Inflamabilidade; isto é, ou a concentração deste
vapor é inferior ou é superior aos limites de Inflamabilidade.

LIMITES DE INFLAMABILIDADE

COMBUSTÍVEIS CONCENTRAÇÃO
Limite Inferior Limite Superior
Metano 1,4% 7,6%
Propano 5% 17%
Hidrogênio 4% 75%
Acetileno 2% 85%

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PROCESSOS DE QUEIMA

O início da combustão requer a conversão do combustível para o estado gasoso, o que se dará por
aquecimento. O combustível pode ser encontrado nos três estados da matéria: sólido, líquido ou gasoso.
Gases combustíveis são obtidos, a partir de combustíveis sólidos, pela Pirólise. Pirólise é a
decomposição química de uma matéria ou substância através do calor.

PIRÓLISE
TEMPERATURA REAÇÃO
200ºC Produção De Vapor D’água, Dióxido De Carbono E Ácidos Acético E
Fórmico.
280ºC - 500ºC A Reação Passa A Liberar Calor, Gases Inflamáveis E Partículas; Há A
Carbonização Dos Materiais (O Que Também Liberará Calor).
Acima de 500ºC Na Presença Do Carvão, Os Combustíveis Sólidos São Decompostos,
Quimicamente, Com Maior Velocidade.

Materiais combustíveis podem ser encontrados no estado sólido, líquido ou gasoso. Como regra geral,
os materiais combustíveis queimam no estado gasoso. Submetidos ao calor, os sólidos e os líquidos
combustíveis se transformam em gás para se inflamarem. Como exceção e como casos raros, há o
enxofre e os metais alcalinos(potássio, cálcio, magnésio etc.), que se queimam diretamente no estado
sólido.

É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum é que o oxigênio
desempenhe esse papel. A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de
outros gases. Em ambientes com a composição normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e
de maneira completa. Notam-se chamas. Contudo, a combustão consome o oxigênio do ar num
processo contínuo. Quando a porcentagem do oxigênio do ardo ambiente passa de 21% para a faixa
compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não mais chamas.
Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que 8%, não há combustão.

As reações em cadeia constituem o processo que permite o progresso da reação no seio da mistura
comburente-combustível. Na combustão ocorre a formação de frações químicas, instáveis e
temporárias, denominadas “radicais livres”. Estes radicais são responsáveis pela transferência de
energia entre uma molécula “queimada” e uma molécula “não queimada”.

SEQÜÊNCIA DO PROCESSO DA REAÇÃO EM CADEIA


1-Quebram As Partículas (Pirólise);
2-Reagem Com Oxigênio;
3-Libera Mais Luz E Calor;
4-Essa Energia Liberada Quebra Outra Molécula;
5-Com Isso Cada Molécula Quebrada, Reagem Com O Oxigênio, Libera Mais Luz E Calor E Vão
Quebra Outra Molécula Assim Por Diante Quebram Outras Moléculas...
6-REAÇÃO EM CADEIA.
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O incêndio, pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento.

 FASE INICIAL
 QUEIMA LIVRE
 QUEIMA LENTA

FASE INICIAL

Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido.

Grande parte do calor está sendo consumida no aquecimento dos combustíveis, e a temperatura do
ambiente, neste estágio, ainda está pouco acima do normal. Este é o primeiro modo do surgimento e
início das chamas no interior da edificação, estando o material queimando isoladamente e o fogo
progredindo lentamente, uma vez que o calor gerado está sendo consumido para aquecer o
ambiente, que tem a sua temperatura nesta fase pouco superior à externa, produzindo uma chama
com temperatura superior a 537ºC.

QUEIMA LIVRE

Durante essa fase, o AR RICO EM OXIGÊNIO é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da
convecção, isto é, o ar quente sobe e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas
nos pontos mais baixos do ambiente.

Uma inspiração desse ar superaquecido pode queimar os pulmões. Neste momento, a temperatura nas
regiões superiores (nível do teto) pode exceder 700°C. Nesta fase, TODO O LOCAL ESTÁ EM
CHAMAS e o fogo alcança a sua maior temperatura. É uma fase de grande extensão, indo da fase
inicial até a fase de queima lenta, sendo que sua duração dependerá principalmente da
quantidade de material combustível existente no ambiente.

O ar rico em oxigênio é atraído pelas chamas, enquanto os gases quentes levam o calor até o
teto, forçando o ar fresco a procurar níveis mais baixos, entrando em contato com as chamas,
participando da combustão.

PODEMOS, NA PRÁTICA, DIVIDIR A FASE DA QUEIMA LIVRE EM SUPORTÁVEL OU


INSUPORTÁVEL:

SUPORTÁVEL – É a etapa em que a queima livre não aqueceu o ambiente a altas temperaturas e
os bombeiros poderão entrar sem sofrerem danos oriundos do calor ambiental, utilizando o EPI
(equipamento de proteção individual) para combate ao incêndio.

INSUPORTÁVEL – É a etapa onde a queima livre aqueceu o ambiente a temperaturas tais que
impossibilitarão a entrada dos bombeiros, mesmo utilizando EPI (equipamento de proteção individual)
e EPR (equipamento de proteção respiratória).

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QUEIMA LENTA

O fogo continua a consumir o oxigênio, até atingir um ponto onde o comburente é insuficiente para
sustentar a combustão.

Nesta fase as chamas podem deixar de existir se não houver AR suficiente para mantê-las (Na faixa
de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se
completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Devido a pressão interna
ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas por formas de lufadas.

O calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando assim, vapores
combustíveis. O ambiente estará repleto de produtos da combustão que não se queimaram
devido ao baixo nível de oxigênio, porém, estará superaquecido em decorrência do calor que foi
gerado na fase da queima livre. Os produtos da combustão estarão numa temperatura acima
de 537º C. Com uma ventilação inadequada, os produtos da combustão poderão explodir quando
entrarem na reação com o oxigênio, o que chamamos “Backdraft”, ou seja, a explosão
ambiental provocada por uma ventilação inadequada num ambiente com baixa porcentagem
de oxigênio, que está repleto de produtos da combustão superaquecidos, oriundos da queima lenta ou
da última etapa da queima livre.

A combustão é uma reação química exotérmica entre dois regentes, combustível e comburente,
em que ocorre liberação de energia na forma de calor. A combustão pode ocorrer por diversas
formas. Por isso apresentamos abaixo o conceito de cada uma delas:

 QUANTO À VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO


 LENTA;
 VIVA;
 MUITO VIVA;
 INSTATANIA.

