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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3
2 CONCEITO DE BIOSSEGURANÇA ................................................................. 4
3 IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA ........................................................... 6
4 EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de
Proteção Coletiva) ....................................................................................................... 7
4.1 Periodicidade de troca dos EPIs............................................................... 14
5 NOÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO ................................................................... 14
6 MAPA DE RISCO ........................................................................................... 15
7 RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................... 22
7.1 Resíduos sólidos e meio ambiente ........................................................... 24
7.2 Descarte de resíduos sólidos ................................................................... 25
8 RISCOS AMBIENTAIS E MEDIDAS GERAIS DE PRECAUÇÃO ................... 25
8.1 Riscos físicos............................................................................................ 29
8.2 Riscos ergonômicos ................................................................................. 30
8.3 Riscos químicos ....................................................................................... 33
8.4 Riscos biológicos ...................................................................................... 35
9 PRECAUÇÕES PADRÃO............................................................................... 37
9.1 Higienização Simples das Mãos ............................................................... 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 41

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 CONCEITO DE BIOSSEGURANÇA

Fonte:image/jpeg

A biossegurança é um conjunto de normas que tem como objetivo garantir a


proteção da população, dos profissionais de saúde e do meio ambiente. Ela também
existe para diminuir os riscos de acidentes laborais em estabelecimentos prestadores
de serviços de saúde – como clínicas médicas e odontológicas, hospitais e
laboratórios (PATRÍCIA, 2020).
Biossegurança é a aplicação e a reflexão de princípios de segurança com o
trabalhador e com o paciente, envolvidos no processo saúde-doença no contexto de
uma instituição de saúde (SOUZA, 2016). Sua abordagem traz grandes reflexões aos
profissionais que trabalham nas áreas mais críticas de um hospital, pois, encontram-
se mais suscetíveis a contrair doenças sendo necessários debates periódicos
relacionados à promoção de um ambiente de trabalho saudável (VALLE et al, 2012).
No Brasil, a biossegurança é regulamentada pela lei 11.105, de 25 de março
de 2005, que dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança, a qual contempla,
além das questões ligadas a área da saúde e do trabalho, também aquelas ligadas ao
meio ambiente e à biotecnologia (LAURA, 2012). O estudo da exposição ocupacional
de trabalhadores da saúde aos riscos biológicos pode ser considerado recente e
remete ao surgimento da epidemia da síndrome da imunodeficiência humana (AIDS),
principalmente após o surgimento do primeiro caso de transmissão ocupacional por
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esse vírus (MARKKANEN et al, 2015). Nesse sentido, a biossegurança, também
voltada para a saúde do trabalhador, abrange o estudo desses riscos e se configura
em uma área relativamente nova e incipiente para muitas categorias profissionais, a
despeito da grande exposição destes, principalmente na área da saúde
(GARBACCIO, 2014). Dada a sua importância para a manutenção da saúde dos
profissionais, a biossegurança se apresenta como temática obrigatória em cursos de
capacitação e exige uma constante qualificação dos profissionais (CARVALHO,
2013).
No Brasil, existem duas vertentes da biossegurança: a legal e a praticada. A
primeira está voltada à manipulação de organismos geneticamente modificados
(OGMs) e de células tronco, regulamentada pela Lei no 11.105/05. A segunda, está
relacionada aos riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes
encontrados nos ambientes laborais, amparada principalmente pelas normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Resoluções da
Agência Nacional de Vigilância em Saúde (ANVISA) e do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), entre outras (SANGIONI et al. 2013).
A biossegurança envolve as mais diversas profissões e, na Enfermagem,
possui singular importância, tendo em vista que as atividades desenvolvidas pelo
profissional enfermeiro e por sua equipe, na realização de cuidados, permitem estar
em contato direto com o paciente durante a assistência, o que os expõe a maior risco
ocupacional (GYAWALI, 2013). A prestação de cuidados de Enfermagem de
qualidade é de suma importância para garantir a segurança desses profissionais, bem
como de toda a equipe e dos pacientes (EFSTATHIOU, 2011).
Profissionais que atuam na Atenção Primária também estão expostos a
elevados riscos advindos de sua atividade laboral no posto de saúde, como também
no cuidado domiciliar, com destaque para o risco envolvendo material biológico, por
exemplo: na realização de curativos contaminados e/ou na aplicação de
medicamentos endovenosos. Assim, ignorar o tema seria desviar o olhar dos diversos
riscos aos quais os profissionais se expõem, em um cenário de grande
representatividade da saúde atual (CHOWDHURY, 2011).

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3 IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA

Alguns equipamentos de segurança já são bem conhecidos no universo dos


profissionais de enfermagem, como luvas, toucas, aventais, máscaras, óculos e
ademais objetos, isso tudo para facilitar e proteger o dia a dia deste profissional que
está exposta aos mais diversos problemas. (TEIXEIRA, 2014). Para Dallagnol (2016),
“A atuação da equipe de saúde diante dessa problemática é imprescindível na
garantia de uma assistência resolutiva e de qualidade, minimizando danos que
possam surgir em decorrência dos cuidados oferecidos ao paciente”. O que podemos
observar é que se deve ter uma segurança adequada para os profissionais de saúde
onde é de suma importância devido aos diversos riscos em seu ambiente de trabalho,
que são capazes de acarretar acidentes e doenças. (METELLO et al., 2012).
Temos que verificar que devido a uma falta de segurança adequadas
principalmente no setor hospitalar muitos tipos de infecções podem ocorrer que
representa um grande problema de abrangência mundial que pode levar a um quadro
de morbidade e letalidade que estão relacionado a procedimentos clínicos, realizados
inadequadamente, além da magnitude relacionada ao paciente, temos a problemática
de igual importância do profissional da área da saúde (PAS), que está em risco
ocupacional permanente (SOARES et al, 2020).
O conhecimento e o reconhecimento pelos profissionais das normas e dos
riscos aos quais estão expostos são importantes para a redução dos índices de
infecções ocupacionais, pois demonstram uma ancoragem em saberes apreendidos
no campo prático, associados a arcabouço cientifico. Na Atenção Primária, os
profissionais de saúde se expõem a micro-organismos pelas próprias características
desse modelo de atenção à saúde. Muitos pacientes são atendidos sem diagnóstico,
principalmente nas visitas domiciliares e, por não conhecerem o diagnóstico, muitos
enfermeiros negligenciam o uso de EPI (VANBIJNEN et al, 2014).
Os profissionais possuem dificuldade em convergir formação e atuação ou
discurso e prática, representadas pela não utilização dos EPI, quando necessário.
Percebe-se, em suas falas, que o uso dos EPI parece uma atividade apenas teórica,
que não possui espaço em sua rotina de trabalho, ainda que seja largamente indicado

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para precauções padrões. O uso de luvas, por exemplo, é recomendado em caso de
exposição a fluidos biológicos, comum na Atenção Primária (NEW ZEALAND, 2014).
Ao objetivarem percepções sobre sua prática profissional como isenta de
riscos, a equipe considera supérfluo o uso de tais proteções e acaba por se expor
durante atividades que fogem à rotina de trabalho ou em situações emergenciais.
Esse ambiente, desencorajador ao uso de EPI, revela a importância do agir educativo,
principalmente por parte dos gestores, tornando-se ávido por atividades educacionais
que reforcem seu uso, com o intuito de mitigar esse impasse, visto que os profissionais
possuem conhecimento de sua importância para uma prática profissional saudável,
mas o percebem como distante (FARSI et al, 2012).

