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Procedimento

Operacional Padrão

POP/SOST/001/2017
ACIDENTES DO TRABALHO

Hospital Universitário
Dr. Miguel Riet
Corrêa Jr.
HU-FURG
República Federativa do Brasil
Presidente da República
Michel Miguel Elias Temer Lulia

Ministro da Educação
José Mendonça Bezerra Filho

Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares


Kleber de Melo Morais

Universidade Federal do Rio Grande


Reitora
Cleuza Maria Sobral Dias

Vice-Reitor
Danilo Giroldo

Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr.


Superintendente
Helena Heidtmann Vaghetti

Gerente de Atenção à Saúde


Rodrigo Jacobi Terlan

Gerente de Ensino e Pesquisa


Susi Heliene Lauz Medeiros

Gerente Administrativo
Guilherme Lerch Lunardi

Chefe da Divisão de Gestão de Pessoas


Patrick Matos Freitas

SOST - Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho


Fábia Aparecida Alves de Souza – Enfermeira do Trabalho
Rennan Tarradt Rocha Wanderley – Engenheiro de Segurança do Trabalho
Eduardo dos Santos Nunes – Técnico em Segurança do Trabalho
Gladimir Flores Teixeira – Técnico em Segurança do Trabalho

ELABORAÇÃO: Fábia Aparecida Alves de Souza – Enfermeira do Trabalho

COLABORAÇÃO:
Rossana Basso – Médica Infectologista
Daniel Leopoldo Steinhaus – Chefe da Divisão Médica

REVISÃO: Adriane Freitas da Silva

EDIÇÃO: Andréia Pires – Chefe da Unidade de Comunicação Social


Procedimento
Operacional Padrão

POP/SOST/001/2017
ACIDENTES DO TRABALHO

Rio Grande – 2017

® 2017, Ebserh. Todos os direitos reservados


Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.ebserh.gov.br

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Material produzido pelo Setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho / Ebserh
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais.

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação

POP: Acidentes do Trabalho – Coordenado pelo Setor de Saúde Ocupacional e Segurança do


Trabalho – Brasília: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2017. 32p.

Palavras-chaves: acidente, trabalho, hospital

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Sumário
1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................................... 7

2 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DR. MIGUEL RIET CORRÊA JR. ....................... 7

3 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10

4 OBJETIVO DO MANUAL .................................................................................................. 11

5 RESPONSABILIDADES ..................................................................................................... 11
5.1 Da empregadora .................................................................................................. 11
5.2 Do médico examinador plantonista ................................................................... 11
5.3 Da segurança do Trabalho ................................................................................. 11
5.4 Da Saúde Ocupacional........................................................................................ 12
5.5 Dos profissionais da Ebserh/Alunos e Residentes/Servidores/Terceirizados 12
5.6 Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA .............................. 12
5.7 Da Chefia Imediata, da representante terceirizada ......................................... 12
5.8 Do Laboratório .................................................................................................... 13

6 DEFINIÇÕES ......................................................................................................................... 13
6.1 Acidente COM material biológico ..................................................................... 13
6.2 Boletim de Ocorrência ........................................................................................ 13
6.3 CAT ...................................................................................................................... 13
6.4 Chefia imediata ................................................................................................... 13
6.5 Empregado .......................................................................................................... 13
6.6 Exposição em mucosas: ...................................................................................... 13
6.7 Exposição em pele não-íntegra .......................................................................... 13
6.8 Exposição percutânea ......................................................................................... 13
6.11 PEP ..................................................................................................................... 14
6.12 RIAAT - Relatório de Investigação e Análise de Acidentes do Trabalho .... 14
6.13 Responsáveis pelo registro da CAT ................................................................. 14
6.14 SINAN ................................................................................................................ 14
6.15 Servidor.............................................................................................................. 14
6.16 SOST .................................................................................................................. 14

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7 PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO FURG/
EBSERH/ ESTUDANTES/ TERCEIRIZADOS ........................................................... 14
7.1 Acidente Ocupacional Típico SEM Risco Biológico (Apêndice III) ............... 15
7.2 Acidente de Trajeto (Apêndice IV) ................................................................... 16
7.3 Acidente Ocupacional Típico COM Risco Biológico (Apêndice V) ............... 16

8 EXAMES A SEREM PEDIDOS (PACIENTE-FONTE E ACIDENTADO) ........... 19

9 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES .................................................................................. 21

10 ACOMPANHAMENTO NO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL E


SEGURANÇA DO TRABALHO ..................................................................................... 22

11 ORIENTAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 23

12 SERVIÇOS DE REFERÊNCIA DO HU-FURG .......................................................... 24

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 25

14 APÊNDICES ........................................................................................................................ 26
Apêndice I .................................................................................................................. 26
Apêndice II ................................................................................................................ 27
Apêndice III ............................................................................................................... 28
Apêndice IV ............................................................................................................... 29
Apêndice V................................................................................................................. 30

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1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr - HU-FURG
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
Endereço: Rua Visconde de Paranaguá n. 102, Centro
CEP 96200-190
Cidade: Rio Grande – RS
CNPJ: 15126437/0030-88
Site: http://www.ebserh.gov.br/web/hu-furg

2 HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DR. MIGUEL RIET CORRÊA JR.


O Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio
Grande (HU-FURG) foi criado através de portaria federal em 1976 e inicialmente instalado na
Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande. Em 1985, possuía 104 leitos, sendo que
atualmente contém 185 leitos SUS e se configura como um dos principais serviços de
assistência na rede de atenção à saúde da cidade e da região.
O HU-FURG presta serviços nas áreas básicas de Clínica Médica, Clínica Pediátrica,
Clínica Obstétrica, Clínica Ginecológica e Clínica Cirúrgica. Possui Serviço de Pronto
Atendimento, UTI Neonatal, UTI Geral, Hospital Amigo da Criança, Banco de Leite, Hospital-
Dia AIDS, Hospital-Dia Doenças Crônicas, Centro Regional de Estudos, Prevenção e
Recuperação de Dependentes Químicos (CENPRE), Centro Integrado de Diabetes (CID),
Centro Regional Integrado do Trauma Ortopédico, Centro Regional Integrado de Diagnóstico
e Tratamento em Gastroenterologia, Centro de Atendimento de Doenças Renais – Diálise e
Hemodiálise, Centro Regional Integrado de Tratamento e Reabilitação Pulmonar e Unidade de
Educação.