LENTA
Quando não há produção de chamas ou de qualquer fenômeno luminoso, como por exemplo, a
OXIDAÇÃO DO FERRO (FERRUGEM).

VIVA
Quando há produção de CHAMAS E LUMINOSIDADE.

MUITO VIVA
Quando a reação se processa com grande velocidade, porém, inferior a 300 m/s, ou seja, a deflagração.
Pode ser exemplificada pela QUEIMA DA PÓLVORA NEGRA AO AR LIVRE.

INSTANTÂNEA
Quando a combustão se processa de forma súbita, com velocidade superior a 300 m/s, atingindo
imediatamente toda a massa do corpo. O efeito desta combustão é a explosão (detonação). Pode ser
exemplificada pela detonação da DINAMITE E DA NITROGLICERINA.

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 TIPOS DE COMBUSTÃO
EXISTEM DOIS TIPOS DE COMBUSTÃO, A COMPLETA E A INCOMPLETA, VEJA OS
PRODUTOS DE CADA UMA:

COMBUSTÃO COMPLETA:
Os produtos formados são dióxido de carbono (CO2(g)) e água (H2O(v)). Esse tipo de reação ocorre
quando há um suprimento suficiente de oxigênio. No caso da combustão de hidrocarbonetos, ocorrem a
ruptura total da cadeia carbônica e a oxidação total dos átomos de carbono. Isso significa que o Nox
(número de oxidação dos átomos de carbono) aumenta, atingindo o valor máximo.

COMBUSTÃO INCOMPLETA:
Os produtos formados podem ser monóxido de carbono (CO(g)), água (H2O(v))ou fuligem (C(s)). O
suprimento de oxigênio é insuficiente para consumir todo combustível.

OS PRODUTOS DE UM INCÊNDIO PODEM SER DIVIDIDOS EM QUATRO CATEGORIAS:

 GASES DA COMBUSTÃO;
 CHAMA;
 CALOR;
 FUMAÇA.

Estes produtos têm uma variedade de efeitos fisiológicos nas pessoas, sendo os mais importantes às
queimaduras e os efeitos tóxicos da inalação do ar quente e gases.

GASES DA COMBUSTÃO
São gases que permanecem no ambiente ao reduzir-se ao normal a temperatura dos produtos da
combustão.

A toxicidade dos gases da combustão depende de sua composição, concentração, duração da


exposição e condições físicas do indivíduo exposto.
OBS: Normalmente durante os incêndios, devido ao esforço físico, a taxa respiratória das pessoas se
torna mais elevada, tornando-as mais suscetíveis.

CHAMA
A queima de materiais em presença de uma atmosfera normal, rica em oxigênio, é geralmente
acompanhada por uma radiação luminosa denominada chama.

OBS: A exposição direta à chama provoca tanto queimaduras nas pessoas como danos materiais,
uma vez que as chamas propagam o fogo, através do calor que irradiam.

CALOR
O calor é um dos grandes responsáveis pela propagação do incêndio. É uma forma de energia
radiante que se produz juntamente com os produtos da combustão durante a queima de um
combustível.

OBS: O calor emitido no decorrer de um incêndio, e a conseqüente elevação da temperatura,


produzem danos tanto às pessoas como aos bens materiais.
Efeitos: desidratação, esgotamento físico, bloqueio das vias respiratórias e queimaduras.
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FUMAÇA
A fumaça é constituída por pequenas partículas sólidas, parcialmente queimadas, e por vapor
condensado em suspensão no ar, e gases de combustão. A cor da fumaça é influenciada pelo tipo de
combustível.

OBS: A fumaça BRANCA ocorre na fase inicial devido à umidade dos materiais. A madeira provoca
um tom MARROM, já os plásticos e superfícies pintadas emitem uma fumaça CINZA, e os
hidrocarbonetos uma fumaça PRETA.

COR DA FUMAÇA COMBUSTÍVEIS


BRANCA VEGETAÇÃO OU FÓSFORO
AMARELA A CASTANHO NITROCELULOSE, ENXOFRE OU PÓLVORA
AMARELO ESVERDEADA GÁS CLORO
CINZA A MARROM MADEIRA, PAPEL OU TECIDOS
MARROM ÓLEO DE COZINHA
CASTANHO ESCURA THINNER
ACETONA
QUEROSENE
GASOLINA
PRETA ÓLEO LUBRIFICANTE
BORRACHA
CARVÃO
PICHE
ESPUMAS PLÁSTICAS

AO CONTRÁRIO DO QUE MUITA GENTE IMAGINA, O FOGO NÃO TÃO FATAL EM UM


INCÊNDIO QUANTO AO PÂNICO E A FUMAÇA.

Sob o olhar daqueles que trabalham em emergência, num incêndio existem vários fatores que
podem, desde dificultar a ação de extinção do incêndio, como também em certos casos ferir e até ser
fatal. O FENÔMENO da combustão num incêndio há fatores associados que devem ser levados em
conta, tendo em vista a periculosidade característica de cada uma delas.

DEFINIÇÃO DE FUMAÇA:
A fumaça pode ser definida como uma mistura complexa de sólidos em suspensão, vapores e gases,
desenvolvida quando um material sofre o processo de PIRÓLISE (decomposição por efeito do
calor) ou combustão.

OS COMPONENTES DESTA MISTURA, ASSOCIADOS OU NÃO, INFLUEM


DIFERENTEMENTE SOBRE AS PESSOAS, OCASIONANDO OS SEGUINTES EFEITOS:

1) diminuição da visibilidade devido à atenuação luminosa do local;


2) lacrimejamento e irritações dos olhos;
3) modificação de atividade orgânica pela aceleração da respiração e batidas cardíacas; vômitos e tosse:
4) medo;

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5) desorientação;
6) intoxicação e asfixia.
A redução da visibilidade do local impede e locomoção das pessoas fazendo com que fiquem expostas
Por tempo maior aos gases e vapores tóxicos. Estes, por sua vez, causam a morte se estiverem
presentes em quantidade suficiente e se as pessoas ficarem expostas durante o tempo que acarreta
esta ação.