4 EPIS (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) E EPCS


(EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA)

Nas medidas de prevenção e proteção dos riscos ocupacionais e acidentes,


faz-se necessário o uso de medidas de barreira, denominados Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). Conforme
recomendação da NR 32, os EPIs são equipamentos descartáveis ou não, que devem
estar disponíveis nos locais de trabalho em quantidade suficiente aos trabalhadores,
de acordo com o tipo de material infeccioso e a atividade desenvolvida, sendo os mais
usados a máscara, as luvas, os óculos de proteção e o avental. Já os EPCs são
disponibilizados para o uso do conjunto dos trabalhadores e, dentre estes, estão a
caixa de perfurocortantes, cabines de segurança biológica e química, chuveiros de
emergência e equipamentos de combate a incêndios (ROCHA et al, 2015).
A utilização dos EPIs encontra-se regulamentada pelo Ministério do Trabalho
através da NR-6 em que estão definidas as obrigações do empregador e do
empregado. Segundo a NBR 14785, “esta norma foi criada pela ABNT como forma de
proteção individual para quem trabalha em laboratórios clínicos e também para os
seus pacientes. Seu objetivo é estabelecer especificações de segurança que possam
ser aplicáveis aos laboratórios clínicos preservando a integridade de todos os
envolvidos”. O uso consciente dos EPIs tem como finalidade evitar possíveis
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acidentes envolvendo materiais biológicos, evitar a contaminação dos profissionais
envolvidos direta e indiretamente com a manipulação de material biológico e
principalmente a autoproteção. Sendo assim, a presente pesquisa corrobora a norma
citada acima no que diz respeito ao uso consciente desses materiais visando à
autoproteção dos profissionais, visto que todos identificaram a importância do uso dos
mesmos (SILVA et al, 2016).
Os riscos ocupacionais mais comuns no processo de trabalho em saúde,
podem ser classificados em: químicos, causados por substâncias químicas nas
formas líquida, sólida e gasosa; os físicos, provocados por radiação ionizantes e não
ionizantes, vibrações, ruídos, eletricidade e altas temperaturas; os biológicos, que
envolvem os diversos tipos de microrganismos; os ergonômicos, resultantes de
posturas inadequadas, iluminação, mobiliário e ventilação precária; os psicossociais,
decorrentes de relações interpessoais conflituosas, trabalhos noturnos, ritmos
intensos de trabalho e os mecânicos advindos de condições do ambiente que podem
conduzir ao acidente de trabalho (ESPINDOLA et al, 2012).
Os EPIs são dispositivos utilizados pelos profissionais contra possíveis riscos
que ameaçam a sua saúde ou segurança durante o exercício de sua atividade laboral,
onde a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente tais
equipamentos, adequados ao risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento. Os EPCs são equipamentos que objetivam proteger o ambiente, a
integridade dos trabalhadores ocupantes, além de promover a proteção dos produtos
ou pesquisas desenvolvidas (BRASIL, 2010).
A política em saúde do trabalhador caracteriza-se como um aspecto importante
para a prevenção de acidentes, a qual tem como principal objetivo promover melhores
condições de trabalho, para a melhoria da assistência prestada, qualidade de vida e
saúde do trabalhador, visto que o conhecimento de situações de riscos ocupacionais
e dos determinantes em saúde, permitem agregar valores ao profissional, realizando
assim, uma atenção integral à saúde do trabalhador (RIBEIRO et al, 2015).
A importância do conhecimento e utilização adequada dos equipamentos de
proteção por partes dos profissionais de saúde, é apresentada por diferentes
pesquisadores (REIS et al, 2013) devido a sua comprovada eficiência na garantia da

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proteção e saúde dos trabalhadores, o que requer o desenvolvimento de ações de
conscientização para a utilização desses equipamentos como meio de garantir o
funcionamento satisfatório das diferentes atividades realizadas dentro de uma
organização, assim como, prevenção e minimização da gravidade das possíveis
lesões que possam ocorrer durante a assistência, porém o que se observa, é que a
adesão ao uso do EPIs está intimamente relacionada à percepção que os profissionais
têm acerca dos riscos a que estão expostos e da susceptibilidade a estes riscos.
O conhecimento sobre as normas, procedimentos e condutas seguras no
ambiente de trabalho da saúde, deve fazer parte da formação dos profissionais, porém
o que se tem observado é que está sendo dada pouca ênfase no ensino da
biossegurança, e quando esses profissionais já estão atuando, raramente ocorrem
capacitações acerca desta temática. Porém esse conhecimento ultrapassa a
abordagem de treinamento e imposição de normas, já que a cultura individual é um
fator envolvido nesse processo, não bastando apenas ter conhecimento das medidas
de proteção, se as mesmas não praticadas ou não se encontram disponíveis nos
serviços. Tal situação reafirma a importância da temática, e o quanto torna-se
fundamental para a formação, por apresentar forte impacto e influencia na prática
assistencial (ROCHA et al, 2015).
A adoção de equipamento de proteção individual deve ser realizada pela
Unidade nas seguintes circunstâncias:
a. sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não oferecerem
completa proteção contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças
profissionais. São exemplos de EPC: sistemas de ventilação ambiental, proteção
contra incêndio e explosão, chuveiro de emergência, lava-olhos;
b. enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c. em situações de emergência;
d. quando a atividade do empregado apresentar risco ocupacional em função
do tipo de agente (químico, físico ou biológico), quantidade e tempo de exposição do
empregado ao agente, sensibilidade individual do empregado e toxicidade do agente.

Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho:

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a. físicos: ruídos, radiações ionizantes e não-ionizantes, frio, calor, pressões
anormais, umidade;
b. químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, substâncias, compostos
ou produtos químicos em geral;
c. biológicos: bactérias, fungos, vírus, etc;
d. ergonômicos: movimentos repetitivos, postura inadequada, etc.

Pode-se exemplificar a presença de riscos de acidentes por:


a. arranjo físico inadequado;
b. máquinas e equipamentos sem proteção;
c. iluminação inadequada;
d. eletricidade;
e. probabilidade de incêndio ou explosão;
f. armazenamento de produtos de forma inadequada, como os agentes tóxicos
ou resíduos químicos;
g. presença de animais peçonhentos (BRASIL, 2013).

Existem vários tipos de EPIs, cada qual com sua finalidade e modo de usar,
com especificações muito particulares dependendo da atividade laboral a ser
executada. Citam-se aqui alguns exemplos gerais:
Luvas

Fonte: image/jpeg

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Destinadas à proteção das mãos, dedos e braços contra riscos mecânicos,
térmicos e químicos. São confeccionadas em vários materiais, dependo da proteção
desejada.