2.1 EBSERH NO HU-FURG


A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) foi criada pela Lei Federal
nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011. É uma empresa pública com personalidade jurídica de

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direito privado. A criação da Ebserh integraliza atividades executadas pelo Governo Federal no
sentido de recuperar os hospitais vinculados às universidades federais. É regido pelo estatuto
social aprovado pelo Decreto nº 7.661, de 28 de dezembro de 2011.
A EBSERH tem como objetivo a prestação de serviços gratuitos de assistência médico-
hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim como a
prestação às instituições públicas federais de ensino ou instituições congêneres de serviços de
apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no
campo da saúde pública, observada, nos termos do art. 207 da Constituição Federal, a
autonomia universitária.
Vale ressaltar que a Ebserh é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Educação.
Desse modo, a empresa passa a ser o órgão do MEC responsável pela gestão do Programa de
Reestruturação e que, por intermédio de contrato firmado com as universidades federais que
assim optarem, atuará no sentido de modernizar a gestão dos hospitais universitários federais,
preservando e reforçando o papel estratégico desempenhado por essas unidades de centros de
formação de profissionais na área da saúde e de prestação de assistência à saúde da população
integralmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A adesão do HU-FURG à EBSERH ocorreu em 2015. Neste momento, o hospital passou
a ter a possibilidade de equacionar alguns de seus problemas crônicos como falta de pessoal,
recursos financeiros e tecnológicos e falta de infraestrutura. No entanto, a pauta de discussão à
adesão foi discutida na Universidade desde 15 de dezembro de 2011, ano de criação da
EBSERH através da Lei nº 12.550.
No ano de 2012, após Seminário proposto pelo então Reitor à época João Carlos Cousin,
com a participação de diretores da Ebserh, foi convocado para o dia 21 de dezembro de 2012 a
reunião do Conselho Diretor do Hospital Universitário a fim de deliberar sobre a adesão da
FURG à Ebserh, tendo como resultado a aprovação da sinalização imediata à Ebserh, conforme
Ata 030 do Conselho Diretor do Hospital Universitário. Na sequência, o Reitor convocou a
reunião do Conselho Universitário - CONSUN, realizada, no dia 21 de dezembro de 2012, para
deliberar sobre a adesão. Com 18 a 11 votos e 6 abstenções, decidiu-se pela continuidade dos
debates sobre o processo de adesão, considerando a inexistência de elementos suficientes que
garantissem uma decisão segura da Universidade naquele momento, conforme Resolução
018/2012.

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Assim, no decorrer de 2013 e 2014, vários eventos foram realizados com o objetivo de
atender à orientação do CONSUN e esclarecer a comunidade sobre a política do Governo
Federal para os Hospitais Universitários, com a criação da Ebserh. Entendendo que o tema já
estava devidamente esclarecido, considerando que a situação financeira da Fundação de Apoio
ao Hospital Universitário do Rio Grande – FAHERG já vinha apresentando déficit, devido às
últimas contratações e custos e ao aumento de alguns serviços e leitos, e que o Ministério da
Educação já vinha apontando que a Ebserh seria a única alternativa para realizar os concursos
públicos necessários ao atendimento do Acórdão do TCU, a Reitora Cleuza Dias encaminhou
a Indicação da Adesão da FURG à Ebserh ao Conselho Universitário.
A reunião extraordinária para deliberação sobre o tema foi agendada para 25/07/2014,
às 8h, na sala Estuários do Cidec-Sul e foi cancelada devido a manifestações contrárias à adesão
à Ebserh.
Nova reunião foi marcada para 12 de agosto de 2014 quando, ainda que em meio às
manifestações, a Presidenta, conforme previsão regimental, colocou a indicação em votação na
forma de verificação por contraste, sendo a mesma aprovada por maioria dos conselheiros
presentes.
Em 17 de julho de 2015, a FURG efetivou definitivamente a adesão à Ebserh, em nova
reunião do Conselho Universitário e em 23 de julho de 2015, a Reitora da FURG, Cleuza Dias,
assinou o contrato de adesão à Ebserh.
Em fevereiro de 2016, foi realizado o primeiro concurso pela Ebserh para
preenchimento de diversos cargos e especialidades médicas, ofertando um total de 908 vagas.
Em maio de 2016, o concurso foi homologado e até o momento já foram efetivados 304
empregados.

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3 INTRODUÇÃO

De acordo com o artigo 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados
referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho”. Consideram-se os seguintes tipos de acidentes do trabalho:
 Acidentes Típicos - são os acidentes que decorrem do cunho do exercício profissional
desempenhado pelo empregado acidentado;
 Acidentes de trajeto - Acidente sofrido pelo trabalhador no percurso da residência ou
do local de refeição para o local de trabalho ou deste para aqueles, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja
interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho;
 Acidentes devidos à doença do trabalho - são os acidentes causados em virtude de
qualquer tipo de doença profissional típica de determinado ramo de atividade constante
na tabela da Previdência Social.
O artigo 21 da Lei nº 8.213/91, descreve a equiparação ao acidente do trabalho, para efeitos
desta Lei, são eles:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho,
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

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4 OBJETIVO DO MANUAL

Esse manual servirá como orientação para todos os trabalhadores envolvidos nos
procedimentos administrativos relativos a acidentes no ambiente de trabalho.
O manual possui instruções que se aplicam na ocorrência de acidentes de trabalho com
empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, servidores do
Regime Jurídico Único (RJU), alunos, residentes e trabalhadores terceirizados que atuem no
Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. – HU-FURG.

