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MEDIDAS DE

PRECAUÇÃO UNIVERSAL:
Biossegurança
NORMA REGULAMENTADORA 32

 Segurança e saúde no trabalho em estabelecimento de saúde

 Estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança


e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem
atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
RISCOS OCUPACIONAIS

Constituem-se nas possibilidades de que um ou mais fatores/agentes/elementos presentes


nos processos laborais ou nos ambientais onde atuam os trabalhadores possam causar
adoecimentos ou provocar acidentes, ou seja, são capazes de ocasionar problemas de
saúde aos que trabalham.

• Classificação

1. Riscos Biológico
4. Riscos Ergonômicos
2. Riscos Físico
5. Riscos de acidentes
3. Riscos Químico
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos biológicos:
o Consideram-se agentes biológicos os micro-organismos, geneticamente modificados ou não;
as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons.
o Podem penetrar no organismo do hospedeiro: vias respiratórias, cutânea e digestiva.
o Ex: Bactérias, fungos, parasitas, vírus, estruturas proteicas, etc.
o Fluidos (sangue, secreção vaginal e sêmen, líquido amniótico).
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos biológicos:
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos químicos:
o Ocorre mediante exposição a agentes químicos, como substâncias, compostos e produtos que
podem penetrar no organismo pela via respiratória ou ainda serem absorvidos no organismo
através da pele ou por ingestão. (BRASIL, 2011)
Fumos
Vapores Neblina

Gases
Névoas
Poeira
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos químicos:
o Os danos à saúde estarão condicionados a:

• Natureza do agente químico


• Tempo de exposição

• Sensibilidade
• Concentração do agente químico

Silicose, pneumoconiose, asbetose, intoxicação, irritação nos olhos, dermatites,


asfixia, dores de cabeça, convulsões, morte

(TERRA et al, 2017)


RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos químicos:
o Medidas de controle
-Uso do EPI;

-Manter a rotulagem do fabricante na embalagem original

dos produtos químicos utilizados em serviços de saúde;

- Identificação dos recipientes contendo produtos químicos manipulados ou


fracionados, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição
química, sua concentração, data de envase e de validade e nome do responsável NR-32

pela manipulação ou fracionado;


(BRASIL, 2011)
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos químicos: NR-32

o Medidas de controle

-É vedado a reutilização de embalagens de produtos químicos ;


-Os produtos químicos devem ter uma ficha descritiva contendo, no mínimo:
- Recomenda ainda a imediata comunicação de acidentes de trabalho.

(BRASIL, 2011)
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos físicos:
o São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores.
(BRASIL, 2014)

o Agentes Físicos: ruídos, vibrações, pressões anormais (hipobárica e hiperbárica),


temperaturas extremas,unidade, radiações ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos físicos:
o Os danos à saúde estarão condicionados a:

• Natureza do agente físico


• Tempo de exposição

• Sensibilidade

Doença

(TERRA et al, 2017)


RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos físicos:
o Medidas de Controle (Radiação Ionizante):

- Coletiva: enclausuramento da fonte de radiação (ex.: pisos e paredes revestidas de chumbo);

-Individual: uso do EPI adequado ao risco (ex.: avental, luva, perneira e mangote de raspa para
soldador, óculos, máscara);

- Administrativas (ex.:dosímetro de bolso);

- Médica: exames periódicos.


RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos ergonômicos:
o Incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário, aos equipamentos e ás condições ambientais dos postos de trabalho e à própria
organização do trabalho.

NR-17
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos ergonômicos: Agentes Ergonômicos Consequências


Esforço físico intenso
Levantamento e transporte manual
Cansaço, dores musculares,
de peso
fraqueza, alterações do sono,
Posturas inadequadas reflexos na saúde e no
comportamento.
Imposição de ritmos intensos
Hipertensão arterial, taquicardia,
Controle rígido de produtividade doenças do aparelho digestivo
(gastrite, úlceras), tensão,
Trabalhos em turnos noturnos ansiedade, etc.
Jornada de trabalho prolongada
RISCOS OCUPACIONAIS
RISCOS OCUPACIONAIS

 Riscos de acidente:
o São todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou
moral (BRASIL, 2001).
BIOSSEGURANÇA

Conjunto de medidas e procedimentos técnicos necessários para a manipulação de


agentes e materiais biológicos, capaz de prevenir, reduzir, controlar ou eliminar riscos
inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal, bem
como o meio ambiente.

conjunto de estudos e procedimentos que visam evitar ou controlar os riscos provocados


pelo uso de agentes químicos, físicos, psicológicos e biológicos à biodiversidade.
BIOSSEGURANÇA

Laboratório

Hemocentro Universidades

BIOSSEGURANÇA

UBS Hospitais

Indústrias
BIOSSEGURANÇA

 Higienização das mãos:

 Antissepsia com álcool;


 Lavagem com água e sabão.
BIOSSEGURANÇA

 Higienização das mãos:


 Antissepsia com álcool
o Melhora a prática de higiene;
o Excelente atividade germicida;
o Reduz a transmissão de patógenos;
o Não deve substituir a lavagem com água e sabão;
o Deve ser utilizada quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.
BIOSSEGURANÇA