Calçados, botas e botinas

Fonte: image

Destinados à proteção dos pés, dedos, e pernas contra riscos térmicos,


umidade, produtos químicos, quedas e animais peçonhentos.

Aventais, capas, calças e blusas

Fonte: imagens.com

Destinados à proteção do corpo em geral contra calor, frio, produtos químicos


e umidade.

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Óculos

Fonte: cristofoli.com

Destinados à proteção dos olhos contra partículas, luz intensa, radiação e


respingos de produtos químicos. e. cintos de segurança: proteção contra quedas com
diferença de nível.
Máscaras

Fonte: cristofoli.com

Proteção da face contra partículas, respingos de produtos químicos e ainda


proteção respiratória contra poeiras, névoas, gases e vapores.

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Gorros

Fonte: faikojalecos

Proteção dos cabelos contra respingos de produtos químicos e proteção do


ambiente contra partículas do cabelo.
Capuz

Fonte: image

Proteção do crânio contra riscos térmicos, respingos de produtos químicos e


contato com partes móveis de máquinas.

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4.1 Periodicidade de troca dos EPIs

Não há norma que indique o tempo de validade de EPIs, pois como é um item
de proteção, a qualquer momento pode sofrer alguma alteração oriunda de um
acidente. Assim, o EPI pode fazer seu papel, mesmo com minutos de utilização. Os
Equipamentos de Proteção como luvas, calçados, aventais, capas de chuva, óculos
sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes, basta um exame visual
para se notar que precisam ser trocados. Todo EPI deve passar por testes visuais que
devem ser realizados diariamente; se apresentar qualquer deterioração que possa
prejudicar seu desempenho e segurança, deve ser solicitada sua substituição junto à
área de Segurança do Trabalho (BRASIL, 2013).

5 NOÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO

O principal objetivo de um profissional da saúde inserido no meio ambiente


hospitalar é prestar seus serviços de forma eficiente e com qualidade. Isso só
é possível caso o ambiente seja adequado ao pleno exercício da atividade. E, quando
se fala em um meio ambiente adequado ao pleno exercício das funções, cuida-se de
um local de trabalho livre de riscos de acidentes, de riscos de contaminações e
incidência de doenças ocupacionais – ou, não sendo possível eliminar tais riscos,
tendo sua possibilidade de incidência diminuída (GOMES & MORAES, 2018).
A NR n. 32/2002 traz diretrizes básicas com o intuito de implementar
medidas que visam à segurança e à saúde dos trabalhadores do campo da saúde e
daqueles que fazem assistência à saúde de modo geral. Conjuntamente com a NR n.
9/1978, que traz o programa de prevenção de riscos ambientais, a NR n. 32/2002
determina a necessidade de se criar um programa de prevenção de riscos ambientais
voltado, neste caso específico, para riscos biológicos e químicos. No que tange aos
riscos biológicos, determina a NR n. 32/2002:

32.2.2.1 da NR-32/2002. O PPRA, além do previsto na NR-09, na fase de


reconhecimento, deve conter:

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I. Identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função da
localização geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores,
considerando:
a) fontes de exposição e reservatórios;
b) vias de transmissão e de entrada;
c) transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente;
d) persistência do agente biológico no ambiente
e) estudos epidemiológicos ou dados estatísticos;
f) outras informações científicas (BRASIL, 2016)

A finalidade desta norma é proporcionar cuidados a saúde dos profissionais de


saúde estabelecendo medidas preventivas e equipamentos de proteção assegurando
segurança e qualidade dos serviços prestados principalmente nas áreas de promoção
e assistência à saúde (BRASIL, 2010)
A NR 32 estabelece que os EPIs devam ser de fácil acesso e estar disponíveis
para pronta substituição e que os empregadores sejam responsáveis pelo seu
fornecimento. Faz-se necessário a conscientização sobre a utilização dos EPIs, a fim
de proporcionar segurança e minimizar os riscos à saúde (BRASIL, 2014).

6 MAPA DE RISCO

Fonte: images.slideplayer.com.br

Conceito
Mapa de riscos é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos
existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos; e
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cores. O seu objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil
visualização desses riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência
de acidentes do trabalho; objetivo que interessa aos governantes e servidores.
Importância
Classificação dos riscos ambientais
Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam
estar presente nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos:
- agentes físicos;
- agentes químicos;
- agentes biológicos;
- agentes ergonômicos;
- agentes de acidentes.
Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos
ambientais que podem provocar danos à saúde ocupacional dos servidores. Para
elaboração do mapa de riscos, consideram-se os riscos ambientais os seguintes:

GRUPO I – AGENTES FÍSICOS


São considerados agentes físicos as diversas formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruídos, vibração, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como, o
infra-som e o ultra-som.
• Riscos à saúde
Ruídos: provocam cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição
(surdez temporária, surdez definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial,
problemas no aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto,
Vibrações: cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do
movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles,
lesões circulatórias.
Calor ou frio extremos: taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação,
fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico, perturbação das funções
digestivas, hipertensão.

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Radiações ionizantes: alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais,
acidentes do trabalho.
Radiações não ionizantes: queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros
órgãos. É muito importante saber que a presença de produtos ou agentes no local de
trabalho como, por exemplo, radiações infravermelhas, presentes em operações de
fornos, de solda oxiacetilênica; ultravioleta, produzida pela solda elétrica; de raios
laser podem causar ou agravar problemas visuais (ex. catarata, queimaduras, lesões
na pele, etc.). Mas isto não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a
saúde, pois depende da combinação de muitas condições como a natureza do
produto, a sua concentração, o tempo e a intensidade que a pessoa fica exposta a
eles, por exemplo.
Umidade: doenças do aparelho respiratório, da pele e circulatórias, e
traumatismos por quedas.
Pressões anormais: embolia traumática pelo ar, embriaguez das
profundidades, intoxicação por oxigênio e gás carbônico, doença descompressiva.

GRUPO II – AGENTES QUÍMICOS


São considerados agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou
por ingestão.
Os principais tipos de agentes químicos que atuam sobre o organismo humano,
causando problemas de saúde, são: gases, vapores e névoas; aerodispersóides
(poeiras e fumos metálicos).
Aerodispersóides: ficam em suspensão no ar em ambientes de trabalho,
podem ser poeiras minerais, vegetais, alcalinas, incômodas ou fumos metálicos:
- Poeiras minerais: provêm de diversos minerais, como sílica, asbesto, carvão
mineral, e provocam silicose (quartzo), asbestose (asbesto), pneumoconioses (ex.:
carvão mineral, minerais em geral).

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- Poeiras vegetais: são produzidas pelo tratamento industrial, por exemplo, de
bagaço de cana de açúcar e de algodão, que causam bagaçose e bissinose,
respectivamente.
- Poeiras alcalinas: provêm em especial do calcário, causando doenças
pulmonares obstrutivas crônicas, como enfisema pulmonar.
- Poeiras incômodas: podem interagir com outros agentes agressivos
presentes no ambiente de trabalho, tornando-os mais nocivos à saúde,
- Fumos metálicos: provenientes do uso industrial de metais, como chumbo,
manganês, ferro, etc., causando doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos
metálicos, intoxicações específicas, de acordo com o metal.