5 RESPONSABILIDADES
5.1 Da empregadora
5.1.1 Assegurar, após aprovação, a implantação do POP, assim como zelar pela sua eficiência;
5.1.2 Estabelecer e normatizar os procedimentos a serem usados na ocorrência de acidente de
trabalho no HU-FURG;
5.1.3 Garantir recursos necessários, sem gerar custos aos empregados, para a aplicação eficaz
do POP.

5.2 Do médico examinador plantonista


5.2.1 Examinar o empregado e registrar o atendimento em formulário próprio do HU-FURG;
5.2.2 Requerer exames pertinentes ao tipo de acidente e conduta adotada de acordo com o
especificado em protocolo clínico;
5.2.3 Comunicar o acidentado sobre o acompanhamento clínico pós-acidente, se necessário;
5.2.4 Encaminhar o trabalhador ao SOST para providências de ações cabíveis ao ocorrido.
5.3 Da segurança do Trabalho
5.3.1 Emitir a CAT dos empregados acidentados de acordo com o previsto pela Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT;
5.3.1 Investigar as causas do acidente, preenchendo o RIAAT (Relatório de Investigação e
Análise de Acidentes do Trabalho);
5.3.2 Orientar os empregados, em parceria com a Saúde Ocupacional, no que se refere a
acidentes de trabalho e aos meios de prevenção do mesmo.

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5.4 Da Saúde Ocupacional
5.4.1 Em caso de acidente com material biológico: preencher a notificação do Sistema de
Informação de Agravo de Notificação – SINAN dos trabalhadores acidentados do HU-FURG;
5.4.2 Realizar acompanhamento clínico laboratorial dos empregados no pós-acidente, se
necessário;
5.4.3 Realizar acompanhamento médico e de enfermagem do acidentado, se necessário
5.4.4 Orientar os trabalhadores, em parceria com a Segurança do Trabalhador, no que se refere
a acidentes de trabalho e aos meios de prevenção;
5.4.5 Orientar os trabalhadores quanto a necessidade de procurar o setor em caso de qualquer
tipo de acidente do trabalho dentro do HU-FURG;
5.4.6 Capacitar os empregados do HU-FURG quanto aos passos do fluxo de Acidentes de
Trabalho (AT) a serem seguidos dentro da instituição.

5.5 Dos profissionais da Ebserh/Alunos e Residentes/Servidores/Terceirizados


5.5.1 Contribuir com a execução do POP, representando ato faltoso a recusa injustificada de
realizar os procedimentos descritos no POP;
5.5.2 Submeter-se à realização dos exames médicos solicitados. Caso se recuse a realizar os
exames, deverá assinar o TCI (Termo de Consentimento Informado) comunicando essa
decisão. O termo terá que ser arquivado em pasta própria no SOST;
5.5.3 Comunicar o mais breve possível ao SOST a ocorrência de acidente de trabalho. Se o
acidente ocorrer no fim de semana ou feriado, a comunicação deverá ocorrer no primeiro dia
útil após o acidente.

5.6 Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA (EBSERH/FAHERG)


5.6.1 De acordo como o previsto pela Norma Regulamentadora n 05 do Ministério do Trabalho
e Emprego, a CIPA deverá participar da análise das causas de acidentes de trabalho propondo
ações para solucionar problemas identificados.

5.7 Da Chefia Imediata, da representante terceirizada;


5.7.1 Deverá, de forma ativa, participar no processo de comunicação do acidente;
5.7.2 Seguir conforme descrito no POP o fluxo de acidente;

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5.7.3 Envolver-se nas investigações e análises dos acidentes de trabalho e na busca por
soluções.

5.8 Do Laboratório
Efetuar a coleta e realização dos testes rápidos para Anti HIV, Anti HCV, HbsAg e VDRL da
paciente fonte e acidentado e outros exames solicitados, o mais breve possível. Salienta-se que
o Ministério da Saúde (2015), por meio do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
profilaxia antirretroviral pós-exposição de risco à infecção pelo HIV, recomenda que a PEP
deve ser iniciada o mais precocemente possível, ideal nas primeiras 2 horas após a exposição.

6 DEFINIÇÕES

As definições descritas abaixo são para fins deste POP. Assim, entende-se por:
6.1 Acidente COM material biológico: Acidentes ocorridos com exposição a materiais
biológicos como sangue ou secreções através da pele, da mucosa (olhos, boca e nariz) ou de
lesão por perfurocortantes como agulhas, instrumental cirúrgico e vidros contendo secreções.
6.2 Boletim de Ocorrência: Conhecido pela sigla “B.O.”, é o documento utilizado pelos órgãos
da Polícia Civil, Polícia Federal e pelas Polícias Militares, além dos Bombeiros e da Guarda
Municipal para fazer o registro da notícia do crime no Brasil.
6.3 CAT: “Comunicação de Acidente de Trabalho”, deve ser emitida com ou sem afastamento,
por membros da SOST, mediante a comprovação do acidente de trabalho.
6.4 Chefia imediata: é a autoridade a qual o servidor está diretamente subordinado
hierarquicamente, definida na estrutura organizacional do HU-FURG.
6.5 Empregado: Profissional regido pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovado
mediante concurso público para provimento de cargos públicos.
6.6 Exposição em mucosas: respingos em olhos, nariz, boca e genitália.
6.7 Exposição em pele não-íntegra: contato com a pele na presença de dermatites, feridas
abertas, mordeduras ou lesões que exponham a epiderme.
6.8 Exposição percutânea: Lesões provocadas por instrumentos perfurocortantes e/ou
cortantes (p. ex.: agulhas, bisturis, vidrarias).