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA FUMAÇA, SEGUNDO UM ESTUDO DE UM INSTITUTO


FRANCÊS:
Q.O.I.M.T
Q = QUENTE: Porque a combustão libera calor, transmitindo-o a outras áreas que ainda não foram
atingidas. Na convecção, a fumaça será a grande responsável por propagar o incêndio ao atingir
pavimentos superiores (por meio de dutos, fossos e escadas) e acumular-se no ambiente.

O = OPACA: Uma vez que seus produtos principalmente a fuligem permanecem suspensos na massa
gasosa, dificultando a visibilidade, o que exige técnicas de entrada segura (como orientação e
cabo guia) em ambientes que estejam inundados por fumaça.

I = INFLAMÁVEL: Porque a fumaça contém gases que podem se inflamar e até mesmo explodir.

M = MÓVEL: Porque é um fluido que está sofrendo um empuxo constante, movimentando-se em


qualquer espaço possível e podendo, como já dito, atingir diferentes ambientes por meio de fossos,
dutos, aberturas ou qualquer outro espaço que possa ocupar. Essa característica da fumaça também
explica porque ocorrem incêndios que atingem pavimentos não consecutivos em um incêndio
estrutural.

T = TÓXICA: Pois seus produtos são asfixiantes e irritantes, prejudicando a respiração.

Flashover e Backdraft têm sido confundidos há anos. Parte da razão para a confusão é que
eles produzem um resultado semelhante, “um grande incêndio” que envolve todo o
compartimento ou área. São, entretanto, muito diferentes em como e porque ocorrem.

Os conceitos errôneos também evoluíram em torno destes fenômenos. Entre estas opiniões
errôneas são que um FLASHOVER ocorrerá dentro de QUATRO MINUTOS da primeira
chama, e que um BACKDRAFT ocorrerá somente em EDIFÍCIOS HERMETICAMENTE
FECHADOS.

Ambos são conceitos ERRÔNEOS PERIGOSOS. Não há nenhuma fração do tempo para o
FLASHOVER, e um BACKDRAFT pode ocorrer em quase todo espaço fechado, de acordo
com as condições adequadas.

 FLASHOVER:
FLASHOVER POR DEFINIÇÃO É "a participação repentina de uma área ou
compartimento em chamas do piso ao teto causado pelo feedback de radiação
térmica”.
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O FEEDBACK DE RADIAÇÃO TÉRMICA é a energia do fogo que irradia em volta do


espaço (volume e conteúdo) do compartimento, das paredes, do piso, e do teto.

SINAIS INDICATIVOS DE UM FLASHOVER

 Nota-se uma fumaça densa, pois há delimitação de espaço, fazendo com que a
fumaça acumule, tornando-se mais densa.

 Observam-se línguas de fogo na camada de fumaça, que se estendem para


aberturas como portas e janelas, porém se houver condições de disponibilidade
limitada do oxigênio no ambiente, as chamas na camada de fumaça irão estender e
direcionar-se para onde houver abertura que permita seu contato com o comburente.

 É possível verificar uma camada de fumaça no nível do teto, “rolando” (rollover).

 Haverá surgimento de resíduos de fumaça depositados nas superfícies de móveis e


pisos, pois, como a combustão produz fuligem, que é um sólido, a mesma será
depositada em qualquer superfície possível.

CUIDADOS
Estes são os sinais mais prováveis de se encontrarem em um incêndio com risco de flashover.
Lembrando que neste ambiente o calor estará muito elevado, cerca de 700°C, sendo
importante o bombeiro trabalhar mais próximo ao solo, forçando-o a trabalhar agachado
ou ajoelhado, sempre utilizando equipamento de proteção respiratória (EPR), pois, além da
intoxicação pela fumaça, a inspiração desse ar superaquecido poderá queimar os
pulmões.

 BACKDRAFT:

O BACKDRAFT é uma explosão de fumaça que pode ocorrer quando ar adicional é introduzido em
um incêndio em combustão incompleta, com gases aquecidos, com seus respectivos limites de
inflamabilidade e inflama-se com força de explosão.

Um BACKDRAFT é um “evento de ar conduzido” ao contrário de um FLASHOVER, que é conduzido


pela temperatura. O fato que a maioria dos incêndios é regulado pelo ar e não pelo combustível, torna-
se a compreensão dos BACKDRAFTS tão importante.

SINAIS INDICATIVOS DE UM BACKDRAFT

 Há presença de fumaça densa e escura, em movimento pelo ambiente, saindo em


forma pulsante por meio de frestas ou qualquer outra abertura, devido o
incêndio ser pouco ventilado, a fumaça tende a sair por qualquer abertura que lhe
possibilite o fornecimento de ar.

 Nota-se poucas chamas visíveis que aparecem quando encontram o ar, porém, ao
sair do ambiente, a fumaça tende a reagir com o oxigênio e entrar em combustão,
mas não o suficiente para fazer com que toda ela entre em ignição.

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 Devido à alta pressão dentro do ambiente sinistrado, presencia-se a fumaça puxando


corrente de ar para dentro do ambiente, intermitentemente e de forma pulsante.

 As janelas do ambiente estão enegrecidas, pelo fato de que, em decorrência da


condensação da fumaça densa e escura que antecede o fenômeno, os vidros estarão
escurecidos, com aspecto manchado.

 As portas e maçanetas estarão quentes devido à alta temperatura no interior do


ambiente. Uma forma de identificar isso é por meio da aplicação de pulsos de jato
neblinado na porta, Se a água evaporar rapidamente, deve-se considerar o risco de
um comportamento extremo do fogo.

 Poderá haver nas molduras de janelas “depósitos de óleo”, devido à combustão gerar
produtos como água e fuligem, a mistura desses elementos dará a impressão de que
existe óleo no ambiente.

CUIDADOS
Pode-se notar que são muitos os meios de identificar um Backdraft, no entanto, nem
sempre todos eles estão presentes, e ainda é possível que ele ocorra até algum momento
após a entrada de oxigênio, então a atenção deve estar redobrada para identificar e
procurar evita-lo.

Devemos salientar que, todos os combatentes devem sempre estar preparados para este
evento, no entanto, é menos provável que um bombeiro depare-se com este fenômeno, do que
com o flashover. Porém, os efeitos de um backdraft são mais graves caso venham a
desenvolver-se.

COMPARAÇÃO ENTRE FLASHOVERS E BACKDRAFTS

EXISTEM QUATRO DIFERENÇAS PRINCIPAIS ENTRE FLASHOVERS E


BACKDRAFTS:

 OS BACKDRAFTS não ocorrem muito freqüentemente em incêndios. Já os FLASHOVERS


acontecem com maior freqüência.