• Riscos à saúde
Os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou
anestésicos:
Efeitos irritantes: são causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido
sulfúrico, amônia, soda cáustica, cloro, que provocam irritação das vias aéreas
superiores.
Efeitos asfixiantes: gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano,
acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono e outros causam dor de cabeça,
náuseas, sonolência, convulsões, coma e até morte.
Efeitos anestésicos: a maioria dos solventes orgânicos assim como o butano,
propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno, tem
ação depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos
órgãos. O benzeno especialmente é responsável por danos ao sistema formador do
sangue.

GRUPO III - AGENTES BIOLÓGICOS


São considerados agentes biológicos os bacilos, bactérias, fungos,
protozoários, parasitas, vírus, entre outros.
Os riscos biológicos surgem do contato de certos microrganismos e animais
peçonhentos com o homem em seu local de trabalho. Assim pode haver exposição a

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animais peçonhentos como cobras e escorpiões, bem como as aranhas, insetos e
ofídios peçonhentos.
• Riscos à saúde
Podem causar as seguintes doenças: Tuberculose, intoxicação alimentar,
fungos (microrganismos causadores de infecções), brucelose, malária, febre amarela.
As formas de prevenção para esses grupos de agentes biológicos são: vacinação,
esterilização, higiene pessoal, uso de EPI, ventilação, controle médico e controle de
pragas.

GRUPO IV - AGENTES ERGONÔMICOS


São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador.
Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão:
-trabalho físico pesado;
-posturas incorretas;
-posições incômodas;
-repetitividade;
-monotonia;
-ritmo excessivo;
-trabalho em turnos e trabalho noturno;
-jornada prolongada.
• Riscos à saúde
Trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições incômodas:
provocam cansaço, dores musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão
arterial, diabetes, úlceras, moléstias nervosas, alterações no sono, acidentes,
problemas de coluna, etc.

Ritmo excessivo, monotonia, trabalho em turnos, jornada prolongada,


conflitos, excesso de responsabilidade: provocam desconforto, cansaço,
ansiedade, doenças no aparelho digestivo (gastrite, úlcera), dores musculares,
fraqueza, alterações no sono e na vida social (com reflexos na saúde e no

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comportamento), hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatias (angina, infarto),
tenossinovite, diabetes, asmas, doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade.

GRUPO V - AGENTES DE ACIDENTES (MECÂNICOS)


São arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas e equipamentos,
ferramentas defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização,
perigo de incêndio ou explosão, transporte de materiais, edificações, armazenamento
inadequado, etc.
Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos:
arranjo físico; edificações; sinalizações; instalações elétricas; máquinas e
equipamentos sem proteção; equipamento de proteção contra incêndio; ferramentas
defeituosas ou inadequadas; EPI inadequado; armazenamento e transporte de
materiais; iluminação deficiente.
• Riscos à saúde
Arranjo físico: quando inadequado ou deficiente, pode causar acidentes e
desgaste físico excessivo nos servidores.
Máquinas sem proteção: podem provocar acidentes graves.
Instalações elétricas deficientes: trazem riscos de curto circuito, choque
elétrico, incêndio, queimaduras, acidentes fatais.
Matéria prima sem especificação e inadequada: acidentes, doenças
profissionais, queda da qualidade de produção.
Ferramentas defeituosas ou inadequadas: acidentes, com repercussão
principalmente nos membros superiores.
Falta de EPI ou EPI inadequado ao risco: acidentes, doenças profissionais.
Transporte de materiais, peças, equipamentos sem as devidas
precauções: acidentes.
Edificações com defeitos de construção a exemplo de piso com desníveis,
escadas com ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção,
passagens sem a altura necessária: quedas, acidentes.
Falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de escadas
e rotas de fuga, alarmes, de incêndios: falha no atendimento as emergências,
acidentes.
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Armazenamento e manipulação inadequados de inflamáveis e gases,
curto circuito, sobrecargas de redes elétricas: incêndios, explosões.
Armazenamento e transporte de materiais: a obstrução de áreas traz riscos
de acidentes, de quedas, de incêndio, de explosão etc.
Equipamento de proteção contra incêndios: quando deficiente ou
insuficiente, traz efetivos riscos de incêndios.
Sinalização deficiente: falta de uma política de prevenção de acidentes, não
identificação de equipamentos que oferecem risco, não delimitação de áreas,
informações de segurança insuficientes etc. comprometem a saúde ocupacional dos
servidores.
Fonte: BRASIL, 2015

A tabela abaixo exemplifica a caracterização dos riscos de acidentes de


trabalho.

Fonte: BRASIL, 2015


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7 RESÍDUOS SÓLIDOS

Para Vilela-Ribeiro et al. (2012), os Resíduos Sólidos da Saúde (RSS)


denominados popularmente como lixo hospitalar são aqueles produzidos em unidades
de saúde, constituídos de lixo comum e de resíduos infectantes ou de risco. Esses
lixos possuem um grau de periculosidade, sendo o descarte correto o mínimo a se
fazer para amenizar os riscos. Os resíduos sólidos de serviços, como aqueles gerados
por prestadores de assistência médica, fazem parte de todas as áreas relacionadas
ao atendimento populacional, incluindo a veterinária. Segundo ele, os resíduos que
oferecem riscos – como objetos perfurocortantes, contaminados, produtos químicos
perigosos, entre outros – necessitam de cuidados específicos, desde o
acondicionamento, o transporte, o armazenamento, a coleta, o tratamento até a
disposição final. Essa esfera é amparada pela Lei N° 12.305/2010, intitulada Lei de
Resíduos Sólidos, como mecanismo de fomento à sustentabilidade ambiental no
âmbito dos resíduos/rejeitos gerados pela produção e pelo consumo das pessoas,
atribuindo aos seus produtores a responsabilidade pelo descarte adequado dos lixos.
De acordo com Gessner et al. (2013), é necessário que os profissionais da área
de saúde enfrentem essa problemática desenvolvendo competências e habilidades
específicas já na graduação. Para esses autores, trata-se de um conhecimento
técnico-científico imprescindível para a formação de profissionais éticos e
responsáveis, dada a amplitude das questões que envolvem a produção e o
gerenciamento dos Resíduos Sólidos da Saúde (RSS). Assim, compreende-se a
formação do profissional como parte fundamental no processo de assimilação e de
comprometimento com as causas ambientais, pois essa temática exige
comportamentos éticos e morais estruturados de forma contundente.
Segundo Araújo e colaboradores (2018), a atividade hospitalar é um amplo
gerador de resíduos. Sendo assim, o maior objetivo do gerenciamento dos resíduos
sólidos é minimizar os riscos à saúde da população interna e externa do
estabelecimento da saúde. Devido à grande diversidade de estabelecimentos
relacionados à saúde, torna-se inviável estabelecer parâmetros quanto à produção de
RSS. Os resíduos provenientes da prestação de serviços de saúde a seres vivos