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6.9 Materiais perfurocortantes: são aqueles utilizados na assistência à saúde que tem ponta
ou gume, ou que possam perfurar ou cortar, tais como seringas, escalpes, ampolas, entre outros.
6.10 Mordeduras humanas: consideradas como exposição de risco quando envolvem a
presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto
para aquele que tenha sido exposto.
6.11 PEP: Profilaxia Pós Exposição.
6.12 RIAAT - Relatório de Investigação e Análise de Acidentes do Trabalho: Registro da
ocorrência do acidente no curso da investigação.
6.13 Responsáveis pelo registro da CAT: Técnico em Segurança do Trabalho e Engenheiro
de Segurança do Trabalho.
6.14 SINAN: Sistema de Informação de Acidente de Trabalho;
6.15 Servidor: Profissional regido pelo Regime Jurídico Único – RJU, aprovado mediante
concurso público para provimento de cargos públicos;
6.16 SOST: Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho que equivale ao Serviço
Especializado em Engenharia e Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT e é
responsável por promover ações voltadas à preservação da saúde e integridade física dos
trabalhadores.

7 PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO FURG/


EBSERH/ ESTUDANTES/ TERCEIRIZADOS

A vítima do acidente ou qualquer empregado que testemunhe o acontecido deverá


comunicar o fato à chefia imediata. Na ausência da mesma, deve-se comunicar ao enfermeiro
de plantão, que deverá seguir o fluxograma de acidente típico e de trajeto no Apêndice III, IV
e V.
Os empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, servidores do
Regime Jurídico Único (RJU), alunos, residentes e empregados terceirizados, em caso de
acidente de trabalho típico, deverão ser encaminhados ao Serviço de Pronto Atendimento

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(SPA) para atendimento médico com plantonista do setor e realização de procedimentos
relacionados ao acidente.

 Os fluxos de atendimento de Acidente de Trabalho se aplicam a todos os


trabalhadores e estudantes do HU-FURG.

A classificação de risco irá realizar a primeira acolhida ao acidentado, classificando-o de


acordo com o tipo de acidente e gravidade do caso. Passará o acidentado para o médico
plantonista que irá conduzir seu atendimento seguindo protocolo clínico específico.
Após o atendimento médico e realização de protocolo do primeiro atendimento, o
acidentado deverá se dirigir ao SOST no prazo máximo de 1 (um) dia útil a contar da data do
acidente para o preenchimento da CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) e, se
necessário, abertura do SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação.

SEGUEM ABAIXO AS CONDUTAS EM RELAÇÃO AOS ACIDENTES TÍPICOS SEM


RISCO BIOLÓGICO E DE TRAJETOS

7.1 Acidente Ocupacional Típico SEM Risco Biológico (Apêndice III)


Se o acidente de trabalho típico ocorre nas dependências do HU-FURG e o (a)
trabalhador (a) necessitar de atendimento médico-hospitalar, deverá comunicar
IMEDIATAMENTE à chefia e/ou responsável pelo setor. Enfermeira responsável pelo
serviço onde ocorreu o acidente deverá encaminhar o acidentado com DE PARA informando
o acidente ao SPA (Classificação de Risco). A classificação de risco ocorre de acordo com a
necessidade de cada acidentado – não necessariamente será classificado como vermelho.
Após atendimento de enfermagem e médico, encaminhar o acidentado à SOST – Ramal: 8869
e 305.

 Caso o acidente ocorra no fim de semana, a comunicação ao SOST deverá ser


realizada no primeiro dia útil a contar da data do acidente.

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A SOST efetua a investigação do acidente através da RIAAT, bem como procede com as
correções das possíveis falhas do acidente.

7.2 Acidente de Trajeto (Apêndice IV)


O acidentado deverá comunicar o fato à SOST no prazo máximo de 1(um) dia útil a
contar da data do acidente para o preenchimento da CAT, obrigatoriamente com a cópia do
boletim de ocorrência (BO) policial e/ou Corpo de bombeiros e, se houver atendimento médico,
com os registros do atendimento.
Nos casos em que o trabalhador estiver internado/repouso, o atestado poderá ser
encaminhado à SOST via e-mail (fabia.souza@ebserh.gov.br) ou um familiar/responsável
poderá entregar o atestado e/ou BO diretamente na SOST.

 Caso o acidente ocorra no fim de semana, a comunicação ao SOST deverá ser


realizada no primeiro dia útil a contar da data do acidente.

7.3 Acidente Ocupacional Típico COM Risco Biológico (Apêndice V)


No caso de acidente com material biológico, algumas considerações devem ser levadas
em conta na análise dos acidentes, como: 1- fonte comprovadamente infectada; 2- fonte exposta
à situação de risco; 3- fonte desconhecida, material biológico sem origem estabelecida.
Os acidentes mais graves são aqueles que envolvem maior volume de sangue (lesões
profundas provocadas por material perfurocortantes, presença de sangue visível no instrumento,
acidentes com agulhas previamente utilizadas na veia ou artéria do paciente-fonte e acidentes
com agulhas de grosso calibre) e maior inóculo viral (paciente-fonte com infecção pelo
HIV/AIDS em estágios avançados da doença ou com infecção aguda pelo HIV).
Outros fatores que deverão ser avaliados ao analisar a necessidade da indicação da
profilaxia pós-exposição ao HIV, o profissional deve considerar: 1- o tipo de material biológico
envolvido; 2- o tipo de exposição; 3- o tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento;
4- condição sorológica para o HIV da pessoa exposta e da fonte.

Em relação ao tipo de material biológico, considerar a seguinte classificação:

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A- Materiais biológicos COM risco de transmissão:
 Sangue e outros materiais contendo sangue (Alto risco);
 Sêmen (alto risco);
 Fluidos vaginais (alto risco);
 Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico);
 Líquido amniótico, líquor e líquidos articulares (potencialmente infectados).

B- Materiais biológicos SEM risco de transmissão:


 Suor;
 Lágrimas;
 Fezes;
 Urina;
 Vômitos;
 Secreções nasais;
 Saliva (exceto em ambientes odontológicos).