 Um BACKDRAFT é um fenômeno EXPLOSIVO (com a liberação de ondas de choque que


podem romper e lançar estruturas) e o FLASHOVER não. O FLASHOVER é apenas o
desenvolvimento acelerado do fogo, ou seja, um fenômeno que resulta numa transição repentina
e sustentada de um fogo crescente para um incêndio totalmente desenvolvido.

 O TERMO BACKDRAFT é usado por bombeiros para descrever um evento onde o ar


(oxigênio) entra repentinamente num espaço que contém um incêndio controlado pela
falta de ventilação e acaba provocando uma ignição explosiva ou explosão por fluxo
reverso, portanto a causa principal do BACKDRAFT está ligada a uma abertura e a
repentina oferta de ar (oxigênio). Já o efeito disparador ou a causa de
um FLASHOVER é o calor e não o ar.

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 AS IGNIÇÕES EXPLOSIVAS TIPO BACKDRAFT ocorrem nos estágios do incêndio onde


existe muito calor e ventilação limitada, seguida de nova ventilação. Já os FLASHOVERS
ocorrem nos estágios onde surge um calor crescente com ventilação permanente.

FENÔMENOS DO FOGO BLEVE E BOILOVER

 BLEVE
Acidentes ocorridos em refinarias como na cidade do México em 1984, em Feyzin na França em
1966 e no Brasil na refinaria de Duque de Caxias em 1972 tiveram como cenários explosões
catastróficas semelhantes, decorrentes do fenômeno conhecido como BLEVE.

Este é um fenômeno que pode ocorrer quando um vaso que contém um líquido pressurizado ou um
gás liquefeito pressurizado se rompe.

Resumidamente, a ocorrência do BLEVE dependerá de alguns fatores, como a necessidade de um


líquido estar presente; esse líquido estar em um local bem confinado, sob pressão; a temperatura de
confinamento do líquido estar acima do ponto de ebulição desse líquido na temperatura ambiente; e
haver a falha do equipamento que contém o líquido.

 BOILOVER

BOILOVER é um fenômeno tão perigoso quanto o BLEVE pois pode causar múltiplas vítimas,
principalmente pessoas que fazem parte do grupo de combate a incêndio.

O Boilover ocorre principalmente em tanques de estocagem de produto que possuem água misturada e,
que devido a sua maior densidade, permanece no fundo do tanque. Exemplos são tanques de
armazenagem de óleo cru.

Quando o líquido inflamável, ou combustível, pega fogo e consegue aquecer a água no fundo do
tanque, a água superaquecida pode vaporizar repentinamente e expulsar o líquido em chamas,
podendo formar uma grande bola de fogo e, ao mesmo tempo, criar uma enorme poça de líquido
em chamas que pode atingir várias pessoas nas imediações.

TODO CUIDADO É POUCO EM INCÊNDIO DESSE TIPO: se estiver fazendo um combate com água
e houver vaporização da água no fundo do tanque que estiver escorrendo no costado, é o momento
das pessoas de afastarem imediatamente porque está prestes a ocorrer o Boilover. Veja
dois filmes a seguir.

DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO

Define-se como gás liquefeito do petróleo, GLP, a mistura formada, em sua quase totalidade, por
moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos) de três a quatro átomos de carbono
que, embora gasosos nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP), podem ser liquefeitos
por resfriamento e/ou compressão.

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O GLP É INCOLOR e, desde que tenha baixo teor de enxofre, É INODORO. Neste caso, uma
pequena quantidade de um composto à base de enxofre lhe é adicionado (MERCAPTÍDICO) a fim de
lhe conferir odor facilmente identificável, para o caso de uma eventual situação de vazamento.

OS CONSTITUINTES MAIS IMPORTANTES DO GLP SÃO:

PROPANO (C3H8); PROPENO (C3H6); ISOBUTANO (C4H10); N-BUTANO (C4H10); e BUTENO


(C4H8).

Quando se usa o GLP, este é vaporizado lenta e seguramente através da abertura da válvula
instalada na saída do recipiente de armazenamento (botijão). Assim, o GLP pode ser utilizado numa
residência como fonte de energia para o cozimento dos alimentos, aquecimento de água
durante um longo período de tempo.

PRINCIPAIS APLICAÇÕES

A principal aplicação do GLP, em nível mundial, é no cozimento de alimentos, representando no


Brasil cerca de 80% do consumo deste derivado. Como uso doméstico, podemos citar ainda a
calefação da água, o aquecimento de ambientes e atividades de lazer. Pode também ser utilizado como
matéria-prima nos seguintes segmentos: COMERCIAL, SIDERÚRGICO, PETROQUÍMICO
COMBUSTÍVEL INDUSTRIAL E AGROPECUÁRIO.

TABELA I: TIPOS DE EMBALAGENS PARA ARMAZENAMENTO E


DISTRIBUIÇÃO DE GLP

EMBALAGEM CAPACIDADE, Kg APLICAÇÃO

P-2 2 CAMPING E AMBULANTES


P-5 5 CAMPING E AMBULANTES

P-7 7 USO RESIDENCIAL


P-8 8 USO RESIDENCIAL
P-13 13 USO RESIDENCIAL
P-20 20 EMPILHADEIRAS
P-45 45 CONDOMÍNIOS
P-90 90 RESTAURANTES

AS PARTES BOTIJÃO É:

Alça Base;
Alça de Transporte;
Calota Superior;
Calota inferior;
Flange;
Válvula de Utilização;
Válvula de Segurança (Com ESTANHO
que se funde em tempetura de 70ºC)
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OBS: O botijão quando é fabricado ele tem um prazo de validade de 15 anos. Para ele ser
reutilizado ele deve passa por novo processo de requalificação. Feito esse teste e se aprovado
ganha um prazo por mais de 10 anos.

ASPECTOS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Todas as recomendações de armazenamento, manuseio e utilização segura do GLP estão contidas na


correspondente FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DO PRODUTO QUÍMICO (FISPQ).

Para efeito de transporte, o GLP tem o número de identificação 1075 (gás liquefeito de petróleo),
conforme classificação da ONU, adotada pelo Ministério dos Transportes. Sendo considerada como
carga perigosa, as pessoas envolvidas com seu transporte devem estar devidamente treinadas e
capacitadas para realizar tais operações.