22
(humanos e animais), incluindo todas as atividades médicas de prevenção,
diagnósticos, tratamento e análise, têm por objetivo prevenir possíveis impactos que
possam afetar a população e o meio ambiente.
De acordo com a Resolução nº 358 do CONAMA (2005), os resíduos da área
de saúde são agrupados da seguinte forma:
GRUPO A: resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por
suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de
infecção. Esse grupo divide-se em A1 (descarte de vacinas de microorganismos,
bolsas transfusionais, resíduos laboratoriais), A2 (resíduos provenientes de animais),
A3 (peças anatômicas de ser humano), A4 (filtros de ar e gases aspirados de área
contaminada, resíduos de tecido adiposo), A5 (Materiais perfuro cortantes
provenientes de seres contaminados com príons);
GRUPO B: resíduos que contenham substâncias químicas que podem
apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Nesse
grupo, encontram-se os produtos hormonais, produtos antimicrobianos,
imunomoduladores, resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos
controlados, resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais
pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
GRUPO C: todo material resultante de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados
nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, para os quais a
reutilização é imprópria ou não prevista. Fazem parte desse grupo quaisquer materiais
resultantes de laboratórios de análises clínicas, nuclear e radioterapia que contenham
radio nuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação;
GRUPO D: resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares. Enquadram-se nesse grupo papel de uso sanitário e fralda, resto
alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia, equipo de soro, resíduos
provenientes das áreas administrativas, resíduos de varrição, jardins, resíduos de
gesso provenientes de assistência à saúde;

23
GRUPO E: resíduos perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de
barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, limas endodônticas, lâminas de bisturi,
lancetas; tubos capilares, micropipetas; lâminas e lamínulas, espátulas, e os utensílios
de vidro quebrados no laboratório (BRASIL, 2005).
Ainda segundo essa resolução, o gerenciamento dos resíduos sólidos, desde
a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de
saúde pública e saúde ocupacional, é de responsabilidade dos estabelecimentos
prestadores de serviços de saúde. A resolução também aponta não haver prejuízo de
responsabilização solidária de pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente,
causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os transportadores e
os operadores das instalações de tratamento e disposição final (ARAÚJO et al, 2018).

7.1 Resíduos sólidos e meio ambiente

Muitas substâncias químicas e muitas formas de resíduos resultam em


substâncias nocivas que representam perigos para a nossa vida e para a natureza
que nos rodeia (PNU-MA, 2017).
Frente a isso, Rampelotto et al, (2012) afirmam que a questão dos resíduos
sólidos hospitalares caracteriza um dos fatores mais complexos da atualidade e que
buscar soluções para essa problemática, começando na base de geração desses
refugos, é um gesto de cidadania.
Assim, é de importância ímpar minimizar os riscos patológicos à saúde
humana através do manejo adequado de grandes volumes de “lixo hospitalar” que
serão despejados no meio ambiente é inquestionável também a implantação de
políticas de gerenciamento dos RSS nos diversos estabelecimentos de saúde, não
apenas investindo na organização e na sistematização das fontes geradoras, mas,
fundamentalmente, despertando uma consciência humana e coletiva voltada à própria
vida e ao ambiente (ARAÚJO et al, 2018).
A questão ambiental tem se tornado um determinante do processo saúde-
doença. Com isso, é importante considerar a dimensão do meio ambiente perante as
ações realizadas nos serviços de saúde, possibilitando e promovendo ações

24
estratégicas voltadas para o (re)pensar das práticas em saúde e de suas
consequentes implicações para a sustentabilidade ambiental (MORESCHI et al.,
2011).

7.2 Descarte de resíduos sólidos

O descarte destes resíduos deve ser feito de maneira responsável; pois


evitará a contaminação do ser humano e também a contaminação do meio ambiente:
se descartado sem o prévio tratamento, em contato com o solo poderá contaminar o
solo, os lençóis freáticos, as águas superficiais, as plantações de alimentos e, ainda,
o próprio ar. E não se sabe, ainda, quanto tempo esse lixo demora para se decompor
naturalmente. Para garantir que todo lixo hospitalar seja coletado, tratado e
descartado de forma adequada, é necessário que os hospitais tenham plano de
gerenciamento de lixo bem definidos; pois caso contrário, o descarte deste gerará
muitos prejuízos (POZZETTI et al, 2017).
Esses planos devem incluir protocolos, sistemas e processos de descarte
desde a sua segregação (leito do paciente) até deixar a instalação para o descarte
final. O treinamento sobre a coleta e destino deste lixo deve envolver desde o
profissional que faz o atendimento da infecção até o descarte fora do hospital. Para
desenvolver o plano de gerenciamento de lixo, os hospitais devem realizar uma coleta
segura, observando a legislação municipal, estadual e federal, de descarte de
resíduos, desenvolvendo listas dos lixos infectantes gerados em suas instalações e
dos locais onde são gerados (POZZETTI et al, 2017).

8 RISCOS AMBIENTAIS E MEDIDAS GERAIS DE PRECAUÇÃO

25
Fonte: image.slidesharecdn.com

Os profissionais da área de saúde vivem sob constante risco no ambiente


hospitalar, uma vez que são expostos a uma diversidade de materiais biológicos.
Portanto é interessante elencar a importância de práticas de biossegurança não só no
campo profissional, como também no acadêmico, tendo em vista que os estudantes
estão tão vulneráveis a acidentes ocupacionais, quanto os profissionais, por estarem
em ambientes de prática. O manuseio de instrumentos perfurocortantes por
estudantes da área da saúde é frequente na atividade acadêmica, o que os expõe ao
risco de adquirir infecção. Recomenda-se que os mesmos adotem práticas de
biossegurança, tais como: o uso de equipamentos de proteção individual (EPI’S) e o
monitoramento da carteira de vacinação, para prevenir a contaminação por esses
agentes com possíveis acidentes ocupacionais. (FALCÃO et al, 2018).
A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a
principal medida para que não ocorra contaminação por patógenos de transmissão
sanguínea nos serviços de saúde. Precauções básicas, ou precauções padrão são
normatizações que visam reduzir a exposição aos materiais biológicos. Essas
medidas devem ser utilizadas na manipulação de materiais médico-hospitalares e na
26
assistência a todos os pacientes, independente do diagnóstico de doença infecciosa.
Recomenda-se o uso rotineiro de barreiras de proteção (luvas, capotes, óculos de
proteção ou protetores faciais (FALCÃO et al, 2018).
E dentre as recomendações específicas que devem ser seguidas, durante a
realização de procedimentos que envolvam a manipulação de material
perfurocortante, destacam-se a importância de:
• Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
•Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de
procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes;
• As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas
da seringa com as mãos;
• Todo material perfurocortante (agulhas, lâminas de bisturi, vidrarias, entre
outros), mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à
perfuração e com tampa;
• Os coletores específicos para descarte de material perfurocortante não devem
ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados
sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.
• Resíduos de serviços de saúde – Seguir a Resolução RDC nº 33 de 25 de
fevereiro de 2003 publicado no DOU de 05/03/2003 – ANVISA/ MS2.
Apesar de diversas fontes elencarem a importância da biossegurança, muitos
profissionais e estudantes ainda não tem o conhecimento correto sobre tal assunto e
ficam vulneráveis a exposição de materiais contaminados, então em casos de
exposição a esses materiais por perfurocortantes, recomenda-se cuidado imediato
com a área atingida. Logo, em casos de exposições percutâneas e cutâneas as
medidas incluem lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão (FALCÃO et
al, 2018).
Acidentes com perfurocortantes, segundo Simão et al. (2010), estão entre os
principais responsáveis pela exposição dos profissionais de saúde ao risco de adquirir
infecções graves. Visando proteger os profissionais de tais situações, Passos et al.
(2013) citam que as normas de biossegurança vedamo reencape de agulhas após o
uso e determinam que o descarte destes materiais deve ser realizado em recipiente