7.3.1 Como proceder mediante acidente COM risco biológico

1- Acidentado, ou qualquer outro trabalhador que testemunhe o ocorrido deverá comunicar


à chefia imediata e, na ausência desta, comunicar ao enfermeiro de plantão, que deverá
seguir o fluxograma de acidente COM material biológico apêndice III.
O acidentado deve comunicar IMEDIATAMENTE à chefia e/ou responsável pelo
setor. A comunicação deve ser realizada de imediato em decorrência da necessidade de
iniciar profilaxia PREFERENCIALMENTE ATÉ 2 HORAS APÓS O
OCORRIDO.
2- O ferimento deve ser lavado. Se o ferimento for cutâneo com pele íntegra: lavar
abundantemente a superfície com água e sabão. Se o ferimento for percutâneo/cutâneo
com pele não íntegra ou mucosa: lavar abundantemente a superfície exposta com água
ou soro fisiológico 0,9%.

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Versão 1.0
 Após limpeza no local do ferimento, deve-se orientar o acidentado quanto aos
passos seguintes do fluxo. Orientações realizadas pela chefia e/ou responsável
pelo setor.
3- A enfermeira e/ou responsável pelo setor onde ocorreu o acidente irá encaminhar o
acidentado IMEDIATAMENTE para o SPA (Classificação de Risco/VERMELHO)
com um DE/PARA contendo informações do paciente-fonte (Nome, Leito, número de
registro e se o TCI – Termo de Consentimento Informado está devidamente assinado).
 TCI - (Termo de Consentimento Informado) é um termo no qual o paciente-
fonte permite ou recusa submeter-se a um procedimento médico. Este termo será
assinado no momento da internação (PACIENTE-FONTE). No caso dos
TRABALHADORES/ESTUDANTES DO HU-FURG, o termo será assinado na
SOST.
 Caso não tenha informação sobre o TCI do paciente-fonte internado, o
profissional da classificação deverá acionar o profissional que encaminhou o
acidentado para que providencie o documento o mais rápido possível.
 EM CASO DE PACIENTE-FONTE DESCONHECIDO, NÃO HÁ
NECESSIDADE DO TCI.
4- O acidentado vai se dirigir à recepção e comunicará que foi vítima de um acidente COM
material biológico. Sendo assim, a recepção irá proceder de forma a priorizar o
atendimento.
5- Na classificação de risco, o profissional irá acolher o acidentado, verificar as
informações no DE/PARA, proceder de acordo com protocolo de
classificação/VERMELHO e notificação no sistema de classificação de risco FURG.
6- O plantonista, durante o atendimento ao acidentado, irá realizar exame clínico do
acidentado, orientar e esclarecer dúvidas. Fará o pedido de exames do paciente-fonte e
do acidentado.
OBS: Caso o paciente-fonte tenha se recusado a autorizar a coleta de sangue, via TCI, os
exames serão realizados apenas no ACIDENTADO e o protocolo médico específico será para
PACIENTE-FONTE DESCONHECIDO.

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8 EXAMES A SEREM PEDIDOS (PACIENTE-FONTE E
ACIDENTADO)
PACIENTE-FONTE ACIDENTADO ACIDENTADO
(teste rápido) (teste rápido) (outros exames)
Anti-HIV Anti-HIV Anti-HBs
Anti-HCV Anti-HCV Hemograma
HBsAg HBsAg Creatinina
VDRL VDRL TGO
TGP
Glicemia
Exames necessários para conduta de prescrição de PEP – Entrega pode ser
realizado de forma URGENTE. posterior

8.1 Possibilidades de resultados para HIV e condutas a serem tomadas

Paciente-fonte NEGATIVO
Não há indicativo de PEP (Profilaxia pós-exposição).
Concluir a investigação.
Acidentado NEGATIVO

Paciente-fonte NEGATIVO Não há indicativo de PEP (Profilaxia pós-exposição). O


acidentado deverá procurar o HOSPITAL DIA para
Acidentado POSITIVO agendamento de consulta e acompanhamento.

Paciente-fonte POSITIVO Não há indicativo de PEP (Profilaxia pós-exposição). O


acidentado deverá procurar o HOSPITAL DIA para
Acidentado POSITIVO agendamento de consulta e acompanhamento.

Paciente-fonte POSITIVO
Indicativo de PEP (Profilaxia pós-exposição) e
acompanhamento sorológico
Acidentado NEGATIVO

Paciente-fonte DESCONHECIDO ou
Indicativo de PEP (Profilaxia pós-exposição) e
NÃO AUTORIZA EXAMES
acompanhamento sorológico
Acidentado NEGATIVO ou POSITIVO

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OBS: AINDA NÃO RECEBERÃO PROFILAXIA
I- Acidente sem risco
II- Acidente com mais de 72 horas

NO ENTANTO, CASO O TRABALHADOR QUEIRA FAZER USO DOS


ANTIRETROVIRAIS, MESMO NÃO HAVENDO INDICATIVO PARA TAL, O MESMO
TEM O DIREITO AO USO DOS MEDICAMENTOS.

Paciente fonte Paciente


Paciente fonte
HIV fonte
Positivo ou de
Positivo ou Hepatite C
alto risco
teste rápido positivo
para hepatite
positivo

Esquema Preferencial: - Acidentado vacinado e anti-HBs Até o momento não


reagente: Nenhuma medida existe nenhuma
Esquema específica profilaxia pós-
- Acidentado com vacinação exposição contra o
Preferencial: incompleta (<3 doses): HCV.
Imunoglobulina + completar Dessa forma, o
Tenofovir (TDF) 300 esquema vacinal. acompanhamento
mg 1 cp 1x ao dia + - Acidentado vacinado e anti-HBS preconizado para
Lamivudina (3TC) desconhecido: colher anti-HBs, se trabalhadores que se
150mg 2cp 1x ao dia resposta adequada não adotar medida acidentaram com fonte
+ Atazanavir/ritonavir específica; se inadequada administrar HCV positiva ou
imunoglobulina 1 dose e vacinação desconhecida consiste
(ATV/r) 300/100 1cp
de reforço. na realização do anti-
1x ao dia* HCV no momento do
- Acidentado não vacinado:
Imunoglobulina + esquema vacinal acidente e 180 dias
para hepatite B. após e PCR (RNA-
Omeprazol – totalmente HCV) 90 dias após.
- Acidentado com anti-HBs não
contra-indicado quando
reagente após 1 esquema vacinal?
se faz uso de IP
Imunoglobulina (1 dose) e iniciar
(Atazanavir 300mg) –
vacinação.
Usar esquema alternativo
- Acidentado com anti-HBs não
para PEP.
reagente após 2º esquema vacinal:
Imunoglobulina 2 doses com
intervalo de 30 dias e/ou vacina
hiperantigênica.