ARMAZENAMENTO

Manter um gás pressurizado com uma redução de volume de cerca de 250 vezes, requer o uso de
recipientes que agüentem a pressão superior a necessária para essa compressão (1.500 kPa ou 15
kgf/cm2). No caso de rompimento desses recipientes, pode ocorrer uma EXPLOSÃO, COM VÍTIMAS
FATAIS. Os recipientes devem atender à norma brasileira NBR 8460 - Recipiente Transportável de
Aço para Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - Requisitos e Métodos de Ensaio. Instruções específicas
existentes em algumas localidades devem ser rigorosamente seguidas. Estas abrangem recomendações
sobre afastamento adequado, facilidade de acesso, equipamentos de combate a incêndio, sistema de
aterramento, etc.

PRESSÃO INTERNA DO GLP

Dentro dos botijões o gás é mantido em estado líquido sob pressão, entre 4 kgf/cm² a 7 kgf/cm² (ou 392
kPa a 686 kPa em unidades SI).

A PRESSÃO INTERNA NOS BOTIJÕES É A MESMA, NÃO IMPORTA A CAPACIDADE. No P-13, P-


8 e P-5 o regulador de pressão (conhecido popularmente como “click” ou “registro”) reduz essa pressão
toda em até 250 vezes (até cerca de 2,8 kPa) para uso nos fogões domésticos de baixa pressão.

Obs: Sabendo que ao nível do mar a PRESSÃO ATMOSFÉRICA é da ordem de 1 atm (definida como
101 325 Pa, ou ainda 1013,25hPa=mbar).

Visando obter maior eficiência nas ações de combate a incêndio, tornando-as mais objetivas e seguras
com o emprego do agente extintor correto, os incêndios foram classificados de acordo com o material
combustível neles envolvidos. Essa classificação foi elaborada pela NFPA (National Fire Protection
Association), uma associação norte-americana. As classes foram divididas desta maneira para facilitar
a aplicação e utilização correta do agente extintor correto para cada tipo de material combustível.

Classe A - são materiais de fácil combustão


com a propriedade de queimarem em sua
superfície e profundidade, e que deixam
resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras,
etc.
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Classe B - são considerados inflamáveis os


produtos que queimem somente
em sua superfície, não deixando resíduos, como
óleo, graxas, vernizes,
tintas, gasolina, etc.

Classe C - quando ocorrem em equipamentos


elétricos energizados como motores,
transformadores, quadros de distribuição, fios,
etc.

Classe D - elementos pirofórico como magnésio,


zircônio, titânio.

Classe E - São os materiais radiativos. Neste


Caso recomenda-se isolar a área e acionar
CNEN (Comissão Nacional De Energia Nuclear
ou o Corpo de bombeiros).

Classe K – óleos de cozinha, gorduras e graxa


(classificação da norma NFPA 10).

Técnica de extinção de incêndio é a utilização correta dos meios disponíveis para extinguir
incêndios com maior segurança e com um mínimo de danos durante o combate. Os bombeiros devem
estar aptos a executar com rapidez e eficiência as evoluções determinadas pelo comandante da
guarnição. Este nível de profissionalização é alcançado quando há empenho no treinamento por parte
das guarnições que trabalham juntas. A familiaridade com o equipamento de combate a incêndios é
obtida através de instrução constante.

 RESFRIAMENTO:
Método de extinção de incêndio que consiste no arrefecimento do combustível, ou seja, na diminuição
da temperatura deste, resfriando o material inflamado abaixo do seu ponto de fulgor.

 ABAFAMENTO:
Método de extinção de incêndio que consiste na redução da concentração do oxigênio tornando a
mistura pobre ou da retirada de Oxigênio, pela aplicação de um agente extintor, que deslocará o ar da
superfície do material em combustão.

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 ISOLAMENTO:

Método de extinção de incêndio que consiste na redução na separação entre o combustível e a fonte de
energia (calor) ou entre aquele e o ambiente incendiado.

 EXTINÇÃO QUÍMICA:
Método de extinção de incêndio que consiste em aplicar agentes extintores que interferem com certos
radicais livres que alimentam a combustão, provocando a quebra da reação química, o que impede que
o incêndio tenha continuidade.

 DILUIÇÃO:
Método de extinção de incêndio que consiste na diluição do combustível, aplicável em líquidos
inflamáveis solúveis em água e incêndios de pequenas proporções do tipo “poça”.

 ÁGUA:

É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua
propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da
forma como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o agente extintor mais empregado, em
virtude do seu baixo custo e da facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua
composição química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados,
pode sofrer choque elétrico. Quando utilizada em combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de
ocorrer transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a área do incêndio.

 ESPUMA:

A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de formação. A Química resulta da
reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. A Mecânica é formada
por uma mistura de água com uma pequena porcentagem (1% a 6%) de concentrado gerador de
espuma e entrada forçada de ar, fazendo com que produza um aumento de volume da solução (de 10 a
100 vezes), formando a espuma. A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois
constitui-se de um aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas por película de água. Mais leve
que todos os líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por conter
água, possui uma ação secundária de resfriamento.
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 GÁS CARBÔNICO:
Este tipo de agente é utilizado, principalmente, em incêndios classe C (equipamento elétrico
energizado). Além de não conduzir eletricidade, o CO2 fornece sua própria pressão para a descarga do
extintor ou cilindro de armazenamento e, sendo gás, pode penetrar e espalhar-se por toda área
incendiada. É eficaz como agente extintor porque, em primeiro lugar, reduz a concentração de O2,
agindo por abafamento. É cerca de uma vez e meia mais denso que o ar, propriedade que lhe
proporciona a tendência de substituir o oxigênio sobre as superfícies que queimam. Também possui
certo efeito resfriador dependendo da condição de aplicação. O CO 2 é um asfixiante simples e pode
levar a inconsciência e morte quando presente em altas concentrações. Uma concentração de 20% pode
levar à morte em 20 ou 30 minutos.

 PÓS-QUÍMICOS:

Os pós-químicos são altamente eficientes para extinguir incêndios envolvendo líquidos inflamáveis. As
partículas de produto químico finamente divididas, são interceptoras de radicais livres e quebram o
processo de oxidação da reação em cadeia de combustão dentro da chama. Como não têm a capacidade
de resfriar, não asseguram o combustível contra a re-ignição, caso o mesmo seja exposto a fontes de
ignição.