27
próprio, localizado próximo ao local de utilização. De acordo com os autores
supracitados, a manipulação inadequada de perfurocortantes representa um risco
de infecção para todos os trabalhadores do ambiente hospitalar, sejam estes
profissionais de saúde ou não, como é o caso, por exemplo, daqueles que cuidam
da limpeza. Portanto, as normas de segurança devem abranger e resguardar todos
os funcionários.
Conforme evidenciado por Luz e Beretta (2016), outro fator preocupante e
recorrente da área hospitalar é a subnotificação dos acidente de trabalho (AT). Os
autores evidenciam que a subnotificação ocorre, principalmente, pela autoavaliação
do profissional envolvido, o qual não considera que a situação ou lesão representa um
risco. O desconhecimento da obrigatoriedade da notificação do acidente, o ritmo
excessivo de trabalho e o medo de demissão e/ou repreensão também estão entre as
principais razões dos baixos índices de notificações de AT. Uma multiplicidade de
fatores corrobora para que os acidentes não sejam devidamente notificados, dentre
os quais pode-se citar a falta de conhecimento sobre os procedimentos
administrativos, a complexidade do fluxograma da notificação, o medo dos
resultados das sorologias exigidas, entre outros (PIRES et al, 2019).

28
8.1 Riscos físicos

Fonte: valorcrucial.com.br

Riscos Físicos são formas de energia que podem expor os trabalhadores,


caracterizados mediante avaliações ambientais quantitativas, cujos agentes,
podem ser: ruído, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes e não
ionizantes, ultrassom e infrassom pelas Normas Regulamentadoras NR-09 e NR-
15. Souza et al. (2011) sugere que os riscos físicos apresentam a vantagem de
serem medidos por equipamentos, e, consequentemente, evitados ou
corrigidos com certa facilidade
Dentre os diversos contextos dos modelos assistenciais do trabalho da
equipe de Enfermagem, a UBS deve ser compatível tanto com as atividades da
equipe Saúde da Família em seu trabalho na comunidade, quanto em relação às
demandas espontâneas, dando respostas às necessidades de saúde dos
indivíduos de sua área de abrangência e garantindo a continuidade dos cuidados
na comunidade e nos domicílios sempre que necessários. Para tanto, os espaços
sugeridos para essas UBS devem ser adequados à realidade local, ao

29
quantitativo da população adscrita, sua especificidade, e número de usuários,
proporcionando um ambiente adequado à assistência à saúde ( BRASIL, 2010)
Dentre os riscos físicos já classificados, a cor e a luminosidade
apresentam-se como pontos importantes a serem discutidos, muitas vezes
não levados em consideração no momento do planejamento das UBS, o que
acarreta frequentemente em ambientes inadequados para o exercício das
atividades laborais. A cor inadequada promove deficiência na iluminação do
ambiente ou aumento de reflexão luminosa no espaço físico, provocando o excesso
de informações, o que associada a baixa acuidade visual do trabalhador dificulta
o exercício de suas funções (MARINELLI et al, 2016).

8.2 Riscos ergonômicos

Fonte: image

Ergonomia pode ser definida como o estudo das relações entre o homem e seu
ambiente de trabalho, considerando fatores como o ambiente, fatores humanos,
tecnologia, organização do trabalho, entre outros, objetivando manter o conforto
e bem-estar físico e psicossocial do profissional.
No Brasil a Norma Regulamentadora de nº17 rege tais princípios,
estabelecendo parâmetros que norteiam a adaptação das condições de trabalho
incluindo aspectos relacionados ao transporte e levantamento de carga, os mobiliários
30
e equipamentos, adequando-os às demandas psicológicas e fisiológicas do
trabalhador, com vistas a proporcionar conforto e segurança (ALVES et. al. 2010).
Os profissionais da saúde representam uma grande categoria profissional
no mundo, que necessita ser valorizada. A equipe de enfermagem permanece 24h
no ambiente hospitalar, atendendo a continuidade da assistência nas unidades de
internação, configurando, na área da saúde, a classe profissional que mais se
relaciona com o paciente, uma vez que realiza grande parte dos procedimentos
à beira do leito. Tal fato predispõe o surgimento de risco de lesões na coluna
durante a atividade laboral (VIEIRA & ALCÂNTARA, 2013).
As lesões musculoesqueléticas configuram um importante problema de saúde
pública no país, dentre as quais se podem destacar as queixas álgicas na coluna
vertebral por sua característica incapacitante. Estudos relatam que 70% da
população brasileira sofrerá de dores na coluna ao menos uma vez ao longo de sua
vida e cerca de 1/3 da população brasileira alega que as suas atividades trabalhistas
e relações familiares já foram acometidas pelas dores (VIEIRA & ALCÂNTARA, 2013).
A dor lombar é insidiosa, debilitante e responsável por elevado grau de
absenteísmo na categoria da enfermagem, pois, além de comprometer a qualidade
da assistência prestada, reduz a produtividade, compromete a capacidade do
trabalhador em desempenhar suas tarefas de maneira ágil, efetiva e também
promove prejuízos nas relações familiares e sociais (SANTOS, et al., 2015).
Grande parte das queixas dos profissionais de enfermagem está
relacionada ao sistema osteomuscular, facultado principalmente à postura e
fatores ergonômicos inadequados. Dentre os fatores analisados, pode-se citar o
transporte e movimentação de pacientes, manutenção de posturas inadequadas,
movimentos de torção e rotação da coluna, mobiliários ergonomicamente
inadequados, entre outros. Neste contexto a ergonomia deve ser entendida como
uma estratégia para reduzir problemas osteomusculares, logo, é de extrema
importância que tais conceitos sejam difundidos entre profissionais de enfermagem
objetivando promover uma consciência crítica de sua relação com o ambiente de
trabalho (SOARES et al., 2013).