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9 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
 Tanto a vacina quanto a imunoglobulina para hepatite B devem ser aplicadas dentro do
período de sete dias após o acidente, mas o ideal é nas primeiras 24 horas após o acidente.
 Os profissionais que já tiveram hepatite B estão imunes à reinfecção e não necessitam de
profilaxia pós-exposição.
 A dose da Imunoglobulina para hepatite B (IGHAB) é de 0,6 mL/Kg, IM (caso ultrapasse
5mL, deve-se dividir a aplicação em duas áreas corporais diferentes). A apresentação é em
frasco ampola de 1,2 ou 5 mL com 200 U/mL.
 As pessoas que tenham sofrido mordeduras, lesões ou cortes devem ser avaliadas quanto à
necessidade de imunização para TÉTANO.
 A profilaxia pós-exposição para HIV pode ser indicada se a pessoa-fonte tiver exposição de
risco nos últimos 30 dias devido à janela imunológica. A possibilidade de soroconversão
recente (“janela imunológica”) diante de sorologias negativas sem a presença de sintomas
de infecção aguda é extremamente rara, mas deve ser avaliada no atendimento ao
acidentado.
 Nenhum dos antirretrovirais recomendados no esquema preferencial são contraindicados
em gestantes.
 As mulheres que estejam amamentando devem ser esclarecidas sobre os riscos potenciais
de transmissão do HIV pelo leite materno. Nestas situações, deve-se orientá-las para a
interrupção da amamentação.
 Em profissionais de saúde do sexo feminino em idade fértil, o risco de gravidez deve ser
indagado, sendo recomendável a realização de teste de gravidez sempre que houver
dúvidas.
 As pessoas expostas que iniciam a profilaxia devem ser orientadas a procurar o atendimento
caso surjam quaisquer sintomas ou sinais clínicos que possam sugerir toxidade
medicamentosa.
 Mais de 50% dos expostos apresentam efeitos adversos à profilaxia antirretroviral. Os
sintomas em geral são inespecíficos, leves e autolimitados, tais como efeitos
gastrointestinais, cefaleia e fadiga; alterações laboratoriais são geralmente discretas,
transitórias e pouco frequentes.

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 Durante o acompanhamento, a pessoa exposta deve ser orientada a manter medidas de
prevenção à transmissão da infecção pelo HIV, como uso de preservativos em todas as
relações sexuais, o não compartilhamento de seringas e agulhas nos casos de uso de drogas
injetáveis, além do respeito à contraindicação da doação de sangue, órgão, tecidos ou
esperma e à importância de se evitar uma gravidez.
 É direito do profissional se recusar a realizar a quimioprofilaxia ou outros procedimentos
necessários pós-exposição. Nestes casos, porém, deve assinar o Termo de recusa
informando.

10 ACOMPANHAMENTO NO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL E


SEGURANÇA DO TRABALHO

A comunicação do Acidente de Trabalho com material COM risco biológico deve ser
realizada de imediato em decorrência da necessidade de iniciar profilaxia com antirretrovirais
em tempo não superior a 72 horas após o acidente, PREFERENCIALMENTE ATÉ 2
HORAS APÓS O OCORRIDO.
O acompanhamento clínico-laboratorial deverá ser realizado para todos os profissionais
da saúde acidentados que tenham sido expostos a paciente-fonte com infecção pelo HIV e/ou
hepatite B e C ou com status sorológico desconhecido, independente do uso de quimioprofilaxia
ou imunizações.
Profissionais de saúde expostos ao HBV (Vírus Hepatite B) que sejam vacinados para
hepatite B, deverão realizar a quantificação do anti-HBs para que a resposta vacinal seja
comprovada. Em exposições que envolvam profissionais de saúde imunes, não há indicação de
acompanhamento sorológico e nenhuma medida profilática é recomendada.
Após ser notificado o acidente pela chefia imediata do trabalhador, a saúde ocupacional
agendará e convocará o mesmo para a primeira consulta e as subsequentes de acompanhamento.
Neste acompanhamento serão realizados os exames abaixo com os intervalos de tempo
descritos:

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Exames laboratoriais Momento 2 semanas 4 semanas 3 meses 6 meses
do acidente (14 dias) (1 mês) (90 dias) (180 dias)
Hemograma,
Creatinina, TGO, TGP X X* ---- ---- ----
Glicemia
HBsAg X
Anti-HCV X X X
PCR (RNA) X**
Anti-HIV X X X
VDRL X X
Anti-HBs X
*- Quando houver indicação de Profilaxia Pós-Exposição
**- Se positivo, encaminhar para tratamento de hepatite C aguda em centro de referência (Hospital Dia). Se negativo, um novo
Anti-HCV deverá ser feito em 180 dias.

De maneira geral, não é necessário que os profissionais acidentados sejam afastados das
atividades assistenciais nos serviços de saúde durante a profilaxia. No entanto, cada caso deverá
ser avaliado individualmente para que o trabalhador seja orientado quanto a cuidados na
realização de procedimentos que realizam habitualmente e eventual necessidade ou não de
mudanças nas práticas de trabalho.
O profissional responsável deverá preencher o Relatório de Investigação e Análise de
Acidentes de Trabalho que, posteriormente, será utilizada para emissão da CAT;
Em todos acidentes de trabalho, deverá ser emitida ficha de notificação do SINAN, que
será encaminhada ao setor de vigilância para comunicação à secretaria de saúde do município
de Rio Grade, por meio da CCIH do HU-FURG.

11 ORIENTAÇÕES FINAIS
 As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados são um
sério risco aos profissionais em seus locais de trabalho.
 Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes, em geral, são considerados
extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir patógenos
diversos, sendo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o da hepatite B e o da hepatite
C os agentes infecciosos mais comumente envolvidos.