 Higienização das mãos:


 Antissepsia com álcool
BIOSSEGURANÇA

 Higienização das mãos:


 Lavagem com água e sabão
BIOSSEGURANÇA

 Higienização das mãos:


Lavagem com
água e sabão
BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA

 Equipamentos de Proteção Individual (EPI):


 Reduz a exposição à sangue e a fluidos corpóreos;
 Incluem: avental, máscara, óculos de proteção e luvas;
 A escolha baseia-se na tarefa.
BIOSSEGURANÇA

 Equipamentos de Proteção Individual (EPI):

Luvas de procedimento Luvas estéreis Luvas de vinil

- Troca da luva;
- Após a remoção – higienizar as mãos.
BIOSSEGURANÇA

 Equipamentos de Proteção Individual (EPI):

Máscara N95 Gorro

Avental/ Jaleco

Máscara cirúrgica Óculos de proteção


BIOSSEGURANÇA

• Uma pesquisa da escola de enfermagem da UFMG constatou que no jaleco há bactérias


nocivas, as quais podem causar doenças. Os locais com mais bactérias são o bolso, onde o
risco de contaminação é de 51% e na região do abdômen, 43%.

• Por esse motivo recomenda-se ainda NÃO deixar o jaleco junto aos objetos pessoais
mesmo no ambiente de trabalho.
BIOSSEGURANÇA

• Uso do EPI fora do ambiente hospitalar


BIOSSEGURANÇA

• Uso de calçados inadequados


BIOSSEGURANÇA

• Adornos (podem prender ou cair nos equipamentos e nos materiais manipulados – risco
de contaminação);
MEDIDAS DE PRECAUÇÕES

P: Precauções-padrão

R: Precauções respiratórias

C: Precauções de contato
MEDIDAS DE PRECAUÇÕES
MEDIDAS DE PRECAUÇÕES
MEDIDAS DE PRECAUÇÕES

Ex.: Tuberculose, varicela, sarampo


MEDIDAS DE PRECAUÇÕES

Ex.: infecções gastrintestinais, respiratória, pele e ferida colonizada, entéricas e grandes abscessos.
MEDIDAS DE PRECAUÇÕES

 Manuseio e descarte de material perfurocortante contaminado:


MEDIDAS DE PRECAUÇÕES

 Manuseio e descarte de material perfurocortante contaminado:

X
RN-32 PROÍBE O REENCAPE DE AGULHAS
MEDIDAS DE PRECAUÇÕES

 Manuseio e descarte de material perfurocortante contaminado:


ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

• O acidente com material biológico consiste na exposição de uma pessoa a sangue ou


secreções através da pele, das mucosas (olhos, boca e nariz) ou de lesão perfurocortante
com agulhas, instrumental cirúrgico e vidros contendo secreções.

• Considera-se sempre a possibilidade desses fluidos estarem potencialmente contaminados,


principalmente pelos vírus da Hepatite B e C e do HIV.

Emergência Médica
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Prevenção
• Capacitação;
• Uso dos EPC e EPI;
• Vacinação
 Materiais de risco
• Sangue ou qualquer outro fluido contendo sangue;
• Sêmen; Também são considerados potencialmente infectantes: líquido peritoneal, líquido
pleural, líquido pericárdico, líquido amniótico, líquor, líquido articular, saliva
• Fluido vaginal. (apenas para procedimentos odontológicos).
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Cuidados imediatos com o ferimento

• Lavar com água e sabão o ferimento ou pele exposta.


• Lavar as mucosas expostas com água em abundância.
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Sequência do atendimento no PA
1.Caracterizar se o tipo de acidente e o material biológico envolvido representam risco de
transmissão. Se houver risco, solicitar sorologias para o profissional acidentado e para o paciente
fonte do acidente (HIV teste rápido, VHB e VHC);

2. Notificar o “acidente de trabalho”;


3. Estabelecer a conduta profilática para HIV;
4. Estabelecer a conduta profilática para VHB;
5. Profilaxia para VHC: não há vacina ou quimioprofilaxia disponíveis. A conduta diante de
acidente com fonte positiva para VHC é o seguimento sorológico do acidentado.
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Critérios para indicação de profilaxia com antirretrovirais.


A profilaxia com antirretrovirais está indicada apenas se forem preenchidos TODOS os seguintes
critérios:
1.O acidente envolveu material biológico com risco de transmissão do HIV
2.O tipo de exposição ocorrido representa risco de transmissão do HIV (percutânea, mucosa, pele
não íntegra)

3.O atendimento ocorreu dentro de 72 horas após a exposição


4.A pessoa exposta apresenta exame de HIV negativo
5.A pessoa fonte apresenta exame de HIV positivo ou desconhecido
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Esquema profilático antirretroviral


Quando indicada, a profilaxia com antirretrovirais deve ser iniciada o quanto antes, idealmente nas
primeiras 2 horas após a exposição, tendo como limite as 72 horas subsequentes à exposição. O
esquema preferencial é:
Tenofovir/Lamivudina (TDF+3TC) 300/300mg VO uma
vez ao dia por 28 dias
+
Atazanavir (ATV) 300mg VO uma vez ao dia por 28 dias
+
Ritonavir (r) 100mg VO uma vez ao dia por 28 dias
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Esquema profilático para VHB