31
Uma estratégia eficiente e pouco onerosa capaz de difundir as orientações
ergonômicas para a equipe de enfermagem é a educação em serviço. O
enfermeiro possui diversas atribuições, entre elas está o seu papel educador na
equipe. Educação em serviço é um método que pode ser definido como um
processo educativo a ser aplicado nas relações humanas do trabalho, com o
objetivo de desenvolver capacidades psicológicas, motoras, cognitivas e
relacionais, contribuindo para um aperfeiçoamento profissional. Esta se dá no
próprio ambiente institucional, desacatando-se em quatro áreas: orientações para
introdução ao trabalho; treinamento; atualização; e aperfeiçoamento. Tal processo
incita o pensar e o fazer, promove crescimento, organiza o processo de
trabalho, problematizando a realidade e produzindo mudanças (FREIRE et al,
2017).
Para minimizar tais problemas é necessário estudar os ambientes, os
indivíduos e os equipamentos, fundamentando-se em princípios ergonômicos. A
movimentação do paciente de forma segura, do ponto de vista ergonômico deve
contar com o auxílio, sempre que possível, de materiais e equipamentos. Para tornar
o ambiente de trabalho menos prejudicial é necessário o ensino desses
procedimentos aliado ao planejamento prévio das ações e avaliação no local de
trabalho. Partindo dessa premissa, foram desenvolvidas orientações básicas, tais
como:
• Realizar análise das condições físicas do paciente antes da mobilização
para saber se o mesmo tem a capacidade de auxiliar durante o movimento;
• Preparar o ambiente e os equipamentos, levando em conta aspectos
ergonômicos relevantes que possam intervir no processo, atentando-se
cuidadosamente para espaço físico necessário para realização do procedimento de
forma segura, sem restrição de movimentos, observando se há necessidade de
remoção de obstáculos, disposição de mobiliários e utilização de materiais e
equipamentos auxiliares, se possível;
• Orientar a equipe de enfermagem quanto à aspectos importantes na
mecânica corporal, tais como: manter pés afastados e bem apoiados ao chão,
manter coluna ereta, usar o próprio peso como contrapeso ao peso do

32
paciente, manter joelhos flexionados, realizar os movimentos de forma
sincronizada e preferencialmente contar com o auxílio de outro profissional da
equipe;
• Outro fator relevante é o tipo de mobiliário, onde o ideal é que seja de altura
regulável para que possam ser ajustados de acordo com o procedimento a ser
realizado (FREIRE et al, 2017).
Posturas inadequadas requerem maior força interna para executar uma tarefa.
Uma boa postura é aquela que preserva as articulações em posição neutra: o
centro de gravidade das partes do corpo envolvidas na execução da tarefa é
alinhado verticalmente, passando o mais próximo possível dos eixos de rotação
gerados pelas juntas. Para ser confortável e eficiente, os níveis operacionais
devem ser reduzidos para que a tarefa não seja executada no limite (ou próximo
a ele) da capacidade física, a fim de evitar a fadiga precoce ou mesmo graves
danos à saúde do trabalhador (ABDALLA et at., 2014).
Os profissionais que não recebem uma orientação sobre os princípios
ergonômicos estão mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças relacionadas
ao ofício como: stress, fadiga exaustão cognitiva e também ao desenvolvimento de
agravos à saúde. Com isso, a diminuição dos riscos ergonômicos à saúde do
trabalhador está em grande parte, relacionada com a disponibilidade dos profissionais
em colocar em prática todos os cuidados e medidas de proteção, entendendo a
importância das mesmas para sua própria saúde (SILVA, 2010).

8.3 Riscos químicos

Os riscos químicos referem-se ao manuseio de gases e vapores anestésicos,


antissépticos e esterilizantes, drogas citostáticas, entre outros; os riscos físicos se
referem aos ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes temperaturas
extremas, pressões anormais e umidade, iluminação inadequada e exposição a
incêndios e choque elétricos; os riscos biológicos estão relacionados aos micro-
organismos, bactérias, fungos, protozoários, vírus, materiais infectocontagioso dentre
outros (LUCAS et al, 2018).

33
Fonte: image/jpeg

Os riscos químicos estão presentes no contato com a poeira, fumaça, gases


como oxigênio, líquidos de variadas natureza, medicamentos, hemocomponentes,
quimioterápicos, que liberam aerossóis, dentre outros. Os trabalhadores de
enfermagem muito se expõem a carga química quando manipulam meios e
instrumentos de trabalho, medicamentos, soluções, desinfetantes, desincrustastes ou
esterilizantes, antissépticos, quimioterápicos, ácidos para tratamento dermatológico,
do contato com materiais de borracha (látex) (LUCAS et al, 2018).
Ao analisar o conhecimentos dos profissionais de enfermagem sobre os riscos
químicos Sulzbacher e Fontana (2013) relatam que em relação a exposição aos riscos
químicos, verificou-se que 51,5% dos sujeitos reconhecem a exposição a esse risco
ocupacional, sendo que, 41% associaram a exposição aos medicamentos, 23,5% aos
produtos químicos, os quais não foram exemplificados, 11% não responderam. Além
disso, o sangue foi citado por 7% dos respondentes como associados ao agente
químico, reforçando o conhecimento deficiente sobre o risco ocupacional em
evidência.
Os autores relatam ainda que o hipoclorito de sódio foi um dos produtos
químicos mais citados pelos sujeitos, em 18% das respostas. O hipoclorito de sódio é
corrosivo e tóxico para a saúde humana e seu vapor pode levar a irritação dos olhos,
nariz, garganta e pele (SULZBACHER E FONTANA, 2013).
34
8.4 Riscos biológicos

Define-se como acidente de trabalho aquele que ocorre pela prestação de


serviço seja dentro da empresa ou a serviço da empresa, provocando assim danos à
saúde como lesões corporais e até mesmo perturbação funcional, permanente ou
temporária, que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho
(BRASIL, 2015).

Fonte: image/png

No que diz respeito aos acidentes de trabalho com material biológico (ATMB),
a categoria profissional que mais apresenta riscos laborais relacionados a este tipo de
acidente esta a equipe de enfermagem. Neste contexto, dos registros crescentes de
acidentes de trabalho no Brasil, diversos estudos sobre o acidente de trabalho
envolvendo o material biológico têm sido realizados em função da nocividade, que
podem provocar risco de doenças, sequelas e até a morte de trabalhadores da equipe
de enfermagem e com objetivo de identificar a principais causas que contribuem para
essas ocorrências e sugerir medidas de segurança (CUNHA, 2017)
O ATMB ocorre no ambiente laboral, quando o profissional entra em contato
com materiais orgânicos, como, sêmen, líquor, sangue, entre outros, através das vias
percutânea, mucosa e pele não íntegra que a partir desse contato o profissional de
enfermagem fica exposto a vários tipos de patógenos no qual os de maior importância
epidemiológica evidenciado em vários artigos são os seguintes: Vírus da Hepatite B