 PRINCIPAIS TIPOS:

 Bicarbonato de sódio [NaHCO3];

Bicarbonato de sódio é comumente referido como pó químico comum. É aplicado para as classes de
incêndio B e C. Ele não é compatível com espumas de proteína, porque contém aditivos que são
agentes anti-espumantes e que causam a quebra das espumas de proteína.

 Bicarbonato de potássio [KHCO3];

Este pó tem maior capacidade de extinção em incêndios classe B do que o bicarbonato de sódio. Pode
ser usado na classe C. Dependendo do processo de fabricação pode ser usado com espuma proteínica.

 Fosfato de monoamônio [NH4H2PO4].

É um pó químico de múltiplo uso “ABC”, é o único pó químico que é eficiente em


incêndios de combustíveis da classe A. Ele é mais eficaz em incêndios classe B que o bicarbonato de
sódio, mas é menos eficiente que o bicarbonato de potássio

 AGENTES EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE D

Agente extintor a base de Cloreto de Sódio


Isolamento entre o metal e a atmosfera e o resfriamento

 AGENTES EXTINTORES DE INCÊNDIO CLASSE K

Solução especial de acetato de potássio diluída em água.


SISTEMA DE SEGURANÇA:

Todo extintor possui dois sistemas de segurança, o lacre, que tem a finalidade de
demonstrar que o extintor ainda não foi utilizado, e o pino de segurança, que trava o gatilho do
extintor, impossibilitando que o extintor seja utilizado acidentalmente.

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NBR 12962 - INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E RECARGA EM EXTINTORES DE INCÊNDIO

 INSPEÇÃO:

Exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor de incêndio, com a
finalidade de verificar se este permanece em condições originais de operação.

 MANUTENÇÃO:

Serviço efetuado no extintor de incêndio, com a finalidade de manter suas condições


originais de operação, após sua utilização ou quando requerido por uma inspeção.

 MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL:

Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no
local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina especializada.

A MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL CONSISTE EM:


a) limpeza dos componentes aparentes;
b) reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos à pressão;
c) colocação do quadro de instruções;
d) substituição ou colocação de componentes que não estejam submetidos à pressão por componentes
originais;
e) conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com dióxido de carbono.

 EXTINTORES DE INCÊNDIO – SOBRE RODAS:

São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas para serem conduzidos
com facilidade. As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam, como os extintores
portáteis. As carretas podem ser:

 De água;
 De espuma mecânica;
 De espuma química;
 De pó químico seco;
 De gás carbônico.

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Hidrante é uma tomada de água, onde se


conectam mangueiras para combate ao fogo.
São no mínimo duas tomadas d’água por
hidrante. O abastecimento de água poderá ser
por gravidade ou através de bombas que
sugam água de cisternas ou de lagos.

NBR 13714 - SISTEMAS DE HIDRANTES E DE MANGOTINHOS PARA COMBATE A


INCÊNDIO

O QUE SÃO HIDRANTES E MANGOTINHOS?

O sistema de hidrante e mangotinhos, tem o objetivo de combater ou conter o incêndio até a


chegada do corpo de bombeiros da região.

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O Sistema de Hidrantes e Mangotinhos são componentes do sistema fixo de combate a incêndio,


são compostos de RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO RTI (reservatório de água dedicado),
CANALIZAÇÃO FIXA E RESISTENTE A FOGO, CONJUNTO DE BOMBAS DE
PRESSURIZAÇÃO, PONTOS DE TOMADAS/SAÍDAS (registro de manobra) e conjunto de
mangueiras e seu componente ou mangotinhos e seus componentes.

TIPOS DE HIDRANTES

HIDRANTES URBANOS - Os hidrantes urbanos são o primeiro que vem em nossa mente quando
falamos no assunto, a sua imagem é muito utilizada em filmes e desenhos animados, até mesmo
na cidade, quando caminhamos, vemos com freqüência.

Esses tipos de hidrantes são de responsabilidade da edificação porém são abastecidos pela
companhia de água de sua cidade. São instalados na calçada e possuem registro que impossibilita
o seu acionamento por qualquer pessoa, seu acionamento depende de uma chave específica que fica em
poder do corpo de bombeiros. Esses hidrantes ainda possuem uma ou mais saídas para acoplamento de
mangueira de combate a incêndio.

HIDRANTES DE RECALQUE - a norma trata como dispositivo de recalque, esses hidrantes


podem ser localizados em áreas externas das edificações e na calçada, podem ser enterrados,
quando na calçada, e de coluna, quando em passeio. Esses tipos de hidrantes são de
responsabilidade particular da edificação.

O objetivo principal deste dispositivo é o abastecimento do sistema de combate a incêndio através


do caminhão do Corpo de Bombeiros, porém as válvulas a serem instaladas devem permitir fluxo
para entrada e saída, ou seja, nos dois sentidos com isso em um caso contrário, onde o Corpo de
Bombeiros fique sem água e no sistema ainda possuir, ele poderá fazer uso desta água para abastecer
e combater o incêndio através dos hidrantes de recalque. Os hidrantes de recalque nunca deverão ser
instalados em locais de passagem de veículo ou estacionamento que obstruam o acesso.

HIDRANTES INDUSTRIAIS - Os hidrantes industriais são um tipos de hidrantes para combate


a incêndio, tem este nome batizado principalmente por projetistas e empresas especializadas.

Encontramos os chamados hidrantes industriais com maior freqüência em fábricas e parques


industriais, trata-se de hidrantes bem específicos e calculado para combate levando em consideração
vazão e pressão para proteção da edificação ou estrutura específica. É fundamental ter hidrantes desse
tipo, devido as atividades ali exercidas e o potencial risco de incêndios graves. Estes hidrantes, são em
sua maioria, de coluna e normalmente não estão dispostos com mangueiras, é necessário que a brigada
de incêndio se desloque em posse das mangueiras no momento do combate.

HIDRANTE DE PAREDE - hidrantes de parede são encontrados principalmente na parte


interna de edificações comerciais e residenciais, suas tomadas/saídas são na parede em uma
altura já padronizada pela ABNT/NBR e IT22 que facilita sua visualização e utilização.

É obrigatório ter um abrigo a lado da tomada/saída desse hidrante, dentro desse abrigo deve
conter mangueira ou mangotinhos e seus componentes. A tomada/saída desses tipos de
hidrantes podem está dentro do abrigo, mas isso não é obrigatório.