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 O risco ocupacional, após exposição a materiais biológicos, é variável e depende do tipo de
acidente e de outros fatores, como gravidades, tamanho da lesão, presença e volume de
sangue envolvido, além das condições clínicas do paciente-fonte.
 O risco de infecção por HIV pós-exposição ocupacional com sangue contaminado é de
aproximadamente 0,3%. No caso de exposição ocupacional ao vírus da hepatite B, o risco
de infecção varia de 6 a 30%, dependendo do estado do paciente-fonte, entre outros fatores.
Quanto ao vírus da hepatite C, o risco de transmissão ocupacional após um acidente
percutâneo com paciente-fonte HCV positivo é de aproximadamente 1,8 a 10%.
 Ao emitir a CAT, deve ser disponibilizada 2ª via – sendo uma via ao profissional acidentado
e outra via permanecendo nos arquivos da SOST pelo período de 20 anos, conforme
legislação vigente;
 Em caso de acidentes de trabalho com material biológico ou acidentes graves (acidente com
mutilações e acidentes fatais) deverá ser emitida ficha de notificação do SINAN;
 As vítimas de acidente que se negarem a realizar a rotina sorológica proposta devem estar
cientes das consequências do fato e assinar termo de compromisso, o qual ficará arquivado
na SOST;
 É de responsabilidade do acidentado o comparecimento nas datas previstas para o
acompanhamento clínico preconizado pelo Ministério da Saúde após o acidente com
material biológico.

12 SERVIÇOS DE REFERÊNCIA DO HU-FURG


 Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho – RAMAIS –305 - 8869
 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – RAMAL –8861
 Farmácia – RAMAL – 8820
 Laboratório – RAMAL – 8837 - 8814
 Hospital Dia – RAMAL – 8841 - 8872

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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco à
Infecção pelo HIV. -Diário Oficial da União, Brasília – DF, 23 de Jul de 2015, Disponível em:
http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2015/58168/pcdt_pep_hiv_versa
o _preliminar_26agosto2015_pdf_49775.pdf Acesso em: 04 de Set 2015. -Normas
Regulamentadoras, do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
http://portal.mec.gov.br/ebserh--empresa-brasileira-de-servicos-hospitalares
http://www.ebserh.gov.br/web/portal-ebserh/historia
http://www.hu.furg.br/

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14 APÊNDICES

Apêndice I

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO (TCI) PARA O ACIDENTADO


TCI - para realização de exames sorológicos e uso de quimioprofilaxia pós-exposição, se
necessário, em funcionários que sofreram Acidente de Trabalho (AT) com Material
Biológico.

Mediante a ocorrência de Acidente com material biológico, faz-se necessário a adoção de


medidas profiláticas para a proteção da saúde do trabalhador. Com o propósito de evitar
tratamentos desnecessários e prevenir situações de risco, estamos solicitando, por meio da
equipe médica que o está atendendo, autorização para que sejam realizados alguns exames.
Serão solicitados exames para HIV e Hepatites B e C. Para a realização destes exames, será
necessária uma coleta simples de sangue venoso, em torno de 8ml, como realizada para
qualquer outro exame convencional já realizado anteriormente. O risco associado a este tipo de
coleta é o de pode haver um pequeno derrame local (hematoma) que habitualmente não tem
consequências, além de um pequeno desconforto local. Os benefícios que você terá: receber
informações diagnósticas e orientações sobre estas doenças já citadas. Todas as informações
serão mantidas em sigilo. Você terá direito ao conhecimento de seus resultados. Portanto:

Eu, _________________________, matrícula: _________, função: ________________


setor:__________________________,RG________________,CPF:________________, após
ter me envolvido em acidente com material biológico e ter recebido as seguintes informações:

( ) ESTOU DE ACORDO em realizar exames de marcadores virais.


( ) NÃO ESTOU DE ACORDO em realizar exames de marcadores virais.
( ) ESTOU DE ACORDO em utilizar a profilaxia pós-exposição ao vírus HIV.
( ) NÃO ESTOU DE ACORDO em utilizar a profilaxia pós-exposição ao vírus HIV e me
responsabilizo pelas consequências que esta decisão possa me causar, isentando a instituição e
seus profissionais.

Rio Grande, ___ de _____________ de _____.

_______________________________ _______________________________
Assinatura do Acidentado /Fonte Assinatura do Profissional de Saúde

SOST- Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho

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Apêndice II

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO (TCI) PARA O PACIENTE-FONTE

Informamos que, no decorrer do seu atendimento, um profissional dessa Unidade de saúde foi
vítima de um acidente em que houve contato com seu material biológico. Com o propósito de
evitar tratamentos desnecessários e prevenir situações de risco, estamos solicitando, por meio
da equipe médica que o está atendendo, autorização para que sejam realizados alguns exames.
Serão solicitados exames para HIV e Hepatites B e C e VDRL. Para a realização destes exames,
será necessária uma coleta simples de sangue venoso, em torno de 8ml, como realizada para
qualquer outro exame convencional já realizado anteriormente. O risco associado a este tipo de
coleta é o de pode haver um pequeno derrame local (hematoma) que habitualmente não tem
consequências, além de um pequeno desconforto local. Os benefícios que você terá: receber
informações diagnósticas e orientações sobre estas doenças já citadas. Todas as informações
serão mantidas em sigilo, servindo unicamente para orientar a conduta do tratamento do
trabalhador acidentado.
Caso você não concorde com a realização dos exames, esta decisão não causará prejuízo
em seu atendimento nesta instituição.

Eu, ____________________________________________________ após ter sido


adequadamente informado do objetivo desta solicitação e dos procedimentos aos quais serei
submetido, ( ) CONCORDO ( ) NÃO CONCORDO que seja coletado meu sangue para a
realização dos exames diagnósticos acima descritos.

Rio Grande, ___ de _____________ de _____.