35
(HBV), da Hepatite C (HCV) e da Imunodeficiência Humana (HIV) (CORDEIRO et al,
2016
A prevenção de acidentes de trabalho envolvendo enfermeiros no âmbito
hospitalar é sustentada pela Constituição Federal e pela Legislação trabalhista, que
cita como deve ser feito o direcionamento após exposição a MB (material biológico)
possui como intuito resguardar a saúde do trabalhador, minimizar os danos morais e
financeiros do empregador, assegurando os direitos de ambas às partes. Neste
contexto, percebe se que para a redução de ATMB deve seguir com medidas de
prevenção como o uso de equipamento de segurança individual e coletiva na qual é
estabelecida pela lei NR 32 Norma Regulamentadora que estabelece normas básicas
para a implementação de medidas de proteção à segurança e a saúde dos
trabalhadores em serviços de saúde (MACHADO et al, 2013).
Os profissionais de saúde, em especial os da enfermagem estão mais propícios
a exposição com material biológico (MB), principalmente aqueles com contaminação
com sangue em função da manipulação constante com materiais perfuro cortantes,
sendo um problema de saúde pública, pois os riscos de infecção por material
biologicamente contaminado, possibilita a transmissão de algum agente patógeno
pelo sangue, como nos casos das hepatites B e C e do HIV (LINS, 2016).
Uma das circunstancia dos acidentes de trabalho com material biológico são à
grande demanda das atribuições da equipe de enfermagem, sobrecarga de tarefas
pelo excesso de pacientes podem ser circunstancias contribuintes para ATMB, bem
como a falta de conhecimento e habilidade técnica para desenvolver procedimento
podem contribuir para a exposição biológica, gerando assim um comportamento
inadequado dos profissionais de enfermagem, além da falta de uso do equipamentos
de proteção individual (EPI) no qual todos os estudos chamam atenção para medidas
de prevenção (DONATELLI et al, 2015).
Devido ao uso incorreto do Equipamento de segurança contribui para a
prevalência de infecções hospitalares e riscos ocupacionais, portanto o uso correto da
utilização do EPIs aliado ao conhecimento em relação ao uso do EPIs seja coletivo ou
individual é indispensável para a segurança dos trabalhadores independente da área
de atuação (LIMA et al, 2017).

36
A utilização de equipamento de proteção individual (EPI) ainda é um problema
a ser considerado nas instituições de saúde, muita das vezes somente o uso de luvas
para realização de procedimentos visto que a empresa deve fornecer material
adequado porem analisando muitas das vezes a justificativa é que em situação de
urgência e emergência não há tempo para o uso de EPI (VIEIRA et al, 2017).
Nesta direção é muito importante desenvolver as ações de educação contínua
em saúde, conscientização, interesse, participação ativa do enfermeiro nos cuidados
laborais ao utilizar materiais ou métodos potencialmente infectantes, entre outros,
portanto o programa de prevenção de acidentes de trabalho com agentes biológicos
só se torna eficaz quando os próprios profissionais da enfermagem tornam-se
multiplicadores da conscientização sobre os fatores de risco e passam a colocar em
prática os métodos que orientam a prevenção (MACHADO et al, 2013).
Neste sentido, este estudo torna se relevante no sentido de contribuir para
gerar informações acerca da temática bem como possibilitar intervenções que
possibilitem uma maior segurança no cotidiano laboral destes profissionais
(Mendonça, 2020).

9 PRECAUÇÕES PADRÃO

Fonte: IMAGE/JPEG

37
As precauções padrão são medidas básicas para prevenir a transmissão de
infecções durante o atendimento ao paciente em todos os ambientes de cuidados à
saúde e para todos os pacientes, independentemente de haver suspeita ou
confirmação de infecção. Além de proteger o profissional contra risco ocupacional, as
precauções padrão também se destinam à proteção dos pacientes contra possíveis
agentes infecciosos transportados nas mãos dos profissionais ou equipamentos
usados. Elas incluem higienização das mãos (HM); uso correto de equipamento de
proteção individual (EPI) (luvas, avental, máscara, óculos de proteção e/ou protetor
facial); e práticas de injeção segura (BRASIL, 2014).
A essas precauções padrão, o Centers for Disease Control and Prevention
(CDC) ainda acrescentou outras medidas: etiqueta de higiene respiratória ou tosse,
práticas seguras de injeção e uso de máscaras de proteção para inserção de cateteres
ou injeções envolvendo punção lombar (BRASIL, 2013).
A maioria das infecções pode ser evitada a partir da adoção de medidas
simples, como o uso de EPI, em cumprimento às medidas de assepsia e
processamento adequado de artigos e superfícies, o que caracteriza o sistema de
precauções e isolamento proposto pelo CDC (BRASIL, 2013). Esse sistema se baseia
em três níveis, começando pelas precauções padrão e específicas baseadas no modo
de transmissão e aplicadas a pacientes sob suspeita ou com diagnóstico confirmado
de infecção ou colonização por microrganismos importantes. Estão listadas nesse
tipo, as precauções de contato (com pele e/ou superfícies contaminadas) e as
precauções respiratórias, seja por gotículas e/ou aerossóis. Existe um terceiro nível,
chamado de precauções empíricas, indicadas para as síndromes clínicas que
possuem importância epidemiológica, porém sem confirmação de etiologia (FARIA et
al, 2019).
Entretanto, além de adequado conhecimento das recomendações de
prevenção e controle das infecções no que se refere aos modos de transmissão e
prevenção da disseminação de microrganismos entre os profissionais de saúde, é
indispensável a adesão do profissional, por meio do uso correto das medidas de
precaução e isolamento (VALIM et al, 2015) Assim, com o objetivo de zelar pela boa
saúde do paciente, os profissionais da equipe de saúde possuem papel essencial no

38
controle da infecção, adotando medidas de prevenção antes mesmo da internação, a
fim de evitar hospitalizações desnecessárias (VALIM et al, 2017).
Dessa forma, é importante que, além de possuir equipamentos necessários/
adequados, as instituições de saúde devem contar com profissionais capacitados para
garantir os princípios técnicos e científicos concernentes ao controle das IHs,
especialmente enfermeiros (VALIM et al, 2017). Ressalta-se que o enfermeiro se
destaca por representar a equipe de enfermagem e estar presente 24 horas por dia
no cuidado ao paciente.
Diante do exposto, percebe-se que a utilização das precauções como um todo
busca reduzir o risco de exposição de pacientes e profissionais a patógenos
causadores de infecção. Nesse sentido, enfermeiros e demais integrantes da equipe
de enfermagem apresentam maior vulnerabilidade em função do tempo de contato
com os pacientes, sendo-lhes exigido os conhecimentos necessários sobre os tipos
de precauções indicados para uma assistência livre de danos (FARIA et al, 2019).

9.1 Higienização Simples das Mãos

O hábito de lavagem e desinfecção das mãos é o primeiro método de controle


de infecção e contaminação cruzada, pois relacionadas, é o mais simples e principal
método de proteção a doenças. (NUNES, 2012). A higienização correta das mãos
implica na diminuição de contaminação hospitalar e para a própria segurança do
profissional.
Faz-se importante ainda que seja feita a desinfecção das mãos com álcool 70%
com a finalidade antibactericida e antimicrobiana. A obrigatoriedade da disponibilidade
de álcool para a higienização das mãos fica a cargo da RDC Nº 42, de 25 de outubro
de 2010 que regulamenta a obrigatoriedade de disponibilização de preparação
alcoólica para higienização antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país.
Contudo a desinfecção antisséptica das mãos com penetração alcoólica não substitui
a higienização das mãos, lavagem com água e sabão, sempre que as mãos se
encontrarem com presença de sujidades visíveis a olho nu. (BRASIL, 2016).

39
Abaixo estão dispostas quadro a quadro na ilustração a forma correta de como
realizar a higienização das mãos:

Fonte: Portal Brasil

40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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