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Estes hidrantes devem ser utilizados tanto por brigadistas quanto por pessoas treinadas e
familiarizadas com o equipamento. No caso de hidrantes, os abrigos possuem: uma ou duas
mangueiras, chave storz e esguicho (podendo ser regulável ou não).

Volto a falar que esses tipos de hidrantes são os mais encontrados mesmo assim é necessário um
básico de treinamento pra sua utilização, pois, é um sistema que trabalha sobre pressão e no
momento de uso o operador estará sobre forte ansiedade necessitando de maior cuidado com os passos
a serem tomados pois a segurança dele estará em risco.

MANGOTINHOS - NO CASO DE MANGOTINHOS, OS ABRIGOS POSSUEM: um carretel de


mangotinho e um esguicho regulável na ponta.

A grande diferença em relação ao sistema de hidrantes é que o sistema de mangotinho fica


constantemente montado, pressurizado e acoplado a canalização, sendo assim, seu uso é imediato e
pode ser usado por uma pessoa com pouca experiência ao contrário do sistema de hidrantes. Porém,
não é aplicável em qualquer edificação, sendo permitido em edifícios de risco pequeno como edifícios
residenciais, nesses casos, seu uso é insuperável.

 MANGUEIRA

A Norma Brasileira que aborda os aspectos


construtivos e de desempenho das mangueiras
de combate a incêndio é a norma ABNT NBR
11861. Tubos enroláveis de nylon, revestidos
internamente de borracha , utilizada como duto
flexível para fluxo de água dotados de uniões,
tem diâmetro de 1 ½” e 2 ½” e comprimento de
15m e 30m.

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IDENTIFICAÇÃO NA MANGUEIRA:

Com o objetivo de proporcionar ao usuário maior facilidade na hora de comprar mangueiras de


combate a incêndio, essas devem ser identificadas nas duas extremidades com:

 NOME OU MARCA DO FABRICANTE;


 NÚMERO DA NORMA (NBR 11861);
 TIPO DE MANGUEIRA;
 MÊS E ANO DE FABRICAÇÃO.

É de extrema importância que, ao comprar ou inspecionar mangueiras, o consumidor verifique


a presença desta identificação nas duas extremidades.

ESPECIFICAÇÃO E APLICAÇÃO ADEQUADAS

A escolha correta do tipo de mangueira


garante um desempenho adequado e uma
maior durabilidade da mangueira.

Essa escolha deve obedecer à alguns


critérios tais como:

LOCAL DESTINADO AO USO DA


MANGUEIRA;
PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO A
QUE SERÁ SUBMETIDA E AS
CONDIÇÕES DE ABRASIVIDADE.

TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3 TIPO 4 TIPO 5

DESTINA-SE A DESTINA-SE DESTINA-SE DESTINA-SE A DESTINA-SE A


EDIFÍCIOS DE A EDIFÍCIOS A ÁREA ÁREA INDUSTRIAL, ÁREA INDUSTRIAL,
OCUPAÇÃO COMERCIAIS NAVAL E ONDE É ONDE É
RESIDENCIAL, E INDUSTRIAL DESEJÁVEL UMA DESEJÁVEL UMA
COM PRESSÃO INDUSTRIAIS OU CORPO MAIOR MAIOR
MÁXIMA DE OU CORPO DE RESISTÊNCIA A RESISTÊNCIA A
TRABALHO DE BOMBEIROS, ABRASÃO E ABRASÃO E A
DE 980 KPA BOMBEIROS, ONDE É PRESSÃO MÁXIMA SUPERFÍCIES
(10KGF/CM²) COM DESEJÁVEL DE TRABALHO QUENTES
PRESSÃO UMA MAIOR DE 1 370 KPA PRESSÃO MÁXIMA
MÁXIMA DE RESISTÊNCIA (14KGF/CM²) DE TRABALHO
TRABALHO A ABRASÃO E DE 1 370 KPA
DE 1 370 KPA PRESSÃO (14KGF/CM²)
(14KGF/CM²) MÁXIMA DE
TRABALHO
DE 1 470 KPA
(15KGF/CM²)

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CONFIANÇA NO PRODUTO ADQUIRIDO

A Norma NBR 11861 estabelece 19 ensaios. Esses ensaios conferem às mangueiras fabricadas no
Brasil, o título de umas das melhores do mundo.

-
ENSAIO HIDROSTÁTICO  Variação máxima da tensão de ruptura
após envelhecimento acelerado;
 Alongamento;  Variação máxima do alongamento de
 Flexão; ruptura após envelhecimento acelerado;
 Nº de voltas por 15m;  Ensaio de envelhecimento do reforço
 Dobramento; têxtil;
 Ensaio de Perda de Carga;  Ensaio de resistência à superfície
 Ensaio de Ruptura; quente;
 Ensaio de resistência à abrasão;  Ensaio de envelhecimento acelerado da
 Ensaio de diâmetro interno; Mangueira Tipo 5.
 Ensaio de aderência;
 Ensaio do tubo interno; A forma mais garantida que o consumidor ou
 Tensão de ruptura; usuário final tem para adquirir mangueira que
 Alongamento de ruptura; atenda todos aos requisitos estabelecidos na
 Deformação permanente; norma é comprar mangueiras com Certificado
de Marca de Conformidade ABNT.

 TRANSPORTES DE MANGUEIRAS:

O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante ou mangotinho
deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que existem, considerando também toda a
influência que a ocupação final é capaz de exercer, não excedendo os limites estabelecidos na Tabela 1.

Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente, utilizar lances de mangueiras de 15 metros.

 ESGUICHOS

Corpo metálico cilíndrico tendo necessariamente uma extremidade de entrada, com junta storz e
comando tríplice para as operações:

 Fechamento;
 Jato de chuveiro e
 Jato compacto

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TIPOS DE ESGUICHOS E SUAS UTILIZAÇÕES

O sucesso no combate a incêndios depende, entre outras coisas, do TREINAMENTO DA PESSOA QUE
MANIPULA O EQUIPAMENTO, DA QUALIDADE DO SISTEMA DE INCÊNDIO E,
PRINCIPALMENTE, O TIPO IDEAL DE ESGUICHO PARA CONTROLAR A VAZÃO DE ÁGUA.

Você precisa escolher bem o esguicho, pois a atuação dele é fundamental quando utilizado em conjunto
com as mangueiras e os canhões monitores.