______________________________ ______________________________

Assinatura do Paciente-Fonte Assinatura do Profissional de Saúde

SOST- Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho

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Universidade Federal do Rio Grande - FURG Fluxograma em caso de Apêndice
acidente do trabalho
Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr. III
SEM risco biológico

ACIDENTE DO TRABALHO
SEM EXPOSIÇÃO A RISCO BIOLÓGICO

Comunicar a chefia
imediata ou o
responsável pelo setor

O acidentado deverá
dirigir-se ao Serviço de
Pronto Atendimento –
SPA para atendimento
médico para
procedimentos em
relação ao acidente

Após o atendimento
Caso o acidente ocorra no fim de
médico, info rmar a Saúde
semana, a comunicação ao SOST
Ocupacional e Segurança
deverá no primeiro dia útil a
do Trabalho - SOST
contar do acidente
(ramais: 8869 –

O SOST efetua a
investigação do Acidente,
bem como procede com
as correções das
possíveis falhas

O SOST registra o acidente e


emite a Comunicação de
O SOST registra o acidente NÃO Houve afastamento com ? SIM
Acidente do Trabalho – CAT
(online via sistema)

O SOST emite a CAT


.

OBSERVAÇÕES:
Este fluxo de atendimento é aplicável em todos os períodos de funcionamento do HU -FURG.
Em caso de Acidente com material biológico, verificar fluxo específico (Fluxograma de acidente com materiais biológicos).

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Universidade Federal do Rio Grande - FURG Fluxograma em caso de Apêndice
Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr. acidente de TRAJETO
IV

ACIDENTE DE TRABALHO
TRAJETO

Profissional Acidentou

O acidentado deverá
Procurar atendimento comunicar o ocorrido ao
médico na rede de Setor de Saúde
SIM Houve lesão? NÃO
Urgência/Emergência, se Ocupacional e Segurança
houver necessidade do Trabalho – SOST para
o registro do acidente

Simultaneamente,
O acidentado o u familiar
informar a Saúde
deverá comunicar a
Ocupacional e Segurança
chefia ou responsável
do Trabalho - SOST
pelo setor
(ramais: 8869 –

O SOST efetua a
investigação do Acidente,
bem como procede com
as correções das
possíveis falhas
NÃO

Houve afastamento?

SIM

A Divisão de Gestão de
Pessoas – DivGp efetua o
encaminhamento (via SIM Afastamento maior que 15 dias?
internet) para perícia médica
junto ao INSS

NÃO
O SOST registra o acidente e
emite a Comunicação de
Acidente do Trabalho – CAT
(online via sistema)

O SOST emite a CAT

OBSERVAÇÕES:
Este fluxo de atendimento é aplicável em to dos os períodos de funcionamento do HU -FURG.
Em caso de Acidente com material biológico, verificar fluxo específico (Fluxograma de acidente com materiais biológicos).

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Universidade Federal do Rio Grande - FURG Fluxograma em caso de Apêndice
Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr. acidente do trabalho
V
COM risco biológico

Acidente Ocupacional com Risco


Biológico

O acidentado deve comunicar IMEDIATAMENTE à Orientação realizada


chefia e/ou responsável pelo setor. pela chefia e/ou
responsável pelo
setor.

O ferimento deve ser lavado.


Se o ferimento for Percutâneo/Cutâneo com pele Integra:
Lavar abundantemente a superfície com água e sabão
Se o ferimento for cutâneo com a pele não íntegra ou mucosa:
Lavar abundantemente a superfície exposta com água ou soro fisiológico 0,9%

A enfermeira responsável pelo setor onde ocorreu


Encaminhar o acidentado Após limpeza no local do ferimento deve-se
o acidente irá encaminhar o acidentado
IMEDIATAMENTE para o orientar o acidentado quanto aos passos IMEDIATAMENTE para o SPA (Classificação de
SPA (Classificação de seguintes do fluxo . Risco/VERMELHO) e um DE/PARA contendo
Risco/VERMELHO) e um informações do paciente-fonte (Nome, Leito,
DE/PARA contendo número de registro e se o TCI – Termo de
informações do paciente- Consentimento Informado está devidamente
fonte (Nome, Leito, número SIM
assinado) para coleta de sangue do paciente-fonte
de registro e se o TCI – Há paciente fonte?
(TESTE RÁPIDO).
Termo de Consentimento NÃO
Informado está devidamente
assinado). O trabalhador irá
passar por atendimento Encaminhar o acidentado
Paciente autoriza exame?
seguindo Protocolo Médico para o SPA (Classificação de
(Consentimento Informado)
específico. O acidentado NÃO risco/VERMELHO). Será
dever ser orientado a considerado como paciente-
procurar o SOST para fonte desconhecido e será
realização da investigação SIM aplicado protocolo
do acidente e providências específico. Acidentado
cabíveis ao caso. procurar SOST.
Encaminhar o acidentado para o SPA (Classificação de risco/
VERMELHO). Após classificação de risco, passar por atendimento
seguindo Protocolo Médico específico. Acidentado procurar SOST.

SIM NÃO Coleta realizada


Coleta realizada em
Qual o resultado do exame? em
paciente-fonte?*
Paciente-fonte Acidentado **

POSITIVO
NEGATIVO

Qual o resultado do exame?


Acidentado
Seguir fluxograma
do protocolo
Médico específico. POSITIVO
NEGATIVO

Comunicar ao paciente- Ir ao HOSPITAL DIA para agendamento


fonte e concluir a de consulta e acompanhamento
investigação

O acidentado deverá se dirigir ao SOST para investigação do acidente e tomada de


providências cabíveis ao caso e acompanhamento do trabalhador pela equipe da
Saúde Ocupacional.
OBSERVAÇÕES:
*PACIENTE FONTE: Teste rápido para HIV e Hepatites B e C.
**ACIDENTADO: Exames sorológicos para HIV, Hepatites B e C, VDRL e Hemograma.
*** PEP: Profilaxia Pós-Exposição Ramal SOST: 305/8869
SOST: Setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador
Este fluxo de atendimento é aplicável em todos os períodos de funcionamento do HU -FURG.

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