*Fontes de alto risco: pacientes politransfundidos, cirróticos, em hemodiálise, HIV positivos, usuários de drogas injetáveis, contatos domiciliares e
sexuais de VHB, com história de DST, provenientes de regiões ou instituições de alta endemicidade.
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Esquema profilático para VHB


• Imunoglobulina hiperimune para VHB (HBIG)
• Dose única intramuscular, administrada o mais precocemente possível, até no máximo 7 dias após
o acidente.
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

 Seguimento
O acompanhamento clínico-laboratorial da pessoa exposta está indicado inclusive para os que não
receberam vacina ou medicação profilática. Objetiva verificar:
• toxicidade dos antirretrovirais;
• testagem para HIV, HBV e HCV em 30 e 90 dias após a exposição, conforme indicado caso a
acaso;

• manutenção de medidas de prevenção da transmissão sexual desses mesmos vírus.


BIOSSEGURANÇA

 IMUNIZAÇÃO

 BCG
 Duplo adulto (3 doses)
 Hepatite B (3 doses)
 Tríplice Viral (2 doses até 29 anos, 1 dose)
 Febre amarela (1 dose a cada 10 anos)
 Influenza (anual)
ARTIGOS HOSPITALARES
 Classificação dos materiais
Artigo crítico
Aquele utilizado em procedimentos de alto risco para desenvolvimento
de infecções ou que penetre tecidos ou órgãos. Esterilização
Ex.: instrumental cirúrgico, cateteres vasculares, pinças de biopsia, etc.

Artigo semicrítico
Desinfecção
Aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com mucosa.
de alto nível
Ex.: equipamentos de terapia respiratória, de endoscopia, etc.
Esterilização
Artigo não crítico
Utilizado em procedimentos com baixíssimo risco para desenvolvimento Limpeza
de infecções ou que entre em contato com pele íntegra. Desinfecção
Ex.: roupas de cama, paredes, pisos, termômetro axilar, aparelho de de baixo nível
pressão.
DEFINIÇÕES
Assepsia
É o conjunto de meios e técnicas utilizados para evitar a introdução de agentes
patogênicos no organismo.

Antissepsia

É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou


removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim
utilizamos antissépticos ou desinfetantes.
É a destruição de microorganismos existentes nas camadas superficiais ou profundas da pele, mediante a
aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergênico e passível de ser aplicado em tecido
vivo.
PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS
HOSPITALARES
Limpeza
Remoção mecânica de sujidade em objetos inanimados ou superficiais, imprescindível antes
da execução de processos de desinfecção e/ou esterilização.

- Redução da carga microbiana presente nos produtos para saúde;


- Utiliza água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual
ou automatizada);
-Atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para
manuseio e preparado para desinfecção ou esterilização.
PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS
HOSPITALARES
Limpera de áreas hospitalares

Remover a sujidade e detritos orgânicos de superfícies inanimadas, que constituem ótimo habitat
para a sobrevivência de microrganismos no âmbito hospitalar. O agente químico utilizado na
limpeza é o detergente, composto de substância tensoativa que facilita a remoção da sujeira.

- Limpeza concorrente- aquela que ocorre diariamente, mobiliários, pisos

- Limpeza terminal – aquela feita em teto, piso, mobiliário em protocolos estabelecidos pela
instituição.
PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS
HOSPITALARES
Desinfecção
É o processo físico ou químico que elimina a maioria dos microorganismos patogênicos de
objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, podendo ser de
baixo, médio ou alto nível.
 Desinfecção de baixo nível: elimina bactérias vegetativas, microbactérias, alguns vírus e fungos, sem
atividade contra microbactérias ou esporos bacterianos;

 Desinfecção de médio nível: elimina bactérias vegetativas, microbactérias, maioria dos vírus e fungos;

 Desinfecção de alto nível: destrói todos os microorganismos, exceto um número elevado de esporos
bacterianos.
PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS
HOSPITALARES
 Tipos de Desinfecção

- Ação térmica (Ex. Lavadora, pasteurizador, lavadoras de descarga,


Físicos
termodesinfectadoras).

- Desinfetantes químicos (a base de aldeídos (gluteraldeído), ácido


Químicos
paracético, soluções cloradas e álcool).

Físico- - Associam agentes químicos a parâmetros físicos em processos


Químicos automatizados (Ex. água eletrolisada)
PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS
HOSPITALARES
Esterilização
É o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana mediante a aplicação de
agentes físicos e/ou químicos.

- Vapor saturado sob pressão/calor úmido (autoclaves) e calor seco


Físicos
(estufas).

Radiação - Raios gama (cobalto 60) e por meio de feixe de elétrons.

Físico- - Esterilização a baixa temperatura: gás óxido de etileno, peróxido de


Químicos hidrogênio, vapor a baixa temperatura, formaldeído e ozônio.
Enfermeira Catiane Sousa
Mestra em Saúde e Comunidade
E-mail: catianersousa@gmail.com
(86) 98021602

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