1 – ESGUICHO REGULÁVEL

É o mais popular e o mais usado no combate a


incêndio, pois produz desde o jato compacto até
neblina. Alguns deles possuem uma manopla,
que abre e fecha a passagem de água de forma
rápida, precisa e contínua, onde você pode fazer
a regulagem.

2 – ESGUICHO DE VAZÃO SELECIONÁVEL

Ele é projetado para atuar, independente da


forma do jato, com vazão constante em
qualquer tipo de seletor. Possui manoplas
laterais, que permitem a alteração na forma do
jato.

3 – ESGUICHO AUTOMÁTICO

Trabalha em conjunto com canhões monitores


portáteis ou fixos. Possui um mecanismo
interno que compensa uma possível variação de
vazão no sistema, e isso pode aumentar ou
reduzir a passagem da água.

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4 – ESGUICHO PROPORCIONADOR
DE ESPUMA

É projetado para atuar em sistemas que


precisam de uma vazão fixa e onde a pressão de
água é adequada. A vazão do proporcionador
precisa ser compatível com a vazão do esguicho.

 CHAVE DE MANGUEIRA:

Haste de ferro que possui em sua extremidade, uma seção cavada com ressalto interno. Empregada na
conexão de mangueiras dotadas de juntas storz.

Quando se analisa um sistema de proteção contra incêndio, deve-se considerar uma série de
importantes fatores, tais como:

 Perdas econômicas;
 Redução ou paralisação total das atividades comerciais e/ou industriais;
 Perdas de vidas humanas;

Projetar um sistema de combate ao fogo significa, em última instância, entender os riscos de perdas a
que uma edificação possa estar sujeita, sejam elas humanas ou econômicas. A partir dessa
compreensão, um sistema inteligente minimizará ao máximo esses riscos.

Desde sua invenção e correta aplicação, os sprinklers (chuveiros automáticos) tem demonstrado ser o
melhor equipamento disponível, e que obteve maior êxito no combate ao incêndios em edificações.

Contudo, é sempre bom lembrar que um sistema de sprinklers tem como função central realizar o
primeiro combate ao incêndio, na sua fase inicial, para extinguí-lo ou então controlá-lo até a chegada
do Corpo de Bombeiros.
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Uma pesquisa realizada ao longo da década de 80 nos EUA (Solomon, 1996) apresentou os seguintes
resultados:

 8% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 1(um) sprinkler;
 48% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 2(dois) sprinkler;
 89% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por até 15(quinze) sprinkler;

 Os chuveiros automáticos são dispositivos com elemento termo-sensível projetados para serem
acionados em temperaturas pré-determinadas, lançando automaticamente água sob a forma de
aspersão sobre determinada área, com vazão e pressão especificados, para controlar ou
extinguir um foco de incêndio.

 Os chuveiros automáticos que possuem a Marca de Conformidade ABNT à norma ABNT NBR
6135 tem sua qualidade assegurada por um processo de certificação independente e de
supervisão contínua.

OS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS OU SPRINKLERS SÃO COMPOSTOS BASICAMENTE PELOS


SEGUINTES COMPONENTES:

 Corpo: parte do chuveiro automático que contém rosca, para fixação na tubulação, braços e
orifícios de descarga, e serve como suporte dos demais componentes;
 Defletor: componente destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a água, segundo
padrões estabelecidos nas normas brasileiras;
 Obturador: componente destinado à vedação do orifício de descarga nos chuveiros automáticos e
que também atua como base para o elemento termo-sensível tipo bulbo de vidro;
 Elemento Termo-Sensível: componente destinado a liberar o obturador por efeito da elevação da
temperatura de operação e com isso fazer a água fluir contra o foco de incêndio. Os elementos
termo-sensíveis podem ser do tipo ampola de vidro ou fusíveis de liga metálica;

O alarme de incêndio é o ponto final de um


sistema e que servirá de comunicação visual e
sonora para que a população de um
determinado ambiente inicie o escape e o
combate ao princípio de incêndio.

 ALARME DE EMERGÊNCIA

QUANDO DETECTAMOS UM INCÊNDIO DEVEMOS TOMAR ALGUMAS ATITUDES IMEDIATAS:

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Avisar à central de controle ou a brigada de incêndio o ocorrido, se possuirmos treinamento, combater


o principio de incêndio e acionar o Corpo de Bombeiros. Já o sistema de detecção e alarme de
incêndio pode de uma só vez executar estes três pontos e outros mais... de acordo com a
necessidade da edificação.

O objetivo principal do sistema de detecção e alarme de incêndio é ser a nossa percepção e


comunicação, ser nossos olhos e nossos avisos, onde seria mais demorado perceber e colocar em prática
o combate e abandono do local.

OS DETECTORES MAIS UTILIZADOS SÃO:

DETECTORES DE FUMAÇA. São acionados por gases e fumaças;

DETECTORES TÉRMICOS. Os quais são acionados pelo aumento da temperatura E por fim podem
ser acionados pela radiação, chamados detectores ópticos.

O tipo e o local de instalação destes detectores é uma solução que deve ser apresentada pelo projetista,
que vai se nortear principalmente pela NBR17240:2010 e pela IT19.

Este sistema é instalado em todas as circulações, acessos, escadas, áreas de escape das instalações com
o objetivo de clarear o ambiente para que a saída seja realizada com segurança evitando acidentes e
garantir a evacuação das pessoas do prédio.

O sistema dispõe de uma autonomia de 2 horas e sinaliza as rotas de fuga utilizáveis no momento do
abandono do local. A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e garantir a
evacuação das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumaça nas áreas.

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É o sistema de sinalização com placas fotoluminescentes que estão localizadas em pontos estratégicos
das instalações indicando a rota de saída mais rápida do prédio.

Este sistema permite que qualquer pessoa mesmo não tendo um conhecimento geral do local em que
está, faça a evacuação do prédio o mais rápido possível seguindo a indicação das placas da rota de fuga,
que levará a uma área externa o deixando em segurança.

Rinaldo Adriano
Téc. Em Segurança do Trabalho
SRTE/PE – 3791
Alpinista Nível 1 N° ANEAC: 01887
Bombeiro Civil - Nível 2
Resgatista – Nível 1
Socorrista
Instrutor de BC - Credenciado No Estado de PE
Instrutor de APH - Credenciado No
SIBOCIPE N°1127 / 2017
Especializado - Técnicas de Ensino

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